NP 10 - Políticas e Economia da Comunicação
Coordenador:
Prof. Dr. Guilherme Jorge Rezende - rezende@mgconecta.com.br
SOCIEDADES
DE CRISE
Gustavo Gindre Monteiro Soares
Instituição: Universidade Cândido Mendes
RESUMO - A premissa básica é a de que vivemos
uma crise civilizatória de esgotamento de um padrão de
racionalidade construído há 25 séculos que tem
no polinômio "capitalismo-tecnociência-industritalismo-democracia
representativa" o seu ápice. Este texto procura entender
o papel da produção e transmissão de conhecimento
nestas sociedades de crise: o papel das comunicações.
Mas, compreendendo a comunicação de uma forma mais ampla
do que do que a dos meios. Para isso, explora quatro conceitos (sociedades
de controle, economia virtual, tautismo e capital-informação),
procurando articulá-los entre si.
Palavras-chave: Comunicação, capitalismo, crise
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INFORMÁTICA
E COMUNICAÇÃO PARA UMA SOCIEDADE DEMOCRÁTICA
Adílson Cabral
Instituição: Universidade Estácio de Sá
RESUMO - A proposta desse artigo é analisar a atualização
do conceito de democracia aplicado ao contexto da informática
e da comunicação, mediante leitura comparativa da atuação
de duas organizações sociais significativas no contexto
brasileiro: o "Comitê para Democratização da
Informática" (CDI), que, a partir de um trabalho nuclear
em comunidades do Rio de Janeiro, desenvolve as chamadas Escolas de
Informática e Cidadania (EICs) em 17 estados brasileiros e três
países e o "Fórum Nacional pela Democratização
da Comunicação" (FNDC), formado pela articulação
de pessoas, grupos e organizações, em torno de várias
frentes de luta no campo da comunicação no Brasil, que
chegou a contar com 44 Comitês regionais e Comissões pró-Comitês,
além de 32 entidades nacionais.Pretendemos refletir nesse artigo
a assimilação dos ideais democráticos na atuação
destas organizações a partir dos discursos institucionais
que refletem suas concepções, projetos e realizações,
seu alcance e eficiência junto aos diferentes públicos,
visando tornar essas temáticas cada vez mais visíveis
junto ao público em geral.
Palavras-chave: Comunicação – Cidadania – Movimentos
sociais
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TUDO
O QUE É SÓLIDO SE DESFAZ NO CIBERESPAÇO: A GUERRILHA
DIGITAL DOS ZAPATISTAS
Eduardo Cavalcanti
Instituição: Universidade Santa Cecília
RESUMO - Os zapatistas foram pioneiros no uso da Internet
como instrumento estratégico para a ação política.
Das selvas de Chiapas, eles desenvolveram uma rede de comunicação
que chamou a atenção do mundo para a questão indígena
no sul do México. Tornaram-se, assim, o primeiro grupo organizado
a empreender, através da Web, uma oposição sistemática
contra os efeitos da globalização econômica. O exemplo
seria seguido por milhares de outros ativistas, em todas as partes do
globo, que passaram a explorar a descentralização e a
transmissão horizontal das informações na rede
para formar uma rede intercontinental alternativa contra o liberalismo.
Os impactos sociais e políticos da comunicação
on-line mostram que, apesar das restrições estruturais
nos países menos desenvolvidos, o uso das novas tecnologias permite
formas inovadoras de exercício da democracia.
Palavras-chave: Comunicação, Internet, informação,
novas tecnologias, democracia, zapatismo, globalização.
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COMUNICAÇÃO
SINDICAL – DO EXERCÍCIO DEMOCRÁTICO À CATEQUIZAÇÃO
DE BASE
Joana D’arc Dutra
Instituição: UFBA
RESUMO - O texto reflete as relações entre
as bases de sindicatos classistas e as diretorias de tais entidades
à luz dos processos de comunicação. Nosso horizonte
é a possibilidade de desenvolvimento de estratégias de
comunicação mais democráticas nessas entidades.
Apesar de preliminar, o texto elucida o problema no que se refere à
construção de alternativas para a questão. Buscamos
em nosso estudo analisar como a comunicação sindical pode
refletir uma relação de participação mútua
entre diretoria e bases.
Palavras-chave: comunicação - sindicato - democracia
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NORDESTE:
O DESENVOLVIMENTO PARA ALÉM DAS OLIGARQUIAS
Maria Érica de Oliveira Lima
Instituição: FAI-Adamantina
RESUMO - Muitos veículos de comunicação
(rádio, TV, jornal) na região Nordeste do país
estão comprometidos com o poder político-partidário,
já que muitos destes veículos pertencem a políticos
de expressão nacional, regional e local. A (re) democratização
dos meios de comunicação depende do desenvolvimento (econômico)
da região, desde que não se concentrem nas mãos
da elite oligárquica. No entanto, ás famílias que
detêm o poder político, detêm o poder dos veículos
de comunicação e automaticamente, também o poder
econômico. Se antes tínhamos uma visão autoritária
e arcaica da figura do coronel, atualmente, apresenta-se uma nova imagem:
tecnológica e moderna. O neo-coronel de hoje, investe nos meios
de comunicação,
Palavras-chave: Desenvolvimento, Meios de Comunicação,
Oligarquia.
