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V Encontro dos Núcleos de Pesquisa - Dia 9/9


NP-01. Teorias da Comunicação


A Questão da Teoria da Recepção na Produção Literária Atual
lilian fontes moreira (ECO)
com a preocupação de pensar a cultura contemporânea, a incidência das mídias eletrônicas, da informática e da interferência da imagem na produção de novas formas de saber, o presente trabalho visa investigar os reflexos destas mudanças na narrativa romanesca e como os leitores, contaminados por um modo de vida que valoriza a ação instantânea e o uso excessivo da imagem estão se comportando diante do ato de leitura. Traçaremos, portanto, um estudo sobre a teoria da recepção na produção literária partindo do suposto que as novas tecnologias criaram uma nova relação autor-leitor. mini-currículo: graduação: arquitetura Universidade Santa Úrsula, 1982 Pós-graduação na Escola de Comunicação da UFRJ, 1995 a 1997, quando defendeu a tese A Linguagem do Romance nesse novo tempo.Escritora, com 5 livros publicados.
Palavras-Chaves: Teoria da recepção, lpensamento comunicacional, paradigma

Comunicação e Autopoiese
Alcioni Galdino Vieira (PUC)
Resumo: Este trabalho aborda a Comunicação Social do ponto de vista do seu funcionamento sistêmico, com base na Teoria Sistêmica Sociológica elaborada pelo sociólogo alemão Niklas Luhmann. Uma teoria que compreende os fenômenos sociais como sistemas autopoieticos em seus entornos e a comunicação como substrato da sociedade. Minicurrículo: Alcioni Galdino Vieira é publicitária, musicista, doutoranda em Comunicação e Semiótica pela PUC, SP, coordenadora do curso de Publicidade e Propaganda e professora responsável pelas disciplinas de Multimídia, Arte Publicitária, Planejamento Gráfico, Editoração Eletrônica e Marketing Internacional nos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Administração da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA).
Palavras-Chaves: Comunicação, Autopoiese, Teoria Sistêmica Sociológica

Comunicação e trabalho: as transformações do trabalho na empresa de comunicação
Roseli Fígaro (ECA-USP)
O artigo trata de projeto de pesquisa voltado às empresas de comunicação – radiodifusão, imprensa, publicidade e internet – com o objetivo de conhecer as mudanças que vêm se dando na organização do trabalho nestas empresas e como os profissionais da área têm enfrentado tais mudanças, ou seja, o impacto que causam no processo de trabalho, na produção cultural e nas relações interpessoais no local de trabalho. O aporte teório-metododológico fundamenta-se na abordagem dos estudos de recepção, privilegiando os conceitos de mediações culturais, mundo do trabalho e hegemonia; na sociologia do trabalho, para tratar dos conceitos relativos à organização do trabalho; e na ergologia, privilegiando os conceitos relativos à atividade linguageira no mundo do trabalho. A filosofia da linguagem, através da análise do discurso, dará as referencias para a análise e interpretação do objeto empírico. Como resultados, pretendemos demonstrar, primeiro, como as transformações no mundo do trabalho nas empresas de comunicação se efetivaram alterando o perfil do profissional de comunicação; e segundo, como tais mudanças proporcionaram transformações no processo de elaboração dos produtos culturais, alargando a interdiscursividade entre os diferentes gêneros discursivos. Os resultados da pesquisa ajudarão na discussão dos currículos para formação de profissionais na área, bem como trarão contribuições para o debate sobre as políticas de regulação e democratização dos meios de comunicação.
Palavras-Chaves: empresas de comunicação, estudos de recepção, mundo do trabalho, teorias da comunicação

Comunicação, Corpo e Acontecimento
TARCYANIE CAJUEIRO SANTOS (ECA/USP)
Este artigo faz uma reflexão acerca da comunicação, pensando-a como um processo, ou seja, como um fenômeno cujo caráter inexato e complexo abdica de uma conceitualização unívoca. Nesse sentido, ao tentar respeitar e dialogar com a inexatidão de seu objeto, propõe-se que a comunicação seja abordada a partir do corpo em sua imbricação com a cultura e a natureza. Daí nascem os modos de subjetivação, ou seja as atribuições de individualidade e as suas distribuições moventes no discurso, e com eles a própria comunicação. Este insondável, que ultrapassa a linguagem e a luz, constitui-se em um acontecimento que pressupõe deixar-se devorar e ser devorado pelo corpo próprio, pelo corpo do outro e pelo corpo do mundo.
Palavras-Chaves: teoria da comunicação, corpo, acontecimento, fluxos

Desenho Teórico-Metodológico Para Estudar a Mediação Cotidiano Familiar Na Recepção
Jiani Adriana Bonin (UNISINOS)
Este artigo busca propor alguns delineamentos teórico-metodológicos para a pesquisa de recepção televisiva que toma o cotidiano familiar como lugar de inteligibilidade do processo de recepção. Mais especificamente, tendo como eixo a perspectiva das mediações, procuramos delinear proposições teórico-metodológicas para pensar a especificidade da mediação cotidiano familiar na recepção televisiva, tendo como referência da construção uma pesquisa empírica concreta de recepção de telenovela entre camponeses.
Palavras-Chaves: recepção, mediações, cotidiano familiar

Estudo Crítico da Cultura Midiática Contemporânea
Lavina Madeira Ribeiro (UNB)
RESUMO Este ensaio reflete sobre conceitos-chave para a compreensão da dinâmica da cultura midiática contemporânea, Entre eles, os conceitos de hibridismo e de desterritorialização. Releva ainda a força formativa da autoridade científica na formação de consensos e na garantia de segurança ontológica. Além disso, reflete sobre a crescente autonomia institucional da mídia na conformação de padrões identitários e delimitação da noção de sujeito na contemporaneidade e aponta os novos elementos emergentes na configuração destes padrões.
Palavras-Chaves: comunicação, conceitos, cultura midiática

Materialidade da Comunicação – Um Conceito para a Ciência da Comunicação?
Michael Manfred Hanke (UFMG)
Esta contribuição tem o objetivo de apresentar e discutir o conceito da materialidade da comunicação a partir do obra homónima publicado em alemão em 1988, e traduzido para o inglês. Materialidade da comunicação é um programa de pesquisa, que pretende indagar sobre as condições, o lugar, o suporte e as modalidades de produção de sentido, que, por si, são isentos de sentido. Foi desenvolvido no centro de estudos avançados em pós-graduação de Siegen, Alemanha, com a área de concentração denominada “Formas de comunicação e formas de vida”. Participaram neste projeto interdisciplinar pesquisadores de várias disciplinas, tais como letras e ciências sociais; e foi a busca para um consenso mínimo sobre o conteúdo específico dessa área que gerou a idéia de que qualquer comunicação precisa uma componente de materialidade, sendo este o fundamento básico do conceito. Doutor em Semiótica, em 1990, Pós-doutorado no centro de Estudos Avançados em Siegen entre 1991 e 1993, Livre-Docênte em Ciências da Comunicação, em 1998, na Alemanha. Coordena o Núcleo Vilém Flusser, onde desenvolve pesquisa sobre a Teoria da Media e Comunicação de Vilém Flusser (CNPq 2003/2006).
Palavras-Chaves: Teoria da comunicação, materialidade da comunicação, discurso não-hermenêutico

O efeito de terceira pessoa (third person effect) na comunicação
Jair Guimarães Rangel (PUC Minas)
Este artigo trata de um efeito denominado third-person effect, descrito pela primeira vez por Davidson, que considera que membros da audiência tendem a superestimar efeitos da mídia em outras pessoas mais do que nelas próprias. Desta forma, as pesquisas sugerem que uma das consequências deste efeito seja o incremento de restrições e da censura por parte do público devido à percepção de que as pessoas são vulneráveis aos efeitos danosos dos meios de comunicação.
Palavras-Chaves: Recepçã0, efeito de terceira pessoa, censura

O Espaço da Interface
Carlos Pernisa Júnior (UFJF)
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar o espaço da interface e verificar sua natureza ambígua e até mesmo paradoxal. Para isso, faz-se um levantamento de diversos autores que trabalham com o conceito para se pensar novas possibilidades de se lidar com ele. Chega-se à proposta de um pensamento que leve em consideração a velocidade e a aceleração no mundo contemporâneo e de um projeto de relativização desta aceleração em que vivemos, em função da própria existência deste espaço da interface. Minicurrículo: Doutor em Comunicação e Cultura pelo convênio ECO/UFRJ – Facom/UFJF; autor de “Interfaces: o espaço da sensibilidade no cinema”, publicado pela Cone Sul, São Paulo, 2001 e premiado no IV Festival Universitário de Literatura, promovido pela Xerox e pela revista Livro Aberto.
Palavras-Chaves: Comunicação, Tecnologia e cultura, Interface, Mídia digital

Uma leitura dos estudos dos efeitos: da era das certezas às incertezas e mistérios da recepção
Giovandro Marcus Ferreira (UFBA)
Este estudo procura descrever a evolução dos estudos dos efeitos a partir de uma leitura que articula dois grandes momentos: a era das certezas dos efeitos ilimitados, como também as certezas dos efeitos limitados. Em seguida, apresenta alguns eixos da pesquisa atual dos estudos de recepção, sobretudo a partir de pesquisas marcadas pelo domínio sociológico. Enfim, passa ao questionamento sobre os caminhos de alguns destes estudos e propõe, como abertura de diálogo, a circulação discursiva entre a produção e o reconhecimento como ponto de partida de um lugar privilegiado para se pensar a produção de sentido nos meios de comunicação.
Palavras-Chaves: Efeito, Recepção, Circulação

NP-02. Jornalismo


A ação pessoal dos jornalistas na noticiabilidade de reportagens de comportamento: a gênese das pautas no suplemento Meu Filho, do jornal Zero Hora
PATRICIA ROCHA DA SILVA (PPGCOM – UFRGS)
Resumo O texto discute a capacidade de intervenção pessoal dos jornalistas na produção de reportagens de comportamento ao se basearem na experiência vivida e compartilhada e na própria visão de mundo como parâmetros para definir o grau de noticiabilidade e conferir atualidade a conteúdos midiatizados. Para debater essas questões partiu-se da análise da gênese das pautas do caderno Meu Filho, do jornal Zero Hora, de Porto Alegre. Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo pela UFRGS, mestranda em Comunicação e Informação pela UFRGS.
Palavras-Chaves: Jornalismo, Jornalismo e repres. sociais, Identidades do jornalista, Noticiabilidade

A imprensa e a construção da memória: a representação do Ensino Superior no Vale do Sinos (RS) no jornalismo local (1969-1985)
Gisele Becker (FEEVALE), Rodrigo Perla Martins (FEEVALE)
A construção da memória da imprensa passa pela análise da representação da mesma acerca da sociedade em que está inserida. Assim, este trabalho busca analisar a representatividade do Ensino Superior no Vale do Sinos (RS) na imprensa local. Seusenvolvimento fi acompanhado de uma grande expectativa por parte da comunidade via imprensa e de uma visão entusiasta da mesma, em um contexto de grande investimento em educação pelos militares. Regionalmente, a visão construída nos jornais se dá em meio à necessidade de qualificação da mão-de-obra pelo crescimento do setor coureiro-calçadista. Neste momento temos a internacionalização da economia brasileira onde o Brasil é considerado o país do futuro. A educação e a qualificação da mão-de-obra são pautas constantes no noticiário da época, que não se apresenta neutro em relação ao panorama político, sugerindo convergência ao projeto nacional.
Palavras-Chaves: Memória, Ensino Superior, Jornalismo, Representação

A relação produção e recepção: pistas sobre a influência dos leitores na pauta da editoria de política de Zero Hora
Leandro José Brixius (Unisinos)
Resumo O artigo trata da relação existente entre a recepção e a produção noticiosa, enfocando a influência dos leitores na pauta da editoria de política do jornal Zero Hora, de Porto Alegre. O texto problematiza, a partir de referenciais teóricos, a recepção, integrando-a ao complexo processo midiático. A ação empírica na redação do jornal permite a observação das práticas produtivas e a posterior constatação da influência mútua entre produtores e receptores. Minicurrículo Mestrando da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos, São Leopoldo (RS). Jornalista graduado pela Faculdade de Biblitoteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000). Pesquisa, atualmente, a construção da objetividade jornalística em editorias de política de jornais de Porto Alegre. leandrobrixius@yahoo.com.br
Palavras-Chaves: recepção, produção midiática, rotinas de produção

A tendência do jornal
Rodrigo de Carvalho (Facasper)
A cobertura jornalística realizada pelos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo foi tendenciosa na eleição municipal em 2004, segundo pesquisa realizado pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro - Iuperj. Os jornais impressos são isentos na produção de notícias? Há uma tentativa de formação de opinião de classe? Este estudo tem a finalidade de verificar a tendência dos jornais, o caráter ideológico destes veículos de comunicação e os aspectos democráticos em questão. Rodrigo de Carvalho é sociológo e mestrando em comunicação social pela Fundação Cásper Líbero (SP)
Palavras-Chaves: jornalismo impresso, ideologia, democracia

A Vocação Política dos Blogs de Notícias: Possibilidade de Reconstituição da Esfera Pública?
Elen Cristina Geraldes (UCB)
O artigo analisa a vocação política dos blogs de notícias por meio de três características que os distinguem do jornalismo convencional: a pessoalidade do jornalista, a desconstrução da linguagem objetiva e a agilidade sem superficialidade. O jornalista- autor não tem medo de ser subjetivo e perder credibilidade, na realidade, sua subjetividade confere-lhe uma aura, suscita o surgimento de leitores-cúmplices de sua visão de mundo. Já o hibridismo de gêneros, em que a linguagem objetiva não é tão importante, permite a construção de uma cobertura mais complexa, mais aprofundada. Por meio da participação dos leitores, que comentam o conteúdo dos blogs e se colocam no papel de revisores, instaura-se um mecanismo de autocorreção.Nesse sentido, erros decorrentes da rápida apuração são atenuados pelo olhar atento dos leitores. Elen Cristina Geraldes é jornalista, mestra em Comunicação (USP) e doutora em Sociologia(UnB). É professora adjunta da Universidade Católica de Brasília. E-mail: elenger@ig.com.br
Palavras-Chaves: Blogs de notícias, Identidade do jornalista, Jornalismo Virtual

As tessituras do enredo e as construções narrativas do jornal O Globo sobre o caso “Chacina da Candelária”.
Danielle Ramos Brasiliense (UFF)
Este trabalho apresenta um ensaio de reflexões a respeito de um caso de violência contra menores que marcou a história da sociedade e da imprensa, o caso “Chacina da Candelária”. O objetivo é, sobretudo perceber as construções discursivas sobre este assunto, levando em consideração as possíveis construções das realidades e identidades a partir das narrativas jornalísticas do jornal O Globo, não só apenas no período do acontecimento, mas também em suas respectivas menções posteriores, outros fatos ocorridos no decorrer dos anos que remetem a Candelária como memória após a chacina. A prioridade deste artigo é pensar sobre a relação senso comum e construção e configuração narrativa a partir de um tempo prefigurado e refigurado por uma mediação midiática.
Palavras-Chaves: jornalismo, narrativa, identidade, senso comum

Ave Maria da Graça?: O sagrado e o profano nas narrativas da maternidade de Xuxa na Folha de S.Paulo
Vanessa Patricia Monteiro Campos (PUC-Rio)
RESUMO: O trabalho pretende analisar como as matérias publicadas no jornal Folha de S. Paulo, nos anos de 1997 e 1998, sobre a maternidade de Maria da Graça Xuxa Meneghel precisaram combinar dois tipos de estilo para a produção de narrativas jornalísticas: o funcional e o que chamamos de “resistência”. E perceber como estes textos, que relataram as tentativas de concepção, a gravidez e o parto da filha da apresentadora, Sasha Meneghel Szafir, dialogaram com a dicotomia de tratar simultaneamente o assunto como profano e sagrado. Profano, quando o processo era tratado como um fato natural, biológico. E um tema sagrado em dois níveis: pelo fato da mãe Xuxa ser sacralizada no imaginário do leitor como a criadora de uma vida, espaço comum às mulheres, remetendo a Santa Maria mãe de Deus, e como um mito-celebridade do contemporâneo. MINICURRÍCULO Formada em jornalismo (1986) e publicidade (1987) pela PUC-Rio, Vanessa Campos foi selecionada, em 1997, para a especialização em jornalismo impresso, curso criado pela Faculdade da Cidade e pelo jornal O Dia. Trabalhou por mais de 13 anos como repórter das editorias de política e cultura em jornais como Última Hora e Folha de S. Paulo. Em 1992, especializou-se na cobertura da televisão e do meio artístico, tendo atuado em revistas como Amiga, Contigo e Chiques até 2003. Iniciou mestrado em março de 2004.
Palavras-Chaves: Jornalismo, Narrativas, Xuxa, Celebridade

Blog de política e identidade jornalística: transformações na autoridade cognitiva e na relação entre jornal e leitor
Alessandra Aldé (UERJ), Viktor Henrique Carneiro de Souza Chagas (UERJ)
Resumo Este trabalho procura abordar os blogs de opinião mantidos na internet por jornalistas como objeto analítico. Vemos os blogs como um novo campo de produção jornalística, que coloca questões para a autoridade e identidade dos jornalistas: ao mesmo tempo em que orientam os leitores na busca de conteúdos, construindo percursos cognitivos, abrem um espaço de interação em que a opinião é elaborada à vista e com a participação dos leitores. Um dos aspectos deste gênero informal e cotidiano de jornalismo é a conotação positiva do debate e da argumentação, recuperando o posicionamento político negado pelos paradigmas objetivistas. Alessandra Aldé é jornalista, mestre e doutora em Ciência Política pelo Iuperj (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro), onde defendeu em 2001 a tese “A Construção da Política: democracia, cidadania e meios de comunicação de massa”, publicada em 2004 pela Editora FGV. Professora visitante e bolsista PRODOC (Capes) do Departamento de Teoria da Comunicação – FCS/UERJ. Pesquisadora associada do Doxa (Laboratório de Pesquisa em Comunicação Política e Opinião Pública), Iuperj. E-mail: a.alde@uol.com.br Viktor Chagas é estudante de graduação em Comunicação Social, pesquisador voluntário da pesquisa “Novas tecnologias e sua apropriação: histórias de vida e cidadania”. E-mail: viktor@contoaberto.org.br
Palavras-Chaves: identidade jornalística, blog de opinião, jornalismo e internet

Busca e transcriação no processo de reportagem
maria cecília guirado (Unimar)
O jornalismo, de modo geral, busca construir uma leitura em mosaico da realidade cotidiana. A reportagem, em tese, procura aprofundar um determinado tema traduzindo, em linguagem agradável, as causas - ou supostas causas - do assunto em questão, assim como indicando o estado atual dos fatos e suas prováveis conseqüências. O processo de elaboração da reportagem é um processo diferente dos demais gêneros jornalísticos, por isso requer habilidades especiais do repórter como: sensibilidade para captar fenômenos, capacidade investigativa e competência no manuseio da língua para a “transcriação” dos fatos.
Palavras-Chaves: jornalismo impresso, reportagem, investigação, processo de criação

Como ser jornalista no Rio de Janeiro do início do século XX: o caso de Lima Barreto
Denilson Botelho de Deus (UniCarioca)
Este trabalho apresenta uma análise investigativa sobre o processo de construção de uma carreira jornalística e literária no Rio de Janeiro do início do século XX, tomando o caso do escritor Lima Barreto (1881-1922) como objeto de reflexão. A publicação do romance "Recordações do escrivão Isaías Caminha" é analisada sob a perspectiva da história social, desvendando os mecanismos capazes de viabilizar uma carreira de jornalista nas redações de jornais e revistas daquela época. Da mesma forma, discute-se aqui alguns aspectos relevantes da trajetória singular desse escritor.
Palavras-Chaves: Jornalismo, História, Literatura, Lima Barreto

Complexidades na relação do poder da imprensa e o segredo
Marco Antonio de Carvalho Bonetti (PUC)
O artigo avalia a relação entre o poder da imprensa e a capacidade de manutenção de segredo em casos exemplares como o Watergate e as denúncias recentes sobre corrupção da revista Veja. A metodologia utilizada foi a análise de informações disponibilizadas em veículos de comunicação, com back ground teórico apoiado nos trabalhos sobre a análise do poder de Michel Foucault. Marco Bonetti é doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP
Palavras-Chaves: Jornalismo, ética, segredo

Construindo a Profissão de Jornalista: Cásper Líbero e a Criação da Primeira Escola de Jornalismo do Brasil
Gisely Valentim Vaz Coelho Hime (UniFIAMFAAM)
Este ensaio pretende averiguar os fundamentos da criação do primeiro curso de jornalismo do Brasil - a Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero, fundada em 1943, em São Paulo – , considerando a afinidade com as demandas da categoria à época, a sintonia com os diversos modelos de prática de ensino de jornalismo na Europa e nos Estados Unidos, como também as necessidades imprimidas pela modernização do fazer jornalístico. Nessa perspectiva, consideramos o comprometimento de Cásper Líbero com as associações da classe jornalística, com a formação universitária e com o aperfeiçoamento do exercício da comunicação no País. (Mestre e Doutora pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, instituição onde também se bacharelou em Jornalismo. Membro do Conselho Científico do Núcleo Paulista da Rede Alfredo de Carvalho. Professora das disciplinas História do Jornalismo, Pensamento Jornalístico Brasileiro e Sistemas Internacionais de Comunicação. Coodenadora da Cátedra de Jornalismo e Coordenadora do Programa de Atividades Complementares do UniFIAMFAAM. e-mail: giselyhime@uol.com.br)
Palavras-Chaves: JORNALISMO – SÃO PAULO, HISTÓRIA, ENSINO DE JORNALISMO, CÁSPER LÍBERO

Dez Anos Depois do Boom dos Diários Digitais
Claudia Irene de Quadros (UTP)
Desde o boom dos diários digitais, há uma década, muita coisa sobre o jornalismo na rede mundial de computadores foi prenunciada por cientistas, profissionais da área ou aficionados pelo ciberespaço. Neste artigo, a idéia é resgatar depoimentos de jornalistas pioneiros que singram entre as turbulências e as calmarias do mercado da internet. A partir de suas perspectivas anunciadas logo depois da implantação dos jornais digitais, pretende-se verificar os prognósticos desses jornalistas em contraste com o estado da arte do jornalismo na web, suas transformações e pressupostos teóricos. Minicurrículo Claudia Quadros é doutora em Jornalismo pela ULL – Universidade de La Laguna e professora do Programa de Mestrado em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná. Pesquisa a evolução da hipermídia no jornalismo digital desde 1995 (claudiaquadros@hotmail.com).
Palavras-Chaves: jornalismo-digital, internet, jornalista

Erros nos jornais: aspecto ético e fator de comprometimento de qualidade técnica
Rogério Christofoletti (UNIVALI), Raffael Oliveira do Prado (UNIVALI)
O erro é um dado real no ambiente profissional dos jornalistas, mas a sua tolerância não só contribui para o comprometimento da qualidade dos produtos e serviços resultantes, como também pode afetar mais diretamente a vida dos cidadãos. O erro pode destruir reputações, criar confusões e gerar o caos. Entretanto, nem sempre há a percepção destes perigos. As erratas nos jornais são escassas, têm pouca visibilidade e, muitas vezes, provocam mais erros, gerando total descontrole no processo. Para verificar a incidência das retificações na imprensa catarinense, foram monitorados os três principais jornais do Estado, observando o aparecimento e identificação dos erros mais recorrentes. Em paralelo, jornalistas responsáveis pela edição e veiculação das notícias, foram entrevistados para se perceber que mecanismos de controle de erros dispõem tais empresas.
Palavras-Chaves: Erro Jornalístico, Ética, Qualidade, Credibilidade

Escândalo Impresso: o Governo Goulart em O Globo e no Jornal do Brasil
Monique Benati Rangel (UERJ)
Este artigo visa analisar como, através da concepção de transgressão moral, a imprensa construiu uma estória sobre o governo João Goulart a partir do Comício da Central do Brasil, organizando em seu noticiário, o escândalo político. Nesse contexto, a imprensa atuou como um ofício moralizador e como um fiscal do bem comum, posicionando-se como uma interface entre os supostos anseios da população e os atos dos que detêm o poder.
Palavras-Chaves: imprensa, escândalo, transgressão moral, ofício moralizador

Imprensa, Ideologia e Construção de Sentidos: a repressão como solução de conflitos
Wilson Couto Borges (FIOCRUZ)
Buscamos apresentar neste paper algumas conclusões pós-pesquisa de mestrado. Aqui, refletiremos sobre o papel que a imprensa vem desempenhando na tentativa de construção de um consenso social. Nos interessa, sobretudo, uma investigação sobre a forma como vem ocorrendo aquilo que denominamos semantização na formação discursivo-ideológica. Tal perspectiva se acentua à medida que alguns trabalhos realizados no âmbito da cobertura jornalística apontam para uma melhora dessa cobertura na abordagem sobre violência, abandonando uma tradição de sensacionalismo. Assim, partiremos daquilo que identificamos como um legado da ditadura militar na busca de colocar luz sobre uma prática que antes reifica do que atenua o conflito social – a produção de uma dada realidade por parte dos meios de comunicação.
Palavras-Chaves: Jornalismo, Repressão, Criminalidade, Consenso

Instituição e Organização Jornalística: uma distinção conceitual
Josenildo Luiz Guerra (UFS)
Este paper apresenta uma proposta de definição conceitual e descritiva do jornalismo com vistas a estabelecer parâmetros e problemas em torno dos quais a reflexão teórica deve se orientar. Ao buscar distinguir “instituição” e “organização” jornalística, aponta diferentes esferas de problemas que precisam ser consideradas separadamente, mas cujas relações de co-pertencimento não podem ser ignoradas sob o risco iminente de tanto uma quanto a outra não serem devidamente consideradas.
Palavras-Chaves: Jornalismo, Instituição, Organização

Interação Ético-Discursiva e Mídia
Vivian Urquidi (GPP/EACH/USP-Leste), Tania Ramos (FFCH/UFMG)
Tenta-se neste trabalho entender se a mídia contribui para a formação dos consensos sob uma Ética do Discurso, segundo Habermas, tematizando os acontecimentos do mundo da vida, e observar se a Ética do Discurso pode ser utilizada na construção de uma mídia mais democrática. A publicização dos fatos amplia o espaço de discussão e, conseqüentemente, as possibilidades de consensos. Pressupõe-se que a mídia possa propiciar, a partir da geração de substratos de comunicação, a ocorrência de situações dialógicas, nas quais os consensos válidos sejam gerados. Os entendimentos podem ocorrer mediante a argumentação de fontes distintas, intermediados pelos jornalistas, e a posteriori na tematização do fato em si pelos receptores das notícias. Releva-se o papel do receptor como ressemantizador e negociador de sentidos.--------------------------------------------------------------------------------------------------------------Vivian Urquidi. Professora do curso de Sociedades Complexas, Multiculturalismo e Direitos do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP-Leste e pesquisadora do Núcleo de Comunicação e Educação da Escola de Comunicações e Artes da USP. Tânia Ramos: Pós-graduanda e pesquisadora do curso de Comunicação Social da FFCH/UFMG.
Palavras-Chaves: Ética do Discurso, consenso, situações dialógicas, negociação de sentidos

João do Rio, repórter da pobreza na cidade
Denise da Costa Oliveira Siqueira (UERJ)
Resumo: Tendo como modelo a Belle Époque parisiense, o Rio de Janeiro, na virada do século XIX para o XX, sofria a transição para uma ordem capitalista urbana. Nesse contexto, o escritor e repórter João Paulo Barreto - o João do Rio - vagou pela cidade, observou parcelas da sociedade que raramente figuravam nas páginas de livros e jornais. No livro A Alma Encantadora das Ruas dedicou um capítulo às várias formas de pobreza e exploração presentes na capital federal. A partir dessa temática, os objetivos deste artigo são abordar o texto jornalístico como mediador simbólico - reflexo de um tempo e de uma cultura - e estudar as representações da pobreza como apresentadas nos artigos de João do Rio. Minicurrículo: Denise da Costa Oliveira Siqueira é professora adjunta da Faculdade de Comunicação da UERJ (da graduação, da especialização em jornalismo cultural e do mestrado). Doutora em Comunicação (ECA/USP). Graduada em Comunicação (FCS/UERJ). Editora da revista Logos, do PPGC/FCS/UERJ. Trabalhou por nove anos como jornalista colaboradora do caderno cultural Bis, da Tribuna da Imprensa, no Rio de Janeiro.
Palavras-Chaves: Jornalismo e representações so, história do jornalismo, João do Rio, cidade

Jornalismo e Criminalidade: a produção midiática da violência e suas implicações nas leis penais brasileiras
Diana Paula de Souza (ECO/UFRJ)
Diagnóstico das funções e do papel desempenhado atualmente pelo jornalismo. Abor-dagem dos meios de comunicação de massa como construtores da realidade. Exame da relação entre jornalismo e violência nas grandes cidades e suas conseqüências no pro-cesso de autoconstituição do sujeito. Estudo da influência da mídia informativa nas leis penais brasileiras. Análise dos meios de comunicação de massa como dispositivos de julgamento. Doutoranda em Comunicação e Cultura (ECO/UFRJ); Mestre em Comunicação e Cultura (ECO/UFRJ); Jornalista (FACOM/UFJF); Bacharel em Direito (Instituto Vianna Jr. – Juiz de Fora) e Especialista em Direito Penal e Proces-sual Penal (Estácio de Sá – Juiz de Fora). e-mail: diana@acessa.com
Palavras-Chaves: Jornalismo e violência, Jornalismo e criminalidade, Representação da realidade, Jornalismo e política

Jornalismo moderno na superficialidade camufla sensacionalismo bolorento no conteúdo
Leda Rosa Meneses (ECA)
O Agora São Paulo, jornal líder de vendas no segmento popular na cidade de São Paulo, apresentado por sua diretoria como uma renovação no setor, mantém estreitas semelhanças com os princípios editoriais que nortearam o extinto jornal Notícias Populares, veículo sensacionalista editado pela mesma empresa. As inovações efetivamente ostentadas pelo veículo não conseguem avançar sobre os dilemas do sensacionalismo e permitem questionar o rótulo de popular, graças à falta de intenção jornalística que privilegie as camadas mais pobres da população
Palavras-Chaves: jornalismo popular, sensacionalismo, Agora SP, Notícias Populares

Jornalismo, Ensino e Pesquisa: As Contribuições do Professor Sebastião Jorge para a Construção da Trajetória da Mídia Impressa Maranhense .
Roseane Arcanjo Pinheiro (UMESP)
Este artigo traz reflexões sobre as contribuições do pesquisador Sebastião Jorge para a construção da trajetória do jornalismo no Maranhão, a partir dos anos 80, do século XX, quando iniciou a publicação de obras sobre a origem da imprensa no Estado. Articulando as ações dos protagonistas aos cenários históricos, o professor, que fez parte do corpo docente do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão, elaborou três publicações: Os primeiros passos da imprensa no Maranhão (1987), A Linguagem dos Pasquins (1998) e Política movida a paixão: o jornalismo polêmico de Odorico Mendes (2000), resgatadas neste trabalho porque são referências no ensino do jornalismo no Estado. Entre as conclusões apresentadas estão a atuação da imprensa na constituição da identidade política do Estado e o surgimento de novas fontes para a pesquisa sobre história da mídia. Aluna do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social–Mestrado da Universidade Metodista de São Paulo-UMESP, sob a orientação do Prof. Dr. José Marques de Melo. E-mail: roseane_arcanjo@ig.com.br
Palavras-Chaves: História, Jornalismo, Maranhão, Pesquisa

Jornalismo, Poder e Mudança Social: Distinções e Convergências na Discussão sobre a Produção e os Efeitos da Mídia Noticiosa
Heitor Costa Lima da Rocha (UNICAP)
Este trabalho pretende analisar a natureza do jornalismo e sua capacidade de influir sobre a sociedade e o exercício do poder, através da avaliação de concepções de diversas tradições teóricas – teorias do espelho, gatekeeper, organizacional, do agendamento (agenda setting), da ação política, etnoconstrucionista e estruturalista -, contrastando-as com os conceitos de Habermas de esfera pública e de comunicação sistematicamente distorcida. O seu objetivo, portanto, é contribuir para a consolidação de pressupostos consistentes para o tratamento teórico do problema da ambigüidade estrutural do jornalismo, como o espaço por excelência da luta político-ideológica na contemporaneidade, ensejando, ao mesmo tempo, as ameaças de dominação (ou reprodução) e as promessas de libertação (ou de transformação da realidade social).
Palavras-Chaves: Jornalismo, Teoria e Pesquisa, História do Jornalismo, Identidades do Jornalista

Manual jornalístico e práticas contraditórias: diálogo entre o texto de Zero Hora e a trajetória da RBS
Maria Berenice da Costa Machado (Feevale)
RESUMO Para bem refletir sobre um jornal, no caso Zero Hora (ZH), de Porto Alegre, seria necessário, também, resgatar a história da sua controladora, a Rede Brasil Sul (RBS). O exercício fez emergir muitas contradições entre o código normativo do diário e a trajetória do Grupo de comunicação. Oito desses episódios trazemos para o diálogo neste estudo: o uso indiscriminado de nomes, siglas e espaços de expressão das opiniões, os cruzamentos do jornalismo – editorial – com a publicidade – comercial –, os desencontros de datas, a estrutura monopolística, os valores propagados, a relação com as pessoas e a parceria com a Rede Globo. Nossa hipótese é de que está na gênese da RBS (e de ZH) a “vocação” para o contraditório.
Palavras-Chaves: Zero Hora, Rede Brasil Sul, história, contradições

No jornalismo não há fibrose: a ruína das fontes, o denuncismo e a opinião pública
Felipe Pena de Oliveira (UFF)
O artigo envereda pela análise das conseqüências do denuncismo na atividade jornalística, principalmente na construção da opinião pública e na relação com as fontes. Como pano teórico, além de uma reflexão sobre a ética, propomos os estudos da Escola dos Anais, na França, que apontam a “ruína das fontes” como um dos principais problemas dos jornalistas, a quem chamam de historiadores do presente. A análise é permeada por exemplos recentes, como os casos “Ibsen Pinheiro” (Brasil), “Casa Pia” (Portugal) e “Larry Rother” (Brasil – Estados Unidos). Nossa hipótese é a de que o denuncismo é apenas a ponta de um longo processo de desgaste da atividade jornalística perante o público, cujas conseqüências mais imediatas já podem ser sentidas nas mudanças de relacionamento dos jornalistas com suas fontes e em novas regras de conduta determinadas pelas redações.
Palavras-Chaves: jornalismo, história, opinião pública, fontes

O consumo como agente modificador da imprensa econômica no final do século XX: rumo a um “jornalismo pedagógico”
Hérica Lene Oliveira Brito (UFRJ/FAESA)
Este artigo tem como proposta discutir o papel do consumo na economia a partir dos anos 1980 e suas implicações nas práticas da imprensa econômica brasileira. Partimos do pressuposto de que a cobertura jornalística dessa área nos grandes jornais de circulação nacional se torna mais “pedagógica” e se volta para atender a um leitor-cidadão-consumidor. O objetivo é iniciar a discussão sobre uma das hipóteses da pesquisa Paradigma neoliberal: o jornalismo econômico e a (re)invenção do Brasil no limiar do século XXI. Tomamos como referências principais para desenvolver esta reflexão teórica as abordagens sobre globalização ou cultura da mídia de Moraes (2003), Sodré (2002; 2003) e Silverstone (2002); e especificamente sobre consumo de Canclini (2001) e Slater (2001).
Palavras-Chaves: Imprensa, Jornalismo econômico, consumo, globalização

O discurso e a construção do ethos jornalístico
Maria de Fátima Costa de Oliveira (UNITAU)
O artigo versa sobre o ethos jornalístico na produção dos discursos e propõe que esta reflexão chegue aos cursos de Comunicação. É comum atrelar-se à figura do jornalista, no exercício de sua profissão, o caráter de credibilidade e isenção. A discussão aqui proposta busca a “imagem” no interior deste discurso, partindo da retórica Aristotélica de que o bom orador – já no ato de discursar - determina qual atitude tomará seu interlocutor.
Palavras-Chaves: ethos, jornalismo, discurso, identidade do jornalista

O Discurso Jornalístico: Revista Época e Veja na Cobertura Eleitoral de 2002
Aline Fernandes de Azevedo (ECA-USP)
Resumo: Este trabalho visa realizar uma análise de dois exemplares das revistas Época e Veja durante a cobertura eleitoral de 2002 com o objetivo de compreender o funcionamento do discurso jornalístico, suas coerções e formações discursivas. Investigando os mecanismos de construção discursivos e desvendando os efeitos de sentidos próprios do gênero, procuramos nessa análise dar respaldo teórico para entender como o discurso jornalístico age na sociedade que o constitui, refletindo determinada formação ideológica e dissimulando outras verdades possíveis. Minicurrículo:Aline Fernandes de Azevedo é graduada pela UNESP em Jornalismo. Atualmente é aluna de pós-graduação em nível de mestrado em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicações e Artes da USP, na linha de pesquisa Epistemologia, Teorias e Metodologia da Comunicação, sob a Orientação da Prof. Dr. Maria Aparecida Baccega
Palavras-Chaves: jornalismo, discurso, política

O ensino de comunicação: das matrizes pedagógicas aos eixos da vida universitária
Nayara Carla Teixeira (UMESP), Alexandra Buzzo Antonini (UMESP)
As universidades de jornalismo, tais como as demais universidades do país, enfrentam, ainda hoje, diversos problemas, como: negligência no ensino de disciplinas práticas, descompromisso da ciência em ultrapassar as fronteiras das universidades, falta de infra-estrutura nas escolas, inadequação didática, limitações institucionais, enfim, dificuldades que abrangem o ensino, a pesquisa e a extensão e que acabam por resultar em alunos despreparados para um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e exigente. Essa falta de sintonia entre a universidade e o campo de trabalho deve-se, em grande parte, aos primórdios do ensino de jornalismo e às suas matrizes inspiradoras. É sobre estas vertentes e as 'marcas' deixadas por elas, no Brasil, que debruça este estudo. Nayara Carla Teixeira - Publicitária formada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Unidade Arcos) e mestranda pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). E-mail: nayarateixeira@yahoo.com.br . Alexandra Buzzo Antonini - Formada em RTV e mestranda pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).E-mail:alertv@yahoo.com.br .
Palavras-Chaves: matrizes forâneas, jornalismo, ensino, pesquisa

O jornalismo contemporâneo: paradigma recodificado
Sonia Maria Lanza (PUCSP)
Este artigo reflete a produção jornalística contemporânea, especificamente, do jornal A Folha de São Paulo, enquanto textos híbridos da cultura. O jornalismo, que prioriza a função referencial, tem publicado matérias que se inter-relacionam com vários gêneros, numa mescla que extrapola tal função, resultando, com isso, em um paradigma recodificado. Tal abordagem toma estas produções não como um sistema isolado, mas como um mecanismo dinâmico da cultura que ressignifica as mensagens. Alguns textos justificam esta proposta e, embora seus traços distintivos sejam preservados, eles se misturam a outros gêneros. Nesse sentido, as matérias veiculadas de forma folhetinesca, muito recorrente em relatos da vida cotidiana, corroboram com a hipótese de que a linguagem jornalística volta-se sobre si mesma em um paradigma recodificado. Sonia Maria Lanza é Doutoranda do Programa em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), bolsista pela Capes, mestre pela mesma instituição e programa e professora em ensino superior
Palavras-Chaves: jornalismo, folhetinização da notícia, fronteira

O jornalismo de infotenimento nas páginas do jornal diário impresso de referência
Fabia Angelica Dejavite (UAM)
Com base no paradigma da sociedade da informação, este estudo visa a determinar de que maneira o jornalismo brasileiro – praticado pelo jornal diário impresso de referência (representado pela Gazeta Mercantil) – tem incorporado, abordado e apresentado o conteúdo editorial de entretenimento aos seus leitores. A conclusão principal é a de que o jornal diário impresso de referência está praticando uma nova especialidade denominada jornalismo de infotenimento. Embora seja novo, conclui-se que esse tipo de conteúdo editorial ratifica um exercício corrente da práxis jornalística.
Palavras-Chaves: jornalismo de infotenimento, jornal diário impresso de refe, sociedade da informação e entr, jornalismo e pesquisa

O Jornalismo Na Guerra Do Iraque: A Relação Entre Jornalistas, Militares Na Era Dos Repórteres Embutidos
ANTONIO MARTINS DE ARAUJO NETO (AESO e UNIVERSO)
A alocação de repórteres nas unidades de combate durante a Guerra do Iraque evidenciou o possível surgimento de uma nova categoria de correspondente de guerra: a dos jornalistas embutidos (embedded journalists). Ao governo norte-americano coube anunciar a novidade como esforço para uma melhor transparência da campanha militar. Às empresas jornalísticas e aos jornalistas restou fazer uso da “oportunidade”, apesar de um certo ceticismo. Este artigo parte desse fenômeno para analisar a complexa relação entre jornalistas e militares em período de guerra. Um breve resgate histórico e a delimitação do cenário atual levam à conclusão de que a continuidade, e não a ruptura, parece ainda caracterizar a relação entre os jornalistas e as forças armadas durante a cobertura de conflitos armados.
Palavras-Chaves: Cobertura de Guerra, Jornalismo Internacional, História do Jornalismo, Correspondentes de Guerra

O Link como Recurso da Narrativa Jornalística Hipertextual
Luciana Pellin Mielniczuk (UFSM)
Resumo - O presente texto apresenta uma proposta de tipologia para o estudo das funções dos links empregados nas narrativas jornalísticas hipertextuais. Defende-se a idéia de que para desenvolver webjornais de terceira geração, os quais empregam de maneira satisfatória os recursos oferecidos pela internet, é necessário que se estude de maneira conjunta questões relacionadas ao hipertexto, aos bancos de dados e às ferramentas de publicação. São apresentadas, também, categorizações desenvolvidas para o estudo dos links em outras áreas. Luciana Mielniczuk - Doutora em Comunicação e Culturas Contemporânea pela Universidade Federal da Bahia e professora adjunta do curso de Comunicação Social na Universidade Federal de Santa Maria.
Palavras-Chaves: jornalismo, jornalismo online, jornalismo digital, webjornalismo

O papel da reportagem investigativa na constituição da "comunidade interpretativa": um estudo sobre o caso Tim Lopes
Marcio de Souza Castilho (UFF)
Este trabalho tem o objetivo de refletir sobre a chamada reportagem investigativa na constituição da “comunidade interpretativa” jornalística a partir da análise das matérias de O Globo no caso Tim Lopes. Pretendemos esclarecer algumas questões sobre o papel do repórter investigativo, aspecto defendido e valorizado no noticiário, na formação da identidade profissional do jornalista. Ao rememorar a trajetória de Tim Lopes e o martírio da vítima em sua última apuração, os produtores de notícias acabam por reforçar o papel social da imprensa e legitimar a atuação do jornalista como investigador agindo em favor do interesse coletivo e do bem comum. Mestre em Comunicação, Imagem e Informação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atuou como jornalista de O Globo e Extra e foi repórter especial do jornal A Gazeta (ES), onde conquistou o 5º Prêmio Capixaba de Jornalismo, o Prêmio do Sindicato Nacional dos Agentes em Inspeção do Trabalho (Sinait) e o Prêmio A Gazeta de Jornalismo. Ex-assessor de Imprensa do Governo do Estado do Espírito Santo, atualmente trabalha na Assessoria de Comunicação dos Correios.
Palavras-Chaves: Jornalismo, Identidade, Narrativa

