Área: DT 6 – GP Comunicação, Ciência, Meio Ambiente e Sociedade O ESPAÇO AUTOBIOGRÁFICO NA ENUNCIAÇÃO JORNALÍSTICA: UMA ANÁLISE DOS RELATOS PESSOAIS DA EXPERIÊNCIA COM A INFLUENZA H1N1
Igor Sacramento (Universidade Federal do Rio de Janeiro); Kátia Lerner (Fundação Oswaldo Cruz)
ResumoComo parte das atividades do Observatório Saúde na Mídia, este trabalho analisa os relatos pessoais da experiência com a Influenza H1N1 publicados em O Dia entre maio e agosto de 2009. Sob dois formatos distintos – Viva Voz e Carta Aberta –, tais relatos se constituíram como uma forma de alargamento do discurso direto e da presença do “outro” dentro das reportagens sobre o assunto, ganhando um espaço específico e destacado para pequenas narrativas autobiográficas (“autobiografemas”) ancoradas na experiência com a então nova doença. Nesses espaços autobiográficos, identificamos uma oscilação entre a vitimização, a vergonha, a culpa e a indignação. Concluímos que essa maior abertura à subjetividade e à alteridade garantiram reforços do pacto de referencialidade e da autoridade, próprios à enunciação jornalística. Palavras-chave: jornalismo, autobiografia, subjetividade, enunciação, Influenza H1N1 |