Área: DT 8 – GP Semiótica da Comunicação SEMIOSES DO MOVIMENTO E DO TEMPO NO CINEMA Alexandre Rocha da Silva (Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs))
ResumoEste artigo parte da ideia comum a Deleuze e a Peirce de que não há pensamento sem signos. Em seus estudos sobre o cinema, Deleuze, propõe uma ampla categorização das imagens para evidenciar o que de específico no pensamento surgiu com a invenção do cinema. Para o autor, um novo pensamento se tornou possível porque o cinema criou signos que lhe são específicos. Uma tarefa, portanto, da semiótica do cinema seria compreender a constituição desses signos, suas modalidades de designação e também os novos códigos que engendraram. Neste artigo, enfocamos tais questões para compreender o estatuto semiótico da imagem-movimento e da imagem-tempo pensadas apenas à luz das relações que o signo mantém com seu objeto. Para tanto, são descritas duas semioses - a do movimento e a do tempo – capazes de, para aquém da lógica, evidenciar a dimensão propriamente política que subjaz à semiótica deleuzeana. Palavras-chave: cinema, semiose, imagem-tempo, imagem-movimento |