INTERCOM 2007
NP-AU.1587-1


NP de Comunicação Audiovisual

A ENCENAÇÃO DO VAGO: NOTAS PARA UMA ESTÉTICA DA VIDEOARTE.

Osmar Gonçalves dos Reis Filho (FAFICH)

Resumo

Desde suas primeiras experiências, a videoarte sempre esteve marcada por figuras normalmente avessas à comunicação, como o ruído, a distorção, a metamorfose. Enquanto o cinema se afirmou historicamente por um certo pudor, por um respeito quase que sagrado em relação à imagem e à narrativa, o vídeo se constituiu, ao longo dos anos, por uma atitude irreverente, por uma fúria desconstrutiva, uma ousadia em decompor e rasurar. De fato, na tela pequena do vídeo, o que se nos apresenta, na grande maioria das vezes, não são histórias ou narrativas, nem tampouco imagens consistentes, sistemáticas, mas abstração, alegoria, uma encenação do vago, enfim, a indeterminação elevada à categoria estética. O objetivo deste artigo consiste, então, em compreender esta estética, em forjar uma crítica que leve em consideração suas questões mais pungentes, seus aspectos controversos.


Palavras-chave:  Videoarte, Estética, Antinarratividade
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