Os jornalistas e a audiência: a hipótese da audiência presumida
Alfredo Eurico Vizeu Pereira Junior (UFPE)
Este trabalho tem como preocupação central apresentar algumas questões para reflexão sobre as imagens da audiência elaboradas pelos nossos jornalistas. Entendemos que no processo de produção das notícias o público já está presentificado nos textos. os jornalistas constroem antecipadamente a audiência a partir da cultura profissional, da organização do trabalho, dos processos produtivos, dos códigos particulares(as regras de redação), da língua e das regras do campo das linguagens. Palavras-chave: jornalismo, notícias e audiência
Palavras-Chaves: jornalismo,, notícias, audiência

Os tempos no discurso do jornal: fotografia, títulos e diagramação
Elton Antunes (UFMG)
Pode-se afirmar que a problemática temporal no jornal impresso diário apresenta-se através de duas dimensões relacionadas: uma diz do seu ciclo de “aparecimento” a cada 24 horas, a sua condição de instrumento periódico; a segunda refere-se às noções temporais que constituem as formas discursivas do jornal quando produz o relato de acontecimentos. Nosso interesse nesse trabalho circunscreve-se ao segundo aspecto da prática discursiva do jornal e à maneira como podemos pensar, no âmbito da chamada análise do discurso, as modalidades de apresentação e elaboração do sentido de atualidade, tendo em vista alguns elementos específicos (a fotografia, os títulos e a diagramação) componentes do conjunto das matérias significantes que conformam o discurso jornalístico. Professor do Departamento de Comunicação Social da UFMG e doutorando junto ao Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da UFBA, linha de Análise de Produtos Midiáticos.
Palavras-Chaves: Jornal impresso, temporalidade, análise do discurso

Pesquisa Aplicada na descoberta de novas tecnologias de produção e distribuição de conteúdos jornalísticos
Walter Teixeira Lima Junior (UniFIAM FAAM)
O paper mostra como os avanços tecnológicos absorvidos pelo jornalismo atingiram em cheio o processo e difusão do conteúdo noticioso. Porém, na atualidade, o jornalismo se tornou mais cognitivo, ágil e, em alguns casos, de difusão instantânea, principalmente, após o advento da digitalização de conteúdos e a implantação de redes telemáticas. Esse processo avançará ainda mais com a TV Digital. Apesar de todo o esforço dos pesquisadores, na área da comunicação, em fornecer relevância e credibilidade à pesquisa realizada, há dificuldades da Comunicação se relacionar com outras áreas do conhecimento humano, como área que envolve as Ciências da Natureza. O objetivo desse cruzamento seria a realização de pesquisas aplicadas, portanto, cientificamente comprováveis. Minicurrículo Jornalista, professor e pesquisador. Doutor em Jornalismo Digital pela ECA/USP, pós-graduado em Consultoria em Internet (área de Exatas) e certificado Adobe Digital Video Convergence e Internet/Intranet System Programmer Analyst (ISPA). Pesquisador do Grupo de Pesquisa Comunicação e as Tecnologias Digitais, (UMESP) e coordenador do Grupo de Trabalho da História da Mídia Digital da Rede Alfredo de Carvalho.Atualmente trabalha na Assessoria de Imprensa da USP.
Palavras-Chaves: Pesquisa Aplicada, Jornalismo, Tecnologia, Ciência

Produção e distribuição das fotografias jornalísticas na web
Jorge Carlos Felz Ferreira (FESJF)
Resumo Este trabalho aborda a origem das imagens fotográficas de caráter jornalístico utilizadas por alguns sítios de notícias da web. A partir da coleta e análise de mais de 350 imagens veiculadas por portais e webjornais, verificamos que grande parte do material tem origem nas quatro maiores agências internacionais de notícias. Empregando como suporte metodológico a análise de conteúdo, foi possível levantar uma série de dados que nos permitem assim, discutir o emprego de imagens de agências em detrimento da produção de suas próprias equipes. Procuramos ainda refletir sobre as inevitáveis conseqüências dessa influência das agências internacionais sobre o conteúdo exibido pelos sítios. Jornalista e repórter fotográfico. Especialista em Comunicação e Semiótica (PUCSP) e Mestre em Comunicação Social pela UMESP (2005). Professor Assistente - Fotografia na Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora (MG)
Palavras-Chaves: Comunicação, jornalismo, webjornalismo, fotojornalismo

Rotinas e Estratégias dos News Promoters na Cobertura Política Nacional: O Cotidiano da Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência da República
Fábio Henrique Pereira (UnB), Ana Guerreiro Lacerda (UnB), Michelle Matilde Mattos dos Santos (UnB)
Neste artigo investigamos as rotinas e estratégias utilizadas pelos funcionários que trabalham na Secretaria de Imprensa e Divulgação da Presidência da República (SID) junto aos jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto. O objetivo é analisar o papel dos assessores de imprensa no agendamento e construção do noticiário sobre o presidente Lula. Para isso, acompanhamos, durante quatro duas – de 11 a 14 de janeiro de 2005 – o cotidiano da SID e o trabalho dos setoristas que trabalham no Comitê de Imprensa do Palácio do Planalto. Ao final, analisamos o processo pelo qual a SID busca fazer coincidir suas necessidades de divulgação de eventos à demanda diária dos setoristas do Planalto. Entendemos que a credibilidade dos assessores se constrói pela capacidade de produzir informações confiáveis e em consonância com as rotinas e deadlines dos jornalistas.
Palavras-Chaves: agendamento, assessoria de imprensa, cobertura política

Trabalho Imaterial e Trabalho Jornalístico no Contexto das Novas Tecnologias de Comunicação e Informação
FERNANDA LIMA LOPES (UFRJ)
A transição de um modelo fordista de produção para um cenário em que as novas tecnologias de informação e comunicação passam a ocupar um papel central na economia trouxe maior flexibilização e acrescentou novas características ao trabalho na contemporaneidade. Muitas delas, que agora se estendem para trabalhadores de todos os ramos, são comparadas a práticas já tradicionais no trabalho jornalístico. Além dessas comparações, o artigo traz uma análise da configuração do trabalho jornalístico perante o atual contexto do capitalismo cognitivo.
Palavras-Chaves: Trabalho imaterial, inovação, trabalho jornalístico, globalização

Um passeio pela construção narrativa
MIRELLA BRAVO DE SOUZA (UFF)
Este artigo se refere ao primeiro capítulo de uma pesquisa de mestrado sobre a narrativa jornalística de personagens criminais. Entende-se que histórias são narradas desde sempre. É inútil procurar a origem das narrativas no tempo. É o tempo que tem origem nas narrativas e, como ele, a configuração da vida. Não se pode ignorar que existe uma correlação entre a atividade de narrar uma história e o caráter temporal da experiência humana. Assim, pensando a intriga como meio privilegiado pelo qual reconfiguramos nossa existência temporal e partindo do pressuposto que o jornalista não lida com fatos, mas com a narrativa desses fatos, entende-se que, ao estudar as notícias, primeiro é indispensável pensar o que é narrativa e quais as operações que envolvem seu fazer. E, relacionado aos meios de comunicação, pensar em que lugar e como, na contemporaneidade, eles se encaixam nesse processo. Minicurrículo: Graduada em Jornalismo pela FAESA/ES, pós-graduada em Estratégias de Comunicação Organizacional pela Candido Mendes de Vitória/ES, MBA Liderança e gestão de Pessoas pela UVV/ES e mestranda do curso de Mestrado em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF)
Palavras-Chaves: jornalismo, tempo, narrativa, memória

NP-03. Publicidade, Propaganda e Marketing


A Identidade Masculina Brasileira Refletida num Personagem da Campanha Nonsense
Asdrúbal Borges Formiga Sobrinho (UCB)
Resumo Este trabalho propõe-se a analisar, por meio da Semiótica da Cultura e de questões relacionadas com estudos de identidade, um personagem da propaganda, como signo capaz de representar marcas, valores e grupos sociais. O personagem é o elemento central de uma complexa estrutura simbólica, uma vez que constitui o principal elo de ligação entre o enredo e o espectador, bem como entre este e o anunciante. Como representante dos públicos e mediador do diálogo entre eles e o anunciante, o personagem e o conjunto de signos a ele relacionados facilitam a fixação da mensagem no imaginário e determinam o efeito persuasivo da propaganda sobre o comportamento do espectador. Minicurrículo Mestre em Comunicação pela FAC–UnB, doutorando em Psicologia pela UnB e professor de Linguagem Publicitária, Redação Publicitária III (para Audiovisual), Produção Publicitária para Rádio e Projetos Experimentais, na Universidade Católica de Brasília. asdru_bal@uol.com.br
Palavras-Chaves: personagem, propaganda, carência, dicotomia

A propaganda na vazante da "infomaré"
admir roberto borges (FUMEC)
Este artigo pretende fazer uma reflexão sobre o surgimento da preocupação com a integração das ciências no contexto e abordagem proposta pela Teoria Geral dos Sistemas (sistema aberto), do biólogo alemão Ludwig Von Bertalanffy. A origem sistêmica da Internet e seu desenvolvimento como um fenômeno, que tornou possível a democratização e horizontalidade da informação. O marketing, com a transmissão de dados e a interatividade, abrindo fronteiras e possibilitando uma maior aproximação com o consumidor, através de suas estratégias de relacionamento e logística. E a propaganda, que ainda não conseguiu encontrar um caminho criativo e original para desenvolver uma linguagem e uma forma adequada de mensagem para a Web.
Palavras-Chaves: Sistema aberto, Internet, Marketing, Propaganda

A Repetição como Mecanismo Persuasivo na Publicidade.
Celso Figueiredo Neto (UPM)
Não obstante a busca incessante de inovação e criatividade, a publicidade se alimenta também da repetição como mecanismo de persuasão. Neste artigo analisamos as diversas maneiras de repetir da publicidade, a saber: personagem, argumento, seriação e bordão. Cada uma dessas maneiras, dada a freqüência com que é utilizada, passou a moldar certas regras de bom uso. Este artigo se propõe a dissecar as maneiras de repetir para compreender as mais eficazes formas de utilização.
Palavras-Chaves: Repetição, personagem, argumento, seriação

Comunicação e Marketing Religioso: definições conceituais
Eduardo Refkalefsky (UFRJ)
Se o termo "Marketing" ainda enfrenta grande imprecisão conceituais, "Marketin Religioso" também carece de uma definição mais precisa. Marketing Religioso significa 80% de teologia e doutrina (conteúdo) e apenas 20% de retórica (forma). Significa, também, uma troca de valores simbólicos com o ambiente, o que garante a atualização das mensagens religiosas ao longo do tempo. Para isso, é necessário recorrer às obras de Alfred Chandler, Peter Drucker, Al Ries e Jack Trout. A conclusão é de que as igrejas têm muito mais a ensinar, hoje, do que aprender com a Comunicação e o Marketing das empresas capitalistas. Mini-currículo: Eduardo Refkalefsky é professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ) e Doutor em Comunicação e Cultura.
Palavras-Chaves: Marketing Religioso, Comunicação Religiosa, Posicionamento, Pentecostalismo

Contribuições do ensino de leitura para a criatividade em publicidade
Iris Yae Tomita (Cesumar), Teresa Kazuko Teruya (UEM)
Resumo Pelo presente artigo pretendo fazer uma breve reflexão sobre as práticas pedagógicas com relação às suas contribuições para estimular a criatividade por meio da formação de leitores autônomos. Para tanto, com base em pesquisa bibliográfica levanto algumas bases teóricas sobre as concepções e processo de leitura, as características do leitor, o papel do professor no processo de ensino e as possíveis contribuições da leitura para o desenvolvimento da criatividade no estudante de Publicidade e Propaganda. Iris Yae Tomita: Professora do curso de Comunicação Social na habilitação em Publicidade e Propaganda do Centro Universitário de Maringá (Cesumar) e pós-graduanda - Mestrado em Educação - na Universidade Estadual de Maringá (UEM). E-mail: parairis@gmail.com Teresa Kazuko Teruya: Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM), doutora em Educação pela UNESP-Marília.
Palavras-Chaves: Educação, Publicidade, Leitura, Criatividade

De Quintino Bocauyva a Duda Mendonça, breve história dos marketeiros políticos no Brasil Republicano
Adolpho Carlos Françoso Queiroz (UMESP), Bruna Vieira Guimarães (UMESP), Honorio do Carmos Neto (UMESP), Ingird Gomes (UMESP), Moises Stefano Barel (UMESP), Maria Carolina Rodriguez (UMESP), Roseane Arcanjo Pinheiro (UMESP), Patricia Sheila Paixão (UMESP)
Nesta mesa pretendemos recuperar a história dos profissionais que construíram as campanhas políticas e governamentais dos Presidentes da República do Brasil entre o final do século XIX e o XXI. escolhemos como representantes destes períodos os jornalistas Quintino Bocaiúva(1889 a 1910) e Lourival Fontes (1943 a 1954); o coronel do Exército, Octávio Costa (1967 a 1973), durante a ditadura militar; e os publicitários Nizan Guanaes (1998 a 2002) e Duda Mendonça (!985 a 2002), nas campanhas mais recentes. Do ponto de vista metodológico, fizemos uma revisão de literatura e entrevistas. E, no rol das ocnclusões que apresentamos estão a evolução das práticas comunicacionais, a diversificação dos veículos utilizados e a constatação de que a maioria destes profissionais é nordestinada, o que particulariza a nossa pesquisa do ponto de vista das influências culturais exercidas nestes períodos.
Palavras-Chaves: Propaganda Política, Marketeiros, República brasileira

Ensino e Pesquisa em Publicidade e Propaganda: a experiência na UTP - contribuições para a discussão do ensino e da pesquisa em comunicação.
Patricia Piana Presas (UTP)
A proposta deste artigo é discutir o ensino da publicidade e propaganda e sua integração com a área de pesquisa na Universidade Tuiuti do Paraná. As iniciativas na busca de possibilitar a indissociabilidade entre o ensino e a pesquisa na UTP, especificamente na habilitação de Publicidade e Propaganda, vislumbram o pensar do ensino acadêmico da comunicação através de seus professores e do repasse dos conteúdos baseado nas bibliografias existentes versus o professores pesquisadores, da UTP ou não, que têm desenvolvido vasto material de pesquisa na área. Profª. Me Patricia Piana Presas – Mestre em Comunicação e Linguagens – Universidade Tuiuti do Paraná. Profª de Marketing e TCC dos Cursos de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Relações Públicas e Profª de Publicidade e Promoção do Curso de Marketing - Universidade Tuiuti do Paraná. E-mail: patriciapiana@onda.com.br
Palavras-Chaves: Publicidade, propaganda, ensino, pesquisa

Fluxo publicitário: uma abordagem da forma seqüencial dos anúncios veiculados através dos diversos meios técnicos e suportes da publicidade
Elisa Reinhardt Piedras (PUCRS)
Resumo: O objetivo deste trabalho é construir uma abordagem dos textos publicitários não em termos de um anúncio isolado e de suas representações, mas de uma seqüência de anúncios, veiculada pelos diversos suportes e meios que permeiam a vida social. Partindo do legado dos estudos culturais, exploramos a contribuição de Raymond Williams para a discussão sobre a publicidade e sobre o fluxo televisivo, para então pensar o fluxo publicitário, caracterizado pela intertextualidade e pela fragmentação. A partir daí, propomos uma categorização que sirva para construir protocolos para a sua análise, contemplando os anúncios apresentados nos diferentes tipos de suportes e meios de comunicação, e em cada meio massivo, nos vários veículos que disponibilizam seus serviços em determinado contexto espaço-temporal. Currículo da autora: Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Mestre em Comunicação e Informação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2005, bolsista da CAPES. Graduada em Comunicação Social/Publicidade e Propaganda, pela Universidade Católica de Pelotas, 2002, bolsista do CNPq. Graduada em Artes Visuais/Design Gráfico, pela Universidade Federal de Pelotas, 2003. Bolsista da AECI para Intercâmbio na Universidad de Extremadura / Espanha, 2002. E-mail: elisapiedras@hotmail.com
Palavras-Chaves: Publicidade e propaganda, Fluxo, Anúncios, Meios de comunicação

Meios de (ensinar) Comunicação: a mensagem dos meios no ensino de Publicidade e Propaganda
José Gomes Junior (UMESP/ faenac), Adriana Barroso de Azevedo (umesp faenac), Siegfried Jorge Wehr (FAENAC)
O ensino de comunicação tem utilizado a linguagem dos meios como instrumental didático-pedagógico. O presente texto consiste em um relato de experiências no ensino de publicidade e propaganda, utilizando a linguagem e as mensagens dos meios de comunicação. O objetivo central é refletir sobre a importância da utilização deste material no processo ensino-aprendizagem da educação formal, buscando uma aproximação entre teoria e prática. Cada meio possui características diferenciadas e é responsável por desenvolver, no indivíduo, habilidades cognitivas específicas. Assim o uso dos materiais produzidos pelos meios de comunicação na sala de aula, de forma simultânea e complementar, possibilita o desenvolvimento do interesse e da atenção do aluno para o conteúdo programático convencional nos cursos de Publicidade e Propaganda. Adriana Barroso de Azevedo - Pedagoga e mestre em Educação pela UFMT. Doutora em Comunicação Social pela UMESP. Diretora do curso de Produção Editorial da FAENAC. Assessora Pedagógica do Centro de Educação a distancia - CEAD /UMESP. adriana.azevedo@metodista.br José Gomes Júnior - Mestre em Comunicação Social pela UMESP. Professor dos cursos de Publicidade e Propaganda na FAENAC e na UMESP. jgomesjr@terra.com.br Siegfried Jorge Wehr – Doutor e mestre em Psicologia social pela USP. Professor do curso de Publicidade Propaganda da FAENAC. sieg@uol.com.br
Palavras-Chaves: Comunicação, Ensino, Publicidade, Propaganda

Metamorfose De Uma Nova Publicidade.
paulo rogerio tarsitano (UMESP), simone denise gardinali navacinsk (UMESP)
A Publicidade durante muito tempo reinou quase que absoluta na Comunicação Mercadológica, na tarefa de estimular a demanda, na construção das marcas, na divulgação dos produtos, não exercendo as demais ferramentas da comunicação papel que fosse além de coadjuvantes. As mudanças na economia mundial, as evoluções tecnológicas e a homogeneização dos produtos e a conseqüente desmaterialização que os transformaram em bens simbólicos, tiveram um efeito agudo no papel da Publicidade, levando os anunciantes a adotarem uma postura em que os resultados passaram a ser mais e fortemente cobrados de suas agências. Novos tempos e recursos inversamente proporcionais à necessidade de conquistar a confiança e preferência dos consumidores exigem um realinhamento da publicidade enquanto atividade fundamental na vida dos produtos e suas marcas. Autor: Paulo Rogério Tarsitano, publicitário, diretor da Faculdade de Publicidade, Propaganda e Turismo da Universidade Metodista de São Paulo, diretor da APP - Associação dos Profissionais de Propaganda, professor de Criação Publicitária, Coordenador do GT de Comunicación Publicitária da ALAIC, professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação da UMESP, Coordenador Nacional da EXPOCOM. Simone Denise Gardinali Navacinsk, relações públicas, publicitária, coordenadora da Agência de Comunicação Mercadológica da UMESP, professora de Oficina de Propaganda, mestre em Ciências da Comunicação pela UMESP, coordenadora geral da EXPOCOM.
Palavras-Chaves: publicidade, mudanças;, marcas, marketing

Na prática, a teoria é outra? A publicidade & propaganda goianas no banco de escola*.
Goiamérico Felício Carneiro dos Santos (UFG)
Este trabalho se propõe a situar a constituição do campo comunicacional brasileiro para se proceder ao resgate da inserção do ensino e da pesquisa assumidos pela academia universitária a partir do ensino de jornalismo até a instituição do ensino das outras disciplinas congêneres, como a publicidade e propaganda. Em Goiás, a instauração do curso de PP tem provocado expectativas de renovação do quadro profissional de publicidade e propaganda, mas também polêmicas e rejeições por parte de uma parcela de profissionais. Propomos-nos, enfim, a discutir as relações conflituosas entre a construção teórica e a prática profissional da publicidade e propaganda goianas.
Palavras-Chaves: Campo comunicacional, Ensino e pesquisa, Publicidade e propaganda, Campo teórico

O duplo papel das pesquisas eleitorais: eleitora de quem está na frente, adversária de quem está atrás
Sérgio Roberto Trein (UNISINOS)
Resumo As pesquisas têm exercido grande influência sobre a decisão de voto do eleitorado. Especialmente nos pleitos onde há um número maior de candidatos, parece haver um certo interesse da mídia em que haja uma polarização entre os candidatos mais bem colocados nas pesquisas eleitorais. Desta forma, as pesquisas passam a ocupar um papel todo especial no processo eleitoral, com efeitos nem sempre muito agradáveis à maioria dos candidatos. A partir de estudos como a espiral do silêncio, desenvolvidos por Elisabeth Noelle-Neumann, este trabalho procura mostrar como o fenômeno do “voto útil” pode sepultar candidaturas potencialmente viáveis. Minicurrículo: Publicitário, com atuação em Marketing Político. Trabalhou em agências de marketing político, como Duda Mendonça e Pública Comunicação. Atualmente, presta consultoria em campanhas eleitorais e propaganda política a candidatos e partidos políticos. Autor de artigos apresentados e/ou publicados na INTERCOM, em 2003 e 2004; na LUSOCOM, em Portugal, em 2004; na ALAIC, na Argentina, em 2004; entre outros.
Palavras-Chaves: Campanha política, Pesquisa eleitoral, Opinião pública, Espiral do silêncio

O melhor do Brasil é o brasileiro, mas o marketing não desiste nunca
Jorge Almeida (UFBA), Sante Scaldaferri (UFBA)
Este trabalho analisa peças para TV e o site do movimento “O melhor do Brasil é o brasileiro”, particularmente da sua primeira campanha “Eu sou brasileiro e não desisto nunca”, espécie de “Parceria Público-Privada” de marketing político entre o Governo Federal e a ABA (Associação Brasileira de Anunciantes). Segundo o site da ABA, seu objetivo seria “resgatar os níveis de auto-estima do brasileiro” e em maio de 2005 já contava com a adesão de 287 empresas (privadas e estatais, da mídia -como emissoras de TV e agências publicitárias- e outros ramos) e organizações da sociedade civil, numa aliança publicitária com o governo. Aliança esta que não deixa de assumir um caráter político.
Palavras-Chaves: Marketing político, Governo Lula, Representação Social- Política, Auto-estima do brasileiro

O Projeto Pedagógico da Faculdade de Publicidade e Propaganda da Puc-Campinas: fundamentos e avaliação
Marcio Antônio Brás Roque (PUC-Campinas), Teresinha Cristiane de Morais (PUC-Campinas)
Resumo:Este artigo tem por finalidade apresentar o processo de construção do novo Projeto Pedagógico da Faculdade de Publicidade e Propaganda da Puc-Campinas. Nesse sentido, apresenta a estrutura curricular, os fundamentos epistemológicos e pedagógicos, os eixos temáticos que dão sustentação ao Projeto Pedagógico, a metodologia de ensino e avaliação. Apresenta e discute, ainda os resultados da primeira pesquisa qualitativa com os concluintes em 2004, ano de integralização da nova proposta curricular, que buscou subsídios para possíveis readequações do Projeto Pedagógico. Autores: Márcio Antônio Brás Roque é professor e pesquisador graduado em Publicidade e Propaganda e mestre em Educação pela Puc-Campinas. Foi coordenador do curso de PP e atualmente é Diretor da Faculdade de Publicidade e Propaganda da Puc-Campinas, na qual leciona as disciplinas relacionadas à Pesquisa em Comunicação, de Marketing e de Opinião. É também professor orientador de Projeto Experimental. Teresinha Cristiane de Morais é professora e pesquisadora graduada em Ciências Sociais, mestre em Sociologia e Doutora em Educação pela UNESP de Araraquara. Leciona nas Faculdades de Publicidade e Propaganda e Relações Públicas da Puc-Campinas nas disciplinas relacionadas à Opinião Pùblica, Pesquisa em Comunicação, Pesquisa em Relações Públicas e Assessoria em Projeto Experimental.
Palavras-Chaves: Publicidade e Propaganda, Projeto Pedagogico, Educação e Ensino, Currículo

Os Efeitos do Poder
Dulce Adélia Adorno-Silva (PUC-Campinas)
RESUMO: Para comprovar a tese de que a linguagem da propaganda nas guerras é responsável por desencadear os efeitos do poder (Foucault), nos quais se situam os indivíduos que constituem as massas, parte das três dimensões do desenvolvimento humano: o fabrico, decorrente do uso das mãos, foi responsável pela evolução da técnica; o olhar dirigiu a ação humana para intervenção na natureza e expansão do território; e a linguagem responsável pelo empreendimento, no qual se situa a guerra, que não mais se faz corpo-a-corpo, por causa da evolução das tecnologias, incluindo-se as de comunicação. Conclui que, nas guerras modernas, como fez Hitler na Segunda Guerra Mundial, o poder usa e controla as linguagens usadas como propaganda de guerra, principalmente as da TV para tornar os indivíduos efeitos do poder. Doutora, em 2001, pela UNICAMP em Educação, Sociedade e Cultura – tese: A Mente Controlada (249 páginas); líder do grupo Propaganda, Significação e Sociedade (linha: Comunicação e Sociedade e projeto: Poder, Propaganda e Violência - IC duas orientações: uma concluída, outra em andamento e 5 propostas; Congressos com apresentação de trabalhos: a) internacionais: Colóquio Brasil-França/2004, XIII Colóquio da AFIRSE/AIPELF – e XVII Colóquio – ADMÉE- Europa/2004 – Universidade de Lisboa; Publicações últimos cinco anos em periódicos: 9 artigos científicos (125 páginas); 10 artigos em jornais de Campinas; 1 artigo em revista; 11 participações em eventos.
Palavras-Chaves: Propaganda política, efeitos do poder, características da massa, linguagens das guerras

Os formatos de anúncio e o mercado do rádio no Brasil
Clóvis Reis (FURB)
A análise da propaganda radiofônica emitida no Brasil indica que a escolha dos formatos de anúncio depende das características do anunciante, do seu objetivo publicitário e do modelo de programação da emissora que veicula a mensagem. Em geral, os anunciantes de âmbito nacional difundem a propaganda no rádio para melhorar a imagem de marca. Com este fim, emitem jingles e patrocínios. Por outro lado, as empresas de atuação local utilizam o rádio para promover vendas, emitindo principalmente spots. As emissoras com maior difusão de propaganda são aquelas que transmitem uma programação especializada para audiências segmentadas. Tais relações mostram que existe um padrão de funcionamento da propaganda radiofônica.
Palavras-Chaves: Rádio, Propaganda, Publicidade, Formato de anúncio

Pós-modernidade e publicidade: a “desinvenção” da infância
Juliana Tonin (PUCRS)
O objetivo deste artigo consiste em compreender a intervenção da publicidade contemporânea no imaginário infantil através da análise da campanha da RBS “O Amor é a Melhor Herança, Cuide da Criança”. Para defender os direitos da criança, a campanha utiliza como protagonistas os personagens maus das lendas e contos, a Bruxa, o Boi-da-Cara-Preta, o Diabo, a Mula-Sem-Cabeça, o Bicho-Papão e o Lobo Mau, fazendo-os afirmar a inversão de suas condutas morais: todos são bons. Tenta-se compreender e eliminação do mal como possível resultado de uma atualidade que vive, conforme a perspectiva de Baudrillard, um excesso de positividade.
Palavras-Chaves: publicidade, imaginário, infância

Produção Publicitária Midiática: Aspectos Éticos
Mariângela M. Toaldo (ESPM)
O artigo propõe como objetivo principal analisar problemas morais e dilemas éticos referentes às relações que o publicitário desenvolve com diferentes públicos a partir das mensagens que elabora e veicula através da mídia. Para tanto, busca-se, num primeiro momento, identificar, em casos publicitários analisados pelo CONAR, conflitos entre tais relações; identificar problemas morais e dilemas éticos causados por tais conflitos no âmbito publicitário e, por fim, promover uma reflexão sobre as implicações da existência dos mesmos para as partes envolvidas num conflito, para a imagem do próprio profissional de publicidade, para a atividade em si e a sociedade contemporânea. Mariângela M. Toaldo é Doutora em Comunicação Social pela PUCRS na área de Ética Publicitária; professora e coordenadora do Núcleo de Pesquisa da ESPM/RS; membro do CONAR. mtoaldo@espm.br
Palavras-Chaves: Atividade Publicitária, Publicitário, Problemas Ético-Morais, Relações Profissionais

PROPOSIÇÃO DE UM MODELO DE RELAÇÃO ENTRE COMUNICAÇÃO POLÍTICA ELEITORAL, DECISÕES DOS CIDADÃOS E SATISFAÇÃO FUTURA
Alam de Oliveira Casartelli (PUCRS), Neusa Demartini Gomes (PUCRS)
Os estudos de satisfação na área do marketing são atuais. Essas expectativas de satisfação são geradas, em grande, parte pelo processo de comunicação que é realizado pelas organizações e pelos indivíduos que fazem parte dela. No campo político esse fato também é verdadeiro, visto que os eleitores acabam ficando satisfeitos com seus governantes através de um processo comparativo entre as expectativas geradas anteriormente pela comunicação política e o desempenho dos gestores políticos. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva junto a eleitores do atual Presidente da República e Governador do Estado do Rio Grande do Sul, procurando responder a seguinte questão: Qual modelo pode representar uma relação entre comunicação política eleitoral, decisões dos cidadãos e satisfação futura?
Palavras-Chaves: Comunicação, Política, Eleições, Satisfação

Regimes de presença e perfis políticos em processos eleitorais
Maria Dalva Ramaldes (UFES)
A pesquisa se insere no percurso da análise semiótica e identifica os efeitos de sentido de presença gerados por diferentes modalidades de encenação utilizadas por candidatos em processos eleitorais, tomando como corpus o segundo turno do Horário Gratuito Eleitoral da campanha presidencial de 2002, com breves inserções em outros momentos da história política brasileira. A análise se desenvolve com base nas modalidades de encenação que regem o “jogo político”, traçadas pelo sociossemioticista Eric Landowski a partir da metáfora cênica.A comparação de estratégias cenográficas vai definir os regimes de presença que cofiguram nossa compreensão dos perfis políticos como resultante de elaborações discursivas em conteúdo e expressão. A finalidade de tal proposta é atestar a ativação simultânea de diferentes dimensões de sentido na configuração da imagem pública dos atores políticos. Maria Dalva Ramaldes: Jornalista. Dra em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP.Professora do departamento de Comunicação Social da Ufes.
Palavras-Chaves: Comunicação, política, imagem pública, perfis políticos

SAÚDE E IMAGINÁRIO POPULAR
Maria helena Steffens de Castro (PUCRS)
Realizando um cruzamento original entre matérias jornalísticas e o discurso publicitário, esse trabalho analisa os anúncios sobre produtos que tinham como enfoque a saúde, discutindo as relações possíveis entre esses dois campos da criatividade verbal. A análise aborda as pioneiras iniciativas da publicidade gaúcha, em escala de massa, empreendidas pela Revista do Globo, uma das mais importantes revistas que circulou no Brasil, de 1929 a 1967 e editada na capital do estado do Rio Grande do Sul, a cidade de Porto Alegre. Publicidade e saúde, são temas que nunca saem de moda e, quando transformados em um só, permitem repensar os fatores que influenciaram a qualidade de vida do homem moderno.
Palavras-Chaves: saúde, publicidade, jornalismo, imaginário popular

Um produto no MAM – considerações sobre consumo, cultura, identidade e o ensino da Comunicação na construção de comunidades interpretativas.
Lara Regina Moralles espinosa (UNISINOS)
Resumo: A partir da instalação dos “Irmãos Campana” no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, observa-se o desenvolvimento do consumo e considera-se o chamado “consumo consciente”, como aspecto cultural que colabora na construção da identidade do consumidor atual. Nessa construção, interagem comunidades interpretativas onde é preponderante o papel da educação. Do ponto de vista epistemológico, defende-se o estudo da Arte e o fazer artístico nos Cursos de Publicidade e Propaganda, como apoio para o desenvolvimento da imaginação para a emancipação social. Currículo:Doutora em Comunicação, Professora da UNISINOS-RS no Curso de Comunicação, nas disciplinas de Mídia e Cultura e Psicodinâmica das Cores, Coordenadora do Curso de Especialização Latu Sensu, Design Gráfico-Arte na Comunicação. Professora no Curso de Arquitetura da PUCRS, na disciplina de Design I, Programação Visual.
Palavras-Chaves: Arte, consumo, publicidade, ensino

NP-04. Produção Editorial


A edição de diários íntimos e o caso de Anne Frank
Andréia Sanchez Moroni (UAB)
O presente trabalho tem por objetivo investigar o processo de edição de diários íntimos, evidenciando o papel que o editor pode desempenhar ao dar aos textos sua forma final. Para isso, conceitua primeiramente este gênero literário a partir das visões de Pierre Lejeune e Maurice Blanchot. Em seguida, analisa a variedade de títulos disponíveis no mercado para verificar qual a motivação para se publicar diários íntimos. Em seguida, estuda o caso da edição dos diários de Anne Frank, revelando as intervenções feitas em cada uma das edições e propõe uma abordagem do diário publicado antes de mais nada como livro, mostrando o quanto este se diferencia dos diários originais. Andréia Moroni é bacharel em comunicação social com habilitação em editoração pela ECA/USP, doutoranda em Teoria Literária e Literatura Comparada na Universidade Autônoma de Barcelona, com o apoio do Programa Alßan, Programa de bolsas de alto nível da União Européia para América Latina, bolsa n. E04D040925BR.
Palavras-Chaves: Editoração, Edição, Diários íntimos

A Revolução da Brochura: Experiências de Edição de Livros Acessíveis na Europa nos Séculos XIX e XX
Livio Lima de Oliveira (ECA-USP)
Este artigo visa apresentar as principais experiências de edição de livros a preços acessíveis iniciadas, de forma mais automatizada, em fins do século XVIII. Tais iniciativas surgiram na Europa Ocidental (principalmente na França, na Inglaterra e na Alemanha) e, em decorrência da Segunda Guerra Mundial, atravessaram o Atlântico. Os imigrantes advindos da Alemanha, principalmente, foram os responsáveis pelas mesmas tentativas de edição nos EUA.
Palavras-Chaves: Livro de bolso, Livro de preço acessível, História do livro, Revolução da Brochura

Anatole Louis Garraux e o comério livreiro em São Paulo (1860-1890)
Marisa Midore Deaecto (FFLCH-USP)
Com base em documentos notariais e no testamento de Anatole Louis Garraux, o presente texto aborda aspectos biográficos e da conjuntura do comércio de livros no século XIX. Negociante francês, que se instalou na cidade de São Paulo em 1860, ele se tornou o maior livreiro da cidade nas últimas décadas do século. Entre o processo de instalação da Casa Garraux no Brasil e sua consagração no meio intelectual local, descobrimos que foram variados os seus empreendimentos e suas relações com o comércio franco-brasileiro. Todas, porém, situam-se nesse período de expansão do comércio de bens de consumo franceses. Nesse sentido, o livro será abordado na perspectiva de expansão do capitalismo editorial francês, sendo A. L. Garraux seu principal agente na capital paulista.
Palavras-Chaves: São Paulo, circulação de livros, Casa Garraux, biografia

Mercado Editorial Infantil em São Paulo – O Mercado em Perspectiva
Lidiane Campos Britto (UMESP)
Este artigo se originou de um trabalho de conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão Empresarial, e tem por objetivo analisar o cenário mercadológico das editoras que publicam atualmente livros infantis na cidade de São Paulo, traçando, dessa forma, um panorama geral das principais dificuldades e oportunidades de negócios no segmento. Para tanto, além da bibliografia disponível relacionada ao tema, foi coletado material relativo à economia, marketing e educação no país. Além disso, uma pesquisa de opinião com editoras, associações, autores e bibliotecas foi imprescindível para que as informações pudessem ser fundamentadas de maneira criteriosa e objetiva. Assim, é compreender as engrenagens do setor e, dessa maneira analisá-las sob a ótica mercadológica. Minicurrículo: Graduação em Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica do Salvador, Especialização em Gestão Empresarial pela Universidade Cruzeiro do Sul (SP), Mestranda em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo. Docente da Universidade Cruzeiro do Sul nos cursos de Administração, Gestão de Marketing, Secretariado Executivo e Secretariado Executivo Bilíngüe. E-mail: lidiane_britto@yahoo.com.br
Palavras-Chaves: Mercado, Editorial, Editora, Infantil

O Jornal e a Leitura no Oitocentos Brasileiro
Patrícia Kátia da Costa Pina (UESB)
Este trabalho pretende estudar práticas editoriais próprias do século XIX brasileiro, associadas à produção literária (ou não) publicada nos jornais, sua circulação e sua recepção, a partir do enfoque de textos publicados por Machado de Assis na imprensa da época. Trata-se de um estudo da importância da diagramação das páginas, da relação texto/anúncio, do uso de imagens, do tipo utilizado para a impressão do texto, do tamanho do periódico, enfim, das estratégias dos tipógrafos/editores de jornais, no Brasil do oitocentos, a fim de que pudessem aproximar do jornal uma sociedade oralizada por séculos de um colonialismo controlador do impresso. A História da Leitura produzida por Roger Chartier, bem como reflexões de Luiz Costa Lima e outros estudiosos da cultura impressa, fundamentam este estudo.
Palavras-Chaves: Cultura escrita e cultura oral, Suportes da escrita, Práticas editoriais

O livro no jornalismo cultural impresso e televisionado
Monica de Fatima Rodrigues Nunes (Umesp)
Resumo: Este trabalho enfoca como o caderno Ilustrada, do jornal Folha de S. Paulo, e o programa Metrópolis, transmitido pela TV Cultura – veículos voltados para as artes e espetáculos – , divulgam livros. Através de uma abordagem quantitativa, descrevemos as especificidades das matérias sobre livros, publicadas e exibidas pelos veículos analisados, no período de dez a quinze de dezembro de 2001. Também buscamos semelhanças e diferenças em relação ao conjunto dos temas publicados na Ilustrada e abordados no Metrópolis. Minicurrículo: Graduada em comunicação social com habilitação em jornalismo. Mestre em ciências da comunicação pela Universidade Metodista de S. Paulo, onde apresentou a dissertação: “Cultura também é notícia: jornalismo cultural no impresso e na TV”. Desde 2001 está desenvolvendo seu doutorado na Umesp. É bolsista CAPES. Atualmente está fazendo estágio de doutorado na Universidad Complutense de Madrid com bolsa (doutorado sanduíche) CNPq. E-mail: monicanunes_br@yahoo.com.br
Palavras-Chaves: livro, jornalismo cultural, jornal, televisão

O Periódico científico na área de Humanidades: critérios de avaliação
Ana Claudia Gruszynski (Fabico/UFRGS), Antônio Marcos Vieira Sanseverino (UniRitter)
No presente artigo discutimos critérios de avaliação de periódicos científicos, tanto no que se refere ao conteúdo a ser avaliado pelos pares, quanto aos aspectos formais e materiais da apresentação do texto. Buscamos problematizar algumas convenções a eles relacionadas, evidenciando necessidades de uma comunidade acadêmica no que tange à comunicação científica. Enquanto construções historicamente delimitadas, tais critérios devem ser continuamente reavaliados e discutidos.
Palavras-Chaves: Produção editorial, Periódicos científicos, Comunicação visual

O Que liam os cariocas no século XIX?
Tania M.T.Bessone Cruz Ferreira (UERJ)
O presente trabalho tem como objetivo analisar as leituras mais apreciadas ao longo do século XIX no Rio de Janeiro. Destacarei aqui alguns autores e textos de romances folhetins, e as formas mais comuns de divulgação, através da imprensa carioca. O número de leitores em potencial na cidade do Rio de Janeiro era maior que no conjunto das cidades brasileiras da época. Apesar de muitas tipografias apostarem em publicações de literatura em geral o gosto pela leitura não se concentrou apenas em romances de qualidade, mas também nos romances folhetins franceses que fizeram muito sucesso, como pode se depreender pela sua presença em diversas bibliotecas particulares, pelos comentários na imprensa e pelos anúncios nos jornais.
Palavras-Chaves: circulação de livros, leitores cariocas, relações culturais séc. XIX, História cultural

Pistas dos irmãos Garnier- notas sobre a contribuição dos livreiros franceses na formação da literatura infantil brasileira
Andréa Borges Leão (UFC)
Este artigo tem como objetivo a análise do percurso dos livreiros-editores Irmãos Garnier, notadamente das estratégias de venda, difusão e tradução dos livros franceses no Brasil. Como modelo da política de exportação da indústria editorial francesa e, com isso, de formação do patrimônio de obras necessário ao desenvolvimento de nosso comércio livreiro e autonomia literária, o artigo destaca as coleções para crianças e jovens, apresentadas nos catálogos de venda da livraria carioca de Baptiste-Louis Garnier para o ano de 1858, e de seus sucessores, para 1920. Os Garnier apostaram na longevidade do gênero “clássicos infantis”, reeditando-os e adaptando-os, o que demonstra uma intrincada rede de relações entre sua filial latino-americana e a matriz francesa, bem como os efeitos de um trabalho de formação do gosto literário das crianças e jovens brasileiros.
Palavras-Chaves: comércio livreiro, história editorial, literatura infantil e juvenil, coleções infantis e juvenis

Políticas públicas para o livro e a leitura na Sociedade da Informação e sua influência na indústria editorial de Salvador
Othon Jambeiro (UFBA), Jussara Borges (UFBA), Susane Barros (UFBA)
No Brasil, têm sido muitas as tentativas de se formular políticas para o livro e a leitura, mas na maioria dos casos, elas têm se constituído em programas descontinuados. Este tra-balho busca: 1) identificar e analisar as políticas nacionais e locais de incentivo à leitura, fixadas pelos governos; 2) seus reflexos na indústria editorial de Salvador. A metodologia da pesquisa envolveu a realização de entrevistas com atores da cadeia produtiva editorial; levantamento de dados junto às editoras; análise das políticas relativas ao livro e à leitura; tratamento e análise dos dados. O estudo conclui pela necessidade de: implementação de políticas que estimulem iniciativas e investimentos na indústria editorial; e criação e/ou desenvolvimento de bibliotecas públicas e escolares, a elas conferindo recursos financeiros para a aquisição de livros nas editoras locais. Minicurrículos: Othon Jambeiro é PhD (University of Westminter, Londres) Professor Titular do ICI/UFBA. Jussara Borges é Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFBA. Susane Barros é Graduanda em Biblioteconomia pela UFBA e bolsista de Iniciação Científica/CNPq.
Palavras-Chaves: Indústria editorial - Salvador, Produção editorial – Salvador, Livro, Política do livro

Proposta de uma matriz curricular para o Curso de Comunicação Social com Habilitação em Produção Editorial
Eniel do Espírito Santo (FHR)
Este artigo parte das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Comunicação Social, estabelecidas pelo Ministério da Educação, relacionando-as com uma proposta de matriz curricular para a Habilitação de Produção Editorial; detendo-se no perfil estabelecido para o egresso de Comunicação Social, bem como nas competências e habilidades que devem ser desenvolvidas na habilitação. É uma referência para aqueles que buscam compreender a formação acadêmica do profissional de Produção Editorial. O autor é Mestre em Gestão Integrada de Organizações pela Universidade do Estado da Bahia; Especialista em Psicologia Organizacional pela Universidade do Salvador e Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Camilo Castelo Branco. Atuou como Gestor de Produção Editorial e Gráfica na Editora Abril, Editora Panini Brasil, Prêmio Editorial e Área Tecnológica Gráfica do SENAI/BA.
Palavras-Chaves: Comunicação Social, Produção Editorial, matriz curricular, diretrizes curriculares

