O AUTO DA COMPADECIDA, APROPRIAÇÃO E RECRIAÇÃO: DO TEATRO DE SUASSUNA À TELEVISÃO DE GUEL ARRAES

Marly Camargo de Barros Vidal (ECA-USP)

O trabalho investiga o modo de articulação de algumas das múltiplas linguagens constitutivas de O Auto da Compadecida, buscando as especificidades do discurso através da análise, de modo a percebermos a complexidade e a critividade da obra, que consideramos como sendo estilizada, tendo o dialogismo como princípio estruturante e a heterogeneidade assumida e mostrada no processamento de novos significados, respaldando-nos para tanto nas teorias de Mikhail Bakhtin. Ao estilizar Suassuna, Guel Arraes utiliza-se de formas e linguagens outras, algumas inexistentes ou ainda embrionárias no tempo de produção do Auto da Compadecida.਍ഀ ਍ഀ