A COMUNICAÇÃO SOB O SIGNO DA COMPREENSÃO: O PROTESTO DO ENSAIO CONTRA A CHATICE E A ARROGÂNCIA DO DISCURSO CIENTÍFICO DOMINANTE

Dimas Antonio Kunsch (CÁSPER LÍBERO); Renata Carraro (Faculdades Integradas Rio Branco)

Frieza, desencanto e pobreza de vigor, não raro associados a doses nada homeopáticas de arrogância e dogmatismo, dominam nos nobres espaços onde se debatem contornos, desafios e promessas do campo da comunicação, resultando em discursos tristes, quando não incompreensíveis, sob a ávida chancela de idéias tão grandiloquentes quanto abstratas, como as de verdade, identidade, certeza e rigor. O texto assume como moldura teórica o que os autores chamam de Signo da Compreensão. O distanciamento frente ao modelo universalista avassalador de ciência, erigido sob o império da verdade e da certeza, abre caminho para a defesa do ensaio como gênero textual que deriva sua força de uma atitude cognitiva apropriada às ideias de esforço e de busca coletiva, diálogo e encantamento nos domínios sempre em movimento da construção de conhecimento.