NP-05. Relações Públicas e Comunicação Organizacional


A Importância Do Planejamento Da Comunicação No Processo De Uma Comunicação Eficaz. Um estudo de caso
Rosalina Semedo de Andrade Tavares (FEA/USP), Carlos Mendes Tavares (FSP/USP), Ana Cristina Limongi França (FEA/USP)
Este trabalho tem como objetivo analisar a importância do planejamento da comunicação organizacional no desenvolvimento da comunicação interna eficaz. Foi desenvolvido um estudo de caso, onde foi realizada a análise da literatura existente, abordando conceitos relacionados ao “planejamento da comunicação organizacional”; “comunicação interna integrada”; “comunicação organizacional”. A partir destes aspectos e conceitos elaborados, foi desenvolvida uma pesquisa de campo, de natureza exploratória, descritiva, qualitativa e quantitativa que envolveu 79 funcionários de uma empresa do ranking das “100 Melhores Empresas para Você Trabalhar”, do Brasil. Os achados, a partir das análises descritiva e de correlação, apontam que existe uma forte correlação entre as variáveis planejamento da comunicação organizacional e comunicação interna eficaz.
Palavras-Chaves: planejamento da comunicação or, comunicação organizacional, comunicação interna

A Ouvidoria Universitária como espaço de interlocução com os diferentes públicos do ensino superior
Laura Maria Gluer (IPA)
Resumo O presente artigo aborda a Ouvidoria Universitária como espaço de interlocução com os diferentes públicos do ensino superior. À luz da comunicação organizacional, tendo como foco a discussão conceitual acerca dos diferentes públicos da organização, propõe uma nova abordagem para o público integrado pelo alunos de uma IES, tendo por base a conceituação lógica de França (2004) em públicos essenciais e não-essenciais e públicos de redes de interferência. Laura Maria Gluer - Bacharel em Comunicação Social – Jornalismo (UFGRS), especialista em Comunicação Organizacional (PUCRS) e mestre em Comunicação Social (PUCRS). Atualmente, é aluna especial do Doutorado em Comunicação Social (PUCRS).
Palavras-Chaves: Ouvidoria Universitária, Comunicação Organizacional, Públicos

A Relação entre a Identidade Projetada e a Percepção dos Funcionários
Ana Luisa de Castro Almeida (PUCMINAS)
Este artigo analisa as percepções do público interno sobre os atributos projetados pela organização com o intuito de construir sua imagem. Entendemos identidade projetada como os sinais explícitos e implícitos através dos quais a organização expressa seus atributos-chave a seus públicos internos e externos, por meio de seu processo de comunicação corporativa. Nesta pesquisa buscamos entender como a empresa se auto-apresenta e qual o grau de adesão do público interno ao que é projetado. Mais especificamente, que atributos são definidos e deliberadamente escolhidos pela alta administração, para enfatizar determinadas características, e qual o nível de concordância e atratividade na percepção dos funcionários. Bacharel em Relações Públicas e Jornalismo (PucMinas), especialista em Comunicação Integrada (PucMinas), mestre em Comunicação (UFRJ) e doutora em Administração (UFMG). Docente da Faculdade de Comunicação e Artes da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Palavras-Chaves: identidade projetada, comunicação organizacional, gestão organizacional

As Relações Públicas como gestor da imagem e a importância da mensuração dos resultados em Comunicação Corporativa.
Valéria de Siqueira Castro Lopes (UniFIAMFAAM)
Resumo: O presente artigo discute as práticas de mensuração e valoração de resultados em Comunicação e apresenta os resultados da pesquisa de campo desenvolvida como parte da tese “A gestão da imagem corporativa: um estudo sobre a mensuração e a valoração dos resultados em Comunicação Corporativa e Relações Públicas” defendida na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, sob orientação da Profa. Dra. Margarida Krohling Kunsch. Constatou-se que a mensuração não é um processo sistematizado e a valoração de resultados não é praticada, pois os profissionais de Comunicação Corporativa e de Relações Públicas não possuem formação que os capacite a desenvolver métodos e técnicas de valoração, o que requer trabalho e estudos de equipes interdisciplinares. Graduada em Relações Públicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e doutora pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, Valéria de Siqueira Castro Lopes é docente e Coordenadora do Curso de Graduação em Relações Públicas e do Curso de Formação Específica em Comunicação Empresarial do UniFIAMFAAM Centro Universitário, bem como professora do Curso de Comunicação Social do UNIFIEO.
Palavras-Chaves: Imagem, mensuração, Comunicação Corporativa, valoração

As Relações Públicas na Construção de Marcas: O Caso Havaianas
Deivi Eduardo Oliari (UNIASSELVI), Carolina Neotti (UNIASSELVI), Leandro Xavier Azevedo (UNIASSELVI)
Este artigo é resultado de um estudo sobre construção de marcas, que se utilizou à comprovação de fatos relacionados com a Havaianas na consolidação da marca no exterior. Durante a pesquisa foram confrontadas experiências que favorecem ao esclarecimento da maneira eficaz que deve ser aplicada as Relações Públicas para apoiar o Marketing e toda a gestão de marca que orienta as empresas que estão investindo nesta nova vertente.
Palavras-Chaves: Relações Públicas, Construção de Marcas, Marketing e Propaganda

As relações públicas na promoção do turismo em Serra Negra.
Adriany Rosa de Matos Carvalho (UFPE)
Resumo: O distrito de Serra Negra, situado no município de Bezerros, estado de Pernambuco, possui um grande potencial turístico, principalmente no que tange ao turismo em áreas rurais, ao turismo ecológico e ao turismo cultural. Contudo, para que aconteça o desenvolvimento efetivo do local, dentro das dimensões da sustentabilidade, faz-se necessário estimular a criação de parcerias entre os órgãos municipais, sociedade, sindicatos, igrejas, hotéis, restaurantes, artesãos e outros profissionais do turismo local. Para isso, este trabalho mostra a importância das Relações Públicas na implementação do turismo em áreas rurais e, mais especificamente, nesta localidade. Professora do Núcleo de Hotelaria e Pesquisa – NHT, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Aluna especial do Doutorado, no curso de Antropologia (UFPE). Mestra em Administração Rural e Comunicação Rural pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (CMARCR-UFRPE). Especialista em Administração Escolar (UFRPE). Especialista em Relações Públicas para o Turismo (ESURP-PE). Bacharel em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas (ESURP-PE). E-mail para contato: betoka@hotlink.com.br.
Palavras-Chaves: Relações Públicas, Turismo, Turismo em áreas rurais

Comunicação e Humanização: a reconstrução do relacionamento médico – paciente como critério de qualidade na prestação de serviço
Maria Rosana Ferrari Nassar (PUC-Campinas)
O trabalho aborda a comunicação como fator importante na reconstrução do relacionamento entre médico e paciente, no sentido de uma prática médica humanizada. Reflete sob a perspectiva da comunicação interpessoal (entre médico e paciente) como um aspecto que repercute na qualidade do serviço prestado pelas organizações de saúde, no modo como este é percebido pelo usuário. O trabalho pondera, ainda, sobre a comunicação entre médico e paciente como dimensão do processo de humanização da prática médica que se consigna na observância da conduta ética, no respeito aos direitos dos pacientes e no tratamento destinados às pessoas e não às doenças. A discussão é permeada, primeiramente, pela questão da formação do médico, considerando a necessidade de desenvolver habilidades comunicacionais, além do conhecimento técnico e, também, na preparação do profissional de comunicação para a atuação junto à área da saúde.
Palavras-Chaves: comunicação, humanização, relacionamento, qualidade

Comunicação interna como fator gerador da cultura do comprometimento na dinâmica organizacional
Melina de Souza Mota (UFSM), Maria Ivete Trevisan Fossá (UFSM)
Compreender a cultura do comprometimento na dinâmica de uma empresa familiar de pequeno porte justifica-se pela necessidade do comunicador, enquanto estrategista, em conhecer a ideologia central da organização e, assim, usufruí-la em favor das práticas internas de comunicação. Portanto, este estudo objetivou compreender a natureza do comprometimento organizacional e identificar seus fatores determinantes. A coleta de dados fez-se através de observação do ambiente organização, de documentos da empresa e de entrevistas semi-estruturadas em profundidade com a família proprietária, gerentes e funcionários. A análise dos dados aponta a predominância do comprometimento afetivo e a existência de um espírito de família concretizado, através de conversas informais, de eventos de integração e de concessão de benefícios sociais.
Palavras-Chaves: Cultura, comprometimento, comunicação organizacional

Comunicação Organizacional e Relações Públicas: caminhos que se cruzam, entrecruzam ou sobrepõem?
Ivone de Lourdes Oliveira (PUC MINAS)
Esse artigo tem como objetivo instigar discussões sobre a interface do campo da comunicação com a comunicação organizacional e desta com as relações públicas. A proposta é apresentar suas articulações e diferenças, procurando delinear seus objetos de estudo, na busca de uma abordagem contemporânea capaz de avançar na reflexão teórica, não deixando de reconhecer a complexidade dessa discussão e a produção já desenvolvida. Além disso, pretende-se levantar questões que dêem maior clareza aos objetos de estudo específicos da comunicação organizacional e das relações públicas, a fim de tornar a penetrabilidade conceitual dessas duas áreas mais compreensível. Essa discussão pretende estar consoante à reflexão mais ampla que é desenvolvida pelos estudiosos do campo epistemológico da comunicação. Diretora e professora da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC-Minas. Doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Coordenadora do curso de Pós-Graduação lato sensu Gestão de Comunicação Empresarial, parceria PUC-Virtual/ CVRD. Líder do grupo de pesquisa “Teoria de Comunicação Organizacional” PUC-Minas/CNPq.
Palavras-Chaves: Campo da comunicação, Comunicação organizacional, Relações públicas, interfaces

Comunicação Pública nas Escolas: Uma análise sobre A Escola é Nossa
Maria José da Costa Oliveira (METROCAMP), Irani Marchiori (METROCAMP), Celso Luiz Falaschi (METROCAMP)
O presente trabalho busca identificar a ação da Comunicação Pública nos programas educacionais, com base em estudo de caso sobre o programa A Escola é Nossa, da Secretaria de Educação do Município de Campinas - São Paulo. Foram sujeitos deste estudo coordenador e responsável direto pela implantação do programa. Os dados foram analisados por meio de levantamento em sites, publicações e de informações coletadas de entrevistas pessoais. Os resultados são discutidos a partir da análise de conteúdo. As conclusões, até o momento, dadas as limitações do estudo, apontam para uma perspectiva de utilização do espaço público da escola na sua essência, envolvendo o poder público e a sociedade em prol de políticas públicas que consolidem o exercício da cidadania.
Palavras-Chaves: Comunicação Pública, Educação, Cidadania

Estereótipos de Relações Públicas na mídia brasileira – análise da Revista Marie Claire
TIAGO MAINIERI DE OLIVEIRA (UNIJUÍ), MÔNICA ELISA DIAS PONS (UNISC)
Resumo - O artigo propõe discutir os estereótipos de relações públicas que são apresentados pela mídia, a partir da análise de uma reportagem veiculada na edição de fevereiro de 2005 da Revista Marie Claire. Nosso objetivo é analisar como os estereótipos veiculados nesses veículos deturpam as relações públicas. No artigo analisamos a referida reportagem e a reação das entidades de classe e dos profissionais de relações públicas. Qual a postura/retratação dos veículos que de forma equivocada propalam uma idéia errônea das relações públicas? Como profissionais, que também pertencem a área da comunicação, podem alimentar uma visão tão estreita de relações públicas? Qual o impacto negativo desses estereótipos veiculados na mídia? MAINIERI de Oliveira, Tiago - Doutorando em Ciências da Comunicação ECA/USP, Professor do Curso de Comunicação Social / UNIJUÍ – Universidade Regional do Noroeste do Estado do RS, e-mail: mainieri@main.unijui.tche.br PONS, Mônica Dias Doutoranda em Ciências da Comunicação PUC/RS, Professora do Curso de Comunicação Social / UNISC – Universidade de Santa Cruz do Sul, e-mail: cursorp@yahoo.com.br
Palavras-Chaves: estereótipo, relações públicas, mídia

Eventos estratégicos no composto da comunicação integrada: marketing e relações públicas no fortalecimento de marcas
Ethel Shiraishi Pereira (FCSCL)
Resumo: A sociedade globalizada vê surgir um novo modelo de gestão empresarial e da comunicação organizacional. Como conseqüência, as relações públicas e suas ferramentas adquirem uma posição estratégica na gestão da comunicação, preocupada em estabelecer relacionamentos transparentes e duradouros com os públicos estratégicos das organizações. Desta forma, pretende-se discutir o evento sob o enfoque estratégico da comunicação integrada nas organizações, uma vez que o processo de espetacularização dos negócios permite que os eventos assumam um importante papel na formação e consolidação das marcas, indicado neste paper, pela análise do evento Skol Beats. Minicurrículo: Graduada em Relações Públicas pela Faculdade Cásper Líbero, Pós-graduada em Administração e Organização de Eventos pelo SENAC e Mestranda em Comunicação e Mercado pela Faculdade Cásper Líbero. Professora de Organização de Eventos e orientadora de Projetos Experimentais do curso de Relações Públicas da Faculdade Cásper Líbero e professora de Relações Públicas do FIAM FAAM Centro Universitário. E-mail: ethel.pereira@gmail.com.
Palavras-Chaves: Relações Públicas, Eventos, Sociedade de Consumo, Marcas

Gerenciamento de Contingências Organizacionais Críticas: Um Estudo junto às Empresas Coureiro-Calçadistas Exportadoras do Vale do Sinos
Valéria Deluca Soares (Feevale), Helaine Abreu Rosa (Feevale), Cíntia da Silva Carvalho (Feevale)
Este artigo apresenta a pesquisa intitulada “Crises organizacionais: um estudo junto às empresas coureiro-calçadistas exportadoras do Vale do Sinos”, que está sendo desenvolvida junto ao Centro Universitário Feevale. O objetivo do estudo é analisar e interpretar como acontecem os processos comuncacionais, durante situações de crise, junto ao recorte acima citado. Considerando-se que a pesquisa está em desenvolvimento apresentar-se-á resultados parciais, com alguns conceitos sobre Desenvolvimento Regional, um breve panorama sobre o setor coureiro-calçadista exportador e a fundamentação teórica recolhida sobre conflito e crise, além dos encaminhamentos que estão sendo dados ao estudo. Valéria Deluca Soares: Mestre e Doutoranda em Comunicação Social. Jornalista, professora e pesquisadora da Feevale. Coordenadora do Laboratório Experimental de Prática Televisiva (Feevale). Coordenadora TV Feevale. Cíntia Carvalho: Doutora em Comunicação Social. Mestre em Comunicação Social. Especialista em Comunicação e Economia Política. Relações Públicas e professora da Ulbra e da Feevale. Coordenadora da Oficina de RP (ULBRA). Coordena curso Especialização Gestão Estratégica de Marketing (Feevale). Helaine Rosa: Doutora em Comunicação Social. Mestre em Administração. Graduada em Relações Públicas e em Ciências Jurídicas e Sociais. Especialista em Administração de Relações Públicas. Professora do Centro Universitário Feevale. Coordena o Núcleo de Relações Públicas (Feevale).
Palavras-Chaves: Crises, Conflito, Desenvolvimento Regional, Gerenciamento de Crises

Informação como Fonte para a Gestão do Conhecimento nas Organizações
Valéria Deluca Soares (Feevale)
Este artigo reflete sobre dois aspectos: a gestão da informação nas organizações como gerador de conhecimento e o papel dos comunicadores neste contexto. O gerenciamento da informação, com vistas ao saber, pode ser entendido como um dos responsáveis pelo sucesso organizacional, em nível de sobrevivência ou para maior competitividade. Assim, sua gestão necessita ser ampla e flexível, em termos de concepção, implantação e manutenção. As ações de Comunicação e os profissionais que as manuseiam são os elementos entre os que detêm o conhecimento técnico para identificar, extrair, decodificar, organizar, armazenar dados e informações e os que estudam os recursos disponíveis no que concerne à tecnologia da informação e tomada de decisões, visando ao conhecimento e o sucesso organizacional. Profa. Ms. Valéria Deluca Soares é Mestre e Doutoranda em Comunicação Social pela PUCRS. Professora e pesquisadora do Centro Universitário Feevale – Novo Hamburgo – RS/Brasil. Ministra aulas no curso de Comunicação Social, nas habilitações Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda; no Curso de Formação Superior em Gestão da Produção; e, no curso de Pós-graduação – Especialização em Tecnologias da Informação e da Comunicação. Coordenadora do laboratório experimental de prática televisiva do curso de Comunicação Social. Coordenadora TV Feevale.
Palavras-Chaves: Comunicação, Conhecimento, Informação, Gestão

Linguagem e Cultura – Aspectos da Formação de Gestores em Comunicação Organizacional
Maria José Guerra de Figueiredo Garcia (UNICSUL)
Neste trabalho analisaremos as relações entre o campo da linguagem e o campo da comunicação organizacional. Traçaremos, de forma panorâmica, como o percurso das idéias lingüísticas pode auxiliar a compreensão da cultura e da comunicação organizacional e de que forma é possível estabelecer relações conceituais entre a Teoria da Linguagem e os estudos de Ciências Sociais Aplicadas que embasam a formação de gestores em comunicação e as pesquisas sobre as corporações. Pós-doutoranda na área de Relações Públicas e Comunicação Organizacional (ECA/USP); Doutora em Semiótica e Lingüística Geral (FFLHC/USP); pesquisadora do Grupo de Estudos Semióticos (FFLCH/USP) e pesquisadora e docente na área de Comunicação Social na Universidade Cruzeiro do Sul. Endereço eletrônico: majogue@uol.com.br
Palavras-Chaves: comunicação empresarial, Língua, Linguagem, Cultura

O Papel da Comunicação Organizacional
VERA MARIA BROILO DA CRUZ (FACCAT)
Resumo A comunicação continua sendo o elemento vital do relacionamento humano e da sociedade, através da qual há um contínuo movimento em direção ao futuro. Em termos organizacionais, a partir dos anos 90, a comunicação sai do nível tático para assumir papel estratégico, integrando-se, dessa forma, ao processo de tomada de decisões e a todos os setores e departamentos da empresa numa dimensão sistêmica que possibilita unificar o conceito da organização, congregar interesses e evitar sua fragmentação. Com a função de estabelecer o diálogo da empresa com seus públicos, interno e externo, deve atender às especificidades próprias de cada segmento de público, criando canais e veículos direcionados às suas necessidades, anseios e expectativas. Minicurrículo Mestre em Engenharia de Produção – Universidade Federal de Santa Maria/RS; Especialista em Marketing – Faculdade de Ciências Contábeis e Administrativas de Taquara/RS; Graduada em Comunicação – PPP, RP e Jornalismo – UNISINOS/RS; Coordenadora Adjunta do Curso de Comunicação Social da Faculdade de Ciências da Comunicação de Taquara/FACCAT-RS, desde 1999
Palavras-Chaves: comunicação, comunicação organizacional, públicos, função estratégica

RESPONSABILIDADE SOCIAL E TRABALHO DECENTE NO PARADIGMA ORGANIZACIONAL
Caroline Delevati Colpo (FACVEST)
Este trabalho versa sobre a responsabilidade social empresarial e a sua relação com o trabalho decente. Segundo o Instituto Ethos de Responsabilidade Social, um dos indicadores para que a empresa se afirme como tal é a oferta de trabalhos decentes. Com base em estudos realizados, analisar-se-á a responsabilidade social empresarial no que diz respeito ao tipo de trabalho oferecido aos seus empregados. Com este trabalho de pesquisa resultou a elaboração de um Índice Perceptivo de Trabalho Decente, que permite analisar o comprometimento da empresa com a empregabilidade de seus funcionários. Nesse sentido, este trabalho contém uma reflexão sobre a responsabilidade social empresarial e a qualidade dos postos de trabalho que as empresas oferecem a seus funcionários, diante de um cenário de flexibilização dos postos de trabalho frente ao paradigma organizacional. Caroline Delevati Colpo, professora do curso de comunicação social – Relações Públicas das Faculdades Integradas Univest, Lages/SC, mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Santa Cruz do Sul, graduada em Relações Públicas pela Universidade Federal de Santa Maria. carolcolpo@bol.com.br
Palavras-Chaves: responsabilidade social, trabalho decente, cultura organizacional, globalização

Responsabilidade social: a atuação de relações públicas
Cleuza Gertrudes Gimenes Cesca (Puc-Campinas)
Visando detectar qual a atuação de relações públicas nas ações de responsabilidade social das organizações, fez-se estudo de casos de duas empresas do 2ºsetor, que comtêm em seus organogramas o setor de relações públicas, com profissional da área atuando; e duas do 3º setor, que também possuem o setor e profissional de relações públicas em seus quadros, e nesse recorte feito, tendo como amostra a cidade de Campinas/SP e região próxima, confirma as pesquisas nacionais, inéditas, feitas pelo IPEA, quanto a forte e crescente participação do 2º setor no social e as organizações do 3º setor também comprovam esse interesse do 2º setor, e quanto à atuação de relações públicas, foi possível observar que o setor tem participado na implementação das ações de rsponsabilidade social das organizações do 2] setor, e também atua nas organizações do 3º setor, mas é preciso avançar muito mais.
Palavras-Chaves: Relações Públicas, Responsabilidade Social, Organizações, Pesquisa

Revisitando a (Re)Construção Histórica das Relações Públicas
Cleusa Maria Andrade Scroferneker (PUCRS)
Recentemente as Relações Públicas foram alvo de acaloradas discussões, face à eminência’ de não constar mais como área/sub-área de conhecimento. Se por um lado essa situação gerou desconforto e indignação, especialmente entre os professores e pesquisadores da área, por outro possibilitou o despertar da necessidade de repensá-la,‘reposicionando-a’ em patamares mais reflexivos. O antagonismo (aparente) dessa afirmação é proposital, considerando que de certa forma as Relações Públicas tem sido percebida e entendida muito mais pelo seu caráter empírico que teórico. Com base nesse argumento o texto propõe alguns questionamentos sobre a área de Relações Públicas, guiadas pelo pensamento moraniano
Palavras-Chaves: Relações Públicas, Paradigma da Complexidade, Ensino

TV e Hegemonia Organizacional: apontamentos sobre a eficácia de uma mídia
Lúcia Lamounier Sena (PUCMG)
Resumo: Este texto tem como objetivo central discutir o papel da comunicação organizacional como um dos pilares da hegemonia identitária das organizações, enfocando de maneira específica a utilização da mídia televisiva. Para tanto, apresentamos os resultados de uma pesquisa realizada no ano de 2004 em uma empresa do setor siderúrgico mineiro. Trabalho apresentado ao NP 05 – Núcleo de Relações Públicas e Comunicação Organizacional, XXVIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Uerj – 5 a 9 de setembro de 2005. Mestre em Comunicação Social pela UFMG. Docente da Pontifícia Universidade Católica e Gerente de Projetos qualitativos em Pesquisa Organizacional na empresa Expertise Inteligência e Mercado.
Palavras-Chaves: Identidade, Hegemonia, Organização, Televisão

NP-06. Rádio e Mídia Sonora


A dança invisível: sugestões para tratar da performance nos meios auditivos
Danilo Fraga Dantas (UFBa)
Resumo: A performance ocupa um papel central na canção popular como a conhecemos hoje. Porém, o desenvolvimento dos meios fonográficos e das tecnologias de gravação e reprodução nos coloca uma importante questão: sendo a presença física eliminada, fica também abolida a performance? Tendo em vista esta questão, este artigo pretende discutir o conceito de performance como tratado por alguns autores e o impacto que os meios de comunicação auditivos de massa tiveram na performance. A partir daí, procuramos apresentar algumas indicações para a análise desse fenômeno nos produtos da indústria fonográfica, principalmente nas mídias sonoras. Dentre estes elementos, daremos maior importância para a voz e a ligação estreita entre a performance e o gênero musical. Danilo Fraga Dantas é mestrando no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Facom/UFBA. Graduado na Faculdade de Comunicação da UFBa, hoje é bolsista da CAPES e integrante do Grupo de Pesquisa em Mídia & Música Popular Massiva. Desenvolve pesquisa sobre o modo como o rock brasileiro evoluiu nas últimas décadas e a relação dessa evolução com o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa. Durante toda sua graduação foi bolsista do Programa de Educação Tutorial (o Pet).E-mail: danifraga@terra.com.br
Palavras-Chaves: performance, fonografia, corpo, voz

A Era Pós-Mídia Desenhada nas Rádios Livres: o Pensamento de Félix Guattari
Mágda Rodrigues da Cunha (PUCRS)
Félix Guattari produz uma teoria do rádio a partir de seu pensamento sobre as rádios livres? O especialista em “transversalidade, elementos inconscientes que trabalham secretamente especialidades por vezes muito heterogêneas” vai além. Fala de uma sociedade pós-midiática, conforme aborda este artigo. Os progressos da informática tornariam possível uma larga difusão de combinações rizomáticas. Guattari pensa as rádios livres como revoluções moleculares, criando mutações na subjetividade consciente e inconsciente dos indivíduos e dos grupos sociais. Jornalista, professora de Radiojornalismo da Famecos/PUCRS, Mestre em Comunicação Social, Doutora em Letras. mrcunha@pucrs.br
Palavras-Chaves: Sociedade pós-midiática, Félix Guattari, Rádios-livres

A Peça Radiofônica e a Contribuição de Werner Klippert
Júlia Lúcia de Oliveira Albano da Silva (UNISA)
A Hörspiel (peça radiofônica),que surge na Alemanha na década de 20 já nas primeiras experiências com o meio, marca a história e a linguagem da radiofonia. Das primeiras peças adaptadas de clássicos da literatura às experiências da ars acústica e da poesia sonora, as Hörspiel evidenciam o potencial e o vigor da linguagem de um meio que suspende a imagem e incita o imaginário de um ouvinte que a todo o momento é convidado a entrar no jogo através da sua imaginação. Os elementos, que compõem a peça radiofônica são apresentados pelo teórico do rádio e produtor alemão Werner Klippert, dos quais destacamos a voz que com a palavra, os ruídos, o silêncio, e a intervenção técnica revelam-se como um caminho inspirador em direção a um universo sonoro e instigante, o rádio. Júlia Lúcia de Oliveira Albano da Silva, Radialista, Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC – São Paulo, autora do livro: Rádio - A Oralidade Mediatizada publicado pela Annablume, coordenadora do Circuito Interno de Rádio na Faculdade Oswaldo Cruz há 08 anos, Produtora Executiva do Programa Solidários - veiculado pela Rádio América São Paulo em 2004, professora universitária há 12 anos. julira@uol.com.br.
Palavras-Chaves: Peça Radiofônica, Audição, Voz, Estética

A preservação da tradição oral por meio das narrativas radiofônicas
Luciane Ribeiro do Valle (UNIARA)
O presente artigo apresenta uma reflexão a respeito do potencial radiofônico para a colaboração no resgate e manutenção da tradição oral por meio das narrativas dos comunicadores populares. Tais narrativas potencializam o elo de fidelidade estabelecido entre locutor e ouvinte diariamente proporcionando a possibilidade de elaboração de uma proposta de ouvinte-modelo. Nessa estrutura o ouvinte (modelo), a partir das narrativas, torna-se agente atuante para a preservação do hábito milenar (e importante) de contar e re-contar histórias. Graduada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – Puccamp e Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Professora de Jornalismo Radiofônico das Faculdades Hoyler (Hortolândia – SP); professora da Radiojornalismo no curso de Jornalismo e de Produção Publicitária em Rádio do curso de Publicidade e Propaganda ambas no Centro Universitário de Araraquara – UNIARA –
Palavras-Chaves: Rádio, Oralidade, Narrativa, Linguagem radiofônica

A Voz Humana Nas Mídias Sonoras Uma Análise da Escuta e da Emissão Vocal Midiática
Marcos Júlio Sergl (USJT)
Com o advento da revolução industrial, o homem elegeu alguns sinais sonoros como principais e relegou outros a um plano secundário. Diversos pensadores da atualidade apontam essa divisão como um aspecto negativo da audição e propõem um retorno a uma escuta plena, partindo da limpeza dos ouvidos para então liberar a voz. Por outro lado, a mudança de concepção quanto à recepção do som e do ruído, libertando este de sua característica de indesejável no contexto sonoro e inserindo-o como mais um elemento comunicacional sonoplástico, também ampliou as possibilidades desse uso pleno da voz nas mídias. A partir do momento em que a sonoplastia fixa-se como recurso para referenciar ou criar um ambiente sonoro multifacetado no século XXI abre perspectiva para a exploração vocal proposta por Shono, Schafer, Berio e pelos poetas concretos, para locar essa ambiência nas mídias.
Palavras-Chaves: mídia sonora, voz midiática, áudio, ambiência sonora

Armand Balsebre e a teoria expressiva do rádio
Ana Baumworcel (UFF)
Armand Balsebre e a teoria expressiva do rádio Ana Baumworcel, Universidade Federal Fluminense Resumo: Este texto relaciona as idéias defendidas por Armand Balsebre no livro El lenguaje radiofónico ao pensamento de outros autores, como Emilio Prado, Cebrián Herreros, Eduardo Meditsch e Luiz Alberto Sanz. A obra do catedrático da Universidade Autônoma de Barcelona é uma referência para os pesquisadores por apresentar em profundidade a especificidade da linguagem radiofônica. Balsebre estabelece uma teoria expressiva para o veículo a partir dos estudos da Semiologia. Jornalista e Professora de Radiojornalismo da Universidade Federal Fluminense. Mestre em Comunicação, Imagem e Informação (UFF). Coordenadora do Grupo de Trabalho – História da Mídia Sonora da Rede Alfredo de Carvalho para a preservação da memória da imprensa.
Palavras-Chaves: 1-Rádio;, 2-Armand Balsebre;, 3-Linguagem Radiofônica;, 4-Expressão;

As Narrativas Orais na Reconstituição da Memória Radiofônica: um Estudo de Caso
Adriano Lopes Gomes (UFRN)
Este trabalho relata um estudo de caso sobre a primeira emissora de rádio do Rio Grande do Norte - a Poti - utilizando-se as narrativas orais como processo de reconstrução da memória radiofônica. Para tanto, delitimou-se um marco temporal compreendido entre 1941 e 1955, que coincide com a inauguração e a chamada “era de ouro do rádio”, na cidade do Natal - RN. O método da história oral é aqui adotado para recompor o cenário da Rádio Poti, por meio de entrevistas feitas com oito informantes. A pesquisa chegou à conclusão com dados relevantes para se conhecer e preservar a memória do rádio potiguar. *Professor Doutor do Departamento de Comunicação Social e do Programa de Pós-graduação em Estudos da Linguagem, Coordenador da pós-graduação em Comunicação "lato sensu" da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Palavras-Chaves: Rádio, História, Memória

Aspectos do Discurso Radiofônico - A Entrevista
Nair Prata (Uni-BH)
Um dos mais legítimos representantes da linha francesa da Análise do Discurso, Patrick Charaudeau tem trabalhos que promovem uma interface importante nos estudos entre a lingüística e a mídia. No livro Aspects du discours radiophonique – uma coletânea de textos de diversos autores – Charaudeau escreve um artigo especificamente sobre a entrevista, onde discute temas importantes como definição de gênero, condições linguageiras de produção e características discursivas. O objetivo do presente texto é comentar, com base na literatura sobre o tema, os tópicos apresentados por Charaudeau. Jornalista, Mestre em Comunicação (Universidade São Marcos-SP), Doutoranda em Lingüística (UFMG), professora do curso de Jornalismo do Uni-BH (Centro Universitário de Belo Horizonte). nairprata@uol.com.br
Palavras-Chaves: RÁDIO, ENTREVISTA, GÊNERO, PATRICK CHARAUDEAU

Debatendo com Brecht e sua Teoria do Rádio (1927-1932): um diálogo sempre atual sobre o papel social e as potencialidades da radiodifusão
Valci Regina Mousquer Zuculoto (UFSC)
Entre 1927 e 1932, período em que o rádio vivia recém seu advento como nova tecnologia da comunicação da época, o dramaturgo alemão Bertold Brecht, preocupado com o seu uso e desenvolvimento, elaborou ensaios e sugestões para o veículo, que foram reunidos sob o título “Teoria do Rádio”. Esta “Teoria” permanece a cada dia mais atual e sempre está a provocar um diálogo. Evidencia que Brecht foi um dos primeiros pensadores a perceber o papel estratégico do então novo veículo e em especial, um dos precursores na identificação das imensas potencialidades de comunicação do rádio – tanto as técnicas quanto as que derivam da sua função social. Mais ainda, na sua Teoria do Rádio, Brecht já clamou pelo uso do veículo de forma a proporcionar a democratização da comunicação.
Palavras-Chaves: Rádio, Radiojornalismo, Comunicação, Informação

Franco Berardi, Bifo. Teoria do Rádio. Mídia e Política.
Mauro José Sá Rego Costa (UERJ)
Apresentação do pensamento de Franco Berardi (Bifo), articulador da Radio Alice, Bolonha – 1976-77 -, a primeira e mais conhecida das rádios livres italianas. A teoria do Rádio em Bifo é indiscernível da teoria política Autonomista - da Autonomia Operária - a qual seu grupo estava ligado – mas tem um escopo amplo que vai de uma base na filosofia de Deleuze e Guattari, à Estética da vanguarda do século XX, ao Budismo. Após o fechamento da Rádio Alice, o trabalho teórico de Franco Berardi se amplia para além da Teoria do Rádio stricto senso, a uma teoria de todas as mídias sempre articulada à ação política. Pode ser acompanhada hoje através do site http://www.rekombinant.org/. Professor Adjunto e atual Diretor da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense / UERJ; Procientista / UERJ; Coordenador da Oficina Híbridos do Labore – Laboratório de Estudos Contemporâneos -; Vice-presidente da Associação Comunitária de Comunicação, Educação e Cidadania de Vila S. Luís – Rádio Kaxinawá -
Palavras-Chaves: Franco Berardi, Bifo, Rádio Alice, Autonomia

Indústria da Música – uma crise anunciada
Micael Maiolino Herschmann (UFRJ), Marcelo Kischinhevsky (UFRJ)
Analise da crise da indústria da música brasileira (e também internacional), buscando melhor compreender a natureza dos obstáculos que vêm dificultando o crescimento desta indústria de grande importância para alavancar o desenvolvimento local sustentável e a ampliação da cidadania do Estado do Rio de Janeiro (e do país). Em um mundo globalizado, marcado pela alta competitividade e integração dos mercados, busca-se avaliar a importância da comunicação e da cultura para a produção e consumo de música.
Palavras-Chaves: Comunicação, Cultura, Mercado, Políticas Culturais

Indústria Fonográfica Independente Brasileira: Debatendo um Conceito
Leonardo Gabriel De Marchi (UFF)
Resumo: O objetivo do trabalho é analisar o conceito de independência na indústria fonográfica brasileira. Com o surgimento de uma Nova Produção Independente, o tema ganhou renovado interesse, pois foi resgatado um tradicional discurso sobre soberania cultural em que são opostos os independentes e as grandes gravadoras transnacionais. No entanto, esta Nova Produção também apresenta marcantes diferenças com outras categorias de empreendimentos fonográficos contemporâneos. Desta forma, propõe-se revisitar a formação do conceito brasileiro de independência fonográfica, analisar a abordagem praticada pela nova geração e, por fim, estabelecer uma tipologia das diferentes formas de produção de discos no Brasil. currículo: Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde desenvolve a pesquisa sobre indústria fonográfica independente brasileira e novas tecnologias da comunicação. Bacharel em Jornalismo, foi aluno bolsista CNPq/Pibic da pesquisa Música Eletrônica, Dinâmicas Identitárias e Tecnologias da Comunicação, entre 2002-2004.
Palavras-Chaves: expressões minoritárias, mercado fonográfico brasileiro, independência fonográfica, Nova Produção Independente

Memória, Identidade e Narrativa: os fundamentos da “Família Gazeta”
Kátia de Lourdes Fraga (UFF)
Este trabalho tem o propósito de discutir a construção de uma comunidade afetiva que se consolida através da relação entre o ouvinte e o radialista, tendo a locução como lugar central de mediação, de configuração de identidade, a partir dos papéis exercidos perante a alteridade, com o consentimento de seu público. Analisamos, assim, os elos de identificação criados numa “família” amalgamada em torno do Programa Jairo Maia, irradiado há 44 anos em emissoras do Espírito Santo.
Palavras-Chaves: Rádio, Mediação, Identidade

O tambor tribal de McLuhan
Nelia Rodrigues Del Bianco (UnB)
O presente ensaio é resultado de uma leitura critico-compreensiva do texto “Rádio, o tambor tribal”, trigésimo capítulo do clássico livro de Marshall McLuhan, Understanding Media: The Extensions of Man, publicado em 1964. Interpreta o significado que McLuhan atribuiu ao rádio como o tambor tribal da era eletrônica à luz dos conceitos “o meio é a mensagem” e “os meios são extensões do homem”. Mostra a importância dessa reflexão para compreensão dos efeitos do rádio na sociedade. Além de ressaltar a atualidade do conceito de rádio associado ao sistema nervoso central do homem.
Palavras-Chaves: rádio, tecnologia, inovação tecnológica, McLuhan

Rádio e experiência de arte
Mozahir Salomão Bruck (Pontifícia Universid), Marcelo Dolabela (Centro Universitário)
A partir do texto “Sobre o discurso radiofônico”(HAYE,2004,p.41), do livro “El arte radiofônico”, esta reflexão quer problematizar o ambiente sonoro em suas circunstâncias de produção e ofertas de sentido – partindo do princípio, aqui, que a mídia radiofônica pode, e muito, avançar ao permitir-se novos formatos e linguagens que recuperem e realmente se valham da força produtora de sentido do som em seu potencial de tocar não apenas a razão, mas, pela sensorialidade, ofertar melhores condições e perspectivas para a recepção de programas.
Palavras-Chaves: Rádio, Som, Arte, Experimentãção

Rádio, Pirataria e Inclusão Cultural
César Augusto Azevedo dos Santos (UPF), Anderson Luís da Silveira (UPF)
A partir da década de 1930, quando inicia o processo de inserção da mídia eletrônica no imaginário da população urbana brasileira que se constituía, essencialmente por intermédio da popularização do rádio, é que se observa o avanço da “Indústria Cultural” no Brasil. Aliada ao rádio, a indústria fonográfica toma uma nova dimensão e os meios de comunicação de massa assumem papel determinante ao oferecer visibilidade aos movimentos culturais, notadamente na difusão da música. Já na década de 1960, inicia o processo de violação de direitos autorais, onde a obra dos artistas é reproduzida e distribuída sem autorização. De um lado, esta “pirataria” resulta em prejuízos econômicos para este braço da Indústria Cultural, além de intérpretes e compositores. Mas, paradoxalmente, socializa o acesso de camadas consideráveis da população a produtos culturais, que não poderiam adquirir devido ao custo elevado das obras originais. César Augusto Azevedo dos Santos é professor da Faculdade de Artes e Comunicação da Universidade de Passo Fundo. Bacharel em jornalismo pela PUC/RS e mestre em Teoria e Ensino de Comunicação pela UMESP. Atuou profissionalmente em rádios e jornais do interior do Rio Grande do Sul. E-mail: augusto@upf.br Anderson Luís da Silveira é bacharel em Radialismo pela Universidade de Passo Fundo.
Palavras-Chaves: Rádio, Proigramação musical, Pirataria

Reflexões sobre Ensino e Pesquisa na Habilitação Radialismo
Carmen Lúcia José (USJT)
No interior do Curso de Comunicação Social, na habilitação Radialismo, o Ensino deve estar condicionado à Pesquisa de modo que exista um pensamento sobre Radiofonia orientando a produção radiofônica universitária a fim de realizar a Extensão do pensamento e das produções ao avançar sobre a radiofusão, ampliando e diversificando a escuta do público ouvinte; a veiculação diferenciada e diversificada movimentaria os processos comunicativos para o resgate da Cultura do Ouvir. Não existe um único pensamento que realize o tripé ensino/docência/extensão na área da Radiofonia; por isso, nesse trabalho, retomamos algumas referências essenciais sobre cultura e sobre comunicação que podem nos ajudar a repensar os novos tempos das ondas sonoras.
Palavras-Chaves: Ensino, Pesquisa, Radiofonia, Fronteira

Teorias do rádio: Paul Zumthor e a poética da voz
Cida Golin (UFRGS)
O presente texto integra o projeto Teorias do Rádio desenvolvido pelo Núcleo de Rádio e Mídia Sonora do Intercom. Apresenta o legado do medievalista e teórico suíço Paul Zumthor (1915-1995). Ao elaborar uma poética sobre a voz, a obra de Zumthor transcende os estudos literários e oferece referências fundamentais para pensar o rádio, encontrando na matéria vocal um espaço significativo para a investigação das culturas.
Palavras-Chaves: Teorias do rádio, Paul Zumthor, poética da voz

Trio Elétrico: mídia sonora genuinamente brasileira
Ayêska Paulafreitas de Lacerda (UESC)
Este trabalho tem por objetivo resgatar parte da história do trio elétrico para apresentá-lo como uma nova mídia sonora, uma invenção genuinamente brasileira criada por dois baianos para uso específico de música de carnaval. Em um balanço após seu meio século de existência, é possível concluir que o trio interferiu na composição da música produzida para o carnaval, foi o responsável pela multiplicação dos carnavais fora de época e contribuiu para a expansão do mercado fonográfico nacional. Hoje seu uso ultrapassou as fronteiras do carnaval, sendo encontrado em diversos eventos nos quais se realize a propagação do som para milhares de pessoas. Professora do Curso de Comunicação Social (Rádio e TV) da Universidade Estadual de Santa Cruz-UESC. Especialista em Educação (UBC), Mestre em Letras – Teorias e Crítica da Literatura e da Cultura Brasileiras (UFBA). E-mails: apaulafreitas@uol.com.br, ayeska@uesc.br.
Palavras-Chaves: Mídia sonora, trio elétrico, carnaval, música

Vínculos sonoros. O rádio e os múltiplos tempos: as vozes da cidade.
José Eugenio de Oliveira Menezes (Cásper Líbero)
Este trabalho tem por objetivo analisar o rádio como um dos meios de comunicação que possibilitam a sincronia dos ritmos dos indivíduos. Através do diálogo entre comunicação e cultura, observamos que o rádio funciona como ambiente de vinculação entre os corpos. Pelo fato de articular tempos individuais e tempos coletivos, expressa os diferentes ritmos das sociedades complexas, contempla os diversos fios de tempo que se entretecem na vida de uma cidade. Como ambiente que possibilita a mistura de vozes e tempos, o rádio torna-se espaço de mestiçagem sonora, ambiente de porosidade entre as culturas e instrumento para o aprendizado democrático. No momento em que se privilegia a cultura do ver, marcada pelo excesso de imagens, percebemos que o rádio participa da recuperação da sensorialidade dos corpos e perguntamos a respeito da necessidade de se resgatar a cultura do ouvir.
Palavras-Chaves: Rádio, Comunicação, Cultura, Vínculos

