MEIOS DE COMUNICAÇÃO:
INFLUÊNCIAS NO PROCESSO PEDAGÓGICO*

Profª Diva Lea Batista da SILVA

IMESA/FEMA, Assis/SP

Cínthia Morelli ROSA

bolsista - PIC, IMESA/FEMA, Assis/SP

Resumo:  O presente trabalho possui como principal característica a análise da posição dos meios de comunicação, especialmente os de massa, diante da atual situação educacional no Brasil. Tem os seguintes objetivos: apresentar uma abordagem histórica a respeito dos meios de comunicação de massa; orientar o leitor sobre como e quando esses meios surgiram; refletir sobre os instrumentos de comunicação mais eficazes nos processos de aprendizagem, por meio de respostas de um questionário informativo, que está sendo aplicado junto a professores de educação infantil e do ensino fundamental da rede municipal de ensino de Assis, Estado de São Paulo.

1. Meios de comunicação de massa: um breve histórico

Nesta parte, faremos uma abordagem histórica a respeito dos meios de comunicação de massa (MCM): jornais, revistas, rádio e televisão, por meio da leitura das obras de Marcondes Filho (1994) e de Souza (1996). Isso servirá para esclarecer o leitor sobre como se deu a entrada desses meios em nossas vidas.

1.1. Jornais e revistas

Os jornais e as revistas estão vinculados à imprensa, meio de comunicação de massa com informações, comentários e imagens gráficas sobre o que acontece na cidade, no país e no mundo, de interesse para a sociedade.

A imprensa surgiu através da invenção de Johann Gutemberg, que, por volta de 1450, na Alemanha, criou a tipografia, isto é, a composição de caracteres móveis prensados com tinta sobre o papel. Essa nova maneira de impressão foi válida devido à sua rápida duplicação, visto que os tipos móveis de metal poderiam ser usados interminavelmente em muitos serviços.

Os primeiros veículos de cunho informacional foram as “cartas noticiosas”, usadas pelos navegadores para a transmissão de notícias de interesse do comércio, durante o século XV. No século XVI, surgiram as folhas de avisos, mais conhecidas como gazetas, pequenos panfletos que abordavam vários assuntos: notícias de cortes, política, crimes etc.

Durante a segunda década do século XVII, por volta de 1620, surgiram os corantos, nomes de publicações destinadas a conter notícias correntes. No século XVIII, o jornal passa a circular diariamente em diversos países, como Espanha, Estados Unidos e França. Desde o seu início, o jornal esteve marcado pela censura, pois temiam que a notícia divulgada fosse dominada por todos e que influenciasse a opinião pública.

Em 10 de setembro de 1808, foi lançado o primeiro jornal editado no Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro, dirigida por frei Tibúrcio José da Rocha. O jornal saía duas vezes por semana, tinha quatro páginas e não era dividido em colunas. Em 1811, passou a ser impresso em duas colunas e em 1821, a sair três vezes por semana com oito páginas.

Três meses antes do aparecimento da Gazeta, já circulava no Brasil o Correio Braziliense, fundado, dirigido e redigido por Hipólito José da Costa, em Londres. De 1808 a 1820, Costa foi perseguido e seu jornal, apreendido muitas vezes, pois não se submetia a nenhuma censura do governo português.

O segundo jornal editado no Brasil surgiu na Bahia, em 1811, denominado Idade d’Ouro do Brazil, também com quatro páginas e bissemanal.

A cada movimento político surgiam dezenas de novos jornais, alguns de vida mais longa, e também jornalistas que adquiriram enorme prestígio.

O Jornal do Brasil surgiu em 1891, trazendo inovações como o grande número de correspondentes estrangeiros e o sistema de distribuição em carroças.

No século XX, a imprensa deixa seu caráter artesanal e amadorístico para se constituir em empresa industrial. Na primeira década desse século, aparecem as revistas ilustradas, graças ao desenvolvimento das artes gráficas e à fotografia.

As revistas que conquistaram lugar de destaque foram Manchete (1953); Veja, do grupo Abril, editada a partir de 1968, semanalmente; e Visão, quinzenal, dedicada a assuntos ­econômicos.

