NP 15 - Semiótica da Comunicação
Coordenadora:
Profa. Dra. Irene de Araújo Machado - irenemac@uol.com.br
O
SISTEMA ECONÔMICO DA TELEVISÃO EM TORNO DA PUBLICIDADE
E DA TELEVISÃO
Alexandre Cremonini (UNIP-SP)
RESUMO - Este trabalho tem por objetivo permitir ao público
receptor de mensagens publicitárias, especificamente em televisão,
de decodificar os elementos não-verbais contidos nas peças
publicitárias. O processo da recepção desenvolve-se
através de três momentos distintos: a estética da
recepção, o conflito dos códigos intersemióticos
(a ética) e a possibilidade da interpretação das
mensagens. Esta dinâmica, por vezes não é facilmente
identificada pelo público receptor, e a publicidade está
inserida, em um sistema econômico, portanto, existe uma intencionalidade
nas mensagens publicitárias, que deve ser desvenda e revelada.
A liberdade do receptor, ao tomar uma atitude de consumo de produtos
e serviços oferecidos, tornando-se consumidor só existirá
se este, não estiver consumindo um simulacro da realidade e de
suas vontades ou necessidades.
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A
INFOGRAFIA NA MEDIAÇÃO CIENTISTA X JORNALISTA. UMA ANÁLISE
INTRODUTÓRIA
Ana Paula Machado Velho (Universidade Estadual de Maringá;
PUC-SP)
RESUMO - Esta análise tem como foco as questões
que envolvem a construção da mensagem jornalístico-científica.
Os acadêmicos criticam a maneira simplista com que os jornalistas
elaboram as matérias sobre ciência nos jornais impressos.
Os membros da comunidade científica elaboram seus textos de acordo
com as regras do discurso acadêmico, um discurso hermético
ao leitor médio, o que esbarra nas regras do jornalismo prático.
Este impasse representa um desafio ao desenvolvimento do jornalismo
científico. É preciso encontrar um caminho que possa oferecer
à divulgação científica uma nova roupagem,
uma nova forma. Uma proposta é a utilização da
infografia – a informação contextualizada em imagem –
neste processo.
Palavras-chave: jornalismo científico, infografia, semiótica
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GALÁXIAS:ANÁLISE
DA TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA DA ESCRITA VERBAL PARA
O UNIVERSO VIDEOGRÁFICO
Armando Sérgio dos Prazeres ( PUC-SP)
RESUMO - Análise do processo de tradução
intersemiótica do livro Galáxias, de Haroldo de
Campos, para o díptico vídeográfico Galáxia
Albina/Infernalário: Logodédalo-Galáxia Dark,
dirigido por Julio Bressane e pelo referido escritor. Trata-se de uma
investigação da intersemiose entre a literatura e o código
eletrônico, discutindo os modos operacionais utilizados pelos
realizadores da obra na passagem do signo verbal para o signo audiovisual.
Busca-se, com isso, verificar como o vídeo, enquanto sistema
expressivo híbrido, apresenta resoluções estéticas
para a passagem de um texto literário da complexidade de Galáxias,
texto por excelência aglutinador de recursos de linguagens diversas.
Esse estudo integra a pesquisa que desenvolvi no Programa de Comunicação
e Semiótica – PUC/SP.
Palavras-chave: cinema, vídeo, tradução,
intersemiose, código eletrônico, mídias audiovisuais
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DO
DIA DA MENTIRA AO RETRATO DE DORIAN GRAY: ESTUDO DE CASO DE UMA APLICAÇÃO
SEMIÓTICA A PARTIR DA COMPREENSÃO DE QUE JID É
GÊNERO
Djalma L. Benette (PUC-SP)
RESUMO - Nasceu com a imprensa européia o hábito
de, em 1º de abril, brincar com seus leitores publicando notícias
falsas décadas após Carlos IX, rei da França, em
1º de abril de 1564 ter determinado que o ano começaria em 1º
de janeiro. Na imprensa mundial, ainda nos dias de hoje, existem casos
dessas brincadeiras que entram para o folclore jornalístico.
Foi em busca desta reflexão que o jornal Cruzeiro do Sul de Sorocaba-SP,
em 1º de abril de 1999, resolveu fazer a mesma experiência. Na
condição de jornalista responsável deste jornal,
executei a tarefa. Foi um sucesso, mas só soube disso após
a publicação. Porém, não foi nenhum acaso,
ao contrário, o processo todo esteve conduzido num conhecimento
baseado num sistema semiótico relatado neste artigo.