NP-07. Comunicação Audiovisual


A INVENÇÃO DO BRASIL: Proposta de narrativa da História no meio Audiovisual
Monica Brincalepe Campo (FCL)
Pretende-se analisar a minissérie de Jorge Furtado e Guel Arraes, A Invenção do Brasil. Parte-se do pressuposto de que produtos audiovisuais inserem-se na elaboração do discurso que constrói a história e a memória, e que encontram neste meio abrangência e divulgação de conteúdos e interpretações possíveis sobre o tema. Apesar de hoje estar mais divulgada a versão sintetizada do filme Caramuru, a primeira apresentação, assim como a concepção original do projeto, contava com a combinação de uma estrutura conjunta de filme (com o romance de Caramuru, Paraguaçu e Moema), e documentário histórico (inserido a partir de cortes feitos em meio ao filme). A pesquisa investiga, com base na análise no documento audiovisual, no roteiro publicado e nas referências propostas na minissérie, os desdobramentos da visão de história que está contida neste produto audiovisual.
Palavras-Chaves: História, Memória, Audiovisual, Linguagem

Ampliação das configurações gráficas no cinema
isabella ribeiro aragão (UFPE)
Resumo - Depois que o cinema deixou de ser mudo, os filmes tiveram a oportunidade de serem feitos apenas com imagens e sons, sem nenhum elemento verbal escrito. No entanto, palavras e outros elementos gráficos continuaram a ser usados como matéria de expressão fílmica. É praticamente impossível encontrar um filme que não coloque em operação elementos gráficos, seja de maneira contida (enquadrando quase involuntariamente elementos como placas ou jornais), seja de forma a construir suas estratégias narrativas a partir deles. Nessa perspectiva, este artigo tem o objetivos de mostrar como a teoria da imagem simplificou exageradamente a presença dos elementos gráficos no cinema. Currículo - Designer graduada pela UFPE no ano de 2002, na ocasião ganhou o Prêmio Gastão de Holanda pelo melhor projeto de graduação, que foi desenvolvido em duas publicações em congressos nacionais e internacionais na área de design. Atualmente está cursando o segundo ano do Mestrado em Design da UFPE, onde exerce paralelamente a função de Professor Substituto do curso de Graduação de Design.
Palavras-Chaves: Linguagem cinematográfica, significação nas mídias audiov, configurações gráficas, linguagem gráfica

As vinhetas da MTV Um olhar semiótico sobre a construção da identidade na televisão
Andrea Florentino (FCL)
Esta pesquisa objetiva contribuir para um melhor entendimento da construção da identidade de uma emissora de televisão, a partir das escolhas feitas no decorrer do processo criativo do design da vinheta. A intenção é compreender e interpretar questões relacionadas às escolhas no decorrer desse processo, sobretudo, no que diz respeito às escolhas feitas pelo designer para esta construção. Para tanto, encontramos nosso arcabouço teórico na crítica genética e nas teorias da tradução intersemiótica. Aborda as relações que se processam entre o designer, a vinheta e o público alvo da MTV Brasil, enfocando, especialmente, uma série de vinhetas de identificação denominadas Guitar Hero. Analisamos o processo criativo, e procuramos apreender como o design das vinhetas em questão se adequou à MTV, demonstrando o diálogo entre designer e a obra.
Palavras-Chaves: Vinheta, Televisão, Design, MTV

De olhos e ouvidos bem abertos: uma classificação dos sons do cinema.
Marcia Regina Carvalho da Silva (USJT e UNICSUL)
Este trabalho busca ressaltar a importância de um debate sobre as diferentes perspectivas do pensamento sobre o som para o cinema, e a necessidade de aguçar nossos ouvidos para escutar e produzir estes sons. Propõe-se um exercício de análise da trilha sonora do cinema, destacando os seus elementos que são: as músicas, os efeitos sonoros e as vozes, a partir das três categorias de Charles Sanders Peirce.
Palavras-Chaves: Cinema, trilha sonora, semiótica peirciana

Documentário e Representação – Desnaturalizando uma Evidência
Luiz Augusto Coimbra de Rezende Filho (UNESA)
Na teoria do documentário, o uso da noção de representação serviu como estratégia para questionar o realismo documentário e mostrar que este não pode estabelecer uma relação inteiramente objetiva com a realidade. Mas tal uso da noção de representação acabou escondendo algumas dificuldades. Primeiro, pensar em termos de “representação” implica em colocar em questão um julgamento de adequação ao “objeto representado”. Desta forma, o documentário não pode ser pensado fora de uma pretensão de referência à realidade (cujos “objetos” e “sujeitos” estariam previamente determinados). Ao mesmo tempo, isso faz toda referência ser considerada problemática, por ser “representada”. Para tentar escapar a essas dificuldades, propõe-se não pensar o documentário como representação, mas como processo de virtualizações e atualizações. Currículo resumido do autor: Doutor em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da UFRJ/ 2005. Professor do Curso de Cinema da Universidade Estácio de Sá. Participante dos Encontros da Socine (Sociedade Brasileiro de Estudos de Cinema) desde 1999.
Palavras-Chaves: Documentário, Real, Representação, Virtual

Mais Você: uma análise da Revista Feminina na Televisão
Ana Carolina Rocha Pessoa Temer (UFU/UNITRI)
Esse artigo é parte de uma pesquisa continuada sobre os gêneros na televisão, na qual a ênfase é a questão do sincretismo e dos programas que misturam formatos jornalísticos com entretenimento. O foco principal é o programa Mais Você apresentado na Rede Globo de Televisão, sob o comando da apresentadora Ana Maria Braga. A análise envolve uma reflexão sobre formatos jornalísticos e a função do jornalismo, o conteúdo do programa e as representações por ele sugeridas.
Palavras-Chaves: Televisão;, Revista Feminina, Mais Você

Memória e tecnologia no cinema contemporâneo – apontamentos sobre a construção da subjetividade na atualidade
Gibran da Rocha Bento (ECO/UFRJ)
O presente artigo objetiva questionar o papel da memória em alguns filmes contemporâneos, traçando apontamentos sobre como o cinema enquanto espaço de fabulação do real vem encarando os novos paradigmas da subjetividade na atualidade e sua imbricação com os suportes tecnológicos. Utilizando dois filmes contemporâneos de grande repercussão popular – Amnésia, de Christopher Nolan e Brilho eterno de uma mente sem lembranças, de Michel Gondry – pretendo trabalhar três pontos básicos, ou seja, a popularização no cinema de narrativas tematizando a memória, a amnésia como ponto central dessas narrativas, e a tecnologia como suporte da memória humana. Graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora em 2003. Apresentou o texto “Abjeção como forma de questionamento no cinema latino contemporâneo” no 1 Poscom/Puc-Rio.
Palavras-Chaves: cinema contemporâneo, memória, subjetividade

Modo de Endereçamento no Telejornalismo do Horário Nobre Brasileiro: o Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão.
Itania Maria Mota Gomes (UFBA)
O artigo propõe um exercício de interpretação do Jornal Nacional, a partir da aplicação de operadores de análise adotados pelo Grupo de Pesquisa de Análise de Telejornais/UFBA para a interpretação do modo de endereçamento de programas jornalísticos televisivos. O modo de endereçamento se caracteriza pela relação que o programa propõe para ou em conjunto com a sua audiência. Numa certa perspectiva, ele se refere a subject positions construídas pelo programa; em outra, ele é entendido como o seu tom ou estilo. “O que é próprio do Jornal Nacional?” e “de que modo ele convoca o telespectador?” são questionamentos que vão nortear nossa reflexão. O caráter nacional do JN se funda na construção de um discurso sobre o Brasil e os brasileiros a partir da valorização da identidade nacional, do sentimento nacionalista e conservador e de uma estratégia fundamental para a compreensão do modo de endereçamento, a humanização do relato. Itania Maria Mota Gomes (itania@ufba.br) é líder do grupo, doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas/UFBA. Professora do Póscom/UFBA www.poscom.ufba.br e pesquisadora do CNPq.
Palavras-Chaves: Modo de Endereçamento, Telejornalismo, Interpretação, Jornal Nacional

montagem da imagem/montagem na imagem O cinema sensacional
Alita Villas Boas de Sa Rego (ECO)
As imagens do cinema contemporâneo se adaptaram às suas novas condições de produção, incorporando a tecnologia digital a um processo de criação que há quase cem anos não passava por uma transformação técnica tão radical. Com a tecnologia digital, a montagem da imagem virou montagem na imagem, dando origem ao cinema sensacional, que investe mais no corpo do que na razão como forma de cognição. Este novo tratamento das imagens gera uma estética e uma ética que abre um novo campo de pesquisa cinematográfica.
Palavras-Chaves: teoria da imagem, significação nas midias, produção e recepção

Necromancia: O Esconjuro Da Imagem Moderna
Eliana Lúcia Santos Monteiro Coelho (UFRJ)
Este artigo propõe uma reflexão sobre o aparecimento de um novo olhar construído a partir do uso das novas tecnologias, capaz de revelar, na atualidade, novas e estranhas visibilidades. Estabelecemos uma aproximação entre os modos de ver cultivados no fim do século XIX em Paris, com a exibição pública dos cadáveres no necrotério da cidade, e os modos de ver do século XXI através das imagens produzidas pelas máquinas de visão onde se configura, tanto numa época quanto na outra, uma visão estrangeira daquilo que está sendo exposto. Surge diante de nós a imagem de um sujeito desconhecido e monstruoso
Palavras-Chaves: teoria da imagem, novas significações nas mídias, produção e recepção de imagens

O cinema de não-ficção da Argentino e o do Brasil na década de 60: similaridades no olhar.
Alfredo Dias DAlmeida (UMESP)
Esse artigo aponta o novo olhar para o real proposto pelo cinema de não-ficção da Argentina e do Brasil, em fins da década de 50 e no início da de 60. Apesar das diferentes conjunturas históricas vividas pelos dois países, identifica-se, nos documentários realizados nesse período, um ponto em comum: fazer do documentário um instrumento de registro e de análise de problemas humanos, sociais e políticos, e assumir, diante desses problemas, uma postura ativa, direta e participante. Para tanto, os cineastas adotaram propostas estéticas inovadoras na forma e no conteúdo, privilegiando o resgate do “popular”, “dando voz” às classes dominadas e desnudando esquemas sociais de exploração.
Palavras-Chaves: Documentário (filme), Nuevo Cine Latinoamericano, Fernando Birri, Thomaz Farkas

O manguebeat cinematográfico de Amarelo Manga: energia e lama nas telas
Alexandre Figueirôa Ferreira (UNICAP)
O artigo propõe uma reflexão sobre o filme Amarelo Manga, de Cláudio Assis, considerando-o como uma tradução audiovisual de algumas das propostas estéticas e culturais assumidas pelo movimento musical manguebeat, que aconteceu na cidade do Recife na década de 90 e que influenciou os realizadores audiovisuais pernambucanos após sua eclosão. Defendemos a idéia de que a compreensão do filme exige um olhar intestinal da vida recifense para poder decifrar as contradições que a obra carrega.
Palavras-Chaves: manguebeat, análise fílmica, cinema pernambucano

O mundo que habitamos em Dogville: um jogo entre pobreza e experiência
Roberta Oliveira Veiga (UFMG), Anna Karina Castanheira Bartolomeu (UFMG)
Resumo: O texto busca evidenciar como o dispositivo cinema, ao forçar seus limites, na relação com a literatura, o teatro e a fotografia, pode provocar a reflexão acerca da experiência. Essa forma dispositivo é pensada em Dogville (2003), de Lars von Trier. A abordagem do filme persegue, portanto, a maneira pela qual as estratégias de encenação dos sentidos convidam a um jogo capaz de revelar que a experiência forte, a re-apropriação do mundo pelos homens, pode surgir na experiência da pobreza. Autoras: Anna Karina Castanheira Bartolomeu. Doutoranda em Comunicação Social pela FAFICH/UFMG. Professora e pesquisadora da EBA/UFMG, co-editora da revista Devires – Cinema e Humanidades. Roberta Oliveira Veiga. Doutoranda em Comunicação Social pela FAFICH/UFMG. Professora e pesquisadora da PUC-MG.
Palavras-Chaves: dispositivo, experiência, cinema, fotografia

Que cor é a cor do amarelo manga?
Marlivan Moraes de Alencar (Senac)
Resumo A cidade configurada no filme Amarelo Manga assume uma característica quase que indecifrável diante do modo como é tratada e posta, sem praticamente nenhuma justificativa dentro da narrativa que compõe. O cinema, como um tradutor da cidade, coloca em xeque essa possibilidade de descoberta, mas quase deflagra sua incompetência de descobrir o que se esconde nos olhares que não comunicam nada além de sua própria existência. Marlivan Moraes de Alencar Mestre em Comunicação e Semiótica PUCSP Doutoranda em Antropologia no Programa de Ciências Sociais PUCSP. Professora de Antropologia Visual: Design Gráfico do SENAC/SP: 2003/2004 Professora do Curso de Multimeios nas oficinas: Interface Cinema /TV e A Cidade no Cinema - PUCSP
Palavras-Chaves: cidade, cinema, representação

Sobre as relações entre cinema nacional e discurso jornalístico em “Quanto vale ou é por quilo?”
Luiza Cristina Lusvarghi (ECA/USP)
Filmes nacionais recentes como “Bicho-de-Sete Cabeças”, “Cidade de Deus”, “Carandiru”, “O Invasor” –, tiveram seus argumentos baseados em livros-reportagem ou romances que exploram a realidade do país e são, pretensamente, baseados em fatos reais e se valem disso para atrair o público. No último filme de Sérgio Bianchi, “Quanto Vale ou é por quilo” (2005), o discurso jornalístico, aparentemente, se transforma praticamente em uma metalinguagem para abordar a realidade, a periferia e os conflitos sociais do país. Mas o que está em jogo é a linguagem do cinema, na qual a televisão, historicamente herdeira do rádio, vai buscar recursos para firmar-se na medida em que se desenvolve a tecnologia da imagem. Doutoranda da ECA/USP no Núcleo de Jornalismo, Mercado e Novas Tecnologias com o projeto “Cidade de Ninguém, novas tecnologias, televisão e discurso jornalístico nas imagens da periferia no cinema nacional pós-moderno”. lluiza@usp.br
Palavras-Chaves: exclusão social, discurso jornalístico, cinema nacional

Terra em Transe - filosofia da consciencia ou teoria do transe
Maria Regina de Paula Mota (UFMG)
O trabalho aqui apresentado é parte da pesquisa sobre o pensamento no cinema brasileiro que busca compreender as características impressas nas obras do Cinema Novo que traduziriam uma “visão de mundo” do Brasil e do brasileiro. O filme Terra em Transe, relançado recentemente em circuito comercial, é exemplar das questões que orientam a pesquisa, já que trata do trajeto de uma consciência, em meio aos conflitos entre os ideais de país e a dura realidade política e cultural da América Latina. A atualidade do filme permite extrair, do significado das alegorias, uma espécie de teoria que coloca o transe no centro dos acontecimentos. O artigo releva como Glauber Rocha, munido do câmera Dib Lutfi, constrói, entre o som e a imagem, suas diversas categorias analíticas. Mini-curriculo Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e mestre em Educação pela FAE/UFMG. Autora do livro A Épica Eletrônica de Glauber – um estudo sobre cinema e tevê. BH, UFMG, 2001. Pesquisadora e professora do programa de Pós-graduação em Comunicação e do Departamento de Comunicação Social da FAFICH/UFMG. Realiza pesquisas nas áreas de televisão e cinema brasileiro e políticas públicas de comunicação. rmota@fafich.ufmg.br
Palavras-Chaves: cinema, Glauber, transe

Um olhar sobre o olhar da Dama das Camélias
Ana Mery Sehbe De Carli (UCS), Roger Luiz da cunha Bundt (UFRGS)
Resumo: O texto salienta aspectos que tornaram a obra A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho, muito apreciada pelo público, nas suas várias linguagens de representação. Comenta, ainda, o filme La storia vera della Signora delle Camelie, de Mauro Bolognini, que deixa de lado os excessos do melodrama original, para mostrar o contexto social e questões psicológicas que marcaram a vida de Alphonsine Plessis, a mulher que serviu de modelo para A Dama das Camélias, e revigorou o mito da mulher cortesã, tão representativo na dicotomia do papel do feminino no contexto social do século XIX .
Palavras-Chaves: cinema, melodrama, gêreno audiovisual, contexto social

“Da Janela do meu Quarto” – Discutindo a interferência sobre o real e um novo momento no cenário de vídeo documentário nacional.
SIMONE ALMEIDA JUBERT (UFPE)
Resumo: O artigo estuda o curta-documentário “Da Janela do Meu Quarto”, de, Cao Guimarães. Levanta também a discussão de uma estética do mínimo, ou uma estética do real, que se referem à forma como o filme foi captado, baseadas na experiência do realizador e no menor índice de interferência possível sobre a realidade. O filme é realizado por acaso quando da janela de um quarto de hotel Cao observa duas crianças brincando e grava sem ser notado por elas. Também abre a discussão sobre o novo momento no cenário de curtas e de documentários nacional, assinalado aqui pela própria premiação do filme de Cao nos mais importantes festivais brasileiros. Pensamos assim, como uma nova possibilidade estética ou a discussão da mesma abre caminhos para se repensar o cinema e seus gêneros, a questão da criatividade e do valor da arte. Simone Jubert (simone.jubert@gmail.com), jornalista, mestranda da Universidade Federal de Pernambuco, pesquisa atualmente as relações entre o trabalho de Eduardo Coutinho com o Teatro do Oprimido de Augusto Boal.
Palavras-Chaves: documentário, curta-metragem, estética, real

NP-08. Tecnologias da Informação e da Comunicação


A Internet e a Democratização da Informação – proposta para um estudo de caso
Juliana Lúcia Escobar (UERJ)
O presente artigo apresenta uma proposta de pesquisa que pretende investigar as maneiras pelas quais um veículo online pode contribuir para a democratização da informação e a efetivação da interatividade "prometida" pelas novas tecnologias de comunicação e informação, em especial pela web. Delineiam-se as bases teóricas iniciais para o desenvolvimento de tal pesquisa, delimitando-se definições básicas que serão adotadas no decorrer do trabalho, como o conceito de democracia. Faz-se ainda algumas considerações introdutórias sobre a Internet como veículo de comunicação de massa – e uma breve apresentação do objeto que servirá para o estudo de caso nos momentos seguintes da pesquisa, o portal Comunique-se.
Palavras-Chaves: Internet;, Interatividade;, Democratização;, Emissão;

A Simulação Tecnológica e o Jogo da Subjetividade Contemporânea
Maria Inês de Araujo Jorge Accioly (ECO-UFRJ)
Este trabalho discute o estatuto da simulação na cultura contemporânea a partir da popularização das tecnologias informacionais e do processo em curso de convergência digital. O objetivo é buscar uma definição de simulação aplicável às interfaces do campo comunicacional tanto com as tecnociências (tecnologias digitais) quanto com as ciências humanas e a filosofia, articulando-a com as noções de imersão, interatividade e jogo. O texto estabelece conexões entre a lógica operacional da simulação e a dinâmica da “sociedade de controle” (Deleuze), e pondera as implicações éticas das estratégias contemporâneas de simulação com base no pensamento de Baudrillard, Ehrenberg e outros.
Palavras-Chaves: Simulação, Controle, Convergência digital, Interatividade

As Sandálias da Garota da Capa e o Fetiche da Mercadoria - Notas Sobre a Apropriação Coletiva das Ferramentas de Leilões Virtuais
André Vicente Reina Torres Vouga (UFF)
O comércio eletrônico tem apresentado novos desafios para as análises da comunicação, principalmente quanto ao encaminhamento de uma herança orientada para a crítica de formações massificadas, pautadas pelo monopólio das emissões. Diante desta tradição se colocam novas abordagens pontuais de ação, ligadas a uma canalização de fluxos simbólicos com produção mais generalizada e a uma mediação mais completa das operações relacionadas às trocas. Este artigo pretende contribuir com o processo de atualização das análises através do detalhamento das formas de comunicação comerciais surgidas em torno das ferramentas de leilões virtuais. Serão avaliados aqui principalmente os tensionamentos que incidem sobre as identidades, a formação de demandas e as questões políticas envolvidas.
Palavras-Chaves: Internet, Comércio eletrônico, leilões virtuais

Cibercidadão do mundo on-line: desafios e (re)descobertas
Ricardo Luís Nicola (Unesp)
Em face das turbulências do mundo, é natural que muitos sejam pessimistas a respeito do que está por vir. Mas há também perspectivas em vários campos que fazem acreditar no melhor, sendo um desses a Informática e, como brilhante produto dela, a Internet, a sociedade em rede. Por ela, a “tribalização mundial” que McLuhan anunciou nos anos 1960 se faz presente hoje, com a instalação de sistemas sofisticados de comunicação em incessante e veloz aperfeiçoamento. Este artigo discute a função da Internet como mídia para o jornalismo e, especificamente, para as comunidades virtuais, apresentando sua formatação e elencando os impactos das novas tecnologias de tele-info-comunicação na constituição, inclusive, das atuações do usuário diante do sistema e sua importância na investigação dos papéis que de fato o sistema telemático pode exercer na cibersocidade. Minicurriulo: Professor Dr. do Depto.Comunicação Social da Faculdade de Arquitetura, Arte e Comunicação(Unesp-Bauru), autor do livro:“Cibersociedade – quem é você no mundo on-line”(Senac-SP,2004), atualmente é Senior McLuhan Fellow/Visiting Scholar (Pesquisador Visitante) e pós-doutor na University of Toronto. Doutor em Multimeios pela Unicamp.Leciona as disciplinas Jornalismo Comunitário I e II, e Jornalismo Digital I e II. E-mail:midia.press@uol.com.br.
Palavras-Chaves: Internet, sociedade da informação, mídias digitais, comportamento cibersocial

Ciberespaço e espaços públicos de debate e embate
rovilson robbi britto (USP)
Resumo: O presente trabalho busca refletir sobre os estudos sobre espaço público e a emergência do ciberespaço, indagando as possibilidades de articulação e de surgimento de espaços públicos parciais de debate e de embate. Jornalista formado pela Faculdade Cáper Líbero, Mestre em Comunicação e Mercado pela Faculdade Cásper Líbero, membro do Grupo de Estudos de Práticas Midiáticas, professor da Universidade de Santo Amaro, doutorando pela ECA/USP – rovilson.britto@terra.com.br
Palavras-Chaves: Espaço Público, Ciberespaço, Mídia, Sociabilidade

Comunicação e Criação na Internet: a sistemática de trabalho das equipes de desenvolvimento web e dos grupos de desenvolvimento de softwares
Carla Andrea Schwingel (Facom/UFBA)
Este trabalho apresenta o resultado da pesquisa de mestrado que sistematizou a composição e processo de trabalho das equipes desenvolvimento web e dos grupos de desenvolvimento de softwares. Estabelecendo uma diferenciação entre: 1) a sistemática interdependente do trabalho das equipes de desenvolvimento web, que se encontram de forma hierarquizada em empresas, e 2) a sistemática cooperativada dos grupos de desenvolvimento de softwares, especificamente a Comunidade de Software Livre, que trabalham de forma distribuída, colaborativa, sem hierarquização, demonstra-se que a prática cooperativa se institui no trabalho colaborativo por haver uma intencionalidade de ajuda, de auxílio, em prol da circulação do conhecimento.
Palavras-Chaves: Cibercultura, desenvolvimento internet, grupos de desenvolvimento web, software livre

Comunicação e velocidade – O novo espaço-tempo da interação social
Leonardo Teixeira de Mello Ferreira (UFRJ)
A disposição de uma nova relação com os lugares e as distâncias de tempo criadas pelas tecnologias da comunicação e da informação mais recentes abre uma série de problemas na constituição da vida social dos indivíduos. Os fenômenos da ubiqüidade, tornados possíveis graças à velocidade absoluta dos sistemas de telecomunicações, possibilitaram que indivíduos espalhados no mundo todo se reunissem a distancia, tornando efetiva a chegada de uma verdadeira tele-ação imediata, ou de uma tele-presença instantânea. Representantes desse fenômeno técnico que dissipa radicalmente o obstáculo da distância, os chats e os comunicadores instantâneos surgem como tecnologias que permitiriam constituir novos grupos sociais, dos quais os exemplos mais significativos são as comunidades virtuais. Leonardo Teixeira de Mello Ferreira é aluno do curso de mestrado em Comunicação e Cultura da UFRJ. Autor de trabalhos que têm como objeto as tecnologias da comunicação e da informação, atualmente, desenvolve pesquisas relacionadas à velocidade e à vigilância sob a orientação da Professora Fernanda Bruno / UFRJ. É bolsista do CAPES desde março de 2005. Contato: leonardotmf@gmail.com
Palavras-Chaves: Comunidade Virtual, Internet, mediação virtual

Enredar: “A arte de organizar encontros”
LUIZA HELENA GUIMARÃES FERREIRA (UFRJ)
Tomando como base as redes de Comunicação Mediada por Computador na elaboração de um novo imaginário construído pelo comum, enfatizamos a criação de uma estética contemporânea gestada com base na rede de afetos e na possibilidade de confabular, assim como, os modos emergentes de organização de fluxos de desejo que vêm transformando a experiência e abrem espaço para a arte ativista, produtora de nova subjetividade, que age nas relações de forças de dominação e no potencial de liberdade da sociedade.
Palavras-Chaves: Cibercultura, Comum, Mídia Tática, Subjetividade

Espaços digitais e territorialidade midiática
César Steffen (FARGS)
Com o desenvolvimento da Internet surgem os espaços digitais, territórios de interação e comunicação demarcados pelas identidades, processos comunicacionais e discursivos dos diversos campos sociais que ao meio convergem e se utilizam em seus processos de interação. Estes espaços projetam, simulam e criam novas instâncias de relação e interação entre os diversos atores e campos sociais, que projetam seus fazeres e estratégias formando, assim, as fronteiras no espaço midiático de comunicação.
Palavras-Chaves: Internet, espaço digital, comunicação, mídia

Flash Mob: da interação em rede à intervenção urbana.
Mônica Schieck Chaves Lopes (UFRJ)
Resumo: Este trabalho pretende apontar como as atuais tecnologias de comunicação vêm reconfigurando a forma como os indivíduos interagem socialmente. Sendo o foco principal a análise das flash mobs - movimento que ficou conhecido mundialmente a partir do ano de 2003 - como uma nova prática de mobilização via Internet que vem se apoderando dos espaços públicos urbanos utilizando uma encenação lúdica. Minicurrículo: Jornalista e Relações Públicas, Mestranda em Comunicação e Cultura na ECO-UFRJ. Bolsista CNPq. monicaschieck@hotmail.com
Palavras-Chaves: Flash mob, Internet, comunidades virtuais, ações coletivas

Incluindo o Brasil na era digital
Maria Eugenia Cavalcanti Rigitano (UNIME), Patricia Barros Moraes (FTE)
O presente trabalho tem como intuito discutir a temática da inclusão digital no cenário brasileiro, apresentando um mapeamento das iniciativas desenvolvidas por parte dos governos estaduais. Trata-se do resultado de um estudo comparativo desses projetos, desenvolvido em duas etapas: a primeira delas entre agosto e outubro de 2002, e a segunda entre março e maio de 2005. Dessa maneira foi possível identificar as mudanças ao longo do tempo.
Palavras-Chaves: Inclusão Digital, NTICs, Governo

Jornalismo online: como os internautas catarinenses avaliam duas propostas diferentes na Internet
Sandro Lauri da Silva Galarça (UNIVALI)
O presente artigo apresenta o resultado de um estudo comparativo de casos, representados por dois jornais online: Terra Notícias e Diário Catarinense, tendo como ponto de partida o estabelecimento das seguintes categorias: conteúdo disponível, ergonomia do sistema hipermídia e recursos de interatividade, levantados a partir de uma revisão bibliográfica sobre o tema. Para chegar a esse objetivo, são utilizadas técnicas variadas de pesquisa, como pesquisa bibliográfica, aplicação de questionário para obtenção de dados quantitativos e observação estruturada a partir de categorias pré-estabelecidas. A pesquisa ainda aplica uma ferramenta para mensuração da qualidade percebida de acordo com Sousa (2001), com a finalidade de verificar a avaliação dos internautas catarinenses em relação aos dois jornais online em questão.
Palavras-Chaves: internet, jornalismo online, avaliação, conteúdo

Jornalismo open source em busca de credibilidade: como funciona o projeto coreano OhmyNews International
Ana Maria Brambilla (UFRGS)
Resumo: Aprofundando o conceito de jornalismo open source, o presente artigo pretende exemplificar este modo interativo de produção de notícia através do site OhmyNews International, um projeto coreano de abrangência global que convida todo o cidadão a ser um repórter. Um possível ponto frágil dessa prática recai sobre a credibilidade das notícias publicadas, um tópico especialmente contemplado através do olhar de pesquisadores contemporâneos atentos ao fenômeno. Seria o jornalismo open source reflexo de um processo de abertura do comportamento da sociedade inerente à atualidade? Talvez seja necessário rever premissas dos modos tradicionais de comunicação para que se compreenda a participação efetiva do público na práxis jornalística. Minicurrículo: Jornalista, mestranda em Comunicação e Informação pelo PPGCOM/UFRGS; bolsista da CAPES. Mail: ambrambilla@terra.com.br
Palavras-Chaves: jornalismo open source, interação online, OhmyNews, jornalismo online

Notas sobre o imaginário tecnológico
Ieda Tucherman (UFRJ)
Em Notas sobre o Imaginário Tecnológico procuro identificar as formas de presença das tecnociências na vida social e individual e pensar nos efeitos nestas como na política, na ética, estética, etc, considerando sua veiculação nas mídias, tanto informativas quanto ficcionais.Estabeleço então as continuidades e rupturas entre o conjunto simbólico e imaginário moderno e a nossa atualidade. Finalmente tento compreender uma situação inesperada: estão os nossos saberes à altura dos nossos poderes? ou, compreendendo o limite dos nossos saberes e a potencialidade das novas tecnologias , como apresentar critérios públicos para o agir?
Palavras-Chaves: tecnologias, mídia, imaginário, contemporâneo

Novas tecnologias e monitoração: a cultura do medo legitimando o controle.
RITA DE CÁSSIA SOUZA LEAL (UFRJ)
Na sociedade atual as tecnologias e as mídias, por meio de dados estatísticos e opiniões de peritos, assumem importância central como vaticinadoras e divulgadoras de notícias relacionadas a situações de risco que incentivam práticas de prevenção e instauram a estética do medo. Não que as mídias inventem as notícias, mas, ao escolher o que mostrar, manipulam as percepções e lucram com as ansiedades. Neste cenário de insegurança e incerteza, a segurança se constitui em uma das principais reivindicações políticas da sociedade. O artigo analisa o lugar que o medo ocupa em nossas preocupações de hoje, assim como o papel das novas tecnologias na construção e disseminação dos discursos de racionalização do medo. Nesse sentido, o medo racionalizado passa a ser um medo produzido pela cultura que, manipulado ou intencionalmente provocado, legitima novas e antigas práticas de controle.
Palavras-Chaves: Novas tecnologias, medo, controle, prevenção

O fluxo das informações jornalísticas no tempo-espaço das mídias digitais/online
Andréia Denise Mallmann (PUCRS)
A entrada de jornais na rede global de comunicação inaugura um novo período na área do jornalismo. A mídia digital/on-line reúne características oriundas dos meios convencionais, mas aprimora as mesmas, mediante uma nova relação de tempo-espaço. O jornalismo veiculado através de plataformas digitais, conectadas à Web, representa, de ante mão, uma renovação no sistema de produção, distribuição e recepção de notícias. Através de impulsos eletrônicos, conhecidos por bits, os fluxos informativos podem viajar a grandes velocidades pelas “auto-estradas” da informação. Atualizada instantaneamente na tela de qualquer suporte (aparato) digital, a informação jornalística pode contar com linguagem multimídia (textos, gráficos, imagens, animações, áudio e vídeo), ampliando suas possibilidades no que se chama, convergência de linguagens. A mudança de formatos, a crescente interatividade e as diversas categorizações de tempo-espaço das mídias tradicionais (jornal impresso, rádio e TV) em comparativo com os meio digitais/on-line e a potencialidade de fluxos móveis de informação, são focos de análise dessa pesquisa, calcados sob a ótica e base metodológica do Pensamento Complexo de Edgar Morin.
Palavras-Chaves: Jornalismo, tempo-espaço, mídias, tecnologias

O impacto dos weblogs: geopolítica, compartilhamento e filosofia open source
Priscila Arantes (SENAC)
O presente trabalho tem como objetivo discutir o impacto de novos formatos de comunidade em rede, tal como os weblogs, na sociedade contemporânea. Parte do pressuposto de que o crescente uso de formas operacionais em rede tais como os weblogs, software livre, wiki, entre outros, são importantes estratégias de democratização, de compartilhamento, de acesso e de troca de informações em rede e, neste sentido, podem ter um papel importante na resistência coletiva contra o poder nômade. Priscila Arantes é crítica, teórica e pesquisadora no campo da arte e tecnologia. É doutora e professora de arte digital e estética tecnológica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e coordenadora do Curso de Pós Graduação em Mídias Interativas do SENAC/SP. É colaboradora da revista Cibercultura do Instituto Itaú Cultural, da Revista Trópico, entre outras. Fez parte do corpo de jurados do Festival Internacional de Linguagens Eletrônicas (2003) e é pesquisadora no PEPG em Comunicação e Semiótica (PUC-SP), onde desenvolveu o doutorado Arte e Mídia no Brasil: perspectivas da estética em tempo digital ( no prelo-Ed.Senac). Foi finalista do IV Prêmio Cultural Sérgio Motta com o projeto Brasil Mídia Digital, desenvolvido em co-autoria com Marcus Bastos.
Palavras-Chaves: weblog, compartilhamento, mídia ativismo, arte ativismo

O percurso complexo da memória
Leonel Fernando Aurélio Aires (UNISC)
Da literatura a filosofia, da química a biologia, da antropologia a história, o desejo em compreender o que é memória tem sido algo recorrente através dos séculos. Muitas são as interpretações, muitas as vertentes científicas e muitas também são as dúvidas que insistem em aparecer e permanecer mesmo depois de descobertas em muitos campos. Este artigo propõe um percurso complexo da memória, desde a Grécia Clássica até a atualidade marcada pelas tecnologias de comunicação.
Palavras-Chaves: memória, cibercultura, tecnologia, história

o próprio e o comum propriedade e liberdade na produção digital
FABIO LUIZ MALINI DE LIMA (UFRJ)
Partindo do referencial teórico de Antonio Negri, este trabalho visa mostrar como a cooperação em rede vem constituindo novas formas de propriedade intelectual, baseadas na lógia de difusão e socialização pública do conhecimento. Trata-se de evidenciar tal afirmação a partir da análise dos movimentos de software livre, particularmente, como se caracteriza os bens digitais produzidos a partir do copyleft, licença de caráter público que permite a qualquer usuário um acesso irrestrito aos códigos-fonte dos programas (o segredo de fabricação), liberando modificações em softwares produzidos por algum programador (ou pares, como chamam). Jornalista, Mestre em Ciência da Informação. Pesquisador do CiberIdea/ECO-UFRJ e do Laboratório de Território e Comunicação (LABTEC/UFRJ). Email: fabiomalini@uol.com.br
Palavras-Chaves: Trabalho Imaterial, Propriedade Intelectual, Liberdade, Comunicação

O “local” do virtual no ambiente de Internet móvel
Eduardo Campos Pellanda (PUC-RS)
A percepção do real e virtual sempre fizeram parte do imaginário coletivo como objetos opostos e com fronteiras bem definidas. Com a crescente expansão das possibilidades da Internet móvel esse imaginário começa a ser questionado. Na comunicação nômade, o espaço físico é o ambiente de expansão e difusão da rede móvel. Neste contexto, elementos para a análise de questões da cibercultura podem ser analisadas por diferentes óticas.
Palavras-Chaves: Internet, mobilidade, local, cibercultura

Participatory Journalism: conceitos e práticas informacionais na Internet
Jorge Rocha Neto da Conceição (Fumec)
As práticas jornalísticas voltadas para a mídia internet configuram a seguinte questão: qual é o papel do jornalista no processo de gerenciamento de informação online? Os conceitos e práticas do Participatory Journalism apontam um amálgama entre as funções de produtores e consumidores de informação na Internet, requerendo assim uma compreensão diferenciada nos processos de mediação realizados pelos profissionais de Jornalismo. Este artigo evidencia formas de estimular conversação e participação da audiência, em um processo de co-gerenciamento webjornalístico, e aponta questões relativas à intermediação em sistemas colaborativos informacionais.
Palavras-Chaves: Webjornalismo, Participatory Journalism, ciberespaço, práticas narrativas

Sistemas virtuais: entropia e teoria do caos na comunicação social
Cristian Juliano Vivan (UFPR), Luiz Alberto Vivan (UTP)
A evolução dos meios de comunicação e sua crescente influência sobre o cotidiano das pessoas tem sido objeto de estudos de inúmeros pesquisadores. Dentre os mais discutidos encontra-se Baudrillard e a Teoria dos Simulacros. Outra corrente teórica concentra-se nas pesquisas sobre o ciberespaço e o axioma da complexidade. Neste contexto, alguns estudos ligados à Física têm oferecido subsídio aos pesquisadores em comunicação. Um deles trata do caráter entrópico dos sistemas, outro da questão da complexidade e do comportamento caótico desses sistemas. Pretende-se demonstrar, por meio desse artigo, que algumas afirmações, a que se refere Baudrillard, não assumem exatamente os direcionamentos propostos em sua teoria, sobretudo no que diz respeito à utilização do conceito de entropia aplicado a informação, comunicação, sentido e dissuasão do social no contexto da Internet.
Palavras-Chaves: Internet, Teoria dos Simulacros, Teoria do Caos, entropia

Tecnologias Comunicacionais, Subjetividade e Atenção: Elementos para uma Abordagem Histórica
Ericson Telles Saint Clair (UFF)
Trata-se de fornecer elementos para a investigação da problemática envolvendo subjetividade e atenção na contemporaneidade – e suas intrincadas relações com as tecnologias virtualizantes – por meio da proposta de um pertinente recuo histórico ao final do século XIX. Sugerimos que o advento do telégrafo elétrico – aparato que configurou métodos e padrões técnicos para o desenvolvimento da Internet – inseriu-se num processo mais amplo de modernização da percepção, calcado em diversas reorganizações institucionais do capitalismo do fim do século XIX. No intuito de relativização de uma certa tendência de abordagem do sujeito contemporâneo em oposição a um sujeito moderno, pretendemos contribuir aos estudos da área que relacionam tecnologias comunicacionais e subjetividade. Ericson Saint Clair é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Bacharel em Comunicação Social pela Uerj, foi bolsista Pibic/Uerj de 2002 a 2004, orientado pelo Prof. Dr. Márcio Gonçalves. Atualmente, desenvolve a pesquisa Tecnologias Comunicacionais e Atenção: uma Perspectiva Histórica, sob orientação da Prof. Dra. Maria Cristina Franco Ferraz.
Palavras-Chaves: tecnologias da comunicação, internet, subjetividade, atenção

TV na Internet: Reflexões sobre remediação e interatividade.
Larriza Thurler (UERJ)
Tomando como referência teórica o conceito de remediação elaborado por Jay David Bolter e Richard Grusin, o presente artigo tem como proposta apresentar e discutir o processo no qual um meio digital e individualizado, a Internet, incorpora e representa um meio de comunicação tradicional e de massa, a televisão. Será analisado um caso específico – o Jornal Interativo, programa de uma televisão desenvolvida exclusivamente para a Internet, a AllTV, com o objetivo de avaliar em que medida novos formatos e suportes materiais influenciam em uma maior participação do espectador e afetam o modo de assistir à televisão. Larriza Thurler é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na linha de Novas Tecnologias e Cultura, e bolsista da Faperj.
Palavras-Chaves: TV, Internet, remediação, interatividade

Uma Nova Abordagem da Relação Homem-Técnica para Além das Antigas Dualidades Natureza-Cultura e Natureza-Artifício
Júlio Afonso Sá de Pinho Neto (UFG)
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre a tecnologia a partir de teorias que recusam as concepções deterministas a respeito da técnica, questionando as concepções essencialistas a respeito da diferença entre natureza e cultura, homem e artifício. A técnica muitas vezes é concebida de forma unilateral: ora é vista como ameaçadora e perigosa ao homem, ora é aceita como uma dádiva capaz de assegurar o que séculos de luta política não conseguiram realizar.
Palavras-Chaves: novas tecnologias, democracia, complexidade

Visões obscuras do underground: Hackers e Rivetheads — O cyberpunk como subcultura híbrida.
Adriana da Rosa Amaral (PUCRS)
O artigo apresenta a formação híbrida da subcultura cyberpunk através de duas subculturas juvenis de ordem rebelde e artística: hackers e industrial (rivetheads). A apropriação dos elementos estéticos do cyberpunk aparece em ambas, em seus estilos de vida, na atitude, na figura do personagem “andarilho”, nos diferentes usos da tecnologia e na fusão homem-máquina. Baseando-nos na estética do cotidiano e no conceito de subcultura dos estudos culturais ingleses, essas subculturas apresentam-se como formadoras do cyberpunk, a partir do elemento punk em seu conceito e possuem como vetor a cultura pop e a comunicação, sendo a micro-mídia (THORNTON, 1996) a amplificadora de suas idéias, mostrando uma flexibilização entre as distintas identidades e a alternância de influências entre o mainstream e o underground. Adriana Amaral é Mestre em Comunicação Social pelo PPGCOM/ PUCRS na linha de pesquisa Tecnologias do Imaginário. Atualmente é Doutoranda em Comunicação Social pelo mesmo programa, onde está desenvolvendo tese sobre cyberpunk (do qual esse trabalho faz parte) e a obra de Philip K. Dick. É bolsista da CAPES. Fez Estágio de Doutorado (Doutorado Sanduíche) no Boston College, em Boston, Massachussets, Estados Unidos como bolsista do CNPq de setembro de 2004 a fevereiro de 2005. Email: adriamaral@yahoo.com.
Palavras-Chaves: cibercultura, cyberpunk, estética, hackers

www.sabotagem: pirataria ou resistência?
Rodrigo de Oliveira Morais (UFRJ)
A partir de um caso concreto, a página do coletivo brasileiro Sabotagem, avançamos na investigação a respeito das relações entre os conceitos de Zona Autônoma Temporária (TAZ) e de máquina de guerra. A proposta do Sabotagem é a distribuição gratuita de livros pela Internet, violando a legislação que protege direitos autorais. Em outras palavras, o uso da rede para o estabelecimento do livre fluxo do conhecimento. Procuramos demonstrar como, na prática, a Internet pode ser usada como arma de “guerrilha cultural” por uma organização que opera de modo clandestino, obedecendo os princípios da TAZ e seguindo a proposta de proliferação de máquinas de guerra por meio da rede. Sabotagem é um exemplo de contra-net, termo que indica o “uso clandestino, ilegal e rebelde” da rede, com o objetivo, neste caso, de afirmação da resistência política e cultural no espaço eletrônico. Rodrigo de Oliveira Morais é mestre em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ). Jornalista graduado pela mesma instituição, trabalha no jornal O Estado de S.Paulo.
Palavras-Chaves: TAZ, máquina de guerra, rede, resistência digital

