RETÓRICAS CULTURAIS NAS BRECHAS DA CIDADE: A FORÇA INVENTIVA DAS NARRATIVAS COMUNITÁRIAS

Juliana Krapp Guimarães (PPGC/ UERJ); Ana Rosa Lattanzi (PPGC/ UERJ)

No Rio de Janeiro, as favelas são uma das marcas mais nítidas deixadas pelo redesenho moderno da cidade, e indício sobretudo de uma resistência marota da cultura popular. Neste artigo, nos propomos a analisar como essa “resistência marota” persiste na Candelária, sub-localidade da Favela da Mangueira. Iremos apontar como os jovens da localidade fazem uso do aparato tecnológico do mundo contemporâneo para preservar as formas inventivas de circular pela cidade, para manter “a arte de moldar percursos”, transformando lugares em espaços (Certeau). Nesse processo, eles se aproveitam da cultura midiática para revigorar seu apego localista: inventam novos usos para esses produtos e se tornam, assim, não apenas consumidores, mas produtores de cultura.