Palavras-chave: jornal, jornalismo, sistema modelizante, semiótica,
semiosfera, gênero, código, texto
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O
ESCULTOR, A DEUSA E AS HISTÓRIAS DE CANIBALISMOS
Elisa de Souza Martinez (UnB – PUC-SP)
RESUMO - O texto apresenta uma análise da fotografia
O escultor e a deusa no contexto situacional do Núcleo
Histórico Antropofagia e Histórias de Canibalismos,
da XXIV Bienal de São Paulo. Na abordagem, são articulados
os pressupostos teóricos da Semiótica Discursiva e evidenciam-se
as relações sintático-semânticas que emergem
da relação do discurso plástico analisado com o
contexto da exposição de arte, assim como o tratamento
dos temas e das figuras, nos níveis discursivo, narrativo e fundamental.
Trata-se, ainda, da iconicidade específica deste discurso fotográfico.
Palavras-chave: semiótica plástica, intertextualidade,
fotografia.
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AS
MARCAS E A SIMBOLOGIA DA IMAGEM: UMA ANÁLISE DA LOGOMARCA DO
ESTADO DO RS
Elizete de Azevedo Kreutz (UNIVATES,RS; PUC-PS)
RESUMO - A logomarca é um elemento importantíssimo
na formação da imagem e como tal, não pode ser
negligenciada. O seu processo de criação envolve diversas
disciplinas. Portanto, antes do designer gráfico começar
um Programa de Identidade Visual Corporativa, ele deverá compreender
a inter-relação existente entre estas áreas, e
assim, ter a competência e o desempenho necessários para
utilizar e manipular as ferramentas, materiais e recursos disponíveis
criando uma logomarca (Identidade Visual Corporativa) comprometida com
a sua função. Através da análise da logomarca
do Estado do RS poderemos observar todos os elementos constituintes
da mesma, suas inter-relações e a produção
de significado.
Palavras-chave: Logomarca, identidade e significação.
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OS
CÓDIGOS E OS TEXTOS QUE COMPÕEM AS NOVAS E AS VELHAS MÍDIAS
Fátima Aparecida dos Santos (PUC- SP)
RESUMO - Esse texto pretende discutir a formação
de códigos presentes na web, sua estrutura e a origem dessa estrutura
em outras mídias. Pretendemos discutir a organização
das páginas web a partir dos conceitos de texto de Iuri Lotman
e também da evolução histórica das mídias,
fazendo uma rápida análise comparativa entre elas e ainda
analisando os casos de transição entre um código
e outro. Olhando as páginas webs como elemento de comunicação,
como uma organização de vários textos, como arte
e ainda como manifestação atual e tecnológica buscamos
os fatores que confirmem ou neguem essa construção como
elemento de comunicação capaz de transmitir informação
ou de manter o potencial para dizer após recodificar suas informações.
Palavras-chave: semiótica; web; códigos.
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O
CONCEITO DE VIRTUALIZAÇÃO DE PIERRE LÉVY E SUA
APLICAÇÃO EM HIPERMÍDIA
Francisco José Paoliello Pimenta (UFJF-MG)
RESUMO - O conceito de virtualização criado
por Pierre Lévy tem sido amplamente utilizado em análises
das transformações semióticas causadas pelo ciberespaço
e pela hipermídia. Contudo, a partir da consideração
de que a linguagem hipermídia se constitui, caracteristicamente,
de aspectos multicódigos, pretende-se questionar se a fundamentação
de Lévy, sustentada em teorias vinculadas à linguagem
verbal, entre elas as vertentes textualista e desconstrucionista, seria
a mais adequada. Argumenta-se, assim, sobre a necessidade de se buscar
uma base de compreensão dos novos processos de linguagem que
seja capaz de lidar não só com tais processos cognitivos,
mas também com qualidades e índices externos à
mente humana, que naturalmente fazem parte de todo processo semiótico,
e que, agora, ganham novos meios de serem incluídos nas representações
por força destes processos sígnicos multicódigos.
Palavras-chave: Hipermídia; Semiótica; Teoria da Comunicação
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A
NATUREZA DA INFORMAÇÃO EM WEBJORNALISMO. UMA ABORDAGEM
PEIRCEANA
Geane Carvalho Alzamora (PUC-Minas/PUC-SP)
RESUMO - A informação em Jornalismo é
tradicionalmente discutida como gênero e como modo de mensurar
a quantidade de novidades introduzidas no sistema. Este artigo problematiza
essas abordagens, sugerindo, com base na lógica de relação
das categorias fenomenológicas de Charles Sanders Peirce, que
os gêneros Informativo, Interpretativo e Opinativo sejam complementares
e não excludentes. Por outro lado, apóia-se na relação
signo-objeto proposta por Peirce para sugerir que a informação
relaciona o fato ao discurso jornalístico a partir de articulações
qualitativas (domínio do ícone), extensivas (domínio
do índice) e convencionais (domínio do símbolo),
buscando superar o entendimento de informação como quantidade.