NP-09. Comunicação Científica e Ambiental


Artigos científicos: a saga da autoria e co-autoria
Maria das Graças TARGINO (UFPI)
Resumo Diante da multiplicidade de recursos tecnológicos inseridos na cultura contemporânea (pós-moderna) e das infindas transformações daí advindas, de caráter social, cultural, econômico e político, a atividade autora sofre mutações. Estas conduzem a questionamentos acerca da concepção de autoria, em geral, e, em particular, das publicações científicas, com ênfase para os artigos de periódicos. Assim, o paper discute o processo de autoria, enfatizando as mutações conceptuais, responsáveis pela desconstrução de seus fundamentos, além das implicações inerentes à co-autoria. MINICURRÍCULO Após 25 anos de atuação na Universidade Federal do Piauí, no momento atual, na condição de Doutora em Ciência da Informação (Universidade de Brasília), atua como professora em cursos de pós-graduação stricto sensu e lato sensu em universidades do Nordeste, além de ter sido bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Produtividade em Pesquisa, até março de 2005. Além da docência, dedica-se à pesquisa científica. E-mail: gracatargino@hotmail.com.
Palavras-Chaves: Produção técnico-científica –, Autoria, Comunicação científica, Textos técnico-científicos – a

COMUNICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO LOCAL: A EXPERIÊNCIA FORMATIVA DO PROJETO EDUCAÇÃO DO CAMPO
Irenilda de Souza Lima (UFRPE)
Resumo Neste texto apresentamos os resultados do estudo que avaliou as contribuições formativas do estágio de vivência do Projeto Educação do Campo. Os questionamentos aos estagiários foram sobre de que maneira estas atividades diferem da formação adquirida na universidade, e se foram construídos outros conceitos sobre a realidade campesina. As respostas sinalizaram que o projeto atingiu seu objetivo, ao inserir os estagiários em projetos de extensão rural, nas áreas de Reforma Agrária e da agricultura familiar. Confirmou esta experiência, como possibilidade para a comunicação de outra alternativa de desenvolvimento, considerando ser um desafio contemporâneo a formação de novas gerações de gestores, na perspectiva do desenvolvimento local sustentável.
Palavras-Chaves: Comunicação, Desenvolvimento Local, Educação do Campo

Comunicação e movimento ambientalista: bactéria verde dentro do organismo global
Jean Carlos Porto Vilas Boas Souza (UnC, Embrapa)
Nas entranhas do organismo global, a bactéria verde começa a cristalizar de forma microscópica uma nova maneira de se relacionar com o mundo. Parido dentro da pós-modernidade e contraponto à globalização, o movimento ambientalista nasceu pela e para a mídia. Discurso alternativo hoje, vislumbra-se no ambientalismo idéias que tendem a ser dominantes amanhã. A comunicação tem e terá papel fundamental no espalhamento da bactéria verde. No jornalismo, na publicidade, nas estratégias de marketing das empresas ou nas palavras dos políticos existem “perturbações” visíveis quando se analisa os sistemas globais de comunicação, todas funcionando como alertas sobre as mudanças pelas quais a sociedade global precisa passar para não esgotar as reservas naturais do planeta. Jean Carlos Porto Vilas Boas Souza, mestrando em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, professor da Universidade do Contestado e jornalista da Embrapa Suínos e Aves
Palavras-Chaves: Ambientalismo, comunicação, sociedade global, pós-modernidade

Comunicação, Cidadania e Meio Ambiente: produção e consumo na sociedade industrial
Maria José da Costa Oliveira (METROCAMP), Lara Andréa Crivelaro Bezzon (METROCAMP), Luciana Bernardo Miotto (METROCAMP)
Pesquisa nos jornais Gazeta Mercantil e Folha de S.Paulo, de 1999 a 2001, tomando por base a reciclagem de lixo, de modo específico, e o meio ambiente, de modo geral, analisa o papel das empresas e do discurso sócio-ambiental por elas defendido. Destaca-se também a ideologia presente nas matérias sobre meio ambiente. Se de um lado as empresas afirmam que os consumidores não podem negar parte de sua responsabilidade pelo lixo industrial, justificando ser ele gerado na produção de bens demandados pelo indivíduos, de outro, é importante ressaltar que na sociedade de consumo as necessidades são socialmente fabricadas, de modo a manterem constantes os fluxos do processo produtivo. Assim, os meios de comunicação divulgam a crise ambiental, mas parecem responsabilizar apenas o consumidor final pela poluição ao defenderem ações éticas individuais em prol do meio ambiente.
Palavras-Chaves: meio ambiente, meios de comunicação, cidadania

Criando o “terceiro entorno”. Reflexões sobre os desafios e oportunidades da divulgação científica no meio digital
Marcelo Sabbatini (Edumed-NE)
Refletimos sobre o atual estado da divulgação científica na Internet, com base na pesquisa teórica e em sua aplicação prática, assim como traçamos as linhas de ação a adotar em seu futuro. Partimos de uma releitura de seus objetivos, passando por uma convergência disciplinar entre a comunicação e a educação científica, chegando a uma concepção de produtos divulgativos no meio digital que constituam experiências únicas, com uma identidade própria, frente à mera transposição de outros formatos. Também destacamos a colaboração como forma de ação nas iniciativas na Rede e a convergência dos distintos níveis da informação científica em um cenário marcado pelo acesso livre à informação. Para institucionalizar a divulgação científica neste “terceiro entorno”, destacamos a questão social e a necessidade de mudanças sistêmicas e culturais como os principais desafios.
Palavras-Chaves: divulgação científica, alfabetização científica, museus e centros de ciência, jornalismo digital

EDITORIA DE CIÊNCIA /MEIO AMBIENTE DO JORNAL DO COMMERCIO: QUINZE ANOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes (UFPE)
Neste artigo, apresentamos um recorte dos resultados de um estudo que investigou o papel da comunicação científica desempenhado pelos três grandes jornais do Estado de Pernambuco [Jornal do Commercio (JC), Diario de Pernambuco (DP) e Folha de Pernambuco (FP). Aqui, o foco de nossa atenção é o JC, que em 1989 implantou a primeira editoria de Ciência/Meio Ambiente do Nordeste. A análise toma como base um levantamento quantitativo das matérias publicadas, no JC, no mês de maio de 2004. O panorama mostra que, embora tenha sido pioneiro em Pernambuco como impulsionador da divulgação científica, o JC vem relegando a importância do seu papel para a comunidade científica pernambucana. Em seus 15 anos de existência, foram muitas as perdas: o status de editoria, o espaço editorial e o número de repórteres. Apesar de tudo, resiste e, embora precariamente, continua a divulgar ciência e tecnologia. Minicurrículo: Isaltina Maria de Azevedo Mello Gomes é graduada em Jornalismo e Letras, com Mestrado e Doutorado em Lingüística. Professora de Jornalismo, atua no Departamento de Comunicação Social (Dcom) e no Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Desde 1989, o foco central de seu trabalho tem sido a Divulgação Científica.
Palavras-Chaves: Pesquisa, Divulgação Científica, Ciência, Jornalismo Científico

Ensino e Pesquisa da Comunicação para o Desenvolvimento Local: a Experiência do Mestrado em Extensão Rural da UFRPE
Maria Salett Tauk Santos (UFRPE), Angelo Brás Fernandes Callou (UFRPE)
Ensino e Pesquisa da Comunicação para o Desenvolvimento Local: a Experiência do Mestrado em Extensão Rural da UFRPE Maria Salett Tauk Santos Angelo Brás Fernandes Callou Resumo O texto analisa a proposta do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); discute o sentido de desenvolvimento à luz da abordagem de Boaventura de Sousa Santos sobre os diferentes processos de globalização, na perspectiva de compreender que os estudos da Extensão Rural, pela via da Comunicação, não podem estar desvinculados das contradições que norteiam os discursos e as práticas contemporâneas erigidas nas relações do global com o local.
Palavras-Chaves: Extensão Rural, comunicação, desenvolvimento local

Mobilização e comunicação ambiental: a experiência das agendas locais
Desirée Cipriano Rabelo (Ufes), Ana Paula Giori Fassarella (Ufes), Felipe Rébuli Procópio (Ufes), Tatiana Fragoso Galdino da Silva (Ufes)
Das alternativas para o enfrentamento dos problemas ambientais contemporâneos, a Agenda 21 é a mais emblemática: estimula esforços individuais e coletivos na comunidade e, ao fim, deve transformar-se em política pública. Para analisar as estratégias de comunicação na elaboração de Agendas locais em diferentes cidades brasileiras, o estudo de caso múltiplo desenvolveu levan-tamentos bibliográficos e documentais, entrevistas semi-estruturadas, questionários, observações in lócus. Em geral, a comunicação de massa mereceu mais investimentos dos promotores, mas a cobertura ficou restrita aos eventos. Já a necessidade de convocar lideranças e promover debates (re)valorizou a comunicação macro/grupal e pessoal. Contudo, os planos de comunicação das Agendas não previram a criação de imaginários, estratégias múltiplas ou a articulação entre es-tratégias de massa e as interpessoais - tópicos essenciais na mobilização social. Dra. em Comunicação pela Umesp e professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal do Espírito Santo (desiree_ufes@yahoo.com.br) e alunos do Curso de Comunicação Social/Jornalismo da Ufes e bolsistas de Iniciação Científica pelo CNPq.
Palavras-Chaves: comunicação ambiental, mobilização, planejamento, Agenda 21

O Rural Marginal e o Cooperativismo Decadente: um Estudo da Ética Jornalística no Interior Paulista
Ana Maria Dantas de Maio (Unesp)
Essencialmente urbana e contemplativa da industrialização, a mídia impressa de uma cidade do interior de São Paulo atrofia a temática rural e patrocina a decadência do movimento cooperativista agrícola. O estudo do tratamento dispensado pelo jornal Diário de Marília ao ambiente rural revela o descaso relacionado ao assunto, herança do paradigma difusionista que marcou a história da comunicação rural na América Latina. Em uma abordagem ampliada, questiona-se os limites da ética aplicada à cobertura jornalística do setor rural. Embora os estudos contemporâneos de ética revisem conceitos como objetividade e imparcialidade, supostamente inatingíveis em sua totalidade, percebe-se que a cobertura jornalística feita pelo periódico beira a falta de bom senso, experimentando variadas técnicas de manipulação.
Palavras-Chaves: comunicação rural, ética, mídia no interior, cooperativismo

Rede de Comunicadores Populares para o Convívio com a Seca no Semi-Árido do Nordeste Brasileiro: Radiodifusão e mobilização social na Embrapa
Dalmo Oliveira da Silva (UFPE)
Resumo O presente artigo sintetiza projeto submetido ao Edital 04/2003 do Macroprograma 4 - Transferência de Tecnologia e Comunicação Empresarial. da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que visa dar condições à empresa de se capacitar, no curto prazo, como referencial em ações estratégicas de comunicação rural, através da radiofonia, com destaque para os seguintes pontos: 1) Mobilização social de comunicadores populares e agricultores familiares; 2) Divulgação de ações de transferência de tecnologia; 3) Divulgação de resultados de sucesso da pesquisa agropecuária para o Semi-Árido; 4) Incremento da visibilidade institucional da Embrapa junto à sociedade civil organizada, notadamente às comunidades rurais do Semi-Árido brasileiro. Minicurrículo Jornalista, Técnico de Nível Superior da Embrapa, especialista em Gestão da Informação no Agronegócio, pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Correio eletrônico: dalmo@cnpa.embrapa.br
Palavras-Chaves: Comunicação rural, Radiodifusão, Semi-Árido, Agricultura familiar

Sedução e controle: a dualidade das mensagens midiáticas na área de alimentação e saúde.
Viviane Dutra da Silva (UFRJ)
O artigo propõe pensar as mensagens midiáticas na área de alimentação e saúde como duais e ambíguas na medida em que há um estímulo simultâneo ao desejo, por intermédio da publicidade, e ao controle, via jornalismo. Refletindo, assim, como esse conteúdo midiático pode contribuir para a perda de referência do sujeito contemporâneo. Viviane Dutra da Silva, Mestranda em Comunicação e Cultura (Escola de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ); Jornalista e Relações Públicas (Universidade Católica de Pelotas – UCPel) e Bacharel em Direito (Universidade Federal de Pelotas – UFPel),bolsista da CAPES.
Palavras-Chaves: mensagens midiáticas, na área de saúde, e alimentação, controle

Um debate que saiu do eixo científico: a cobertura dos transgênicos pela imprensa brasileira em dois momentos
Flavia Natércia da Silva Medeiros (Labjor-Unicamp)
Resumo O debate sobre os organismos transgênicos recebeu atenção crescente por parte da imprensa brasileira durante a década de 1990. Neste estudo foi feita uma análise de conteúdo das matérias publicadas sobre o tema em cinco jornais ao longo de dois períodos de dois anos: 1994/1995 e 1999/2000. A cobertura foi analisada por meio dos frames que orientaram a construção das notícias. No período inicial, sobressaíram os aspectos mais técnicos do debate, que perderam importância mais tarde, quando os aspectos normativos emergem como os mais freqüentes, e os econômicos e políticos adquirem importância crescente. Os frames têm relação com as fontes mais citadas em cada período: primeiro, cientistas; depois, fontes oficiais, a indústria, ONGs. As fontes foram escolhidas pelos jornalistas, mas também contribuíram para moldar o debate, tal como ele foi apresentado ao público. Minicurrículo A autora é repórter das revistas ComCiência e Ciência e Cultura, produzidas no Labjor-Unicamp. É bióloga (Unicamp-1993), mestre em Ecologia (Unicamp - 1997)e doutora em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo (Umesp - 2004). Atuando como jornalista especializada na cobertura de ciência e tecnologia há 7 anos, trabahou em diversos veículos: Superinteressante, Folha de S.Paulo, Correio Popular, Cosmo On Line, Raça Brasil. E-mail: fnatercia@yahoo.com
Palavras-Chaves: organismos transgênicos, debate, imprensa brasileira, frames

NP-10. Políticas e Estratégias de Comunicações


A Música Independente no Brasil: Uma Reflexão
Eduardo Vicente (UAM)
Este artigo busca comparar os dois principais momentos da produção musical independente no país representados, respectivamente, pela atuação de Antonio Adolfo e do selo Lira Paulistana, no início da década de 80, e pelo ressurgimento da cena verificado na década seguinte. Seu objetivo principal é buscar a articulação entre essa produção e as estratégias de atuação desenvolvidas pelas grandes gravadoras, procurando vislumbrar, a partir daí, os possíveis espaços para a ampliação desse espaço mais democrático e diversificado de produção cultural. Eduardo Vicente: Mestre em Sociologia pela UNICAMP e doutor em Comunicação pela ECA/USP. Atualmente, trabalha como professor e coordenador de projeto experimental no curso de Rádio e TV da Universidade Anhembi-Morumbi, além de ser membro do Conselho Gestor do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE) da ECA/USP.
Palavras-Chaves: Indústria Cultural, Produção Musical, Música Independente

A nova ordem tecnológica Um ensaio a partir da ética e da política
Cosette Espindola de Castro (Unisinos), André Barbosa filho (UnB)
Dr. André Barbosa Filho - sonido@uol.com.br Doutor em Ciências da Comunicação pela ECA/USP; Mestre em Ciências da Comunicação pela UMESP; Pesquisador associado da UnB; Assessor Especial do Ministro Chefe da Casa Civil – Presidência da República. Autor do livro “Gêneros Radiofônicos, os programas e os formatos em Áudio”,2003; e co-autor dos livros “Rádio: Sintonia do Futuro”, Paulinas,2004 Dra. Cosette Castro-cosette@unisinos.br Doutora em Comunicação pela Universidade Autônoma de Barcelona (UAB/ES); Mestre em Comunicação e Cultura pela PUC/RS; Especialista em Comunicação e Educação pela Unisinos. Jornalista; Professora de Comunicação na Unisinos. Coordenadora de Estágio e Pesquisa da TV Unisinos/Fundação Pe. Urbano Thiesen. Co-autora do livro “Mídias Digitais, Convergência Tecnológica e Inclusão Social”, Paulinas, 2005. Resumo: Este trabalho situa-se no campo da Economia Política da Comunicação e propõe o conceito de uma nova ordem tecnológica a partir do pressuposto que a convergência das mídias digitais modifica a relação dos atores sociais com os suportes tecnológicos, assim como transforma a maneira dos sujeitos de estar e perceber o mundo. Isso significa a possibilidade de outras sociabilidades, atitudes e comportamentos a partir das ferramentas disponíveis com a conjugação das novas tecnologias através do desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a inclusão social.
Palavras-Chaves: Novas Tecnologias da Comunicaç, Convergência Tecnológic, – Inclusão Social, Economia Política da Comunicaç

A ressignificação dos discursos auto-evidentes: manipulação cognitiva e políticas públicas para a inovação tecnológica
William Dias Braga (ECO/UFRJ)
O autor analisa o novo projeto de construção da identidade operária no Brasil, diante do fenômeno da reestruturação produtiva e da necessidade de inovação técnica, com a criação de um ambiente institucional neo-schumpeteriano, que vem sendo consolidado para dar sustento às mudanças na relação entre os espaços Público e Privado no sistema nacional de Ciência, Tecnologia & Inovação, em que o Estado organizado comercialmente privilegia o capitalismo industrial, a propriedade privada, a divisão do trabalho e a livre concorrência, através de políticas públicas de Pesquisa & Desenvolvimento para a regulação social e a acumulação de riqueza, com a manipulação cognitiva do conceito de inovação técnica e das políticas públicas para a inovação tecnológica. William Dias Braga é Doutor em Comunicação e Cultura, Jornalista e Professor-Adjunto da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro – ECO/UFRJ. Pesquisador do NUPEC – Núcleo de Pesquisas em Estratégias de Comunicação. Desenvolve pesquisas nas áreas de Produção, Circulação e Consumo de Discursos Sociais e Comunicação e Trabalho, realizando estudos sobre mediação, produtos culturais empíricos e reordenação das diferentes relações de saber e poder na sociedade, em que a Economia Política da Comunicação e a Semiologia dos Discursos Sociais têm papel relevante.
Palavras-Chaves: jornalismo de desenvolvimento, democratização da comunicação, políticas públicas, economia política

Apropriação Social das TICs: para afirmar a Comunicação como Direito Humano
Adilson Vaz Cabral Filho (UFF)
Este artigo, parte integrante da tese recentemente defendida pelo autor, intitulada “A formação das comunidades de compartilhamento social no Centro de Mídia Independente”, consiste numa das abordagens conceituais desenvolvidas ao longo do texto, cujo intuito era o de demonstrar a apropriação social das TICs – tecnologias de informação e comunicação - como componente de uma experiência concreta de democratização na comunicação. Parte de uma pesquisa bibliográfica e documental, de base descritiva, salientando a importância da comunicação no contexto das organizações da sociedade civil, com base num maior envolvimento e conscientização. Publicitário, Professor do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense-UFF, Doutor e Mestre em Comunicação Social pela UMESP. Coordenador do Informativo Eletrônico Sete Pontos - http://www.comunicacao.pro.br/setepontos.
Palavras-Chaves: Apropriação social das TICs, políticas de comunicação, sociedade do conhecimento

Em busca de uma política de programação diferenciada e de qualidade: o desafio para as rádios universitárias
Veridiana Pivetta de Mello (UNISC)
Este estudo pretende discutir o propósito de uma rádio universitária. Como pressupostos teóricos buscaram-se as questões que envolvem a radiodifusão educativa (a lei das educativas, o conceito de educativo-cultural e a idéia de interesse público) e o rádio como meio de comunicação voltado para o ambiente e a cultura locais. Apresentam-se aqui alguns elementos para definir uma rádio universitária, bem como as bases para uma programação qualificada e diferenciada (o que divulgar, como fazer isso e para quem se dirigir). Este texto é uma reflexão sobre um projeto que visa implantar uma emissora educativa na Universidade de Santa Cruz do Sul (RS).
Palavras-Chaves: rádio educativa, rádio universitária, programação de rádio

Indústria soteropolitana de software: aspectos de sua atuação no desenvolvimento da Sociedade da Informação
Othon Jambeiro (UFBA), Jussara Borges (UFBA), João Tiago Santos (UFBA)
Este trabalho aborda um dos principais atores da infra-estrutura de informação - o software. No atual contexto sócio-econômico, este componente da Informática apresenta-se como a principal força tecnológica no processamento e gerenciamento de informações e comunicações. Considerando-se tal realidade, faz-se um estudo sobre a indústria soteropolitana de software e suas implicações no processo de desenvolvimento da Sociedade da Informação. Analisa-se o grau de participação de seus produtos na gestão, processamento e recuperação da informação em organizações estabelecidas na cidade. Os resultados obtidos revelam, entre outras variáveis, que os softwares soteropolitanos estão sendo utilizados por um número substancial de organizações baianas, além de estarem presentes também nos processos infocomunicacionais daquelas situadas em outras regiões. Othon Jambeiro - PhD in Comunication Studies (University of Westminster, U.K), Professor Titular do Instituto de Ciência da Informação, UFBA. Jussara Borges - Mestranda em Ciência da Informação, no Instituto de Ciência da Informação, UFBA. João Tiago Santos - Graduando em Arquivologia pelo Instituto de Ciência da Informação , UFBA. Bolsista de Iniciação Científica, PIBIC/CNPq.
Palavras-Chaves: Software, Indústria de Software, Indústria Software Salvador, Sociedade da Informação

Políticas Democráticas e Popularização dos Conteúdos: Resignificações do Discurso sobre Novas Tecnologias
Ada Cristina Machado Silveira (UFSM), Joseline Pippi (Universidade Federal)
O presente artigo propõe-se a esclarecer os mecanismos de resignificação operados pela popularização dos conteúdos sobre novas tecnologias na mídia impressa. Considerando a Revolução Verde como o elemento propulsor de um intenso processo de disseminação de pacotes tecnológicos de extensão do domínio capitalista, observou-se a necessidade de adequação de conteúdos especializados veiculados na mídia com o intuito de difundir informações sobre as novas tecnologias. Nesse contexto surgiu a popularização dos conteúdos de origem científico-técnica como método de simplificação de informações especializadas. Profª Drª Ada Cristina Machado da Silveira - Graduada em Jornalismo pela Unisinos, Mestre em Extensão Rural - UFSM, Magister e Doutora em Jornalismo pela Universitat Autònoma de Barcelona. Professora dos cursos de Comunicação Social e do Mestrado em Extensão Rural na Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: adamach@ccsh.ufsm.br. Msandª Joseline Pippi - Graduada em Jornalismo e Mestranda em Extensão Rural pela UFSM. E-mail: joselinepippi@yahoo.com.br.
Palavras-Chaves: Políticas Democráticas, Popularização, Novas Tecnologias, Jornalismo

TV Câmara: A possibilidade de comunicação entre vereadores e cidadãos
Carlos Gilberto Roldão (Puc-Campinas)
Este artigo objetiva demonstrar o crescimento das experiências de implantação das TVs das câmaras municipais, bem como os limites impostos pela legislação e descrever a experiência do projeto desenvolvido na cidade de Campinas. As TVs legislativas passaram a existir a partir da Lei 8.977/95 e devem dar prioridade para a transmissão ao vivo das sessões ordinárias das diversas instâncias do Poder Legislativo. Essas TVs têm sido utilizadas dentro de um novo contexto da comunicação institucional, em que se privilegia a comunicação direta das instituições com a população. A constatação é de que as experiências das câmaras municipais estão colaborando para a evolução da cidadania por meio da garantia de mais transparência e para o avanço da democratização da comunicação. No entanto, o principal obstáculo a ser superado é a restrição imposta pela transmissão no sistema de TV a Cabo.
Palavras-Chaves: Cidadania, Democratização, Comunicação institucional, Comunicação pública

NP-11. Comunicação Educativa


A comunicação-educação nas práticas escolares:análise da influência da indústria cultural na educação infantil
Rosa Maria Cardoso Dalla Costa (UFPR), Lisandra Ogg Gomes (UFPR)
Apresenta-se aqui uma reflexão sobre os pressupostos teóricos que envolvem a comunicação-educação e procura-se relacioná-los com a análise de uma pesquisa sobre a influência da indústria cultural na educação infantil, realizada em duas escolas de Curitiba, uma pública e outra privada. Para isso, propõe inicialmente uma análise do atual estágio da pesquisa na área, para em seguida, relacionar tais conceitos às observações das práticas escolares em um contexto determinado. Aponta-se como conclusão, a necessidade de uma sistematização rigorosa e permanente dessas práticas, bem como da introdução de um trabalho de comunicação-educação nas escolas. Rosa Maria Dalla Costa - Doutora em Comunicação, professora do Departamento de Comunicação Social e do Programa de Pós graudação em Educação da UFPR; Lisandra Ogg Gomes - Mestranda do Programa de Pós-graduação da UFPR.
Palavras-Chaves: comunicação-educação, educação infantil, indústria cultural, práticas escolares

A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE MEIO AMBIENTE NO TEXTO RADIOFÔNICO, UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A PESQUISA QUALITATIVA EM EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Sandra Kelly de Araújo (UNIR)
A construção do conceito de meio ambiente na produção do programa “Escolas no Ar” é o objeto de pesquisa deste artigo. O Escolas no Ar foi uma estratégia metodológica para o uso pedagógico do rádio em escolas públicas da cidade de Caicó, Rio Grande do Norte. Sua produção foi desenvolvida a partir do trabalho cooperativo entre estudantes e professores para expressar, através de programas de rádio, a interpretação da escola sobre problemas ambientais locais. Este artigo mostra a perspectiva metodológica que orientou a produção dos programas de rádio sob o olhar de seus produtores. Para tanto, os resultados aqui apresentados estão fundamentados no registro das escolhas realizadas pelos produtores na abordagem do tema meio ambiente. As escolhas foram agrupadas em categorias de análise e orientam a investigação qualitativa de acordo com os pressupostos da etnometodologia. Sandra Kelly de Araújo - professora Adjunto I Universidade Federal de Rondônia, Doutora em Educação.
Palavras-Chaves: Educação, Comunicação, Rádio, Produção

As mensagens da mídia na sala de aula: um olhar na escola Brigadeiro Fontenelle
Lylian Caroline Maciel Rodrigues (Unisinos)
Resumo: Observando uma sala de aula, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Brigadeiro Fontenelle, no Pará, pretendemos descrever como as mensagens dos meios de comunicação são trazidos para a sala de aula e ainda como os professores agem sobre essa nova realidade das escolas. Um ambiente que mesmo sem possuir aparato tecnológico, está inserido na lógica da era da informação, tornando o contexto escolar mais um espaço midiatizado. Antes e ao longo das descrições das observações, o trabalho reflete como as notícias e as mensagens dos meios de comunicação de massa são motivos de interação e trocas simbólicas além de estimular práticas de um aluno envolvido com a política e cidadania da sua localidade. Lylian Rodrigues Universidade do Vale do Rio dos Sinos Mestranda em Comunicação da Unisinos, graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Pará.
Palavras-Chaves: Educação, Meios de Comunicação de Massa, Comunicação Educativa

As propostas de jornal na educação e suas implicações com a formação da cidadania
Ana Paula de Moraes Teixeira (Unifev)
O presente trabalho traz um levantamento detalhado sobre as possibilidades de se trabalhar a implantação do jornal escolar, tendo como foco de análise como esta proposta pode efetivamente ser trabalhada para a formação da cidadania, na concepção de constituição do sujeito-cidadão. Argumenta ainda como a apropriação desse recurso foi pouco explorada face às novas possibilidades tecnológicas. Jornalista e Mestre em Educação; Docente e Coordenadora do curso de Jornalismo no Centro Universitário de Votuporanga – SP.
Palavras-Chaves: Jornal Escolar, Educomunicação, Cidadania

Comunicação e Educação para a Cidadania em uma Cooperativa de Assentamento do MST.
Luzia M. Yamashita Deliberador (UEL), Ana Carolina Rampazzo Vieira (UEL)
Este trabalho apresenta como uma cooperativa de assentamento do Movimento Sem Terra trabalha a educação e a comunicação na sua comunidade. Na concepção do movimento, educação não é somente sinônimo de ensino formal, ao contrário, tem um sentido muito mais amplo,pois diz respeito à complexidade do processo de formação humana, que tem nas práticas sociais o principal ambiente das aprendizagens do ser humano. A Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória Ltda - COPAVI, situada em Paranacity, no norte do estado do Paraná, dedica-se desde 1991 em investir na formação da identidade das 25 crianças (de 5 a 12 anos) que moram no assentamento. 1. Professora do Curso de Especialização em Comunicação Popular e Comunitária da Universidade Estadual de Londrina/PR, Doutora em Ciência da Comunicação, pela ECA/USP E.mail: adeli@sercomtel.com.br 2.Pedagoga, especialista em Comunicação Popular e Comunitária pela Universidade Estadual de Londrina. E-mail: krol_rv@yahoo.com.br
Palavras-Chaves: Comunicação, Educação, Movimento Social, Cidadania

Comunicação, Educação E Cultura Na Escola.
Catarina Tereza Farias de Oliveira (UECE), Samia da Silva Vasconcelos (UECE), Joanna Aretha Silveira (UECE), Elania Mourão de Freitas (UECE)
Nesse trabalho tivemos preocupação teórica e prática em compreender como se concretiza no cotidiano escolar a relação entre comunicação, educação e cultura. Refletimos nessa investigação que além de proporcionar uma educação para a leitura crítica da mídia a relação comunicação e educação precisa fornecer possibilidades de ação cultural na qual a disciplina de leitura crítica da mídia não seja a única forma der relacionar comunicação e educação.
Palavras-Chaves: Comunicação, Educação, Cultura

Da Virtude à Estratégia: Os Conflitos Morais em A Grande Família
Arthur Meucci (USP /ESPM / EPP), Clóvis de Barros Filho (USP / ESPM)
Este artigo tem por objeto os discursos morais no seriado televisivo A Grande Família, exibido pela emissora TV Globo, bem como sua recepção.14 episódios de 2004 constituem o corpus da pesquisa. Grupos focais revelam o teor das manifestações estimuladas por cenas previamente editadas em função do empasse moral que propunham. Destacamos, a partir das manifestações de nossos pesquisados, os argumentos de dois personagens: Lineu e Agostinho. Arthur Meucci Mestrando em Filosofia pela USP, Pesquisador-Assistente do Núcleo de Pesquisa de Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM, e Pesquisador do Espaço Ética Clóvis de Barros Filho Professor de ética da ECA-USP e Cordenador do Núcleo de Pesquisa de Comunicação e Práticas de Consumo da ESPM
Palavras-Chaves: Educação, Aculturação, Ideologia, Ética

De Big Brother a Pokémon: a TV como Recurso Pedagógico
Rita Virginia Alves Santos Argollo (UESC)
Neste trabalho investigamos a possibilidade de relação entre a educação e a televisão – mais especificamente com a programação das chamadas emissoras de canal aberto. Buscamos identificar a possível utilização de programas considerados “lixo cultural” como recurso pedagógico, em direção a um processo de ensino-aprendizagem mais eficaz. Por isso, chamamos a atenção para a importância de se saber ler – codificar e decodificar – o discurso televisivo. Mostramos a necessidade e a possibilidade teórico-prática de desvendar este discurso rumo à construção de indivíduos aptos a ampliar sua competência pictórica – a codificação e decodificação de imagens. Jornalista, mestre em Educação, professora e coordenadora do Curso de Comunicação Social da UESC
Palavras-Chaves: Televisão, TV na sala de aula, TV e educação, Imagem

Leitura e recepção em foco: perspectivas éticas da Comunicação e Educação
Simone Cecília Pelegrini da Silva (PUC-Campinas)
O estudo pretendido baseia-se numa dimensão sêmio-discursiva, considerando signos a serem desvelados. É um estudo de linguagem na medida em que se propõe à análise cultural no campo educativo. É um estudo de comunicação, na medida em que aborda os fluxos comunicativos, enfocando emissor/enunciador, receptor/enunciatário e os meios. O componente dialógico – a interação – permite a compreensão que se circunscreve às complexas formas de comunicação da contemporaneidade, destacando o papel das mediações e dos mediadores nas produções dos sentidos pretendidos. O estudo tem como intenção provar que a imprensa tem consciência da causa e efeito da notícia e usa sua capacidade manipuladora para atingir o leitor seguindo por uma análise das práticas de leitura que se apropriam dos bens simbólicos. Mestre em Comunicação e Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; bacharel em Jornalismo pela PUC-Campinas; graduanda em Filosofia na PUC-Campinas; professora da PUC-Campinas na Faculdade de Jornalismo desde 2003 nas disciplinas de Jornalismo Impresso. Jornalismo Online, Jornalismo Literário, Jornalismo Aplicado, Crítica da Mídia; membro do grupo de pesquisa Sociedade Mediatizada;
Palavras-Chaves: jornalismo, notícia, educação, recepção

O Olhar Reflexivo do Educador: A Televisão na Prática Docente
Denise Cortez da Silva Accioly (UFRN)
Resumo:O trabalho tem como objetivo refletir sobre o uso da televisão na prática docente. O educador compreendido não apenas como facilitador da aprendizagem é um mediador de saberes, praticando uma pedagogia ativa centrada no educando e que tem um papel decisivo na construção da cidadania dos sujeitos. Fundamenta-se nas idéias de Paulo Freire sobre educação e comunicação e na teoria desenvolvida por Schön sobre professor reflexivo. O educando traz para a escola uma quantidade de informações do senso comum que exige do educador habilidades para transformar e incorporar esses elementos em situações de aprendizagem, transformando as mensagens do cotidiano em conhecimentos significativos. Minicurrículo:Jornalista. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, na área de pesquisa em Comunicação e Educação. Professora na mesma universidade da disciplina Técnicas Audiovisuais de Ensino. E-mail: deniseaccioly@uol.com.br.
Palavras-Chaves: cominicação, educação, televisão, reflexão

O professor, a televisão e o vídeo: um estudo da mediação pedagógica em uma instituição de ensino superior
Renata Innecco Bittencourt de Carvalho (UnB)
O trabalho apresentado refere-se a uma pesquisa desenvolvida no Mestrado em Tecnologias em Educação da UnB e teve como objeto as mediações pedagógicas com a utilização da televisão e do vídeo em uma instituição de Ensino Superior para analisar como ocorrem essas mediações na organização do trabalho pedagógico. A problemática da pesquisa refere-se à presença da tecnologia na vida cotidiana e sua influência na educação. O foco na televisão e no vídeo justifica-se, principalmente, pela presença freqüente da televisão na vida privada e, pela problemática na qual se insere o uso de programas televisivos e filmes para as salas de aula. A ênfase na Educação Superior explica-se pela preocupação com o preparo dos professores universitários para o exercício do trabalho pedagógico e dos alunos para a atuação profissional na sociedade.
Palavras-Chaves: Comunicação e Educação, Educação Superior, Tecnologia em Educação

O texto publicitario como suporte pedagógico para a construção de um sujeito crítico
Tânia Márcia Cezar Hoff (ESPM)
Atualmente, escola e mídia são experiências de todos: aprender as mídias no mais amplo sentido é uma competência fundamental para o exercício da cidadania. Este artigo enseja uma discussão de caráter teórico a respeito da utilização do texto publicitário como suporte pedagógico na construção de um sujeito crítico. Delimitamos nossa reflexão no ensino médio de escolas públicas, a etapa final da educação básica e último momento de formação geral, quando a maioria dos jovens brasileiros encerra a trajetória escolar. Minicurrículo: Tânia Márcia Cezar Hoff é Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo -USP e professora do Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Práticas de Consumo da Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM/SP.
Palavras-Chaves: texto publicitário, educação, suporte pedagógico, sujeito crítico

Projeto Transfronteira: possibilidades da mídia na educação
Maria de Fátima de Albuquerque Caracristi (UFT)
O projeto foi desenvolvido em duas escolas da rede pública da cidade de Palmas, buscando introduzir o rádio como instrumento do processo de ensino/aprendizagem, através da elaboração de programas que permitiam aos alunos do ensino fundamental a aproximação com a linguagem e produção radiofônica, rica em possibilidades de comunicação. O trabalho se justifica pela importância em propor um método de pesquisa, produção de texto e exercício do senso crítico e estímulo à leitura, no passo à passo da produção de programas de rádio. Na fase piloto, os textos desenvolvidos versaram sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sendo discutidos, esclarecidos e descodificados para a linguagem popular os tópicos importantes do documento. Minicurrículo: Jornalista, Professora do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP
Palavras-Chaves: rádio, escola, comunicação

Propaganda na Educação: Programa Jornal na Escola
Marco Antonio Batan (UNISANTOS)
Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo. Publicitário, economista, professor do programa de pós-graduação e coordenador da Cátedra Giusfredo Santini de Comunicação da Unisantos. Resumo Previsto inicialmente como incentivador da leitura crítica através da confrontação de notícias de fornecedores diferentes, o Programa Jornal na Escola propunha interferir no hábito de leitura dos jornais. A implementação do projeto através de um único veículo de comunicação para cada público específico representou um desvio dos propósitos iniciais. Apesar disso, continua o Programa a ser considerado como propulsor de cidadania mesmo quando atinge um público cativo ao qual não foi destinado originalmente e da retórica que propaga.
Palavras-Chaves: Propaganda, Jornalismo, Jornal Escola, Cidadania

Sala dos Professores, uma Experiência de Comunicação Dialógica Através do Rádio.
Débora Burini (FCL, UNITAU e FAAP), Jefferson José Ribeiro de Moura (UNITAU e FATEA)
Considerado um mídium apto e capaz para a educação, o rádio opera como instrumento adequado para promover o debate e a interpretação dos significados no campo da educação, colaborando para a cidadania e a integração da comunidade local. Nesse contexto, o estudo propõe uma reflexão sobre as experiências educativas obtidas a partir do rádio, considerando a cultura radiofônica brasileira. Compartilha das idéias de Paulo Freire, referência na educação de adultos, para propor uma metodologia democrática, auxiliando o professor a construir seus saberes com o uso da linguagem radiofônica. Lança o desafio de transcender os muros da escola e chegar, via rádio, até os educadores através do programa “Sala dos Professores”, transmitido diariamente de segunda a sexta pela Rádio Universitária FM UNITAU. Débora Burini Formada em Comunicação Social na habilitação Rádio e Televisão. Mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo. Atuou como membro do Conselho Deliberativo da Direção do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação em 1995. Professora universitária há dez anos, atualmente ministra aulas na FAAP, UNITAU e Cásper Líbero. Recentemente participou com trabalhos no III ALAIC, VI LUSOCOM, e CELACOM. debora35@terra.com.br Jefferson José R. Moura Formado em Comunicação Social pela USP nas habilitações Rádio e TV e Publicidade e Propaganda. Especialista em Comunicação Social e Mestre em Lingüística Aplicada pela Universidade de Taubaté. jefformoura@uol.com.br
Palavras-Chaves: Comunicação, Rádio, Educomunicação, Democracia

Telejornais: técnica, texto e contexto: um exercício de leitura crítica e cidadania
Ivete Cardoso do Carmo Roldão (PUC-Campinas)
É cada vez mais evidente a necessidade de que a sociedade entenda o funcionamento dos meios de comunicação para que possa ler de forma adequada as suas mensagens. Assim, esta pesquisa verifica em que medida diferentes grupos fazem a leitura dos telejornais e busca identificar um modo de análise que possibilite a multiplicação dessa leitura. Trata-se de uma pesquisa ação, realizada com agentes pastorais da Igreja Católica e universitários, utilizando a técnica de grupos focais. O objeto de análise foi o Jornal Nacional e o Jornal da Cultura. O referencial bibliográfico se baseou, entre outros, nos trabalhos do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo. Foram considerados, ainda, estudos de recepção: MARTIN-BARBERO (1995 e 1997). Ivete Cardoso do Carmo Roldão é Jornalista e Mestre em Educação pela PUC-Campinas; Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP; Professora de Telejornalismo da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas e participa do grupo de pesquisa Comunicação e Política da mesma Universidade. Email: carmo-roldao@puc-campinas.edu.br.
Palavras-Chaves: televisão, telejornais, leitura crítica, cidadania

Uma reflexão sobre o papel dos canais educativos no Brasil
Cristiane Mafacioli Carvalho (Unicruz)
O artigo reflete acerca do papel dos canais educativos no Brasil e questiona a verdadeira função desse tipo de tevê, considerando as práticas atuais do mercado televisivo. Para isso, contextualiza as questões a partir do desenvolvimento tevê educativa no Brasil e de como se comportam, hoje, os canais que produzem esse tipo de programação. A partir do conhecimento de outros modelos (britânico e francês), observa-se as relações com o modelo brasileiro, fundando, aí, a principal problemática encontrada: o fazer televisivo educativo, no Brasil, é pautado pelo fazer comercial, fato esse que compromete a abordagem dos conteúdos ditos educativos. Discute-se, ainda, a adequação da linguagem dos conteúdos desses programas num formato televisivo que deve evitar reproduzir, apenas, a sala de aula na tela, provocando o interesse do público-alvo. Cristiane Mafacioli Carvalho - Doutora em Ciências da Comunicação - Unisinos/RS, professora do Curso de Comunicação da Universidade de Cruz Alta/RS – crismc@comnet.com.br
Palavras-Chaves: comunciação e educação, tevê educativa, linguagem televisiva

NP-12. Comunicação para a Cidadania


A fotografia como veículo de comunicação popular: caminhos para a cidadania
Bibiana de Paula Friderichs (UPF)
Investigar os espaços e os modos de constituição da cidadania. Delinear o potencial da imagem e, sobretudo, do olhar fotográfico. Essas são as matrizes imbricadas na construção do seguinte artigo, inter-relacionadas a partir de uma proposta de investigação-ação realizada no bairro Leonardo Ilha (Passo Fundo/RS) em 2003. O texto a seguir revisa, sob a perspectiva e os pressupostos da cidadania, uma vivência, na qual pesquisadores e moradores estabeleceram um diálogo através de fotografias, registrando e discutindo aspectos referentes ao seu cotidiano, estabelecendo um espaço onde os diferentes sujeitos têm a oportunidade de contribuir com o debate público sobre a dinâmica social.
Palavras-Chaves: comunicação, cidadania, fotografia

Anotações sobre a cobertura do terceiro setor e da área social na Rede Bahia
Mônica Celestino Santos (FIB)
Resumo: O terceiro setor emerge no país e já reúne cerca de 220 mil organizações no território nacional, atuando nas mais diversas áreas (do planejamento urbano à defesa do meio ambiente). Neste bojo, atuam os grupos específicos para lidar com a mídia e, mais especificamente, o jornalismo. Apesar das implicações e da imposição de uma mudança na cultura das redações, as nuances desta relação ainda estão obscuras para profissionais e estudiosos dos dois campos. Neste artigo, a autora começa a refletir sobre as principais características da relação da sociedade civil com mídia local, a partir especialmente da experiência da Rede Bahia, o maior conglomerado de comunicação do Nordeste. Mônica Celestino é jornalista formada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestranda em História Social pela UFBA, atualmente atua como professora da disciplina Laboratório de Agência de Notícias e coordenadora do curso de Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo da FIB – Centro Universitário. E-mails: jornalismo@fib.br; agenciacidada@fib.br
Palavras-Chaves: Jornalismo, terceiro setor, cidadania

