XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
ResumoID:DT8-PC.2626-1


DT8: DT 8 – GP Políticas de Comunicação e Cultura

A PROBLEMÁTICA DA “COMUNICAÇÃO”, A RETÓRICA DA “REVOLUÇÃO” E A RELAÇÃO ENTRE CINEASTAS E MILITARES À REGULAÇÃO POLÍTICO-CULTURAL NA DÉCADA DE 1970

Luciano Miranda Silva de Moraes Fernandes (Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

O presente artigo busca uma compreensão do processo de aproximação de participantes do “campo” cultural ao campo do poder e dos usos das variações discursivas a realização de estratégias. Os cineastas do Cinema Novo adaptaram-se ao campo dos possíveis discursivos, na medida em que se utilizaram de um “discurso dialético” capaz de vinculá-los aos interesses em torno de posições antagônicas ou ao menos conflitantes. A problemática da “comunicação”, que em primeiro momento correspondeu à comunicação com o público, implicaria a comunicação com o regime militar. Para tanto, seriam matizadas definições acerca dos militares, de discursos antagonistas a adesistas; e redefinido o uso retórico da noção de “revolução”. Nesse processo, a Embrafilme viria a ter sua regulação transformada, sendo administrada sob a influência dos cineastas.


Palavras-chave:  Cinema Novo, militares, regulação, Embrafilme
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