DT8: DT 8 – GP Políticas de Comunicação e Cultura A PROBLEMÁTICA DA “COMUNICAÇÃO”, A RETÓRICA DA “REVOLUÇÃO” E A RELAÇÃO ENTRE CINEASTAS E MILITARES À REGULAÇÃO POLÍTICO-CULTURAL NA DÉCADA DE 1970 Luciano Miranda Silva de Moraes Fernandes (Universidade Federal de Santa Maria)
ResumoO presente artigo busca uma compreensão do processo de aproximação de participantes do “campo” cultural ao campo do poder e dos usos das variações discursivas a realização de estratégias. Os cineastas do Cinema Novo adaptaram-se ao campo dos possíveis discursivos, na medida em que se utilizaram de um “discurso dialético” capaz de vinculá-los aos interesses em torno de posições antagônicas ou ao menos conflitantes. A problemática da “comunicação”, que em primeiro momento correspondeu à comunicação com o público, implicaria a comunicação com o regime militar. Para tanto, seriam matizadas definições acerca dos militares, de discursos antagonistas a adesistas; e redefinido o uso retórico da noção de “revolução”. Nesse processo, a Embrafilme viria a ter sua regulação transformada, sendo administrada sob a influência dos cineastas. Palavras-chave: Cinema Novo, militares, regulação, Embrafilme |