Cidadania, conselhos municipais e mídia
Danilo Rothberg (USC)
O aprofundamento da democracia brasileira se dá inclusive através dos conselhos municipais, instâncias de participação popular e exercício da cidadania que permitem a expressão de variados segmentos comunitários e atores sociais na definição de políticas públicas de setores como saúde, educação, desenvolvimento e direitos de crianças, jovens e idosos. A mídia assume um papel importante neste contexto ao repercutir as ações dos conselhos de forma positiva ou negativa, incentivando a participação ou desestimulando-a. Este trabalho examina pressupostos da pesquisa em comunicação e aponta as formas com as quais essas instâncias foram enfocadas por jornais de seis regiões paulistas, oferecendo subsídios para se avaliar a qualidade da cultura democrática composta pela mídia.
Palavras-Chaves: mídia, conselhos municipais, participação, cidadania

Circuitos Comunicativos e Construção da Cidadania no Ciberespaço: Tramas do Sentido em Narrativas de Weblogs
Adriano Warken Floriani (UFRGS)
A idéia de circuito, no mundo contemporâneo, está associada ao processo da comunicação mediada e à sua complexidade. Com o objetivo de verificar qual o papel dos circuitos comunicativos na formação de redes e na construção da cidadania, procurou-se mostrar como se caracterizam os circuitos, a partir do estudo realizado em weblogs voltados à discussão de temas políticos. Os circuitos comunicativos se desenvolvem e geram novos circuitos emergentes, interferindo na sua própria organização e na circulação das informações. As narrativas de blogs formam tramas de sentidos, responsáveis pelos intercâmbios das significações e pela mobilização dos cidadãos no ciberespaço. Adriano Warken Floriani é jornalista e mestrando em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Palavras-Chaves: Comunicação e cidadania, circuitos comunicativos, mídias digitais, blogs

Como pensar a cidadania na internet: a questão do acesso e da socialização do conhecimento
Marta de Araújo Pinheiro (UFJF)
Este artigo tem como objetivo indagar o status da cidadania quando as relações políticas, sociais e jurídicas se situam para além dos poderes territoriais e históricos. Na sociedade pós-fordista, a informatização e a Internet lançam os saberes, a cultura e o conhecimento em uma lógica de bens comuns, de modo que o controle sobre os processos de globalização das redes é que decidirá a nova divisão internacional de poder. Considerando estas transformações, pretende-se compreender a partir das narrações, imaginários e práticas que hoje se constroem na Internet, a relação entre direito e propriedade intelectual em uma comunidade universal.
Palavras-Chaves: cidadania, internet, comunicação, pós-fordismo

Comunicação e mobilização social na definição de políticas públicas: o Orçamento Participativo de Belo Horizonte
Wilma Pereira Tinoco Vilaça (UNA), Sheila Lima de Carvalho (UNI-BH)
Este artigo tem como objetivo discutir o papel desempenhado pela sociedade civil no que tange a definição de políticas públicas que, efetivamente, atendam aos interesses da maioria, princípio democrático que se reflete em uma postura mais cidadã por parte dos sujeitos sociais. Partindo desse pressuposto, procurou-se entender o papel da comunicação e de seus processos como importantes elos entre a comunidade e a esfera pública. O objeto de estudo foi a Prefeitura do município de Belo Horizonte, e o de análise foi o Orçamento Participativo, criado em 1993, e que se configurou como possibilidade concreta de articulação e defesa de interesses eleitos pelas próprias comunidades. Sheila Lima, Mestre em Comunicação pela UFMG e Coordenadora do Curso de RP do UNI-BH. Wilma Vilaça, Mestre em Administração pela PUC-MG, Coordenadora do Curso de RP do Centro Universitário UNA e profª do UNI-BH.
Palavras-Chaves: Mobilização social, comunicação, cidadania, políticas públicas

Comunicação, informação e cidadania: a inclusão digital como alternativa à desigualdade social no Brasil
Marina Cajaíba da Silva (ECI/UFMG), Lígia Maria Moreira Dumont (ECI/UFMG)
Traça o contexto mundializado dos dias atuais, onde as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) podem ser entendidas como oportunidades de cidadania a grupos excluídos, os quais, em plena era da informação, se encontram à margem do desenvolvimento humano local e global. Analisa, sob tal aspecto, a atuação dos telecentros dos distritos de São Gonçalo do Rio das Pedras e Milho Verde, no Vale do Jequitinhonha – uma das regiões mais pobres do país. Nesses lugares, a disseminação e o uso das TIC’s são tidos como apoiadores importantes à comunicação, ampliando as oportunidades de informação, trabalho, renda, educação e lazer às comunidades. Entre as conclusões alcançadas, destaca-se a contribuição da inclusão digital para a melhoria dos aspectos sociais das populações integradas à era digital. Lígia Maria Moreira Dumont é Doutora em Comunicação e Cultura pelo IBICT/Escola de Comunicação e Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Professora Adjunta da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais; dumont@eci.ufmg.br. Marina Cajaíba da Silva é Mestranda em Ciência da Informação pela Escola de Ciência da Informação da UFMG e Analista de Políticas Públicas na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte; marina@universiabrasil.net.
Palavras-Chaves: Comunicação e Cidadania, TIC's, Inclusão Digital, Inclusão Social

Exclusão e deliberação: buscando ultrapassar as assimetrias do intercâmbio público de razões
Ricardo Fabrino Mendonça (UFMG), Rousiley C. M. Maia (UFMG)
O presente artigo busca problematizar a crítica freqüentemente endereçada às teorias deliberacionistas de democracia por não considerarem as profundas assimetrias sociais que marcam as discussões travadas na esfera pública. Defendemos que tais interlocuções requerem igualdade política, mas que esta não pode ser forjada com um simples “colocar entre parênteses” das diferenças. É na própria deliberação pública que grupos podem encetar a superação das desigualdades deliberativas. Exemplificamos os temas abordados com o caso das pessoas afetadas pela hanseníase e a luta por reconhecimento empreendida pelo Morhan (Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase). Ricardo F. Mendonça é mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Fafich/UFMG e membro do EME (Grupo de Pesquisa em Mídia e Espaço Público). Endereço eletrônico: ricardofabrino@hotmail.com. Rousiley Maia é Professora Adjunta do Departamento de Comunicação Social da FAFICH/UFMG e orientadora desta pesquisa.
Palavras-Chaves: Deliberação, Desigualdades deliberativas, Reconhecimento, Hanseníase

Mega FM: outra informação e cidadania com as ondas do rádio
Cláudia Regina Lahni (UFJF)
Estudo de uma rádio comunitária autêntica, a Mega FM, situada no bairro Santa Cândida, na cidade de Juiz de Fora (MG). Para isso, tem-se como principais marcos teóricos de referência trabalhos de Mario Kaplún e de Paulo Freire. Foi realizada pesquisa participante e reflexão sobre conceitos de cidadania e participação. Também realizou-se entrevistas com integrantes da emissora, análise de sua documentação e de programas radiofônicos. O estudo avalia que a Mega FM transmite informação diferente da que em geral é veiculada pelos meios de comunicação e é um espaço para o exercício da cidadania.
Palavras-Chaves: Rádio comunitária, participação na comunicação, cidadania

O Lançamento da Moeda Europeia e os seus Enquadramentos na Imprensa
Maria João Silveirinha (IEJ-FLUC)
Este trabalho procura analisar, numa perspectiva construtivista, os discursos daqueles que reportam ou comentam a construção da Europa, no contexto de uma comunidade de leitores da imprensa generalista. Sendo a Europa uma realidade com a qual nos relacionamos de formas múltiplas e tendo o lançamento da moeda constituído apenas um dos tópicos de um processo mais vasto, importa ver de que forma o discurso jornalístico o construiu. O trabalho parte do conceito de enquadramento proposto por Goffman e posteriormente trabalhado por outros autores e aplica-o à cobertura de dois jornais portugueses do lançamento da moeda europeia. O texto mostra como os diferentes tópicos e diferentes ‘camadas’ de relação com o acontecimento receberam diferentes chaves de interpretação, gerando um “guião dramático” como formas discursivas de organizar a vida colectiva nesse momento da vida nacional.
Palavras-Chaves: Moeda europeia, enquadramentos, imprensa

O simulacro da participação popular no horário eleitoral gratuito no rádio, nas eleições municipais de 2004, em Fortaleza
Márcia Vidal Nunes (UFC)
Resumo O objetivo central deste trabalho é avaliar se o horário eleitoral gratuito no rádio, durante as eleições municipais de 2004, em Fortaleza, transformou-se num espaço de intermediação entre os candidatos e os cidadãos, dando vazão a uma participação popular efetiva no debate dos grandes temas sociais. O horário eleitoral gratuito foi um canal de participação popular? De que forma se deu essa participação? Que formatos radiofônicos foram mais usados para veicular essa participação e qual o seu nível de eficácia? A participação da população foi apenas usada como um instrumento de marketing, ajudando a legitimar a campanha e a proposta de governo dos candidatos? Ou na elaboração da campanha e da proposta de governo realmente levou-se em conta a participação efetiva da população? Minicurrículo Professora do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará, ministrando as disciplinas Jornalismo Comunitário (habilitação em Jornalismo) e Comunicação Comparada (habilitação em Publicidade). Mestrado e Doutorado em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFC e pós-doutora em Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP.
Palavras-Chaves: mídia, cidadania, participação, eleições

Práticas Comunicativas das Organizações da Região do ABC em Atividades de Responsabilidade Social
Ana Claudia Marques Govatto (IMES)
O objetivo geral da pesquisa foi o de verificar como as formas de Comunicação Social têm sido acionadas para que as organizações da Região do ABC conduzam suas práticas de responsabilidade social. Para atingir tal objetivo, foi empreendida pesquisa de campo com organizações de todos os portes - Micros, Pequenas, Médias e Grandes - da Região do ABC, conduzida por meio de entrevista com gestores das empresas e instituições segundo uma amostra selecionada. Os resultados mostraram que as organizações utilizam um “mosaico” de formas de comunicação social para esse fim, predominando os meios dirigidos. Minicurrículo: Graduada em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, Pós-Graduada em Marketing, Mestre em Comunicação Social. Atua em publicidade desde 1988. Trabalhou em produtoras, departamentos de marketing nos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços e agências de propaganda. Leciona desde 1990. Iniciou lecionando no curso técnico em Publicidade (ensino médio) e desde 1998 leciona na Graduação. É professora da pós-graduação lato sensu em Marketing da Fundação Santo André. É coordenadora dos cursos de Comunicação Social na Universidade Municipal de São Caetano do Sul (IMES) e consultora empresarial pela M.Govatto & Associados Ltda.
Palavras-Chaves: Responsabilidade Social Corpor, Comunicação e Responsabilidade, Região do ABC, Responsabilidade Social

Telejornalismo na Rede Vida: da comunicação institucional à abertura ao pluralismo e ao diálogo
Michele Boff da Silva Limeira (PUCRS)
O tema tratado no artigo é a comunicação católica. Recuperamos, num primeiro momento, aspectos teóricos sobre as diferentes concepções de comunicação que permeiam as práticas de uso dos meios de comunicação pelos católicos. A problematização está na falta de consenso sobre uma diretriz para a comunicação na Igreja, alimentada pelo debate entre a tendência à comunicação institucional e a perspectiva dialógica de comunicação. O objeto analisado é a produção jornalística da Rede Vida de Televisão, em particular, o telejornal “JCTV”.
Palavras-Chaves: Comunicação, telejornalismo, pluralismo, diálogo

Terceiro setor e mudança sociocultural: uma questão ainda em aberto
Maria Luiza Martins de Mendonça (UFG)
Este trabalho é resultado de uma pesquisa que vem sendo desenvolvida com Organizações Não-Governamentais no estado de Goiás, buscando identificar o espeço que ocupam na sociedade brasileira, as formas mais significativas de atuação, as maneiras como utilizam a comunicação como possibilidade de transformação cultural e de possibilitar a constituição de subetividade, e qual vem sendo sua contribuição para a democratização das relações sociais.
Palavras-Chaves: Terceiro Setor, comunicação, mudança social

NP-13. Comunicação e Cultura das Minorias


"Uma Metrópole Invisível: As relações comunicativas da juventude rural do sertão pernambucano com a juventude urbana nordestina em São Paulo na construção do discurso e do imaginário da metrópole"
Ricardo Duarte Gomes da Silva (UNIVERSO)
Resumo Descrição e análise do discurso de textos falados por jovens rurais pernambucanos e as relações comunicativas desses com jovens urbanos nordestinos em S. Paulo. A análise se baseia nas definições de Eni Orlandi (2000) sobre falas já ditas, não ditas e ditas, para se identificar “operações marginais” à influência hegemônica dos valores simbólicos e culturais da metrópole e “decodificação crítica” por parte da juventude rural no imaginário de S. Paulo. Considera-se a fala dos jovens do passado (idosos) enquanto o já-dito que dá sentido ao discurso dos jovens rurais de hoje. O ideal de “prosperidade” presente no discurso da juventude rural está presente ontem e hoje, mas convive em paradoxo com a “decodificação crítica” no ideal de “decadência” da cidade grande. Uma rede de relações comunicativas se forma enquanto “operação” à margem da hegemonia citadina. Ricardo Duarte Gomes (Universidade Salgado de Oliveira - UNIVERSO) Jornalista, Roteirista de RTV, Mestre em Comunicação e Professor Assistente I dos cursos de Comunicação Social e Turismo. Membro do Colegiado do curso de Comunicação Social da Universo, campus Recife. Mail: semog_33@yahoo.com.br
Palavras-Chaves: Juventude Rural, Minorias, Relações Comunicativas, Etnicidade

A construção da identidade negra no filme "Jubiabá (trabalho em conjunto com o prof. Dennis de Oliveira)
Maria Angela Pavan (Unimep), Dennis de Oliveira (Unimep)
Este texto foi realizado tendo como referência a filmografia de Nelson Pereira dos Santos, na qual se constata sua preocupação com a exclusão dos negros na sociedade brasileira. Seus filmes abordam temas relevantes para compreensão da formação da sociedade na década de 50/60 e nos permite pensar as questões abordadas nos diálogos e nos relacionamentos inter-raciais no percurso de Baldo (do filme Jubiabá) em busca de sua identidade. Utilizamos para tanto os referenciais teóricos de Stuart Hall na constituição de uma topologia conceitual para as culturas de matriz africana, particularmente as percepções de corpo, estilo, tempo, além de fazer uma análise da trajetória do personagem principal do filme.
Palavras-Chaves: Processos mediáticos culturais, Mídia e racismo, Cinema e relações raciais

A construção da identidade negra no filme "Jubiabá"
Dennis de Oliveira (Unimep)
Este texto foi realizado tendo como referência a filmografia de Nelson Pereira dos Santos, na qual se constata sua preocupação com a exclusão dos negros na sociedade brasileira. Seus filmes abordam temas relevantes para compreensão da formação da sociedade na década de 50/60 e nos permite pensar as questões abordadas nos diálogos e nos relacionamentos inter-raciais no percurso de Baldo (do filme Jubiabá) em busca de sua identidade. Utilizamos para tanto os referenciais teóricos de Stuart Hall na constituição de uma topologia conceitual para as culturas de matriz africana, particularmente as percepções de corpo, estilo, tempo, além de fazer uma análise da trajetória do personagem principal do filme.
Palavras-Chaves: Processos Mediáticos Culturais, Mídia e racismo, Cinema e relações raciais

A representação da mulher na imprensa feminina.
LUCIANA VARGA RODRIGUES (UFJF)
Utilizando o conceito de gênero como diferença sexual estabelecido por Teresa de Lauretis e a situação da mulher explicitada por Simone de Beauvoir e Virginia Woolf pretendemos analisar o modo como a mulher é representada na imprensa. Usaremos como objeto de estudo um exemplar da revista Claudia, considerada como representante da imprensa “feminina”. Questionaremos essa segmentação da imprensa, no caso, entre feminino e masculino e, também, a forma como a mulher é retratada na revista. Sou jornalista formada pela PUC-Rio e atual aluna (bolsista) de mestrado em Teoria da Literatura na Universidade Federal de Juiz de Fora. Como atividade acadêmica apresentei a comunicação “A literatura do fato: realidade nas páginas dos livros-reportagem” no II Encontro Regional de Comunicação, realizado em novembro de 2004 na UFJF. Endereço eletrônico: luvarga@bol.com.br.
Palavras-Chaves: Gêneros e Comunicação, Imprensa feminina, Diferença sexual

Cidade de Deus na 'zona de contato'
Paulo Jorge da Silva Ribeiro (PPCIS/UERJ)
Pretende-se aqui discutir como que “Cidade de Deus”(2002), reimprimiu – com a maior intensidade que a indústria cinematográfica desperta nos meios de comunicação – algumas das nebulosas polêmicas que o livro de Paulo Lins produziu quando de seu lançamento, em 1997. Pretendo analisar como que algumas destas polêmicas se cruzam em novas áreas de enunciação culturais, criando assim experimentações interpretativas e mapas políticos singulares – e problemáticas – para a crítica cultural contemporânea.
Palavras-Chaves: crítica cultural, subalternidade, política cultural, comunicação

Cotas ou Coitados? Mídia e políticas públicas no contexto do sofrimento do outro.
Monique Franco (UFRJ/ECO)
A contemporaneidade tem sido palco de um alargamento prático-conceitual acerca do outro. Esse trabalho tem como objetivo o estudo do que se denomina aqui de políticas da piedade como uma forma possível de problematizar o discurso das chamadas “políticas de ação afirmativa”, mais especificamente, a política de cotas no ensino superior. Utilizam-se os estudos de Nietzsche, Boltanski, Amato, Baudrillard e as categorias de dívida, culpa, vitimização e sacrifício como suporte da investigação da captura do sofrimento do outro. A análise de reportagens, entrevistas e cartas, recolhidas em 2004, nos jornais e revistas do Estado do Rio de Janeiro foi utilizada na identificação das categorias relacionadas. Palavras-chave: políticas afirmativas; políticas da piedade; culpa; sofrimento. Monique Franco é historiadora pela PUC/RJ e mestre em Educação pela UFRJ. É doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da UFRJ/ECO. Professora do Departamento de Educação da Faculdade de Formação de Professores da UERJ. Seus estudos focalizam os processos de normatização e homogeneização social e cultural, com destaque nas críticas as supostas políticas inclusivas, contando com diversas participações em Congressos, publicações de artigos e capítulos de livros. E-mail: mfranco@uerj.br
Palavras-Chaves: políticas afirmativas, políticas da piedade, culpa, sofrimento

Feminilidade mediada por computador: aspectos da comunicação contemporânea
Adriana Andrade Braga (UNISINOS)
Proponho neste artigo desenvolver uma reflexão sobre algumas práticas comunicacionais estabelecidas na ambiência proporcionada pela Internet – especificamente, as interações registradas em texto entre um grupo de mulheres jovens, que tematizam a maternidade em suas trocas no interior do Livro de Visitas de um weblog específico. Pretendo discutir alguns aspectos ligados à ocupação feminina deste espaço social, que parece estabelecer uma mudança observável na perspectiva tradicional da feminilidade, constituindo-se em um ponto privilegiado de ocorrência desse fenômeno. Em particular, me interessa relacionar a dinâmica interacional da entrada em cena de novas participantes, a negociação de sentidos em situações de conflito e uma certa teorização informal da feminilidade ali observável.
Palavras-Chaves: Comunicação Mediada Computador, Cultura Feminina, Weblog

Gênero e identidade na publicidade brasileira
Carlos Alberto Silva (Furb)
Resumo A presença da mulher na negra nas mensagens publicitárias, principalmente nos veículos impressos, tem ocorrido de forma tímida. O lento processo da visibilidade é decorrente da história cultural do Brasil, que ao longo de sua história passou pelo período de escravidão e agora experimenta a discussão aberta sobre gênero na comunicação. A personagem negra como apelo na publicidade ganha espaço graças a esforços de movimentos e do Governo Federal. Carlos Alberto Silva, graduado em Letras, mestre em Literatura Brasileira, jornalista, e professor de Redação Publicitária Mídia Imprensa na Universidade Regional de Blumenau e professor de Redação Jornalística Mídia Imprensa da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí.
Palavras-Chaves: negra, publicidade e propaganda, consumo, história

Identidade e Estilos de Vida nas Revistas Masculinas: Uma Questão de Gênero
anna carolina cabral de andrade da matta machado (ufrj)
Este artigo tem como objetivo principal defender a inclusão do universo masculino na pauta das discussões sobre gênero, legitimando as revistas masculinas brasileiras (Playboy VIP e Universo Masculino), que criam e divulgam estilos de vida, padrões de consumo e modelos de identificação genérica, como objeto válido de estudo. A exemplo das revistas femininas, esses títulos oferecem a seu público um misto de entretenimento e guia de estilo, portanto, é somente por meio da apreensão dos mecanismos midiáticos de criação e atualização dos estilos de vida utilizados por essas publicações que se torna possível perceber a (re)construção da masculinidade nos discursos desses exemplos de mídia impressa, e questionar se esses mesmos discursos sinalizam para possíveis saídas genuinamente autênticas e individuais.
Palavras-Chaves: Estudos de Gênero, Revistas Masculinas, Identidade, Consumo

Informativo Feminista apresenta, por rádio comunitária, história de mulheres
Mariana Zibordi Pelegrini (UFJF), Cláudia Regina Lahni (UFJF)
Este artigo tem o objetivo de apresentar o Programa de Mulher e refletir, principalmente, sobre sua seção “Saiba Mais”. Trata-se de um informativo, veiculado toda semana, na rádio comunitária Mega FM, que apresenta a mulher como cidadã ativa, política e profissional, o que em geral não é feito pelos meios de comunicação de massa. Dentro do Programa de Mulher, a seção Saiba Mais tem apresentado, também, histórias de mulheres que vivem em bairros da periferia de Juiz de Fora. Para esta apresentação e reflexão, vamos nos reportar a pesquisas sobre a mulher na comunicação e mencionar um breve levantamento quanto a parte histórica do informativo. Esperamos, com este trabalho, poder contribuir com o conhecimento acumulado sobre rádio e relações de gênero e com o registro e divulgação da história das mulheres.
Palavras-Chaves: Rádio, Relações de Gênero, Cidadania, História

Micropolíticas Juvenis de Visibilidade Comunicacional e Midiática numa Comunidade Periférica em Porto Alegre
Deisimer Gorczevski (UNISINOS)
Estudo os processos de visibilização de um segmento das minorias – a juventude, sendo que desta população interessam, em especial, os produtores e gestores de mídias comunitárias e alternativas. Para além de diagnosticar o cenário de expropriação humana, social e cultural dos que vivem o estigma do preconceito e da indiferença na pele, este trabalho questiona de que modo, no interior destas micromáquinas de produção de subjetividade, os jovens produzem sentidos, fatos e afetos, construindo micropolíticas de visibilidade comunicacional e midiática. Este percurso analítico vem fornecendo algumas pistas, apresentando as in(ter)venções juvenis como potência instituinte, ou seja, aquilo que tem potencialidade de perturbar e desestabilizar modos de ação já recorrentes na comunidade.
Palavras-Chaves: Minorias, Juventude, Micropolíticas, Mídias

Movimentos Sociais e a Construção da Agenda da Infância na Mídia Brasileira
Lidia Soraya Barreto Marôpo (UNL)


Mulheres na Ciência: Imagens Inexistentes
Joliane Olschowsky da Cruz (UESC)
Embora a imagem da mulher esteja fartamente difundida nos meios de comunicação esta dificilmente se amalgama com a imagem de cientista. A própria difusão da ciência para o grande público exclui figuras humanas, tanto masculinas como femininas calcando uma idéia de que a ciência se faz por ela mesma, a revelia dos quereres humanos. Este artigo propõe pensar a maneira de fazer ciência e a imagem feminina como razões para a escassez de mulheres interessadas em seguir carrreira na pesquisa científica. Primeiramente abordando resultados anteriores da análise de gênero na pesquisa, vê a veiculação de uma imagem de mulher pesquisadora como uma das possíveis tentativas de transformação do quadro atual.
Palavras-Chaves: Imagem,, Mulher, Ciência, Fotografia

Nas Redes Do Consumo: O Discurso Da Publicidade Nos Magazines Femininos Televisivos
Najara Ferrari Pinheiro (UCS/Feevale)
RESUMO: Os magazines femininos televisivos, veiculados pelas tevês comerciais, em função de suas características mercadológicas enfatizam a tendência à marquetização do discurso (Fairclough, 1995) como estratégia de persuasão de sua audiência preferencial: as telespectadoras. Essa tendência, em forma de ações de merchandising, reflete um movimento de caráter colonizador da publicidade (Fairclough, 1992, 2001) que perpassa várias ordens dos discursos e se torna constitutiva dos magazines femininos, enfatizando ali a necessidade de gerar angústias, criar ansiedades e provocar desejos só satisfeitos pelo consumo (real ou simbólico) de bens e serviços que incluiriam a telespectadora no mundo ideal representado pela TV.
Palavras-Chaves: magazines femininos televisivo, marquetização, discurso, ações de merchandising

O assassinato da jornalista Sandra Gomide: violência de gênero em uma rotina de assédio moral no trabalho
Alice Mitika Koshiyama (ECA-USP)
Resumo Este trabalho é parte de uma pesquisa sobre o lugar social (cf.:M. Certeau) das mulheres na história do jornalismo brasileiro. Pretende refletir sobre algumas dimensões de um fato da história recente das mulheres jornalistas: o assassinato de Sandra Gomide, editora de economia do jornal O Estado de S.Paulo, pelo seu ex-namorado e ex-chefe de redação, Antonio Pimenta Neves em agosto de 2000. Avaliamos seu significado como questão de gênero, na perspectiva feminista (cf.: Cármen da Silva). E interrogamos o fato como parte de um contexto histórico de assédio moral (cf. M.F. Hirigoyen) na rotina de trabalho dos jornalistas nas empresas jornalísticas. Alice Mitika Koshiyama - Universidade de São Paulo -- Escola de Comunicações e Artes – Departamento de Jornalismo e Editoração (ECA-USP)
Palavras-Chaves: jornalismo brasileiro, gênero, assédio moral no trabalho, Sandra Gomide

O contexto religioso e as concepções de infância na Literatura Infantil
Celia Maria Escanfella (SENAC)
Este trabalho tem o objetivo de apresentar uma problematização sobre um tema até o momento desconsiderado em estudos sobre literatura infantil e também não explorado no campo de estudos sobre a infância na atualidade – a produção simbólica para crianças no contexto das religiões, mais especificamente, a concepção de infância e de socialização que emerge da produção da literatura infantil de editoras confessionais, quando comparada à produção de literatura infantil de editoras laicas. Com este objetivo, foram sistematizados conhecimentos de diversos campos de saber, como Literatura Infantil, História e Sociologia da Infância. Essa sistematização parcial permitirá, em momento subseqüente de pesquisa, a análise comparativa. Célia Maria Escanfella - Licenciada em Letras pela UNESP; Mestre em Psicologia Social pela PUC/SP; Doutoranda em Psicologia Social pela PUC/SP; membro do Núcleo de Pesquisa em Gênero, Raça e Idade -PUC/SP; membro da Linha de Pesquisa “Dinâmicas Sócio-cognitivas” do Centro Universitário SENAC; professora de Redação do Centro Universitário SENAC. E-mail: celia.mescanfella@sp.senac.br
Palavras-Chaves: Ideologia, Infância e Comunicação, Minorias, Literatura Infantil

O Sub-reptício Sublime em Meio ao Caos
Ecio de Salles (UFRJ)
Este trabalho busca propõe uma reflexão sobre manifestações líricas oriundas de uma estética, a princípio, dedicada à aspereza. Refiro-me ao hip-hop brasileiro – notadamente aquele surgido nas favelas ou subúrbios dos grandes centros urbanos e de conteúdo acentuadamente politizado –, que se notabilizou pela dureza com que se expressa através de suas múltiplas formas. Aqui, destaco uma dessas formas: o rap, em especial o grupo Racionais MCs. Sustento que, com mais assiduidade que se imagina, pode-se descobrir, nesse contexto, uma forma inventiva de narrar a experiência contemporânea, de maneira a recuperar formas de convívio comunitário reprimidas pela globalização; e narrar também um outro mundo possível, onde a leveza superaria o peso do cotidiano e da existência em determinadas comunidades populares. Ecio de Salles é Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal Fluminense, onde defendeu a dissertação “Poesia Revoltada: Rap, Raça e Cultura Brasileira. Doutorando em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Seu projeto – Teia de fios tensos – diz respeito à pesquisa sobre manifestações estéticas (notadamente musicais) oriundas de projetos sociais desenvolvidos em comunidades populares (favelas).
Palavras-Chaves: Rap, Hip-Hop, Cultura Popular, Sublime

Um culto pagão na imprensa carioca
Eduardo Granja Coutinho (ECO/UFRJ)
Este ensaio pretende refletir sobre o significado da crônica carnavalesca na história da cultura brasileira. Como representação jornalística do carnaval de rua que teve seu auge nos anos 1910-30, o noticiário recreativo e carnavalesco assumiu um papel decisivo na construção disso que conhecemos como "cultura nacional-popular". Ao mesmo tempo em que, em sintonia com o projeto civilizatório hegemônico, organizou e disciplinou as formas explosivas de divertimento das massas urbanas, a crônica da folia deu voz a um grupo social marginalizado, minoritário que nunca tivera espaço na imprensa, na literatura ou na política, garantindo-lhe uma espécie de "cidadania foliã". Daí, talvez, a existência nesta coluna - marcada pelo humor, pela irreverência e pela crítica (ainda que limitada) - de um verdadeiro culto a Momo, tido como "o único soberano verdadeiramente democrático".
Palavras-Chaves: História da imprensa, Cultura das mionorias, Carnaval, Cultura popular

NP-14. Ficção Seriada


A telenovela mulheres apaixonadas e as denúncias contra a violência doméstica em Palmas/TO
Verônica Dantas Meneses (UFT), Gisele Andrade Macedo (UFT)
O presente trabalho estudou a influência que a telenovela da Rede Globo Mulheres Apaixonadas, exibida em 2003, nas denúncias contra a violência doméstica em mulheres da cidade de Palmas/TO. Foram analisada ainda a capacidade de a televisão, sobretudo as telenovelas, pautar a sociedade com modas, linguagens, comportamentos e temáticas de interesse social, na mesma proporção em que a sociedade também pauta tal programação. Por meio das telenovelas pode-se perceber esta reciprocidade de agendas, pois o que se vê na Tv é a representação da realidade transformada em espetáculo.
Palavras-Chaves: Televisão, Telenovela, Agendamento

Ficção Televisiva Seriada: um olhar sobre a produção acadêmica
Narciso Julio Freire Lobo (UFAM)
Prof. Dr. Narciso Júlio Freire Lobo Profa. Ms. Maria Ataide Malcher Resumo: O presente artigo pretende apontar o início das investigações acadêmicas que têm como tema a telenovela e demais formatos da ficção televisiva. Como exercício possível para percepção da construção do campo de estudo nessa área destacam-se iniciativas sistematizadas no âmbito da ECA que contribuíram para o fortalecimento do campo de estudo da Ficção Televisiva Seriada Brasileira. (Criação do NPTN e do NT na Intercom e o Desenvolvimento do Projeto Integrado) Doutor em Ciências da Comunicação e Mestre em Cinema pela Escola de Comunicações e Artes da USP; Professor do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia e do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Amazonas; autor de “Ficção e Política: o Brasil nas minisséries” (Manaus: Valer, 2000) e “A Tônica da Descontinuidade: cinema e política em Manaus nos anos 60” (Manaus: EDUA, 1994), njlobo@uol.com.br. Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes-ECA-USP; doutoranda da ECA-USP na linha de Pesquisa Comunicação e Ficção Televisiva; e-mail: aataide@usp.br
Palavras-Chaves: Telenovela, Ficção Televisiva Seriada, Produção Cientifica, Intercom

Gênero e Regime Escópico na Ficção Seriada Televisual
Adayr Mroginski Tesche (UNISINOS)
O presente ensaio pretende refletir sobre o papel do gênero na construção da telenovela. Observamos que os formatos são configurações muito peculiares que os produtos midiáticos adotam dentro de uma categorização mais abrangente de plasmação estética e de comunicação formada pelo gênero. Este incide sobre a construção do esquema material da telenovela de um modo que resulta decisivo para a consecução artística do seu efeito estético. É um forte determinante da fisionomia diferenciada e do arranjo estrutural que dá expressão adequada aos símbolos e pulsões imaginários veiculados pelos mecanismos macro e micro-textuais da narrativa. O gênero além de cumprir uma função estruturadora e modelizante das competências midiáticas, atua como um construto que fornece parâmetros para a equalização do regime escópico da sociedade.
Palavras-Chaves: gênero televisivo, ficção seriada, telenovela, regime escópico

Melodrama: aspectos gerais do gênero matriz da telenovela
Claudia Mariza Braga (UFSJ)
À palavra melodrama costuma-se associar a noção de um drama exagerado, com heróis, vítimas e vilões desenhados de forma plana e envolvidos numa ação inverossímil que embaralha as regras e termina sempre com o triunfo dos bons sobre os maus, da virtude sobre o vício. Ele é isso, mas é também muito mais. Assumindo-se desde o início como teatro popular, o melodrama sofreu imediatamente um julgamento desfavorável por parte da crítica, sendo desconsiderado como literatura. A discussão aqui proposta é a da reflexão sobre este julgamento, baseado unicamente em critérios de estilo literário, a partir da análise de peças escolhidas em função do sucesso alcançado e da qualidade dramática das obras, de sua contribuição para a criação de uma escrita teatral da qual se pode ainda, em diversas formas dramáticas atuais, medir as conseqüências e seguir os prolongamentos. Claudia Mariza Braga é professora da UFSJ, coordenadora do GETEB, Doutora em Artes pela USP com pós-doutorado na Universidade de Sorbonne Nouvelle; autora de “Em busca da brasilidade: teatro brasileiro na Primeira República” (Perspectiva, 2003) e co-tradutora de “O Melodrama”, de Jean-Marie Thomasseau (Perspectiva, 2005).
Palavras-Chaves: Melodrama, matriz, telenovela

O olhar da revista Veja sobre a teledramaturgia nacional. A imprensa como fonte de pesquisa para a teledramaturgia
Ana Maria Camargo figueiredo (FCL)
O objetivo deste trabalho é conhecer o estatuto que a revista Veja dá à produção ficcional televisiva nacional, partindo do pressuposto de que a imprensa e a televisão estão em constante interação e de que, a primeira, ao servir de fonte de pesquisa para a teledramaturgia, é fonte de conhecimento sobre a produção televisiva e base para a reconstituição de sua história e memória. A escolha da Veja se deve ao fato de ela ter sido criada no momento em que a teledramaturgia brasileira dava seus primeiros passos e de ter acompanhado a evolução do gênero. Ao dar atenção à teledramaturgia brasileira, Veja torna-se um lugar privilegiado para a compreensão também do estatuto e do sentido que esse gênero assumiu no imaginário do povo brasileiro. A pesquisa, limitada ao período de 1974 a 1990, investiga a“visão de mundo” que está embutida em sua comunicação.
Palavras-Chaves: imprensa, teledramaturgia, memória

O Perfume de Mulher nas Minisséries Brasileiras
Anna Maria Balogh (ECA/USP)
Resumo: O trabalho enfatiza a participação feminina sempre crescente nas várias etapas da realização e da produção de minisséries, bem como uma expansão notória de retratos multifacetados de heroínas no formato cujas trajetórias contribuem sobremodo para a construção de nossa identidade através da ficção. Minicurriculo: Professora livre-docente ECA/USP, professora Titular Pós em Comunicação - UNIP, autora de O Discurso Ficcional na TV, 2002 - EDUSP, organizadora com colegas da UNIPde Mídia, Cultura, Comunicação, Arte e Ciência, 2002
Palavras-Chaves: minisséries, retratos multifacetados de her, construção de nossa identidade

Porque Hoje é dia de Maria, Todos os Dias são Dias de Maria
Jane Aparecida Marques (ECA-USP), Marly Camargo de Barros Vidal (ECA-USP)
A partir da microssérie Hoje é dia de Maria resgata-se a tecitura das histórias populares, entremeadas de fantástico e recriadas a partir da oralidade – característica primeira da narrativa. A partir da teoria bakhtiniana busca-se compreender a trama e o resgate dialógico entre a cultura popular e a trama ficcional televisiva. Essa estrutura dialógica está presente na linguagem verbal (marcada pela oralidade) e não-verbal (cenários, figurinos, bonecos articulados, marcadamente mostrados como tais), além dos personagens animados e inanimados que completam o encadeamento dos fatos e episódios relatados.
Palavras-Chaves: ficção televisiva, microssérie, cultura popular, fantástico

Recepção de Telenovelas: Mediações, Construção de Identidade e Homossexualidade em Mulheres Apaixonadas
Joseana B. Tonon (UNESP)
Para grande parcela da população brasileira, a telenovela é vista como um dos principais produtos da televisão nacional, especificamente, se falarmos das telenovelas produzidas pela Rede Globo de Televisão, que possui know-how para realizar produções como essas. Portanto, compreender de que forma a telenovela brasileira está inserida no contexto das mediações sociais e culturais entre produtores e receptores, e como se constitui num elemento-chave para a construção da cultura-popular-de-massa é o desafio dessa dissertação que utilizará os Estudos Culturais de Recepção e a teoria latino-americana das Mediações como referenciais teóricos, visando a compreender a recepção como prática de construção social e cultural de sentido do sujeito receptor.
Palavras-Chaves: Telenovela, mediações, recepção

Representações do amor no diálogo entre ficção e realidade: telenovela e sociedade brasileira
Paula Guimarães Simões (UNA e UNIVALE)
O objetivo deste artigo é discutir algumas relações entre ficção e realidade, entre telenovela e sociedade brasileira, a partir da análise de representações do amor construídas nessa interlocução. O trabalho toma como objeto de reflexão Mulheres Apaixonadas (Manoel Carlos, 2003, 21h), mais especificamente, o triângulo amoroso central, constituído por Helena, Téo e César, bem como a apreensão dessas experiências ficcionais pelo público telespectador. Assim, a proposta é evidenciar o papel dessas duas instâncias de produção simbólica – a telenovela e a sociedade – na construção do quadro de valores, ou seja, do ethos contemporâneo. Professora nas áreas de Teorias da Comunicação e Metodologia de Pesquisa em Comunicação, dos Cursos de Comunicação Social do Centro Universitário UNA (Belo Horizonte) e da Universidade Vale do Rio Doce (Governador Valadares). Formada em Comunicação Social (Habilitação: Jornalismo) pela FAFICH/UFMG e Mestre em Comunicação Social pela mesma instituição (Área de Concentração: Comunicação e Sociabilidade Contemporânea). E-mail: paulaguimaraessimoes@yahoo.com.br.
Palavras-Chaves: Representação, Amor, Ficção, Realidade

Três dimensões de leitura na recepção de Telenovelas
Márcia Gomes Marques (UFMS)
Resumo: A partir do encontro entre emissão e recepção, neste estudo se analisa como as telenovelas constituem um dos espaços sociais de construção de conhecimento sobre a vida social. São propostas três dimensões de leitura como mecanismo de acesso por meio dos qual o que propõem nestes programas alcança a fazer diferença na vida dos telespectadores, interferindo em suas rotinas e em seus planos de futuro. São examinadas, neste sentido, as dimensões de leitura a partir das quais se organizam os conteúdos socioculturais e a qualidade da relação desenvolvida entre texto e receptor. Minicurrículo (Márcia Gomes M.): Professora do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, com trabalhos publicados na área de ficção seriada e estudos de recepção. Socióloga, formada pela PUC do Rio de Janeiro, mestre em Comunicación Social na Pontifícia Universidad Javeriana, Bogotá, e doutora em Ciências Sociais na Pontificia Università Gregoriana, Roma.
Palavras-Chaves: Telenovelas, Conteúdos Socioculturais, Dimensões de Leitura

NP-15. Semiótica da Comunicação


A Comunicação Sistêmica como Criação e Evolução
Heloisa Helena da Fonseca Carneiro Leão (PUCSP)
Este trabalho faz parte da tese de doutorado (em curso) e enfoca a abrangência do papel da comunicação como elemento gerador da criatividade no processo evolutivo. A intenção maior da pesquisa é enfatizar a visão de totalidade sistêmica, a pertinência da criatividade e da arte como ampliadoras de fronteiras, resultado da comunicação estabelecida entre os subsistemas. Essa visão complexa é responsável pela diversificação dos elementos do sistema em diálogo com seu ambiente. O fundamento teórico do trabalho está alicerçado em Charles Sanders Peirce, Ilya Prigogine e Edgar Morin. Para Prigogine é a criatividade que constrói o futuro, uma vez que não se pode definir o futuro pelo passado, como queria a ciência tradicional. Peirce afirma ser a estética responsável pela busca de um ideal admirável e Morin além, de defender a importância do homo demens na formação do homo sapiens, propõe a antropoética complexa. Doutoranda, pesquisadora e mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Bacharel em pintura pelo Centro Universitário Belas Artes. Pós-graduada em História da Arte pela FAAP/SP e em Arte e Tecnologia pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Professora da pós-graduação e da graduação na Faculdade Paulista de Arte de São Paulo. E-mail: heloisaleao@globo.com
Palavras-Chaves: comunicação, sistema, antropoética, criatividade

A imagem e o exercício de um pensamento comunicacional hoje
aline verissimo monteiro (ESPM)
Resumo: Desde o surgimento da escrita privilegiamos o visual em nossa comunicação, seja na composição das mensagens seja no desenvolvimento de tecnologias. Contudo, esse visual tem dois modos de manifestação: sob a forma do texto, que privilegia o símbolo e sob a forma da imagem onde os índices e ícones predominam. Essas duas categorias de signos e mensagens visuais têm posições distintas na história da evolução humana e funcionam segundo lógicas de representação divergentes. No entanto, encontram-se hoje reunidas em uma cultura marcada pela tecnologia digital e na vigência de um pensamento comunicacional. Este artigo apresenta um início de compreensão das passagens históricas e lógicas de um tipo de signo ou tipo de mensagem visual a outro, tentando entender como o pensamento comunicacional e a tecnologia podem explicar um certo privilégio da imagem sobre o texto atualmente. Minicurrículo: Psicóloga pelo Instituto de Psicologia da UFRJ, Mestre e Doutora em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da UFRJ, Professora Adjunta da ESPM/RJ. Desenvolve pesquisas na área de análise da Cultura Comunicacional a partir das novas tecnologias digitais e suas implicações semióticas, epistemológicas e educacionais. Contato: amonteiro@espm.br e avmonteiro@globo.com
Palavras-Chaves: Semiótica das mídias, imagem, texto, alfabetização semiótica

A pós-modernidade e suas imagens
Flávio Vinicius Cauduro (PUCRS)
Resumo Este trabalho busca apontar diversas estratégias visuais que orientam o design de imagens pós-modernistas, e que as diferenciam daquelas consideradas modernistas, assim como busca enfatizar o efeito dessas diferenças na liberdade de criação dos comunicadores visuais, graças à natureza inclusivista da pós-modernidade. Prof. Orientador do PPGCom e do Depto. Publicidade e Propaganda da / FAMECOS / PUCRS. Linha de Pesquisa Cultura Midiática e Tecnologias do Imaginário. PhD em Comunicação Gráfica pela University of Reading, England, UK, 1990. E-mail: flaviocauduro@ yahoo.com
Palavras-Chaves: Modernismo, Pós-modernismo, Imagens

