GT: NP de Comunicação Audiovisual O COMUM MODULADO E O COMUM FABULADOR:ഀ
O HOMEM ORDINÁRIO NA SOCIEDADE DO CONTROLE Alevi Ferreira de Sá Júnior (Universidade Federal do Rio de Janeiro)
ResumoEste artigo parte da caracterização da sociedade do controle, feita por Gilles Deleuze, para tentar entender um fenômeno crescente na mídia: o interesse pela vida comum e sua produção. É característico dessa sociedade a proliferação infinita de imagens na sua forma-informação (em detrimento da estética), em diversos dispositivos para o controle, resultando em um investimento do poder em todas as instâncias da vida social. Mas exatamente por investir sobre a vida, é que acontece uma inversão na lógica do poder: se ele era poder sobre a vida (disciplinas), ele passa a ser potência de vida. A criatividade, a inventividade são agora capacidades de todo e qualquer um. E é essa criatividade que interessa à mídia, mas modulada e bloqueada. Por outro lado, identificamos em alguns documentários contemporâneos a vida comum abrindo-se para a sua potência virtual e fabuladora. Palavras-chave: documentário, sociedade do controle, fabulação, biopotência, homem ordinário |