Discute-se ainda a relação fato/realidade em webjornalismo
e o modo como este pode articular recursos de linguagem, de domínios
semióticos distintos, para otimizar a eficiência da informação
jornalística na rede.
Palavras-chave: webjornalismo, semiótica, informação
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SEMIÓTICA
DA COMUNICAÇÃO: O RE-ORDENAMENTO COGNITIVO DOS SISTEMAS
SEMIÓTICOS
Irene Machado (PUC-SP)
RESUMO - Esse artigo propõe discutir bases teóricas
da noção de semiótica como ciência da comunicação.
O ponto de partida é a noção de comunicação
como problema semiótico, particularmente naquilo que o
distingue do problema filosófico. Contudo, antes de firmar diferenças,
o que se tem em mente é a necessidade de compreender a natureza
do problema semiótico. Para isso, a exposição
se orientou de acordo com o seguinte contexto. Conceito semiótico
da comunicação: a metáfora epistemológica
do cosmos dialógico; Comunicação como mecanismo
semiótico da cultura e como processo organizador da informação;
Interconexão como força modelizante entre sistemas e códigos
culturais; A abordagem semiótica e o re-ordenamento cognitivo
dos sistemas comunicacionais.
Palavras-chave: epistemologia, semiose, mediação, informação,
cognição, interconexão, transdisciplinaridade.
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VIOLÊNCIA
E TRANSGRESSÃO NA MÍDIA: CONFIGURAÇÕES EM
SEMIÓTICA PSICANALÍTICA
João Angelo Fantini (UFGO – PUC-SP)
RESUMO - A violência e transgressão são
assuntos que ocupam parte considerável do conteúdo veiculado
nos meios de comunicação nesta passagem de século,
embora quase sempre de uma perspectiva superficial e reducionista. A
semiótica da comunicação, também em sua
vertente psicanalítica, tem oferecido com frequência diversas
perspectivas de análise da questão, quase sempre em busca
de um redimensionamento do problema em seus mais amplos aspectos culturais.
Neste trabalho o esforço está centrado nas relações
entre violência, transgressão e as imagens do pai no cinema
atual: na figura paterna porque é ela – diz a psicanálise
– que sustenta a lei simbólica; no cinema, pelo seu lugar privilegiado
neste momento histórico para encenar o conflitos desta passagem
de século.
Palavras-chave: violência – cinema – psicanálise
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PROLEGÔMENOS
SEMIÓTICOS OU METODOLÓGICOS
Luiz Peel (Universidade de Tuiuti – PR)
RESUMO - Aproximando Aristóteles e Peirce, analisam-se
as três modalidades significativas básicas: a predicação
(a condição de verdade), a significação
(a orientação lógica) e a consignificação
(os processos da homonímia, paronímia e sinonímia);
encontrando, ainda, a base lógica dos processos de raciocínio
(abdução, indução e dedução).
Palavras-chave Semiótica, Lógica e Comunicação.
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LITERATURA
DIGITAL BRASILEIRA. PARÂMETROS PARA A CRÍTICA
Marcus Bastos (Universidade São Marcos, SP)
RESUMO - O trabalho explora os recursos de escrita da
Internet em um exercício de reflexão que se abre em dois
caminhos: (1) o do pensamento sobre as capacidades que as interfaces
digitais têm de modificar a forma com que o pensamento crítico
se organiza; (2) o da discussão sobre os critérios que
vão permitir a avaliação crítica de trabalhos
literários desenvolvidos em mídias digitais. Essa discussão
está inscrita em uma reflexão mais ampla, sobre as continuidades
e descontinuidades entre o mundo da imprensa e o mundo das mídias
técnicas. Como essa reflexão reflete o tema do Intercom
deste ano, o autor achou que seria interessante enviar para o congresso
um texto que só existe na Internet. Essa atitude permite uma
discussão adicional sobre as estratégias que a ciência
tem de desenvolver, se quiser migrar dos livros para as telas de computador.
O trabalho em questão está hospedado em http://www.imagemlinguagem.com.br/intercom.
Palavras-chave: crítica literária, mídias
digitais, semiótica.
