Intercom 2011
ResumoID:DT4-FS.355-1


DT4: DT 4 - GP Ficção Seriada

NARRATIVA FANTÁSTICA E IDENTIDADE BRASILEIRA NA MINISSÉRIE “A CURA”

Maria Cristina Palma Mungioli (Escola de Comunicações e Artes - USP); Ligia Maria Prezia Lemos (Escola de Comunicações e Artes - USP); Issaaf Santos Karhawi (Escola de Comunicações e Artes - USP)

Resumo

Este artigo analisa elementos da minissérie A cura (Globo 2010) inserindo-os no quadro das narrativas fantásticas produzidas pela televisão brasileira. Muito presente na ficção televisiva brasileira, desde a década de 1970, a narrativa fantástica (Todorov 2008), ou de apelo temático ao sobrenatural, teve papel preponderante na constituição de um estilo de narrar e de um acabamento estético genuinamente brasileiros na televisão (Borelli 2001). A narrativa de A cura se constrói envolvendo dois eixos temporais, o passado – sob a perspectiva da memória étnica (Le Goff 2003) - e o presente, que se entrecruzam na construção de um sentido identitário de Brasil marcado não por discursos antagônicos, mas por discursos que se completam e se interrogam dialogicamente (Bakhtin 2002, 2003).


Palavras-chave:  narrativa fantástica, narrativa televisiva, dialogia, minissérie brasileira, minissérie A cura