DT6: DT 6 – NP Produção Editorial SEXO FRÁGIL: UMA ANÁLISE SOBRE GÊNERO A PARTIR DA LEITURA DE UMA HISTÓRIA EM QUADRINHOS. Marcilia Luzia Gomes da Costa Mendes (Universidade do Estado do Rio Grande do Norte)
ResumoA história Sexo frágil (Revista Mônica, n. 143) possibilita-nos fazer algumas observações no tocante à relação de gênero representada no universo quadrinizado de Maurício de Sousa. Em seu discurso, Mônica repete da mãe a idéia de que homens servem para fazer “favores” às mulheres e “trocar a lâmpada, de vez em quando” e reproduz uma imagem de menina sinônimo de fragilidade, delicadeza, meiguice, etc., adjetivações que reforçam uma visão estereotipada da condição feminina. Há nos enunciados da menina uma relação interdiscursiva, ou seja, o que Mônica diz circula como discurso cristalizado no social. Verificamos que o que ela diz é a partir do discurso-outro e não condiz com a sua performance nessa história. O discurso de Mônica sustenta-se na ambigüidade que se dá entre o dizer e o fazer. A referida personagem transgride esse modelo feminino sedimentado no imaginário social. Palavras-chave: Histórias em quadrinhos, Sexo Frágil, Gênero, Análise de discurso |