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A
COMUNICAÇÃO DOS CORONÉIS SEM COMUNICAÇÃO,
MAS,QUE PERSUADRIAM E GOVERNARAM O MATO GROSSO DO SUL
Hércules Farnesi da Costa Cunha
Instituição: Universidade Católica Dom Bosco
RESUMO - Em Mato Grosso do Sul, a assessoria de comunicação
desempenhou e ainda desempenha papéis importantes no desenvolvimento
ou manutenção do poder, mas, sem realmente executar o
seu real objetivo. As discussões generalizadas, principalmente
quando da proximidade de campanhas político-eleitorais, buscam
o estabelecimento de políticas e até estratégias
para as áreas de saúde, educação, segurança,
mas dificilmente para a comunicação. A história
contada e não contada, pesquisada para a memória dos que
ainda desconhecem o início da divisão do Estado, até
os dias de hoje. A importância das assessorias de comunicação
na determinação da convivência entre o Governo e
a população.
Palavras-Chave: Assessoria de Comunicação, Poder , Políticas
e Estratégias de Comunicação
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O ESTADO
NOVO, O RÁDIO E SEUS ÓRGÃOS REGULADORES
Othon Jambeiro, Fabiano Brito e Andréa Ribeiro
Instituição: UFBA
RESUMO - Este texto faz uma análise da regulamentação
da radiodifusão brasileira no período de 1935-1945, abrangendo
a preparação do golpe do Estado Novo, sua implantação,
consolidação e derrocada. São levados em conta
tanto o contexto histórico quanto as mudanças nacionais
e internacionais do período. A par disto são analisados
os regulamentos da radiodifusão e dos meios de comunicação
de massa como um todo, particularmente no que se refere ao seu controle.
Funções, estrutura e atuação do Departamento
de Imprensa e Propaganda – DIP são estudadas, na perspectiva
de compreender o papel do mais importante órgão de inteligência
do Governo Vargas.
Palavras-chave: Radiodifusão, regulação, rádio.
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O
DILEMA DA TV EDUCATIVA ENQUANTO UM INSTRUMENTO OFICIAL DO GOVERNO OU
UM CANAL DE REPRESENTATIVIDADE DA SOCIEDADE CIVIL
Josmar Brandão Coutinho
Instituição: UNESP de Araraquara
RESUMO - Conduzimos este trabalho visando apontar o descompasso
entre a legislação que regulamenta o funcionamento da
Fundação Padre Anchieta, responsável pela administração
da TV Cultura, e o que ocorre no tocante ao funcionamento desta emissora
no período compreendido entre 1980 e 1986, assim como, as alterações
que se operaram no plano legal, visando com isto, levantar alguns aspectos
político-históricos relacionados a este período.O
nosso intuito foi enfatizar que essa TV Educativa, dependendo do contexto
e das forças atuantes no cenário político, tanto
pode ser considerada um instrumento de representatividade da sociedade
civil, quanto ser utilizada para consolidar o poder de um Estado autoritário
e centralizador. Além disso, procuramos discorrer em que medida
as alterações na legislação podem ser consideradas
reflexo das transformações políticas no contexto
da sociedade brasileira.
Palavras chave: TV Educativa, Legislação, Estado
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ESPAÇO
PÚBLICO E COMUNICAÇÃO POLÍTICA NO PROCESSO
DE DEMOCRATIZAÇÃO BRASILEIRO (1982/1992): ANÁLISE
DO CASO COLLOR
Graciela Inés Presas Areu
Instituição: Pontifícia Universidade Católica
do Paraná
RESUMO - Pensamos que a historia da comunicação
política no Brasil poderá se separar num antes e depois
de Collor. Independente dos aspectos éticos envolvidos, há
uma ruptura no "modus operandi" do discurso político
no Brasil e "Collor" aparece, a nosso modo de ver como um
dos mais claros expoentes desta nova forma de fazer política
que privilegia os meios. Os aspectos mediáticos são a
caraterística mais evidente de sua participação
na vida política brasileira, desde sua decidida aparição
no cenário nacional, no ano anterior a campanha eleitoral. Este
particular comportamento se sustentará durante sua gestão
como Presidente e no processo da sua queda, também protagonizada
pêlos meios de comunicação. O trabalho objetiva
verificar si houve uma "mudança estrutural do espaço
público" no Brasil, no período 82-92 a luz das teorias
contemporâneas sobre o tema.
Palavras-chave: comunicação política, mediatização,
espaço público
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