INTERCOM 2007
NP-JO.293-1


NP Jornalismo

REFLEXÕES SOBRE O LUGAR DA VERDADE NOS TEXTOS JORNALÍSTICO E FICCIONAL: O QUE PEDRO DOM TEM A VER COM HILDA FURACÃO?

Diana Paula de Souza (UFRJ)

Resumo

Considerando o texto jornalístico como narrativa, abordamos a interseção entre esse gênero, de natureza fática, e a ficção. A existência de personagens e a humanização do relato são exemplos de estratégias discursivas utilizadas para capturar a atenção do leitor, gerando uma identificação. Isso é observado na análise comparativa entre o livro Hilda Furacão, de Roberto Drummond, e a cobertura realizada pelo jornal O Globo, na ocasião da morte do assaltante Pedro Dom. O lugar da verdade em cada um deles é posto em causa, já que ficção não é sinônimo de mentira, e o jornalismo não é capaz de dar conta da amplitude e da complexidade dos fatos que narra, mas de um recorte deles. Utilizamos o pensamento de Michel Foucault sobre a força do discurso, a oposição entre o verdadeiro e o falso e a vontade de verdade que perpassa os discursos.


Palavras-chave:  Jornalismo e ficção, Narrativa jornalística, Vontade de verdade
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