IJ: Intercom Júnior - Comunicação Audiovisual O CINEMA POLÍTICO E ALEGÓRICO DE GLAUBER ROCHA NO EXÍLIO: DO TRIUNFO DO DISCURSO DOMINANTE À VIOLÊNCIA DO OPRIMIDO Rodrigo Michell dos Santos Araujo (Universidade Federal de Sergipe)
ResumoEste artigo toma como base o cinema de exílio da década de 1970 de Glauber Rocha e pretende investigar a problemática da violência e do colonialismo refletida nos filmes O Leão de Sete Cabeças (1970) e Cabeças Cortadas (1970) com o objetivo de fazer cinema como denúncia, cinema político. No curso das sociedades modernas e da expansão do capitalismo o colonialismo precisa ser visto como processo histórico-social, que faz transbordar revoluções e que fabrica o processo de violência e barbárie. Domina-se o Outro para eliminá-lo, restando, assim, o escravismo. É, a partir dessa estrutura, que Glauber Rocha vem revelar o homem do Terceiro Mundo, onde África e Espanha são alegorias, onde há um diálogo com a situação política no Brasil, desde a situação de dependência e repressão até as inquietações do pós-golpe Palavras-chave: Colonialismo, estética da violência, cinema novo, revolução |