FOTOGRAFIA E DOCUMENTÁRIO: A INOVAÇÃO PODE ESTAR NO PASSADO

Dulcília Helena Schroeder Buitoni (Cásper Libero)

A fotografia, com seu caráter indicial, é elemento constitutivo de todo e qualquer documentário. Vivemos numa época de ilimitadas possibilidades expressivas no campo audiovisual e, no entanto, a maior parte das matérias e documentários jornalísticos apresentados na televisão ou na internet segue formatos convencionais. A proposta deste texto é buscar estratégias construtivas inovadoras em documentários do século passado, tais como “Chapeleiros”(1983) de Adrian Cooper, “Ó xente pois não”(1976) de Joaquim Assis e “A João Guimarães Rosa”(1969) de Marcelo Tassara. Mesmo adotando਍ഀ andamento cinematográfico, esses três filmes apresentam alguns fotogramas com estética de fotografia fixa. Nesse percurso são articuladas referências de autores como Jean-Claude Bernadet, Francisco Elinaldo Teixeira, John Berger e Josep M. Català.