NP de Comunicação Audiovisual A ENCENAÇÃO DO VAGO: NOTAS PARA UMA ESTÉTICA DA VIDEOARTE. Osmar Gonçalves dos Reis Filho (FAFICH)
ResumoDesde suas primeiras experiências, a videoarte sempre esteve marcada por figuras normalmente avessas à comunicação, como o ruído, a distorção, a metamorfose. Enquanto o cinema se afirmou historicamente por um certo pudor, por um respeito quase que sagrado em relação à imagem e à narrativa, o vídeo se constituiu, ao longo dos anos, por uma atitude irreverente, por uma fúria desconstrutiva, uma ousadia em decompor e rasurar. De fato, na tela pequena do vídeo, o que se nos apresenta, na grande maioria das vezes, não são histórias ou narrativas, nem tampouco imagens consistentes, sistemáticas, mas abstração, alegoria, uma encenação do vago, enfim, a indeterminação elevada à categoria estética. O objetivo deste artigo consiste, então, em compreender esta estética, em forjar uma crítica que leve em consideração suas questões mais pungentes, seus aspectos controversos. Palavras-chave: Videoarte, Estética, Antinarratividade |