A publicidade como sistema nuclear no espaço-mídia.
Fábio Caim Viana (PUC-SP)
O objetivo deste trabalho é indicar, ou defender a predominância do código publicitário na sociedade atual e em relação a outros que se dinamizam nas constantes trocas semióticas de grandes centros urbanos, tentando revelar as suas principais modelizações. O cerne desta questão é mostrar como a publicidade, sendo um texto, vaza para fora das mídias ocupando ambientes distintos daqueles planejados de antemão, como é o caso do espaço-mídia (a metrópole e suas relações), para tanto, discutiremos 3 hipóteses que serão explicitadas ao final da introdução e tentarão responder à problemática levantada.
Palavras-Chaves: código publicitário, expansão de linguagens, ambiente comunicacional, sistema midiático

A Publicidade das Instituições Bancárias em Situação de Conflito com seu Público-Alvo
Vander Casaqui (ECA-USP)
Neste artigo, analisamos as estratégias comunicacionais de algumas das principais instituições bancárias do país, sob a ótica do ethos publicitário. A dinâmica do processo publicitário, na relação interdependente entre o ethos projetado do anunciante, elaborado em função do público-alvo de sua entrada-em-cena, faz perceber, através do corpus selecionado, traços de negociação simbólica que apontam para uma situação contemporânea de conflito; emerge, dessa forma, o ethos cético e insatisfeito do consumidor, abordado em estratégias distintas pelas várias marcas que procuram incorporar, dissimular, redirecionar, responder ao ethos do público percebido no projeto de ressemantização, de desconstrução do campo simbólico de atuação bancária.
Palavras-Chaves: publicidade, semiose, ethos publicitário, instituições bancárias

A semiodiversidade diante da irreversibilidade do tempo
Ronaldo César Henn (Unisinos)
A noção de semiose, conceito chave na Teoria Geral dos Signos de Charles Sander Peirce, e o entendimento de semiosfera e explosão, proposto por Yuri Lotman, mesmo que partam de matrizes epistemológicas distintas, possuem uma contundente aproximação que tem como amálgama as formulações do químico belga Ilya Progine, sobretudo na sua Teoria das Estruturas Dissipativas. Neste texto, estabelecem-se alguns nexos para esta articulação, assim como um desenho para se pensar processos semióticos e culturais organicamente vinculados às perspectivas da complexidade. Utiliza-se como elemento propulsor das reflexões o conto Os Jardins dos Caminhos que se Bifurcam, de Jorge Luís Borges. Ronaldo Henn é doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo é autor de Pauta e Notícia (1996, Canoas: Ulbra) e Fluxos da Notícia (2003, São Leopoldo: Unisinos). Atualmente coordena o Grupo de Estudos Transdisciplinares sobre Criminalidade e Violência da Unisinos.
Palavras-Chaves: semiose, complexidade, tempo

A semiótica nas salas de aula de radiojornalismo
Ana Paula Machado Velho (Cesumar)
Os profissionais e estudantes da comunicação “escrevem” nos mais diferentes códigos (sonoro, visual e verbal) sem se dar conta da natureza de cada mídia e o quanto as especificidades de cada uma delas determinam as formas de organizar mensagens nos diferentes meios. Seguem as regras dos manuais de redação, mas não aquelas que propõem o aproveitamento integral das potencialidades dos veículos. Este trabalho quer apontar a importância de se decifrar a estruturalidade das linguagens, como propõe a semiótica, adotando estudos mais profundos desta ciência nos cursos de Comunicação Social. Será relatada uma experiência realizada na disciplina de Radiojornalismo II, do Centro Universitário de Maringá, que vem rendendo ótimos resultados. A idéia é dividi-la com outros professores e pesquisadores da comunicação e do rádio.
Palavras-Chaves: alfabetização semiótica, semiótica das mídias, rádio

Adaptação:filme e desdobramentos
elisabete alfeld rodrigues (puc)
O objetivo deste artigo é apresentar algumas considerações sobre a narratividade como ponto de partida para o procedimento da adaptação cinematográfica, aspecto que pretendo abordar recorrendo ao conceito de fronteira formulado por Yuri Lotman. Para situar o estudo, parto da análise do filme Adaptação com a intenção de discutir a semiose da narratividade como fronteira dos procedimentos narrativos da literatura e do cinema.
Palavras-Chaves: narratividade, semiose, fronteira

Anônimo readymade célebre
Marcos André Franco Martins (UFRJ)
A oposição de conceitos como anônimo e célebre, comum e incomum, ordinário e extraordinário se apresenta estratégica para a questão da produção de subjetividades hoje. Pretendo nesse trabalho deslocar o foco da especificidade de cada um desses conceitos para o processo mesmo de conversão entre os pólos. A obra de Marcel Duchamp traz visibilidade imediata a esse momento em que o ordinário se torna extraordinário. Seus readymades, objetos banais do cotidiano convertidos em obras de arte, serão aqui comparados com as celebridades e com o chamado “homem comum” em momentos em que eles trocam de papéis. A idéia principal é a de que a subjetividade contemporânea estaria atrelada a um estado de simultaneidade entre objeto e signo a partir de um sujeito que se percebe como produtor de indícios de si mesmo. Marcos Martins (São Paulo, 1962) formou-se, em 1984, em comunicação visual pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de janeiro. Em 1986/7 com bolsa da CAPES/Fulbright estudou design de exposições no Museum of Fine Arts de Boston, EUA. Em 1992 obteve grau de mestre na School of Visual Arts, NY, EUA. E-mail: marcos.martins@terra.com.br
Palavras-Chaves: Ordinário, extraordinário, Duchamp, signo

As Interfaces do Inteligível
Patricia de Albuquerque Fernandes (UNICAP)
Este artigo lança um olhar sobre algumas correntes científicas e filosóficas que estudam a evolução do pensamento humano, a capacidade humana de inteligir e interagir, que se desenvolve a partir da evolução de uma linguagem natural, para atuar em um universo cada vez mais complexo de informações, interpretações e memórias. Uma busca de um entendimento, digamos; hegemônico destas várias correntes, sob uma ótica de processos intersemióticos, metasemióticos, a respeito do pensamento humano e da mente como interface do inteligível, e do signo como entidade mediadora.
Palavras-Chaves: Semiótica, Inteligível, Cognição, Linguagem

As variantes sígnicas da embalagem: as relações da percepção no processo intersemiótico na construção dos estímulos táteis e visuais
marina jugue chinem (uam-sp)
Os novos percursos, suas múltiplas possibilidades, expressividades mutantes e as relações sígnicas das embalagens no nosso cotidiano estão expostas nos pontos-de-venda, disputam o olhar do receptor. Esta simultaneidade estabelece uma intersemiose nas relações ergonômicas e de percepção neste processo de comunicação no qual estão envolvidos signos de códigos diferenciados e desta forma, vêm estabelecer novos paradigmas entre função e estética conforme as inserções culturais ao longo da trajetória da relevância da embalagem.
Palavras-Chaves: Signos da Embalagem, Design, Embalagem

Aspectos do Panorama Contemporâneo da Poesia Experimental: Tecnologia, Significação, Hipermídia, Interatividade e Autoria
Giuliano Tosin (UNOPEC)
Resumo: A produção contemporânea de poesia experimental está quase inteiramente voltada aos desafios das poéticas tecnológicas, que possuem particularidades no que diz respeito aos materiais empregados e às significações propostas. Questões como a interatividade e a autonomia pensante da máquina, que colocam em xeque a noção tradicional de autoria, ou o que é inovador e o que é redundante na experimentação poética, geram debates acirrados, envolvendo poetas e críticos. Abordando estes e outros aspectos, esta comunicação busca promover discussões sobre o trabalho do poeta experimental na atualidade, seus conflitos, suas fontes de produção e a elasticidade dos seus limites de atuação. Minicurrículo: Pesquisador e artista, formado em Jornalismo pela UFRGS e Mestre em Multimeios pela UNICAMP. Professor de Comunicação Social da UNOPEC/SP.
Palavras-Chaves: comunicação, interdisciplinaridade, arte, mídia

Cinema, mídia e poder: embates em Fahrenheit 9/11
Ana Mery Sehbe De Carli (UCS)
O artigo levanta características da sociedade contemporânea e seu modus operandi no que se refere à produção, distribuição e recepção da informação. A pós-modernidade traz, com suas mudanças, novos modos de teorização e apresentação de trabalhos que, por sua vez, abandonam a rigidez das categorias da ciência e da arte em favor de projetos híbridos, responsáveis pelo desenvolvimento da economia dos bens simbólicos. A cultura das mídias, por sua vez, semeia informação e conhecimento através dos múltiplos meios de comunicação que servem diversos públicos. Esse contexto testemunhou on-line o atentado terrorista que destruiu as Torres Gêmeas e abalou a ordem mundial. Desde então, convive-se com a erosão do princípio de uma realidade. A intensificação de informações, em concorrência entre si, sem uma coordenação central, permite o cruzamento, a contaminação das realidades, das múltiplas imagens, interpretações, reconstruções dos acontecimentos. O objeto de estudo eleito para essas constatações é o Filme Fahrenheit 9/11 de Michael Moore.
Palavras-Chaves: meio e mensagem, cultura das mídias, cinema, informação

Da transmissão da informação à auto-organização das linguagens: problematizando os modelos teóricos para o estudo da comunicação
Irene de Araujo Machado (PUC-SP)
Resumo Quanto mais a linguagem se revela potencialmente criadora e diversificada, menos se presta à expressão de situações já dadas. Ela própria torna-se constituinte do que é total ou parcialmente criado no processo comunicacional. Diante desse fato, a revisão crítica do diagrama espacial da comunicação não é apenas uma forma de proceder ajustes conceituais e teóricos. Trata-se de uma possibilidade de rever o alcance das bases de um modelo teórico face a um quadro de mudanças das relações sócio-culturais bem como das mediações a partir das quais a diversidade de códigos constrói linguagens. Em vez de focalizar a semiose original, a emergência do sentido, o processo de comunicação se orienta pela modelização das mensagens; em vez de transmissão da informação, surgem a recodificação e o processamento de dados e de signos. Configura-se um espaço semiótico contínuo e de auto-organização de linguagens que reivindica outros modos de pensar comunicação. Professora de Semiótica da Cultura; autora de, entre outros livros, Escola de Semiótica. A experiência de Tártu-Moscou para o estudo da cultura (São Paulo: Ateliê Editorial, 2003); de artigos “Semiótica como teoria da comunicação”, “As mídias e seus precursores”, “O ponto de vista semiótico”. Editora de Galáxia (2001-2004). Responsável pelo Projeto “Semiosfera: espaços semióticos compartilhados”, selecionado pelo Edital Universal do CNPq 2005. Irenemac@uol.com.br
Palavras-Chaves: transmissão, semiose, diagrama espacial, auto-comunicação

Ensaios Iniciais Sobre os Processos Imersivos em Hipermídia: Recortes, Respostas e Jogos
Allan Kozlakowski (Uninove)
O ensaio propõe discutir algumas evidências sobre as experimentações nos processos imersivos, especialmente sobre a retenção de assuntos de interesse e fundamentos das habilidades humanas no tratamento e na transformação dos materiais da natureza em suportes. Visando utilizá-los para registrar e comunicar a partir de recortes, dada a funcionalidade esperada do suporte, a utilização de tecnologias permitiu potencializar e produzir simulações de ambientes em estruturas digitais, configurando-as em perguntas e respostas, imprevisibilidades comumente encontradas apenas em diálogos. Enquanto recurso, determinadas permissões são essenciais para o processo de imersão nesses ambientes, pois fundamentam o próprio aprendizado humano em função do crescimento e amadurecimento para a vida. Enquanto ambiente simulacro, os projetos hipermidiáticos devem compor sua estrutura visual a partir de imitações, aparências e semelhanças com o mundo, para estimular o imaginário do sujeito. Minicurrículo: Graduado pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor orientador de Projetos Experimentais em Comunicação. Líder de Grupo de Pesquisa Comunicação e Linguagens Audiovisuais, CNPQ, validado pelo Centro Universitário Nove de Julho.
Palavras-Chaves: comunicação, suportes, recortes, hipermídia

Estratégias discursivas na construção do ataque de 11/9/2001
Deodoro Jose Moreira (PUC-SP)
Este trabalho analisa a construção mediática do ataque de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos a partir da análise discursiva de 58 capas de jornais de várias partes do mundo, nas edições do dia 12 de setembro. A mídia impressa não somente retrata eventos da realidade, como também constrói e interpreta os “fatos”. Para afirmar suas escolhas, utiliza estratégias comunicativas e/ou discursivas específicas. O exame discursivo dessa pesquisa incide sobre as estratégias comunicativas dos veículos, por meio dos percursos estabelecidos na primeira página. O enfoque na narrativização e na discursivização examinadas em grupos categorizados de capas permitiu a estruturação desta pesquisa. Doutorando do Programa de Comunicação e Semiótica da PUC-SP
Palavras-Chaves: Jornais, terrorismo, discurso, primeira página

Games como ambiente de conhecimento da cultura
mirna feitoza pereira (puc-sp)
Neste texto trabalhamos a idéia de que os games funcionam como ambiente de conhecimento da cultura. Isto significa que eles desenvolvem mediações que se estendem para além das fronteiras dos jogos propriamente ditos, alimentando a cultura com novos sentidos. Partimos de algumas premissas: a primeira delas é que os games são formas de comunicação, formas de linguagem. Sendo a tendência da linguagem se proliferar na cultura, a tendência dos games é igualmente gerar outras formas; a segunda é que produção de linguagem envolve conhecimentos, tanto no que diz respeito à manipulação das ferramentas que as constróem como dos códigos que formatam as demais linguagens da cultura, bem como dos meios tecnológicos de produção, de modo que games compreendem gestão de conhecimentos. Ao mergulhar neste ambiente, os jogadores adquirem conhecimentos ao lidar com as mediações que o constituem.
Palavras-Chaves: games, semiose, criança, comunicação

Imagens digitais: verossimilhança impossível
Miriam de Souza Rossini (Unisinos)
Este texto pretende discutir a noção de verossimilhança aplicada às imagens técnicas, em especial ao cinema e à televisão, a fim de ver de que modo essa noção vem sendo transformada a partir das imagens digitais. Se, para as imagens analógicas, a noção de verossímil estava associada à existência de um referente que foi efetivamente captado pelas lentes de uma câmera (de cinema ou de vídeo), para as imagens digitais, a própria noção de referente vem sendo questionada. Isso nos leva a refletir sobre uma imagem que, embora de alta definição, deixa explícita a virtualidade de toda imagem.
Palavras-Chaves: semiótica das mídias, meio e mensagem, ambientes semióticos

Jogos Eletrônicos: uma plataforma para o ativismo global ?
Francisco José Paoliello Pimenta (UFJF), Vanessa Alkmin Reis (UFJF), Camila Wenzel (UFJF)
Jogos Eletrônicos: uma plataforma para o ativismo global ? Francisco José Paoliello Pimenta* Vanessa Alkmin Reis** Camila Wenzel*** Este trabalho apresenta conclusões parciais de pesquisa de pós-doutorado intitulada Possibilidades da Hipermídia no Ativismo Global. O objetivo geral é o de investigar possíveis relações entre a utilização de suportes hipermídia, como instrumentos de estímulo à ações políticas diretas de âmbito global, e a formação de novos hábitos de conduta ligados à democracia participativa e a um internacionalismo renovado. Neste caso específico, é descrita nova etapa da pesquisa de campo, desta vez relacionada ao último encontro do Fórum Social Mundial e sugere a ampliação das estratégias lúdicas das manifestações de rua para a Internet por meio das tecnologias de realidade virtual e da telepresença, especialmente das plataformas utilizadas para jogos eletrônicos. A fundamentação teórica principal decorre da Semiótica de Charles S. Peirce. * Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP - TSOA/NYU) - Professor Adjunto IV (FACOM/UFJF) ** Bolsista de Iniciação Científica PIBIC-CNPq – Graduação em Comunicação FACOM/UFJF *** Bolsista de Iniciação Científica PET-SESU – Graduação em Comunicação FACOM/UFJF
Palavras-Chaves: Hipermídia, Ativismo Político, Semiótica

Jornais,pierrots e flores...Selavy
Denise Jorge Trindade (UNESA)
Geralmente associada à pós-modernidade e às fragmentações que a caracterizam, a colagem tem nesse texto, papel fundamental para pensarmos as mudanças que os meios de comunicação produzem no conceito de arte, considerando os desafios diversos de seus signos para o espectador: ao mesmo tempo em que o convida a participação pelo reconhecimento e pela rememoração,realiza a produção de pensamentos. O processo das colagens que encontramos nas artes plásticas, com Picasso e Duchamp, e na montagem do cinema feito por Godard e por Furtado, apresenta-se como referência que nos permitem acompanhar a permanência deste tipo de estética na comunicação, através dos signos. As imagens do cotidiano, de cachimbos e de jornais em Picasso, os ready-mades de Duchamp, as pinturas coladas em Godard e a presença dos prõprios meios nos filmes de Furtado,revelam uma relação entre a indústria e o consumo que escapa da associação usual da colagem-montagem como mecanismo de controle nas sociedades onde pensar é crime e, ao contrário, afirmam que o crime do pensamento é o que ainda, docemente ou cruelmente, nos violenta em seus trabalhos e pede a nossa atenção Autor:Denise Jorge Trindade Doutora em Comunicação - UFRJ Universidade Estácio de Sá- Comunicação -Disciplinas:Comunicação e Imagem História da Arte
Palavras-Chaves: superfície, experiência, acaso, interstícios

Jornalismo e realidade mediada
Gabriela Pavanato Sardinha Rissoni (UNINOVE)
Este trabalho é uma análise sobre a prática jornalística, enfocando a questão da realidade como um processo de semiose, segundo a qual um signo se transforma em outro infinitamente, a partir dos recortes que os diversos atores envolvidos na produção de cada reportagem farão sobre o objeto. A reflexão é uma proposta que procura desvincular a busca do real de questões essenciais à orientação jornalística, como imparcialidade, objetividade e honestidade, tratando o acesso à realidade por meio dos signos como o único possível e apontando a divulgação da versão do fato como resultado natural e indissociável da semiose.
Palavras-Chaves: Jornalismo, Semiose, Realidade, Mediação

Narratividade em videoclipe A articulação entre música e imagem
Claudiane de Oliveira Carvalho (ufba)
Na tentativa de compreender a estruturação narrativa do videoclipe, este artigo coloca em perspectiva três autores. O trabalho de Goodwin(1992), um estudioso do videoclipe, foi aliado à semiótica de Fabbri (2000) e ao conceito de narrativa de Ricoeur (1994). Apesar do videoclipe não se configurar como uma narrativa clássica, alguns aspectos dos conceitos de narrativa e narratividade podem ser aplicados à articulação música e imagem. A intenção é apontar uma abordagem analítica do videoclipe, que leve em conta a tensão entre aspectos musicais e aspectos imagéticos. Indicar que a localização de uma narratividade no videoclipe depende da análise da música (elementos musicais) e sua integração com o vídeo (elementos imagéticos).
Palavras-Chaves: videoclipe, música, imagem, narrativa

O jornalismo visual e o eixo "direita-esquerda" como estratégia da imagem
Luciano Guimarães (Unesp)
A notícia impressa, televisual ou on-line não se restringe à elaboração do texto com aporte visual; ao contrário, muitas vezes o projeto gráfico, fotográfico e videográfico, além da composição e estrutura de seus elementos, têm participação determinante na construção da notícia. Neste trabalho analisamos como, pela exploração do olhar, esquerda e direita compõem um dos principais eixos da construção discursiva das imagens.Tomando por base os estudos de Harry Pross, V. V. Ivanov, Ivan Bystrina e Vilém Flusser, analisamos como as imagens são pré-configuradas pelo nosso olhar. Trataremos particularmente do eixo esquerdo-direito com o objetivo de dar visibilidade aos padrões de repetição que denunciam algumas das estratégias da mídia na utilização da imagem gráfica para a construção do imaginário simbólico. Luciano Guimarães (lguimaraes@faac.unesp.br) é jornalista e designer, Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e do Curso de Comunicação Social da mesma instituição. É autor dos livros A cor como informação (2001) e As cores na mídia (2003).
Palavras-Chaves: jornalismo visual, imagem, produção de sentido, design de notícias

O Museu da Pessoa, a tradição oral como acervo digital
Debora Cristine Rocha (PUC-SP)
Esta é uma reflexão sobre as relações entre a tradição oral e a cultura digital, em especial a Internet, tomando-se como objeto de pesquisa aplicada o Museu da Pessoa, um museu virtual, cujo acervo é composto por relatos orais, histórias de vida de pessoas comuns. Para tanto, são utilizadas as contribuições teóricas oferecidas pela semiótica russa, a Escola de Tártu-Moscou, assim como o pensamento de Paul Zumthor sobre a memória da cultura. A mídia digital não destrói os sistemas de comunicação que a antecedem historicamente, mas os atualiza, incorporando-os em sua estrutura de linguagem, havendo, portanto, um redimensionamento da cultura oral no ciberespaço. Debora Cristine Rocha é jornalista, doutoranda e mestre em Comunicação e Semiótica pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica da Puc-SP.
Palavras-Chaves: Museu virtual, Cultura digital, Memória, Tradição oral

Publicidades urbanas, janelas que evidenciam as fronteiras semióticas.
Fátima Aparecida dos Santos (PUCSP)
Fala-se muito, hoje, sobre a poluição visual que as publicidades externas causam na paisagem urbana. Porém, podemos analisar essas informações como sendo janelas semióticas dispostas em um espaço público que alfabetizam semioticamente o usuário e permitem a ele saber da existência de outras sintaxes na cidade. A publicidade externa acaba funcionando como organização que revelam outros mundos existentes além daqueles compostos pelos prédios, ruas e avenidas. Elas mais parecem pontos de tradução entre um mundo que funciona de forma frenética como a velocidade da cidade, a posição dos corpos que circulam por ela e as suas cores. Oferecem o contraste necessário para que se saiba que a partir de suas telas e formas algo diferente será proposto. Para realizar a análise proposta nos apoiamos nos textos de I. Lotman sobre a Semiosfera e seus códigos.
Palavras-Chaves: Paisagem Urbana, Publicidade, Semiosfera, Fronteira

Um lugar sem voz - a destituição simbólica do lugar ocupado por destinatários de projetos de cunho social e o recurso à citação como anulação de uma fala própria
Cíntia Liesenberg (USP/ PUCC)
Resumo: Este artigo baseia-se na pesquisa de mestrado concluído em 2004. Tem como objetivo apresentar uma leitura de matérias em torno de iniciativas de cunho social em que se destaca situação peculiar: a citação das palavras da população que constitui-se como destinatária desses projetos encobre processo de exclusão de uma fala própria do lugar que ocupam, na legitimação da cena enunciativa e instâncias privilegiadas da enunciação. Esta corrobora uma destituição generalizada do topos e aponta para o processo de escolha que se opera no jornalismo como em qualquer produção simbólica (2000 : 83) e para a importância de se atentar para as possíveis faces excluídas do relato, principalmente quando se opera com textos que falam em nome da mobilização social, considerando que os discursos “ordenam nossas formas de ver o mundo e agir nele” (Gomes, 2002 : 27). Minicurrículo: Mestre em Ciências da Comunicação pelo departamento de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, ex-bolsista pela Capes. E-mail: cintialie@uol.com.br
Palavras-Chaves: ciências da linguagem, análise de discurso, imprensa, cidadania

NP-16. Histórias em Quadrinhos


A Configuração do Herói nas Narrativas de “Dragon Ball e Dragon Ball Z”
André Luiz Souza da Silva (UFBA), José Benjamim Picado (UFBA)
A proposta deste trabalho é abordar como se conforma à figura do herói através do mangá “Dragon Ball” e “Dragon Ball Z” representado pelo personagem Goku traçando um comparativo entre o modelo do herói do mundo dos mangás e das comics, tendo este último exemplificado pelo Superman. Para isso serão verificadas questões relacionadas à tipicidade e ao mito e a sua validade dentro do universo dos mangás usando algumas conceitualizações de Barthes e Eco. André Luiz Souza da Silva - Mestrando em Comunicação e Cultura Contemporâneas – UFBA. Pesquisador do CNPq. José Benjamim Picado - Professor Doutor do Programa de Pós Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas – UFBA. Pesquisador do CNPq.
Palavras-Chaves: Mangá, Herói, Tipicidade, Mito

A pesquisa sobre quadrinhos no Curso de Comunicação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte: uma análise introdutória.
Marcília Luzia Gomes da C. Mendes (UERN)
A invasão dos quadrinhos japoneses no Brasil é maçiça, desbancando os comics americanos e consolidando-se como fenômeno cultural e midiático único. Impulsionando a produção nacional de quadrinhos que seguem essa estética, com destaque à revista Holy Avenger, os mangás penetram não apenas no mercado editorial como influenciam e criam enxertos de padrões no quadrinho nacional não autoral e de consumo, criando o que se convencionou chamar de mangá brasileiro. Marcilia Luzia Gomes da Costa Mendes é professora e pesquisadora do Curso de Comunicação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte(UERN), doutoranda em Ciências Sociais na UFRN e mestre em Ciência da Informação pela UFPB. Juscelino Neco de Souza Júnior é aluno do Curso de Comunicação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte(UERN), habilitação em Jornalismo, monitor da disciplina Teoria da Comunicação I e orientando da pesquisa. Francisco José Portela é aluno do Curso de Comunicação da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte(UERN), habilitação em Jornalismo, orientando da pesquisa.
Palavras-Chaves: Quadrinhos, mangá, RPG

Estudo Comparativo Entre a Produção Brasileira de Histórias em Quadrinhos e a Produção Estrangeira, Veiculadas no País, Entre 1934 e 1970.
Ricardo Bruscagin Morelatto (Mackenzie)
O plano de pesquisa ou proposta inicial, procurou estabelecer a princípio, um quadro comparativo dos índices quantitativos das Histórias em Quadrinhos nacionais, frente à veiculação de material estrangeiro dentro do mercado editorial. Deteve-se na análise estatística e levantamento “de campo” das publicações de HQs veiculadas no país, no período de 1934 à 1970. Para isto, utilizou-se da consulta às fontes bibliográficas disponíveis, adotando como documento principal no direcionamento desta proposta, o estudo e catalogação de Histórias em Quadrinhos veiculadas no país, realizado por Mário Tabarin, Enrique Lipsick e Álvaro de Moya, quando da realização da Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos no MASP, em 1970. Minicurrículo.Ricardo Bruscagin Morelatto é mestre em Artes Visuais, formado pelo Instituto de Artes da UNESP/SP em 1996, autor da dissertação: O “Poético” Possível, nas Histórias em Quadrinhos Brasileiras: do Texto Narrativo, ao Texto “em Volume”. Atua na área do Design Gráfico e é professor do curso de Publicidade, Propaganda e Marketing da Universidade Mackenzie e do Centro Universitário Nove de Julho (UNINOVE/SP). Contato: morel@mackenzie.com.br
Palavras-Chaves: Mercado Editorial, Histórias em Quadrinhos, Desenho

Hipermídia & Histórias em Quadrinhos: Panorama da Produção Brasileira.
Edgar Silveira Franco (USP)
Resumo. Apresentamos neste artigo exemplos de HQtrônicas - histórias em quadrinhos eletrônicas, linguagem híbrida que funde os códigos tradicionais das HQs em suporte papel às possibilidades abertas pela hipermídia - que se destacaram no panorama brasileiro contemporâneo pelo grau de experimentação envolvido em sua criação ou pela popularidade entre os leitores/navegadores. Também são apontados sinteticamente os códigos hipermidiáticos utilizados nesses trabalhos. Minicurrículo: Arquiteto pela UnB, mestre em Multimeios pela Unicamp, professor dos cursos de Arquitetura e Urbanismo & Ciência da Computação da PUC-MG (Poços de Caldas). Como pesquisador de arte, publicou artigos em revistas e livros e tem apresentado suas pesquisas em congressos como Intercom, Compós e SBPC. Sua pesquisa de doutorado em artes na ECA/USP, “Perspectivas Pós-Humanas nas Ciberartes”, foi premiada no programa “Rumos Pesquisa 2003” do Centro Itaú Cultural (SP).É também ilustrador e quadrinhista com dezenas de páginas publicadas no Brasil e exterior.
Palavras-Chaves: Histórias em Quadrinhos, Hipermídia, Internet

O Aprendizado da Linguagem da História em Quadrinhos
Edgard José de Faria Guimarães (ITA)
Este texto trata da seguinte questão: a linguagem da História em Quadrinhos pode ser aprendida naturalmente ou precisa ser ensinada formalmente. São apresentados argumentos a favor e contra cada uma das possibilidades. Cada elemento da linguagem da História em Quadrinhos é analisado em relação à facilidade de apreensão pelo leitor. Relacionada a esta questão está a eficiência da História em Quadrinhos como instrumento educacional. Finalmente é proposta uma síntese da questão.
Palavras-Chaves: História em Quadrinhos, Linguagem, Ensino/Aprendizagem

Os Universos de Chico Bento - Estereótipos, Elementos de Funcionamento Universal e Produção de Sentido Nestes Quadrinhos de Maurício de Souza
Chris Benjamim Natal (AlFa - Umesp), Lílian Natálie Barreiros Natal (Umesp)
Esta comunicação científica visa identificar elementos que venham a possibilitar uma análise do discurso inerente à imagem estereotipada do “caipira” expressa no personagem de história em quadrinhos Chico Bento, de Maurício de Souza, analisando seus elementos comparativamente a outros encontrados em outras revistas da mesma linha, com especial ênfase nos dados que imprimam credibilidade ao funcionamento do universo de personagens ao seu redor, tramas e acontecimentos típicos, em contraste com a realidade do homem do campo brasileiro de hoje. Visa-se, ainda, discutir a origem e o funcionamento desses elementos ficcionais nas histórias específicas, seus protagonistas, antagonistas e coadjuvantes, mensagens ideológicas, lógica usada na produção do sentido e aproximação/distanciamento da realidade contemporânea.
Palavras-Chaves: Histórias em Quadrinhos, Maurício de Souza, Chico Bento, Turma da Mônica

Quarenta anos de fanzine no Brasil: o pioneirismo de Edson Rontani
Ana Camilla França de Negri (CREUPI)
Resumo: Fanzine é uma publicação artesanal feita por fãs que querem trocar informações e mostrar seus dotes artísticos. Surgida nos EUA a partir dos anos 30, esse tipo de revista foi produzida no Brasil somente em 1965 graças ao pioneirismo do piracicabano Edson Rontani, que resolveu fundar o Intercâmbio Ciência-Ficção ‘Alex Raymond’ e editar um boletim para abordar quadrinhos e reunir os amantes dessa arte. O boletim saiu em 12 de outubro e foi batizado com o nome de Ficção. Dono de uma das maiores coleções de quadrinhos do país, Rontani foi um artista múltiplo. Além de ser o responsável pelo primeiro fanzine do país, foi ilustrador, artista plástico, pintor, escultor, vitrinista, desenhista, decorador, radialista e até jornalista. minicurrículo: Jornalista graduada pela Universidade Metodista de Piracicaba; especialista pela mesma instituição pesquisando a reportagem em quadrinhos de Joe Sacco; mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo onde pesquisou a história da reportagem no Brasil. Atualmente é professora no curso de Publicidade e Propaganda trabalhando com pesquisas na área de história da comunicação, cinema e quadrinhos
Palavras-Chaves: fanzine, quadrinhos alternativos, caricatura, charge

Zé Carioca, um brasileiro: reflexos da modernidade e da pós-modernidade na trajetória do personagem
Marcia Schmitt Veronezi Cappellari (PUCRS)
Resumo: O presente artigo analisa, interpreta e compara o personagem Zé Carioca de Walt Disney nos contextos da modernidade e da pós-modernidade. Abordando o aspecto formal, o conteúdo e a linguagem das histórias, este estudo procura relatar a trajetória da personagem desde sua criação até os dias atuais analisando como o papagaio abandonou os padrões morais e formais de Disney, se transformando em um anti-herói de hábitos contemporâneos. Minicurrículo: Doutoranda em Comunicação Social na linha de pesquisa Cultura Midiática e Tecnologias do Imaginário na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Bacharel em jornalismo pela PUCRS. Autora da dissertação de mestrado intitulada "A Comunicação Visual nas Histórias em Quadrinhos On-line: a arte seqüencial no contexto pós-moderno do ciberespaço". Contato: marciaveronezi@yahoo.com.br
Palavras-Chaves: história em quadrinhos, arte seqüêncial, imagem, pós-modernidade

NP-17. Folkcomunicação


A interação entre os portadores da cultura folk e a cultura de massas
Cristina Schmidt Pereira da Silva (UMC)
Como ocorre a interação entre os portadores da cultura folk e a cultura de massas? Muitas manifestações tornam-se referências e são registradas pela mídia criando um fluxo de informação massiva. Em contrapartida, Isso gera contrafluxos folkcomunicacionais. Emissores, canais/mensagens e receptores diversos interagem com as localidades de origem e de destino. Para analisá-las é preciso identificar os fluxos midiáticos e os contrafluxos folkcomunicacionais provenientes daqueles que migram em que o folk e o massivo se mesclam.
Palavras-Chaves: Interação comunicacional, Folkcomunicação, Recodificação

As raízes rurais e folclóricas dos Figureiros de Taubaté
Marcelo Pires de Oliveira (UNITAU), Armindo Boll (UNITAU), Fabio Ricci (UNITAU)
A pesquisa com as “Figureiras de Taubaté” já nos conduziu a diversas reflexões: a primeira, sobre a metodologia para coletar as informações necessárias, no caso a História Oral. Depois, a teoria que deveria guiar nossas análises e interpretações, o que nos levou às considerações de Luiz Beltrão e sua teoria da Folkcomunicação. E agora uma dúvida que vem nos pertubando desde o princípio e que após um longo processo de reflexão nos possibilita teorizar sobre a maneira especial como a tradição da moldagem do barro, típica da zona rural se encontra reproduzida há várias gerações dentro da zona urbana. Acreditamos que nossas reflexões lançem uma luz sobre esta questão e que sejam capazes de explicar como o processo de urbanização diferenciado que ocorreu na cidade de Taubaté contribuiu para a manutenção e preservação desta tradição. Armindo Boll - Professor e Pesquisador da Universidade de Taubaté, Mestre em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP); Fabio Ricci - Doutor em história econômica-USP. Professor no curso de mestrado em gestão e desenvolvimento regional e nos cursos de graduação nas disciplinas Teoria Política e economia brasileira na Universidade de Taubaté.; Marcelo Pires de Oliveira - Professor e Pesquisador da Universidade de Taubaté, Mestre em Multimeios pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas e doutorando em Multimeios pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Palavras-Chaves: Folkcomunicação, Figureiras, História Oral, Taubaté

Aspectos pictóricos do ex-voto português
Carlos Nogueira (Univ. de Lisboa)


Folkmídia: Comunicação Popular como alternativa de leitura não-linear do Curso de Jornalismo
Eliane Penha Mergulhão Dias (UMESP)
Este estudo está circunscrito em Folkcomunicação, com foco em Folkmídia, e tem por objetivo relatar uma experiência de emprego de tirinhas e charge de jornal, em sala de aula, na disciplina Leitura e Interpretação de Texto, no Curso de Comunicação Social, com ênfase em Jornalismo. De acordo com Marques de Melo (2005), por uma questão histórica, a mídia brasileira busca sobrevivência econômica junto aos mecanismos de atendimento às aspirações culturais das camadas populares. Por essa razão, a comunicação jornalística está permeada de elementos da cultura popular. Com relação ao ensino, nos cursos de jornalismo, a cultura popular torna-se forte aliada dos professores no sentido de formar cidadãos críticos, capazes de ler e interpretar textos e imagens que circulam diariamente na mídia.
Palavras-Chaves: charge, Folkmídia, Folkcomunicação, Jornalismo

Linhas de Cascudo, Espaços de Pesquisa
Ivany Câmara Neiva (UCB)
Duas cartas de Luís da Câmara Cascudo são o mote para se pensar sobre a cultura e a oralidade como espaços de pesquisa em comunicação. Na primeira, escrita para Luiz Beltrão há quarenta anos, Cascudo comenta o ensaio “O ex-voto como veículo jornalístico”, publicado na revista Comunicações & Problemas. Na segunda, dirigida a seu primo Antônio de Arruda Câmara em 1961, Cascudo se refere à correspondência escrita como possível objeto de estudo de literatura oral.
Palavras-Chaves: oralidade, folkcomunicação, cultura, cartas

METODOLOGIA DA FOLKCOMUNICAÇÃO: Uma análise da literatura de cordel como produção de notícia na obra de Téo Azevedo
Sebastião Geraldo Breguêz (UFV)
O autor analisa as novas formas de ver a Folkcomunicação através de novas metodologias através de estudo da Literatura de Cordel como manifestação comunicacional das classes populares e, desta forma, como jornalismo popular. com a produção de notícias. E ainda com direito a produção da Edição Extra ou Edição Extraordinária sempre que os fatos e acontecimentos forem de grande repercussão social. Vamos enfocar o estudo na obra do repentista e cantador popular mineiro Téo Azevedo, mineiro do Norte de Minas – uma das regiões mais pobres do Estado, que adquiriu celebridade nacional pelo volume de cordel publicado e também pela sua obra de repentista. Atualmente, ele mora em São Paulo e participa da programação cultural de Tvs e shows por todo o Brasil e também pelo exterior.
Palavras-Chaves: metodologia, folkcomunicação, cordel

O Duelo entre os Gongos e os Chineses em São João da Barra - RJ
Carlos Henrique Medeiros de Souza (UENF), Maria Lucia Gomes Moreira (Universo)
O carnaval é uma das maiores festas populares no Brasil , sendo divulgado em diversas partes do mundo. Beleza, alegria, fantasias reluzentes, público contagiante e efeitos especiais, todos estes recursos são utilizados para expressar nossa cultura. Este texto propõe analisar os dois grupos de samba Congos e O Chinês que se apresentam nas ruas do município de São João da Barra-RJ, dividindo moradores e turistas em uma “rivalidade” cultural harmoniosa. Aqui pretendemos analisar as formas de expressão e o contagiante envolvimento de uma cidade em torno dos dois únicos grupos carnavalescos que há décadas, fazem historia na região do interior fluminense. Carlos Henrique Medeiros de Souza, Doutor em Comunicação – UFRJ, Professor Pesquisador – LEEL/UENF. Maria Lúcia Moreira Gomes, Mestra em Cognição e Linguagem/UENF.Coordenadora do curso de Letras UNIVERSO, Malu@cmp.viacabocom.com.br
Palavras-Chaves: Festas populares, Rivalidade Cultural ,, Grupos de samba

O ex-voto como objeto folkcomunicativo e sua representação na Meca do Catolicismo Rústico no Juazeiro do “Padim Ciço”
Betania Maciel de Araujo (UFRPE)
Apresentamos o resultado de duas pesquisas de campo realizadas no santuário de Padre Cícero em Juazeiro do Norte (CE), com o objetivo de estudar as características folkcomunicacionais dos ex-votos. A partir da compreensão do desenvolvimento histórico do mito do “Padim”, analisam-se criticamente o conceito de ex-voto, sua função de símbolo e de veículo de comunicação das populações marginalizadas.O roteiro investigativo da pesquisa incluiu a classificação dos ex-votos presentes no museu-casarão, a partir da qual sugerimos a categoria mediacional, possuidora de características representativas e pictóricas, mas com uma perda da qualidade estética e da interpretação e reconstrução do significado presente nos ex-votos tradicionais. Finalmente, o ex-voto como objeto comunicativo demanda uma decodificação das mensagens contidas que pode representar uma barreira no processo folkcomunicacional.
Palavras-Chaves: Ex-voto, Folkcomunicação, Juazeiro do Norte, Padre Cícero

Taxionomia da Folkcomunicação: gêneros, formatos e tipos
José Marques de Melo (USP/UMESP)
Embora contabilize 40 anos como disciplina acadêmica, a Folkcomunicação ainda enfrenta problemas de natureza epistemológica. Trata-se de um desafio a ser equacionado pela nova geração de pesquisadores da área. Esta comunicação pretende focalizar a questão taxionômica, propondo uma classificação dos gêneros e formatos folkcomunicacionais enquanto objetos do seu estudo empírico.
Palavras-Chaves: Epistemologia da Comunicação, Taxionomia da Comunicação, Folkcomunicação, Gêneros Folkcomunicacionais

Terno diamante: estudos preliminares em folkcomunicação.
valéria Amim (UESC)
Analisa elementos do Terno Diamante de Ilhéus, contextualizando-o como manifestação folclórica suscetível de estudo pela folkcomunicação. Buscamos destacar as características que o terno em análise compartilha com os demais ternos e aquelas que trazem a marca de sua peculiaridade. Conservação e transformação de elementos são vislumbradas como processos próprios da dinâmica social do terno, com atenção às contingências do contexto em seus aspectos sociais e ecológicos. A refuncionalização do terno pode ser observada nas transformações identificadas a partir de entrevista realizada com seu Eureco, agente folkcomunicacional responsável pela preservação e transmissão da manifestação folclórica. Abordamos reflexões iniciais acerca da apropriação do terno por parte de instituições turísticas, políticas, religiosas e educativas, assim como da interação e atualização de informações entre o terno e os meios de comunicação.
Palavras-Chaves: terno de reis, folkcomunicação, agente folk

NP-18. Comunicação e Esporte


A memória da imprensa esportiva no Brasil: a história (re) contada através da literatura
Vera Regina Toledo Camargo (UNICAMP), Michelli Cristina de Andrade Gonçalves (UNICAMP)
O objetivo desse projeto foi recontar a história da imprensa esportiva no Brasil a partir das publicações existentes e confrontá-las. Através da revisão bibliográfica foi possível compreender a relação do esporte com os meios de comunicação. Realizamos também entrevistas com pesquisadores para complementar e apurar melhor algumas informações. Através da leitura das obras percebemos que embora seja inegável a importância da mídia no desenvolvimento do esporte, é esta que sai em vantagem, porque as práticas esportivas não são contempladas em toda a sua dimensão conceitual e filosófica. Verificamos ainda que é “um grande jogo de interesses” e que precisa ser mais bem discutida. Esta pesquisa é parte integrante do projeto da Rede Alfredo de Carvalho. Pesquisa organizada pela UNESCO.
Palavras-Chaves: Memória e Imprensa, Esporte e História, Jornalismo Esportivo

Divulgação científica no esporte: um debate sobre doping e imprensa no Brasil.
Luciano Victor Barros Maluly (USP)
A divulgação científica praticamente inexiste nos cadernos e programas esportivos do país. No momento de redefinição do jornalismo, este artigo possibilita um debate diante da informação destinada ao público praticante de atividades físicas e desportivas. Ao ampliar a cobertura sobre doping com dados sobre a saúde do atleta, o jornalismo auxilia a sociedade no combate a um dos maiores vícios da atualidade.
Palavras-Chaves: jornalismo, esporte, doping, divulgação científica

Jornalismo esportivo como área específica na televisão: O pacto sobre o papel do jornalismo no Globo Esporte e Bate-Bola
Fernanda Mauricio da Silva (UFBA)
O presente artigo é de cunho analítico e tem como objetivo reconhecer as características inerentes ao telejornalismo esportivo enquanto campo específico do jornalismo televisivo, através da análise textual do Globo Esporte (TV Globo) e do Bate-Bola com o Assinante (ESPN Brasil). Os programas de esporte estabelecem um pacto sobre o que se pode esperar do jornalismo desenvolvido nesse tipo de programa. É por meio da observação do pacto construído nos dois programas que pretendemos chegar às características do telejornalismo esportivo. Mestre em Comunicação e Cultura contemporânea pela Faculdade de Comunicação – UFBa. Professora das disciplinas Teorias do Jornalismo e Comunicação e Esporte das Faculdades Jorge Amado (Salvador – Ba).
Palavras-Chaves: telejornalismo esportivo, pacto sobre o papel do jornali, modos de endereçamento, gêneros televisivos

