O TEMPO DA PINTURA VIDEOGRÁFICA: REFLEXÕES SOBRE OS USOS DO PLANO-SEQÜÊNCIA EM CINCO, DE ABBAS KIAROSTAMI.

Erly Milton Vieira Junior (Universidade Federal do Rio de Janeiro)

A partir de uma leitura do filme Cinco, realizado por Abbas Kiarostami em 2003, este artigo pretende traçar algumas reflexões sobre a utilização de alguns conceitos da estética do vídeo (segundo Dubois, Fargier e Bellour) no trabalho do cineasta iraniano, em especial na aproximação com a pintura e na construção de temporalidades próprias (aproximadas às categorias de “pausa” e “sumário” propostas por Genette), dentro do que Jean Claude Bernadet identifica como uma mise-en-scène do artifício.