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AS
MÁQUINAS DE DIVERSÃO E A INTELIGÊNCIA DA CRIANÇA
Mirna Feitoza Pereira (PUC-SP)
RESUMO - Este texto trata das articulações
da inteligência da criança com as máquinas de diversão
-videogames, TV, jogos de computador e diversões veiculadas na
Internet. A hipótese é que ao interagir com essas máquinas
a criança desenvolve um tipo de inteligência e adquire
um repertório próprio de seu tempo, numa relação
que é estimulada pelo princípio da brincadeira. Para discorrer
sobre a inteligência da criança na sua interface com as
máquinas, a autora parte de teorias do conhecimento que concebem
o sujeito em constante aprendizado nas suas relações com
formas diferentes de sua natureza –seja de ordem intelectual, cultural,
física, biológica ou tecnológica.
Palavras-chave: máquinas, inteligência, criança
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SUJEITO
NÃO IDENTIFICADO ANÁLISE DA CONSTRUÇÃO DA
IDENTIDADE DE MARCA EM ANÚNCIOS DE MODA
Raquel Rennó Nunes (SENAC - PUC-SP)
RESUMO - O texto trata da difícil equação
que as campanhas publicitárias de moda devem resolver ao lidar
a cada temporada com distintas tendências ditadas pelo mercado
internacional e, ao mesmo tempo, registrar sua presença enquanto
marca a cada campanha, para que o consumidor identifique sua personalidade
e entenda qual o seu lugar no mercado. Foram analisadas as quatro principais
marcas de prèt-a-porter brasileiras, que atualmente são
as de maior presença na mídia especializada e que, por
não serem marcas de consumo relacionado diretamente ao preço,
têm como principal preocupação criar valores para
suas grifes que vão muito além do simples benefício
tangível do produto. Suas campanhas apresentam-se então,
especialmente relevantes para a abordagem do tema tendências de
moda e identidade de marca, utilizando como viés metodológico
o referencial teórico da semiótica discursiva.
Palavras-chave: Publicidade, moda e tendências.
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O
CHAMADO DA MÍDIA EXTERIOR: FAZ UM 21
Regiane Aparecida Pereira da Silva (Universidade Anhembi
Morumbi, PUC-SP)
RESUMO - O foco deste ensaio está voltado para
a reflexão de como a mídia exterior constrói a
sua mensagem e linguagem como meio de comunicação e o
que ela produz na cidade ao modelizar-se como tal. Para ela construir-se
no espaço urbano, estabelece uma rede de diálogos com
outros sistemas da cultura e com outras mídias para atingir o
objetivo de propagar a sua publicidade, realizando, assim, transferências,
passagens e deslocamentos de códigos de várias linguagens
num processo de intercâmbios e, através da espetacularização
de sua exposição, produzindo estímulos ao consumo.
A campanha da Embratel: Faz um 21, em um dos momentos do ensaio,
servirá como objeto semiótico de exemplificação
para a reflexão proposta, já que sua maior exposição
está nos relógios públicos - um hábito de
consulta secular do homem.
Palavras-chave: mídia exterior, modelização,
performer.
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SEMIÓTICA
DA COMUNICAÇÃO ONLINE: UMA ANÁLISE DO UNIVERSO
ONLINE
Ricardo Orlando (ECA-USP; UNICAMP)
RESUMO - Este trabalho propõe investigar a comunicação
na web com o apoio da semiótica de inspiração greimasiana,
na busca pelos valores sustentados no discurso construído no
Universo Online. Conhecido como portal, o UOL é tido como espaço
privilegiado de enunciação que orienta a relação
do "internauta" com a informação. O trabalho procura verificar
a adequação do Percurso Gerativo do Sentido ao texto construído
sobre o suporte informático, buscando estabelecer parâmetros
de análise que permitam abordar esta "mídia" e este tipo
de publicação, levantando o sentido e os mecanismos de
significação. Na mesma perspectiva, busca encontrar as
relações entre plano de expressão e de conteúdo.
Busca-se, ainda, estabelecer conclusões sobre o posicionamento
que esta publicação constrói para seus "usuários"
e a apropriação que faz do jornalismo.
Palavras-chave: internet, web, portal, comunicação
online, semiótica
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APONTAMENTOS
PARA UMA SEMIÓTICA SISTÊMICA
Ronaldo Henn (Unisinos, RS)
RESUMO - O trabalho associa semiose com conectividades
sistêmicas e a possibilidade metodológica de se investigar
processos de produção através de uma cartografia
das operações que se dão nessas conexões.
Defende-se que qualquer semiose e, em especial, as que se engendram
nos processos midiáticos, desenvolvem-se por interações
entre sistemas em cujas conexões afloram-se questões relevantes
na operacionalização dos mais diversificados formatos
de linguagem. Aponta-se para uma semiótica de cunho sistêmico
e sua importância na investigação dos processos
comunicativos.
Palavras-chave: semiose, mídia e sistemas
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