O Mito Construído, Destruído e Restituído – O Caso Cíclico de Ronaldo Fenômeno
José Carlos Marques (Mackenzie)
O presente estudo procura analisar como se construiu e como se tem destruído continuamente a imagem mítica do jogador brasileiro Ronaldo Nazário (conhecido mundialmente como “Fenômeno”), a partir de sua performance dentro e fora dos campos de futebol, e como a imprensa brasileira alimentou esse processo cíclico ao fazer do atleta um ídolo ímpar no futebol nacional, especialmente após a Copa do Mundo de 2002. Percorrendo o mesmo percurso clássico do herói mítico, Ronaldo acaba por constituir-se num exemplo muito bem acabado do mito moderno no esporte, numa trajetória cujas contusões, derrotas e conquistas servem hiperbolicamente para a construção de uma imagem idolatrada em todo o planeta. (José Carlos Marques é Doutor em Ciências da Linguagem pela ECA/USP e docente dos cursos de Jornalismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Universidade de Santo Amaro (Unisa), em São Paulo. Foi redator do site esportivo www.pele.net e atualmente é colunista do site www.trivela.com. É também autor do livro O futebol em Nelson Rodrigues. São Paulo: Educ, 2000.)
Palavras-Chaves: mito, Ronaldo, jornalismo brasileiro, futebol

O pensamento de Antonio Alcoba e sua importância na Trajetória dos Estudos e Pesquisas sobre o Jornalismo Esportivo no Brasil
Vera Regina Toledo Camargo (UNICAMP)
O esporte, como fenômeno cultural é uma das especializações mais interessantes do universo comunicacional, e sua divulgação através dos meios de comunicação proporciona grandes debates para se compreender a relação do homem com a sua cultura. A massificação do esporte, assim como a dos meios de comunicação estabelecem alterações significativas na sociedade e, sendo assim, é preciso beber da fonte geradora do processo para compreender o esporte midiático. A pesquisa apresenta através do recurso da revisão bibliográfica e da entrevista, um relato da trajetória histórica e intelectual do professor Antonio Alcoba Lopez e suas influências no crescimento da área da comunicação e esporte, sendo o precursor intelectual dos estudos no Brasil.
Palavras-Chaves: Comunicação e Esporte, Jornalismo Esportivo, História e Imprensa

Uma Caixinha de Surpresas: As Frases-Feitas nas Notícias de Futebol na Imprensa Popular
Edson Correia de Oliveira (Unisa)
Este trabalho analisa o emprego de frases-feitas nos títulos de textos jornalísticos, publicados nos cadernos esportivos dos jornais impressos caracterizados como “populares”. Para sua fundamentação, nos apoiamos em estudos realizados acerca do fazer jornalístico e dos estudos lingüísticos acerca do discurso da imprensa escrita. Tratamos, em linhas gerais, das características do discurso da imprensa consoante ao seu leitor-modelo, bem como das questões ideológicas que permeiam esse discurso. Tratamos também do emprego das frases-feitas no contexto discursivo e como estratégias interacionais das quais se valem os jornais para atingir os seus leitores, de modo que estes construam eficientemente os sentidos do texto que aqueles desejaram criar. Finalmente, analisamos de exemplos de frases-feitas empregadas nos títulos de jornais populares selecionados para a constituição de nosso corpus.
Palavras-Chaves: Comunicação, Esporte, Identidade Cultural

“TODOS JUNTOS VAMOS, PRA FRENTE BRASIL” – O FUTEBOL, OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, O PÚBLICO E O PRIVADO
Ary José Rocco Junior (UNISA)
RESUMO: O futebol mundial, de uma forma geral, e o brasileiro, mais especificamente, enquanto elementos de expressão cultural, têm apresentado sensíveis transformações nas últimas décadas. Elemento de forte definição das identidades nacionais e, por isso, em muitos casos, “propriedade do Estado”, o esporte mais popular do planeta começou, na década de 80, a ver, em decorrência da tão propalada globalização, uma fragmentação de seu caráter nacional. Com o avanço do mercado e, em conseqüência, do apelo ao consumo, o futebol deixou de pertencer à esfera pública, tornando-se um “bem” privado. Empresas multinacionais investem milhões e, por isso, querem retorno. O objetivo deste trabalho é analisar, no Brasil, as relações existentes entre os meios de comunicação e o esporte na passagem do futebol moderno (do Estado) ao pós-moderno (do mercado).
Palavras-Chaves: Futebol, Modernidade, Pós-modernidade, Consumo

NP-19. Comunicação Turismo e Hospitalidade


A comunicação como agente trasnformador na implantação do ecoturismo em estâncias hidrominerais.
Missila Loures Cardozo (UMESP), Patricia Regina Rossi Caciattori (FAINC), Márcia Mercês Martins Sedevitiz (UMESP), Priscila Yamagami Kahler (UMESP), Sonia Maria Gobbo (UMESP)
Trata-se de uma pesquisa exploratória sobre a influência da comunicação como agente transformador na implantação do ecoturismo em estâncias hidrominerais, tomando como recorte a cidade de Poços de Caldas - MG. Buscou-se entender como a comunicação atua dentro do contexto de mudança de orientação das estâncias, de lazer para a 3ª Idade para implantar o ecoturismo como alternativa de lazer também para outras faixas etárias. Os objetivos são entender como o ecoturismo é compreendido, quais as principais atividades turísticas oferecidas e de levantar qual o papel da comunicação neste contexto. Desenvolveu-se através de pesquisa documental e bibliográfica, bem como a visita e entrevista aos principais agente turísticos da cidade. O principal resultado obtido mostra que a comunicação tem papel fundamental na informação sobre o tema ecoturismo entre os agentes turísticos da localidade.
Palavras-Chaves: turismo, comunicação, ecoturismo

A Estratégia de Comunicação da Promoção Turística: Estudo do Impacto da Minissérie “A Casa das Sete Mulheres” no Turismo do Estado do Rio Grande do Sul
Márcia Regina Bronnemann (FURB), Tatiana Pereira Carraro (FURB), Marianne Hoeltgebaum (FURB)
O estudo analisou a comunicação utilizada pela minissérie “A casa das sete mulheres”, como instrumento de promoção turística do estado do Rio Grande do Sul, apresentando as ações desenvolvidas pela Rede Globo de Televisão, na concepção da minissérie e a percepção do estado frente ao retorno apresentado; para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória, qualitativa, baseada inicialmente em dados secundários e, posterior em dados primários, com entrevistas e pesquisa in loco na Rede Globo de Televisão; sendo que, na segunda parte da pesquisa, entrevistou-se o coordenador de comunicação social da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Lazer, com o intuito de verificar o impacto no turismo no Rio Grande do Sul e ao final do estudo pôde-se verificar a evolução do turismo na região pós-apresentação da minissérie. Márcia Regina Bronnemann Mestre em Administração pela Universidade Regional de Blumenau FURB(Brasil).Professora da FURB, Professora do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI(Brasil), Professora do Instituto Catarinense de Pós-Graduação - ICPG (Brasil).broneman@furb.br Tatiana Pereira Carraro Graduada em Comunicação Social-P&P pela FURB (Brasil).carraro@furb.br Marianne Hoeltgebaum Doutora de Administração de empresas pela WHU(Alemanha), reconhecido pela USP (Brasil). Professora da Universidade Regional de Blumenau – FURB/ PPGAd(Brasil).marianne@furb.br
Palavras-Chaves: Promoção Turística, Comunicação, A Casa das Sete Mulheres

Comunicação, Cultura e Turismo: Um estudo sobre o Patrimônio Arquitetônico de Ilhéus
Julianna Nascimento Torezani (UESC)
Aborda o patrimônio cultural como um atrativo da oferta turística, e nesse caso foi escolhida a cidade de Ilhéus, e seu patrimônio arquitetônico, onde estão registrados os acontecimentos históricos de quase cinco séculos, que demonstram através destes prédios o caráter social, econômico e político de uma comunidade. Este mesmo patrimônio também é palco da criação de personagens do famoso escritor baiano, Jorge Amado. Este artigo elucida discutir os conceitos de comunicação, patrimônio cultural, bens culturais imóveis, memória, patrimônio arquitetônico e a relação entre o turismo e o patrimônio cultural, analisando a cidade de Ilhéus. Mestranda em Cultura e Turismo da UESC/UFBA, com o projeto: O Patrimônio Cultural de Ilhéus em Sites Informativos de Turismo. Grupo de Pesquisa do CNPq: Representações Identitárias Híbridas da Nação. Bacharel em Comunicação Social – Rádio e Televisão pela UESC, com a monografia. Participação em 3 exposições fotográficas e 3 projetos de pesquisa como bolsista da UESC. Apresentação de 14 trabalhos em eventos científicos. Publicação de 6 trabalhos em livros científicos. E-mail: julianna_torezani@yahoo.com.br.
Palavras-Chaves: Comunicação, Patrimônio Cultural, Memória, Preservação

Corpo, mito e imaginário nos postais das praias cariocas
Euler David de Siqueira (UFJF), Denise da Costa Oliveira Siqueira (UERJ)
Resumo: "Caixa de ressonância", "Cidade Maravilhosa", o Rio de Janeiro é ícone do Brasil em uma série de discursos, entre eles o turístico. As bancas de jornais da cidade exibem cartões-postais com fotos que exploram a imagem do corpo feminino na orla carioca e a mostram como imagem da cidade. A partir da análise de uma seleção de exemplos dessa mídia, busca-se uma leitura antropológica das múltiplas relações entre as dimensões do espaço da praia e da cidade, do corpo e do turismo. Minicurrículos: Euler David de Siqueira é professor adjunto do Mestrado em Ciências Sociais e da graduação em Turismo do Instituto de Ciências Humanas e Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. Mestre e Doutor em Sociologia (IFCS/UFRJ). Graduado em Ciências Sociais (IFCH/UERJ). Denise da Costa Oliveira Siqueira é professora adjunta da graduação, da especialização em jornalismo cultural e do mestrado em Comunicação da Faculdade de Comunicação da UERJ. Doutora em Comunicação (ECA/USP). Graduada em Comunicação (FCS/UERJ).
Palavras-Chaves: comunicação, turismo, cartões-postais, imaginário

Gerenciamento do Turismo a partir da Ótica Comunicacional
Flavi Ferreira Lisbôa Filho (Unisinos)
No Brasil, prevalece o turismo emissivo sobre o receptivo. Porém, percebe-se um crescimento acentuado do turismo interno, o que gera uma demanda latente por serviços turísticos receptivos dentro de um país. Neste contexto, observa-se uma busca que vai além do que o turismo tradicional (turismo litorâneo e de massa) é capaz de oferecer, deseja-se um turismo alternativo, uma (re)aproximação do homem com a natureza, que deve ser concebida de modo racional, procurando preservá-la de atos de agressão para que todos possam desfruta-la. Pretende-se, desta forma, alcançar um desenvolvimento duradouro e equilibrado, que contemple uma dimensão qualitativa, considerando questões econômicas, sociais, culturais e ambientais.
Palavras-Chaves: turismo, comunicação, gestão

Imagens do Turismo, Culturas e Lugares Híbridos em Gramado e Canela, RS
Rafael José dos Santos (UCS)
Este trabalho reflete o momento de elaboração de um projeto de pesquisa que visa contribuir para a compreensão das articulações entre Turismo e Cultura na contemporaneidade. O Turismo entendido como um dos conjuntos de práticas de produção e apropriação simbólicas que constituem e são constituídas na e pela Cultura. Através de uma primeira incursão etnográfica nas localidades de Gramado e Canela, RS, buscou-se apreender imagens e situações que revelam aspectos de uma dinâmica cultural híbrida e multifacetada, onde os espaços, para além de suas fronteiras materiais, constituem lugares de cultura investidos de sentidos por – e para – turistas, residentes e outros grupos sociais que neles transitam. Para estes espaços reserva-se a denominação de lugares híbridos.
Palavras-Chaves: Imagem e Turismo, Cultura, Hibridismo, Etnografia

O patrimônio histórico de Ilhéus em sites de turismo
Antônio Marcus Lima Figueiredo (UESC)
Tendo em vista a importância da comunicação turística na relação entre os visitantes e a comunidade receptora, o objetivo desse artigo é analisar como o patrimônio histórico da cidade de Ilhéus tem sido representado e difundido como atrativo turístico, com base no conteúdo levantado em sites de turismo. Busca-se elucidar os processos sócio-históricos que levaram a tais representações, na medida em que estas vão reproduzir os interesses e as relações do contexto em que foram produzidas. Ao reproduzir o discurso hegemônico das elites e priorizar elementos ligados à Gabriela Cravo e Canela, livro de Jorge Amado adaptado para TV e para o cinema, opta-se pelo viés do consumo na representação do Patrimônio da cidade, o que torna questionável os benefícios à cultura local e a sustentabilidade pregada pelo turismo cultural.
Palavras-Chaves: Patrimônio histórico, comunicação turística, internet, cultura local

Primeiro chão, primeira missa... o umbigo do mundo: reflexões sobre o imaginário turístico do destino Porto Seguro-BA
Moabe Breno Ferreira Costa (FTC)
Este trabalho aborda a composição do imaginário turístico do destino Porto Seguro-Ba a partir da comparação entre produtos comunicacionais, com respectiva análise. Observam-se como estes influenciam o comportamento de turistas, delimitando o ideal de viagem, ratificado com o depoimento destes, coletados pelo método intencional não probabilístico por julgamento. Constata-se que o imaginário sobre Porto Seguro obedece a uma inter-relação de textos que evidenciam apenas uma construção da realidade local, reproduzindo, basicamente, imagens anteriormente difundidas na Carta do português, Pero Vaz de Caminha. Assim, por inferência, admite-se que essa ilusão referencial propõe, aos receptores, expectativas sobre o município que não correspondem exatamente à sua atual dinâmica cultural, o que pode contribuir para a emergência de conflitos entre nativos, empresários e turistas.
Palavras-Chaves: imagens dialéticas, intertextualidade, hipertextualidade, imaginário turístico

Turismo Rural na Fazenda Ubatuba: panacéia ou utopia?
Rosislene de Fátima Fontana (FAP), Ada de Freitas Maneti Dencker (UAM)
O turismo rural vem sendo investigado por estudiosos de diversas áreas cujo objeto de pesquisa são as problemáticas vivenciadas pelo homem do campo, principalmente àquelas relacionadas à geração de emprego e renda rural. Embora importante, o fator econômico não deve ser o único elemento a ser levado em conta na análise da atividade turística na zona rural. O planejamento do turismo rural deve buscar equilibrar a preservação cultural e ambiental do local, inserir a comunidade e ao mesmo tempo, possibilitar aos visitantes um contato com o meio rural – seus usos e costumes, buscando a sustentabilidade econômica, ambiental e cultural da comunidade. O presente trabalho apresenta o processo de implantação, desenvolvimento e encerramento do empreendimento turístico: Hotel Fazenda Ubatuba, localizado no município de Apucarana, região norte do estado do Paraná. Mestranda em Hospitalidade pela Universidade Anhembi Morumbi, desenvolvendo dissertação de mestrado sobre o planejamento do turismo e da hospitalidade no espaço rural, orientada pela Prof. Dra Ada de Freitas Maneti Dencker. Docente do curso de Turismo com ênfase em Hotelaria da Faculdade de Apucarana (FAP). e-mail: rosislene@uol.com.br Doutora em Ciências da Comunicação. Professora do Mestrado em Hospitalidade da Universidade Anhembi Morumbi.
Palavras-Chaves: turismo rural, planejamento turístico rural, hospitalidade, desenvolvimento local

NP-20. Fotografia: Comunicação e Cultura


A FOTOGRAFIA COMO DETONADORA DE MEMÓRIA DE VELHOS MORADORES DE MANICÔMIOS
REGINALDO MOREIRA (UNICAMP/PUCCAMPINAS)
Resumo O presente artigo objetiva revelar a Fotografia como um importante instrumento no processo de rememoração de velhos com transtornos mentais, que viveram grande parte de suas vidas apartadas no interior de manicômios brasileiros, e atualmente moram do Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, em Campinas, interior de São Paulo. Ao descrever esse projeto, pretende-se mostrar a relação da Fotografia com esses idosos, seu papel e sua importância na vida dessa parcela da população. O artigo visa revelar comparativamente, através dos registros imagéticos, o período anterior à reforma psiquiátrica - de 1924 a 1989 - e pós implementação dessa reforma - 1990 a 2005 - apoiado em depoimentos desses idosos. Mini-currículo: MOREIRA, Reginaldo. Jornalista (1994); aluno regular do curso de Mestrado do Departamento de Gerontologia, da Faculdade de Educação da UNICAMP; professor da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas. Email: regismoreira@puc-campinas.edu.br. e regismoreira@hotmail.com.
Palavras-Chaves: fotografia, memória, loucura, velhice

A Subjetividade na Fotografia com pinhole
FABIO GOMES GOVEIA (UFRJ)
Este trabalho tem como objeto a análise da produção de fotografias por meio de câmeras de orifício (pinholes). As imagens feitas com pinholes são capazes de fomentar um novo modelo de visão fotográfica, deslocando o modo de representação: a imagem mais objetiva é aquela que não conta com o auxílio da objetiva (lente). Para além de seu caráter educativo e lúdico, as fotografias com pinhole propõem um outro paradigma de visão do mundo. Essa outra forma de ver se utiliza de imagens produzidas com latas de leite em pó, caixas de papelão ou até mesmo um pimentão. As coisas passam a ser a medida do olhar do observador. O olho humano deixa de ser o único lugar da visualidade e o fotógrafo passa a ter um trabalho dialógico com a câmera, que deixa de ser um aparelho e passa a ser um objeto-máquina. O autor é Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, graduado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo. É editor da Revista Científica ComunicaçõES (fabiogoveia@yahoo.com.br).
Palavras-Chaves: Fotografia e representação, Fotografia com Pinhole, Camera Obscura, Subjetividade

De Fotografados a Fotógrafos: o Vivido de Sentido Sob o Olhar de Crianças do MST
Rodrigo Rossoni (UFES)
O objetivo é apresentar parte de discussões levantadas na dissertação de Mestrado em Educação da UFES sobre o estudo da construção de identidade, a partir de fotografias. Durante oito meses de interação em um assentamento do MST, realizamos uma prática educativa – oficina de fotografia - com crianças que freqüentavam a escola do local. Elas fotografaram os elementos do seu vivido de sentido, produzindo cerca de 1300 imagens fotográficas. Destas, 30 foram selecionadas para a análise dos modos de construção de suas identidades. Na primeira parte do artigo, discuto os elementos que configuram a expressão fotográfica e a instauração dos sujeitos nas fotografias. Ao final, com 16 imagens, construo uma narrativa imagética que segue um percurso de geração de sentido em que é apresentada a representação visual desse vivido.
Palavras-Chaves: Fotografia, Construção de Identidade, Sentido Vivido, Movimento Sem Terra

Diários Virtuais/Visuais: uma Análise da Fotografia nos Fotoblogs
Anamaria Teles (FURB)
Este trabalho procura refletir sobre o crescente fenômeno dos fotologs ou fotoblogs, diários visuais publicados na Internet nos últimos três anos. Muito mais visuais e fluídos que os weblogs, a primeira manifestação do gênero na rede mundial de computadores, os álbuns fotográficos virtuais trazem mudanças significativas na forma de exibição e circulação de imagens, instaurando novas práticas comunicativas.
Palavras-Chaves: Fotografia, Internet, Cibercultura

Educação, comunicação e fotografia: estabelecendo alicerces na escola pública fundamental
Ana Maria Schultze (PMSP)
Reconhecer a importância de estudos da comunicação já no ensino fundamental, aqui sob a luz da educomunicação através da linguagem da fotografia, para um desvelar de cidadãos, mais críticos e conscientes acerca da imagem fotográfica nos meios de comunicação de massa, mas também que se expressem e se comuniquem através de sua própria produção fotográfica, respeitada sua multiculturalidade. Para tanto, analisamos um estudo de caso que ocorre em uma escola pública de São Paulo, mas que apresenta considerações que contribuem para o estudo da fotografia na comunicação já nessa modalidade de ensino. Mestra em Artes, na área de concentração Artes Visuais pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp); especialista em Comunicação e Artes pela Universidade Presbiteriana Mackenzie; fotógrafa; arte-educadora; professora efetiva de arte da rede municipal de São Paulo; coordena na internet a lista de discussão Arte-Educar sobre arte e seu ensino; pesquisadora do GP Mediação Arte/Cultura/Público da Unesp e do NP Fotografia, Comunicação e Cultura da Intercom. anita@arte-educar.art.br
Palavras-Chaves: Fotografia, educomunicação, ensino fundamental, ensino de arte

Laróyè: das ruas ao terreiro, duas representações fotográficas da divindade Exu
Denise Conceição Ferraz de Camargo (SENAC)
Resumo A primeira parte deste trabalho identifica a construção imagética de Exu, em um conjunto de fotografias editadas no livro Laróyè (2000), de Mario Cravo Neto. A segunda parte analisa fotografias extraídas de uma seqüência de imagens realizada em 1997, em um terreiro localizado na cidade de São Paulo, com a finalidade de explorar visualmente a dinâmica de um transe da divindade, considerada pelas religiões afro-brasileiras como o mensageiro entre os deuses e os homens. Ambas as partes, assim, acentuam o importante papel da imagem fotográfica como elemento que permite a compreensão da cultura, neste caso, do sistema religioso do candomblé: das ruas – espaço profano – , ao terreiro, onde ocorrem os rituais sagrados. Currículo Denise Camargo (deca@pbrasil.com.br ) é mestre em Ciências da Comunicação, pela ECA – USP e especializada em Cultura da Imagem, pela Universidade de Navarra, em Pamplona, Espanha. É professora do Bacharelado em Fotografia da Faculdade Senac de Comunicação e Artes onde é membro do Grupo de Pesquisa da Imagem Contemporânea. É formada em Jornalismo, pela ECA – USP. Foi fotojornalista dos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde e editora de fotografia da revista Irisfoto e do site Fotopro, ambos especializados na difusão da cultura fotográfica brasileira.
Palavras-Chaves: teoria e crítica fotográfica, Mario Cravo Neto, candomblé, cultura

Mutualismo nas imagens e edificação de Outro olhar
Renata Maria Lobato da Cunha (UFMG), Paulo Bernardo Ferreira Vaz (UFMG)
Resumo Parte do projeto de pesquisa “Um outro Outro no fotojornalismo: lampejos de cidadania” , esse trabalho analisa fotografias jornalísticas publicadas na Folha de S. Paulo, imagens que se destacam do lugar comum das publicações. Nelas se busca a construção do olhar como base das relações entre leitor e fotografado. Fala-se aqui de dois tipos de relações, segundo termos emprestados pela ecologia: a parasitária — referente ao lugar onde se encontra a sobrevivência do leitor em detrimento do lugar de fala do Outro — e a mutualística — espaço onde atuam formas de leitura a partir de um diálogo profícuo entre leitor e fotografado.O caso analisado ilustra a relação mutualística, recorrendo ao conceito de “museu imaginário” próprio do leitor. Curriculos Paulo Bernardo Ferreira Vaz - Doutor em Ciências da Educação e da Comunicação pela Université de Paris Nord (Paris XIII) (1983). Professor adjunto do Departamento de Comunicação Social da UFMG. Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade (GRIS/UFMG) Renata M.L.da Cunha - Graduanda em Comunicação Social pela UFMG.
Palavras-Chaves: olhar, alteridade, fotojornalismo

Passageiros do tempo e a experiência fotográfica: do álbum de família ao blog digital
Cláudia G. L. P. Linhares (UFF)
A instauração de novas concepções sobre o tempo e o espaço, ambas categorias fundantes de nossos modos de viver, pode ser avaliada como sinal do processo de mutação que se opera na cultura contemporânea, presente não apenas nos hábitos cotidianos, mas também na enorme produção imagética que os acompanha. As novas experiências tempo-espaciais constituem formas inéditas de administrar a vida que afetam a experiência subjetiva, ressignificando noções como as de passado e presente, público e privado, atual e virtual. Nesse contexto, a fotografia da vida privada é progressivamente substituída pelos álbuns digitais e pelos fotologs, dispositivos de visibilidade que se integram às transformações da experiência temporal contemporânea e se investem da lógica da aceleração, da instantaneidade e da virtualização. Cláudia Linhares Sanz (Jornalista e fotógrafa formada pela Universidade Federal Fluminense, mestre em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense, pós-graduada em Fotografia como Instrumento de Pesquisa nas Ciências Sociais, na Universidade Cândido Mendes, leciona hoje como professora de fotografia na graduação em Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, na escola Ateliê da Imagem, no Instituto Brasileiro Audiovisual Darcy Ribeiro e na Pós-Graduação em Fotografia, Linguagem e Expressão da Universidade Cândido Mendes).
Palavras-Chaves: Fotografia, Tempo, álbum de família, aceleração

NP-21. Comunicação e Culturas Urbanas


Cidade, Comunicação e Cultura - a diferença como questão
Fernando Resende (PUC-Rio)
Pode o olhar sobre a cidade nos ajudar a refletir sobre a questão da narratividade no que hoje conhecemos como espaço público contemporâneo? Este ensaio, ao pensar a cidade como uma arena multicultural, busca refletir sobre o espaço urbano e a noção de conflito como constitutiva do espaço público, hoje tecido, principalmente, pelas narrativas midiáticas. A diversidade e a complexidade das cenas contemporâneas que a vida urbana nos apresenta parecem contribuir para que a idéia do narrar como ato ajuda a articular a construção das identidades seja também colocado em questão. Nosso propósito é refletir sobre a constante configuração das identidades culturais e a diversidade narrativa enquanto problemáticas contemporâneas que trazem a alteridade como um dos desafios centrais do nosso tempo. Fernando Resende Professor e Pesquisador do Depto de Comunicação Social e do PPGCOM da PUC-Rio
Palavras-Chaves: narrativas, identidades, cultura, cidade

Entre a Patologia e a Celebração: a Questão do Fã em uma Perspectiva Histórica
Tiago José Lemos Monteiro (UFRJ)
Este trabalho tem por objetivo refazer o percurso da discussão teórica sobre a questão do fã ao longo dos últimos 20 anos, que pode ser dividida em dois momentos distintos. O primeiro vai até meados da década de 80, e compreende os estudos pioneiros sobre a relação fã-ídolo e o fenômeno da idolatria, ainda bastante influenciados pela concepção frankfurtiana da cultura de massa, e que tendem a conceber o fã como um “outro patológico”; o segundo é caracterizado por uma mudança de postura em relação à imagem do fã, que pode levar tanto à celebração acrítica realizada por determinadas correntes norte-americanas dos Estudos Culturais, quanto a uma tentativa de compreender o discurso do fã como um conjunto de práticas pertencentes à esfera do cotidiano, que configuram a atividade do fã como um processo eminentemente ativo.
Palavras-Chaves: Fãs, Culturas juvenis, Consumo e Produção Midiáticos

Mídia, construção do imaginário moderno e identidade no Brasil
Rosaly de Seixas Brito (UFPA)
Típica da condição colonial dos países da periferia, a construção do imaginário moderno no Brasil é permeada por uma atitude ambivalente de negação e ao mesmo tempo de interiorização do modelo cultural do colonizador, que marcam todo o processo de formação da identidade nacional e apontam para uma atitude acrítica diante do padrão de modernidade em que o país se espelha. A modernidade brasileira consuma-se pela via da modernização conservadora, fruto também de nossa industrialização retardatária. O trabalho pretende analisar as articulações entre a construção do imaginário moderno e da identidade nacional. Em períodos mais recentes, em função do intenso desenvolvimento dos aparatos da mídia, reflete sobre como as identidades culturais articulam-se em torno do eixo mercado/consumo e produzem um ambiente de fragmentação cultural. Professora adjunta do Departamento de Comunicação da Universidade Federal do Pará. Mestre em Teoria e Ensino da Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo, Professora de Teoria da Comunicação, com trabalhos voltados para as seguintes linhas de pesquisa: mídia e política, comunicação e novas formas de sociabilidade, culturas híbridas e contemporaneidade.
Palavras-Chaves: imaginário, modernidade, mídia, mercado

MUNDOS IMAGINADOS: AS BRASILEIRAS E OS MEDIA EM PORTUGAL
Isabel Maria Ribeiro Ferin Cunha (UC)
Este texto visa reflectir sobre as mulheres brasileiras imigradas e os consumos, em Portugal, dos Media. Inicia-se a exposição esboçando um panorama da imigração brasileira, em seguida aborda-se a situação social da mulher portuguesa e da mulher brasileira imigrada. Por último, discorre-se sobre a imagem das mulheres brasileiras nos Media portugueses e sobre o consumo das Indústrias Culturais, tendo em conta a relevância das telenovelas da rede Globo.
Palavras-Chaves: Consumos dos Media, Imigrantes Brasileiras, Telenovelas brasileiras em Por

O medo e a cidade imaginada na reportagem policial do Globo
Leticia Cantarela Matheus (UFF)
Elemento essencial nas narrativas sensacionais e melodramáticas, o medo participa de um diálogo permanente das pessoas com a cidade imaginada. Este artigo analisa algumas conformidades do medo midiático verificadas no jornal O Globo acerca do Rio de Janeiro no que se refere à chamada "violência urbana". Ancorados num imaginário urbano e numa série de expectativas coletivas acerca da cidade Moderna, esses medos ajudam a dar forma ao Rio que se vive, tanto nos seus contornos materiais quanto nas suas relações simbólicas. O jornal encena um teatro melodramático que fornece em grande medida parâmetros para a compreensão do cotidiano da cidade.
Palavras-Chaves: medo, melodrama, imaginário

O rádio paulistano como elemento constitutivo das práticas culturais
Marta Regina Maia (UNIMEP)
Resumo O propósito deste trabalho é traçar um breve cenário do chamado “anos dourados” da radiodifusão, nas décadas de 30 a 50, no município de São Paulo. Pretende-se contextualizar a história da cidade para depois analisar qual o papel deste veículo no imaginário de uma época, considerando-se os mecanismos de apropriação por parte do sujeito e localizando o rádio como componente das práticas culturais de uma época. Como fontes privilegiadas, serão considerados alguns depoimentos utilizados na tese de doutorado de Marta Regina Maia, intitulada “Quadros radiofônicos: Memórias das comunidades radiouvintes paulistanas (1930-1950)”.
Palavras-Chaves: Processos mediáticos e cultura, Radiodifusão, Produção cultural, Imaginário

Os Dois Lados - Macro-narrativas possíveis do tráfico de brasileiras para a prostituição em Portugal e a sua representação na mídia tabloidizante
Willy Pereira da Silva Filho (IEJ/UC)
Resumo Com base em matérias da TVI sobre o tráfico e a exploração de mulheres brasileiras para a prostituição em Portugal, propomos uma reedição audiovisual de duas macro-narrativas, na tentativa de entender os contextos dominantes por detrás desta prática e de refletir sobre a representação do «outro» na imprensa televisiva portuguesa. Iniciamos por desenvolver os contextos do tráfico e da imigração de brasileiras para Portugal, e depois passamos pela apresentação da metodologia utilizada e pela delimitação de nosso corpus de trabalho. Em seguida, introduzimos a questão da tabloidização como hipótese de ser a principal baliza de mediação jornalística do «outro» dentro dessas reportagens. Por último, buscamos tentar descrever e interpretar as narrativas de “Viviane” e de “Ana”, ressaltando as suas diferentes trajetórias de vida, de imigração, e de representação midiática. Mini-currículo Mestrando do Instituto de Estudos Jornalísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, orientado pela professora doutora Isabel Ferin Cunha. Investigador bolseiro da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia (Portugal), integrado junto ao Cimj – Centro de Investigação Media e Jornalismo, de Lisboa.
Palavras-Chaves: imigração, tráfico de brasileiras para PT, exploração sexual, a imagem do «outro» na mídia

Produção Comunicativa e Experiência Urbana
Janice Caiafa Pereira e Silva (UFRJ)
As cidades se constituem historicamente como um meio heterogêneo, reunindo estrangeiros de diversas procedências. O meio urbano é carcteristicamente diverso, e ali o encontro com desconhecidos em situações em geral imprevisíveis gera um universo de circulação e comunicação muito singular. Neste trabalho, exploramos as características do meio urbano na perspetiva dos processos comunicativos e subjetivos. Examinamos também os possíveis tratamentos da variedade urbana em diferentes configurações de cidade. Em seguida, apoiando-nos também no exemplo do transporte coletivo urbano, discutimos como a produção de espaços coletivos – em que divisamos um papel do setor público – é fundamental para que essa experiência urbana da alteridade seja possível.
Palavras-Chaves: Comunicação e culturas urbanas, Metrópoles e hibridismo cultur, Espaços coletivos, Processos comunicativos

Representações de Juventudes Urbanas no Folhateen – suplemento do jornal Folha de São Paulo
Nadja Vladi Cardoso Gumes (FJA)
Este trabalho faz parte do resultado de uma dissertação de mestrado que analisou o processo comunicativo do Folhateen na perspectiva dos Estudos Culturais, pensando os meios de comunicação como espaço de práticas culturais das sociedades contemporâneas para a construção, negociação e afirmação de identidades. Os resultados foram alcançados através da utilização das noções de estilos de vida e cultura do consumo para entender a rede que conecta mercadorias, meios de comunicação, consumo e juventudes. Neste artigo são mostrados alguns resultados sobre o entendimento do leitor jovem e da representação que o Folhateen faz dele. Nadja Vladi Cardoso Gumes é professora de Jornalismo das Faculdades Jorge Amado e da Faculdade Social da Bahia, e editora do suplemento jovem, Caderno Dez!, do Jornal A TARDE.Mestre em Cultura e Comunicação Contemporâneas da Faculdade de Comunicação da Ufba. Integrante do Grupo de Pesquisa em Mídia & Música Popular Massiva
Palavras-Chaves: Culturas juvenis, identidades, meios de comunicação, estilos de vida

Sociedade em rede & redes de sociabilidade: algumas considerações sobre as relações entre tecnologia, cultura e sociabilidade.
Marco Antônio de Almeida (FFCLRP-USP)
O texto analisa algumas reflexões que vem sendo construídas acerca das relações sociais mediadas pela rede constituída pelas novas tecnologias de comunicação e informação, caracterizadas por uma polarização entre “tecnófilos” e “tecnófobos”. Tomando a Internet como referência principal, constrói um breve histórico de sua gênese, buscando identificar nesse processo as linhas de força que ainda atuam na configuração da sociedade em rede. Procurou-se construir não um programa de pesquisa em torno do tema, mas um conjunto de indicações para refletir acerca das ambivalências das novas tecnologias e de seus usos sociais.
Palavras-Chaves: Produção/consumo cultural e me, imagens, novos sensóreos e ima, cotidiano, mídia e mercado

Telenovela e Merchandising Social: mediações, hibridismos e miscigenações
Larissa Leda Fonseca Rocha (UFF)
Resumo: Este artigo baseia-se numa investigação inicial acerca da análise do merchandising social expresso em linguagem televisual, no caso específico da telenovela Laços de Família (Manoel Carlos, Rede Globo de Televisão, 21h, 2000/reapresentação 14h30, 2005). A pesquisa, em fase preliminar e que conta com o financiamento da CAPES, busca compreender o discurso da indústria cultural em grandes metrópoles – pretensamente hegemônico e implicitamente pedagógico, agregador e formador de laços de fraternidade – representado pelo merchandising social nas telenovelas e seu espaço no ambiente do consumo cultural e de significação do receptor de massa. Para isso o projeto apóia-se nas propostas dos estudos de recepção e mediações. Minicurrículo: Mestranda em Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense, professora da Faculdade São Luís (São Luís/MA).
Palavras-Chaves: mediações, consumo cultural, recepção de telenovela, merchandising social

Tipografia popular: invenção e poética na percepção do cotidiano
Bruno Guimarães Martins (UFMG), Paulo Bernardo Ferreira Vaz (UFMG)
À margem das mídias convencionais, a tipografia popular é um ato comunicativo que aparece discretamente no espaço cotidiano. Forma anônima de comunicação, essa escrita do homem ordinário é capaz de estimular a atividade criadora do leitor de seus caracteres excêntricos e irregulares. Quando os princípios definidores da legibilidade se fazem ausentes, a letra distancia-se da idéia de um signo transparente e o ilegível emerge como potencializador de sentidos. Esse processo de leitura incomum, proporcionado pelas singularidades formais e contextuais da tipografia popular, constitui o objeto deste artigo. A partir de duas inscrições investigou-se o modo como a atenção do leitor pode ser conduzida, simultaneamente, para a materialidade da inscrição e para a complexidade do espaço cotidiano. Bruno Guimarães Martins é mestrando em Comunicação Social na UFMG e professor da mesma instituição. Ministra disciplinas relacionadas à produção gráfica, publicidade, criação e tipografia. Atua profissionalmente como designer gráfico. Paulo Bernardo Ferreira Vaz é professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG, pesquisador do CNPq, participante do Gris-Grupo de Pesquisa Imagem e Sociabilidade. Co-organizador de três livros, resultados de suas pesquisas no Gris e de “Estação Imagem: desafios” (Ed.Ufmg, 1997).
Palavras-Chaves: cotidiano, tipografia, leitura, ilegível

Título: Culturas no plural e as suposições de “falta de cultura brasileira”, em contextos específicos de recepção televisiva e no debate intelectual.
Nara Maria Emanuelli Magalhães (UNIJUI)
Este trabalho retoma algumas questões desenvolvidas em minha tese de doutorado, que foi resultado de uma pesquisa de recepção com pessoas de camadas médias do interior do RS. Além da recepção, busquei o significado da televisão na sociedade contemporânea para o grupo pesquisado e procuro aqui relacionar as concepções que expressavam com um certo debate intelectual sobre cultura. Identifico uma cisão entre a definição de culturas no plural, característica do debate contemporâneo, e atual crítica à televisão, na qual aparecem outras definições. Colocar em perspectiva a crítica à televisão - tanto a expressa pelos entrevistados, como aquela presente em vários momentos de nosso cotidiano – e tentar entender o que ela está dizendo sobre nossa sociedade e sobre a cultura brasileira é intenção do trabalho, buscando a construção de novas hipóteses de pesquisa no campo. Minicurrículo:Cursou Ciências Sociais na UFRGS. Concluiu o Mestrado em Antropologia Social também na UFRGS em 1995, sob orientação de Ruben Oliven; a dissertação foi publicada pela Vozes sob o título “O Povo Sabe Votar – uma visão Antropológica”. Concluiu Doutorado em 2004 na UFSC sob orientação de Sônia Maluf. É Profa. do Depto de Ciências Sociais da UNIJUÍ desde 1996, onde desenvolve pesquisa sobre televisão desde 1997 e atualmente pesquisa sobre imagens, vinculada ao Mestrado em Humanidades da UNIJUI.
Palavras-Chaves: Cultura, culturas, televisão, estudos de recpção

Uma breve proposição: as linguagens da exclusão e suas formulações histórico-sociais em São Paulo.
Marco Antonio Bin (FAAP)
O trabalho presente propõe discutir os mecanismos presentes no relacionamento entre os grupos sociais das áreas pobres de São Paulo e o poder público e as organizações não-governamentais; os preconceitos que geram a segregação social na metrópole, ainda que haja um convívio em seus interstícios espaciais; como e de que forma a expressão viva da Cultura local interfere na organização dos bairros pobres (podemos aqui, pelas circunstâncias, utilizar a expressão Comunidade) e em que medida a compreensão da realidade cotidiana decorrente dessas ações culturais estruturam o olhar e o envolvimento dos grupos sociais periféricos como forma de visibilidade social.
Palavras-Chaves: periferia, segregação social, mobilização, cultura local

Usos da Telenovela Brasileira "O Clone" em Portugal: Fragmentos da Construção da Identidade
Ana Catarina Valdigem Jacinto Pereira (UCP)
Considerando a indústria cultural televisiva como fonte produtora de imagens da identidade e da diferença, e ainda como fonte mediadora de processos de hibridação cultural, desenvolvemos uma pesquisa de recepção da telenovela brasileira “O Clone”, transmitida em Portugal entre 2001 e 2002 no Prime-Time da SIC (Sociedade Independente de Comunicação). A pesquisa foi realizada junto de um grupo de muçulmanos sunitas e de um grupo de não-muçulmanos, seguindo uma lógica de investigação predominantemente qualitativa. Depois de cerca de dois meses de pesquisa de terreno foi possível compreender a importância de diversos media, tópicos de agenda mediática e ainda das indústrias culturais globais nos processos de construção das identidades e dos imaginários de pertença.
Palavras-Chaves: Identidade, Imaginação, Hibridação Cultural, Telenovela

VIVÊNCIAS JUVENIS E URBANIDADE: ARTICULAÇÕES ENTRE EXPERIMENTAÇÃO DA VIOLÊNCIA E CONSUMO CULTURAL
Rita de Cássia Alves Oliveira (SENAC - SP), Josimey Costa da Silva (UFRN RN), Rosamaria Luiza de Melo Rocha (ESPM - SP)
RESUMO: A cultura midiática constitui o ser social nos centros urbanos como consumidor atravessado por fluxos de outras vivências e pelo compartilhamento de imaginários geracionais. Os jovens vivenciam sua condição por meio do relacionamento com novas tecnologias da comunicação. A apropriação de bens culturais define estilos de vida como sucessão, alternância e simultaneidade incorporadas ao cotidiano. A experiência urbana e a emergência da violência – como fato social e em suas manifestações simbólicas – articulam-se de modo abrangente e determinante na constituição do que se entende e do que se vive como juventude. RITA DE CÁSSIA ALVES OLIVEIRA: Doutora em Antropologia e pesquisadora do Centro Universitário SENAC de São Paulo e do Departamento de Antropologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Brasil. JOSIMEY COSTA DA SILVA: Doutora em Ciências Sociais e professora de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte / Brasil. ROSAMARIA LUIZA DE MELO ROCHA: Rose de Melo Rocha, professora e pesquisadora da ESPM-SP e da PUC-SP. Doutorou-se em Ciências da Comunicação pela ECA/USP e fez seu pós-doutoramento em Ciências Sociais na PUCSP.
Palavras-Chaves: JUVENTUDE, CONSUMO CULTURAL, VIOLÊNCIA, IMAGINÁRIO

“Antes e depois: Reality shows de intervenção, reformatação do corpo e produção de esquecimento"
Ilana Feldman Marzochi (UFF)
Articulando-se à reconfiguração das subjetividades contemporâneas - exteriorizadas no corpo e transformadas em imagens com a possibilidade de permanente auto-construção -, o fenômeno dos reality shows vive um momento de transição. Apostando em modelos mais híbridos e flexíveis, os programas televisivos elegeram o corpo, a casa e a imagem de quem se “é” como o lugar de investimento seguro para suas intervenções e transformações. Seja através de intervenções extremas (cirúrgicas), seja através de brandas (transformação de ambientes e habitantes), o que está em jogo é uma verdadeira pedagogia e tecnologia de reformatação do corpo-imagem, de renovação de um “eu” sempre jovem e “jamais acabado” e de solicitação de esquecimento generalizado: é preciso apagar marcas do tempo, vestígios de cicatriz, impurezas da carne e superfícies de espelhos. Sobre as ruínas do “antes”, o “depois” é revelado.
Palavras-Chaves: reality shows de intervenção, corpo-imagem, esquecimento


 
 
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