NP Jornalismo GRANDE IMPRENSA COMO APARELHO PRIVADO DE HEGEMONIA: ഀ
AMBIGÜIDADES E CONTRADIÇÕES DO DISCURSO IDEOLÓGICO.ഀ
Francisco Cesar Pinto da Fonseca (FGV)
ResumoA comunicação objetiva analisar o papel dos principais jornais brasileiros – O Globo, Jornal do Brasil, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo – quanto ao debate sobre a introdução das idéias neoliberais no país durante o Governo Collor. Estas idéias são sintetizadas numa Agenda ultraliberal, assim definida devido à radicalidade de seus diagnósticos e proposições. Por meio de editoriais, sobretudo, mas também de matérias e da opinião de colunistas, observou-se como os jornais apoiaram o Plano Collor, assim como, sobretudo, sua agenda. A imagem de “modernidade” – sinônimo de “reformas orientadas para o mercado” – veiculou tanto a forma de atuação como o conteúdo das posições dos periódicos. Estes forjaram, dessa forma, o consenso acerca das idéias ultaliberais que, por seu turno, produziram enormes impactos na sociedade brasileira. Palavras-chave: Jornalismo impresso, representações sociais, ultraliberalismo, ideologia, hegemonia |