Hoje, devido à rapidez de informação de que um indivíduo necessita, os jornais estão se transformando em “televisões impressas”, com reportagens curtas e atraentes, de maneira que o leitor não perca muito tempo na leitura.

1.2. Rádio

O rádio surgiu no Brasil no dia sete de setembro de 1922, na abertura da exposição comemorativa do Centenário da Independência, quando aconteceu a primeira transmissão radiofônica oficial, no Rio de Janeiro; era a fala do presidente Epitácio Pessoa à nação brasileira.

Depois disso, o rádio soltou a voz de vez, a partir de 20 de abril de 1923, quando o antropólogo Roquette Pinto fundou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, com intuito de levar educação e cultura aos brasileiros.

No início, o rádio era um produto de elite; somente pessoas de alto poder aquisitivo tinham acesso, não havia publicidade nem música popular.

Em São Paulo, a primeira rádio surgiu em 1924; era a Rádio Educadora Paulista, fundada por um grupo de engenheiros que tinham como proposta promover uma emissora com fins culturais. A primeira autorização para veiculação de publicidade ocorreu em 1932.

Em 1936, Roquette Pinto entregou sua emissora para o governo, a qual passa a se chamar Rádio Ministério da Educação, a atual Rádio MEC. Nessa época, o rádio vai se tornando mais popular devido ao barateamento do custo dos aparelhos.

Nos anos 40, o rádio desempenhava o papel de janela para o mundo, capaz de entrar nos lares, levando música, notícia, informação, venda, opinião, programas de auditório e radionovelas.

Na década de 50, esse meio de comunicação deixa de reinar em absoluto em algumas regiões, por causa da chegada da TV, a qual importa seus produtores, cantores, comediantes e artistas.

1.3. Televisão

A evolução dos meios de transporte fez com que tudo perdesse o caráter conservador e estático, para se transformar em um mundo mais dinâmico, tentando acompanhar avanços.

A televisão surge em meio a essas transformações, criando uma linguagem própria marcada pela alta velocidade, pelo ritmo de troca de imagens e pela grande força de “seduzir” o homem. A partir de então, ele foi se acostumando a conviver com as imagens e com a rapidez.

A televisão chama a atenção, pois exibe o que o rádio transmitia, como esportes, variedades, humor, informações, mas de uma forma inovadora: traz a imagem, tem a ver com a experiência do olhar e do observar humano, buscando respostas, satisfação, conhecimento ou, simplesmente, distração. O homem utiliza a imagem como forma de representar algo, através de símbolos, sinais, marcas, elementos visuais. O seu uso também abre espaço para os sonhos, os desejos e as fantasias.

A partir dos anos 50, a televisão começa a se expandir, invade os lares e conquista as pessoas, até que, no final do século, transforma-se no principal veículo de comunicação, prevalecendo sobre os jornais e o rádio, e tornando-se centralizadora de poderes e interesses da classe dominante.

Segundo Marcondes Filho (1994), a televisão possui duas fases. A primeira fase iniciou-se em 1950, de forma precária, utilizando-se de profissionais do rádio, do cinema ou do teatro que trabalhavam em estúdios improvisados. Nessa época, a TV procurava ganhar espaço entre o rádio e o cinema. Já na década de 60, a televisão começa a ser mais criativa: produz shows de auditório, programas humorísticos e de calouros, o que faz desabrochar essa nova indústria, partindo-se então para o lado da expectativa comercial que a TV proporcionava.

A primeira emissora comercial brasileira foi a TV Tupi, inaugurada em 18 de setembro de 1950. No final da década, Rio e São Paulo contavam com quatro emissoras: TV Tupi de São Paulo, TV Tupi do Rio de Janeiro, TV Rio e TV Continental.

Essa fase marca a consolidação da televisão como um meio de comunicação para a grande massa.

Na década de 70, iniciam-se os questionamentos a respeito do novo veículo, que controlava a opinião pública e uniformizava as culturas populares.

A crítica à televisão tem a ver com toda uma época e um movimento político e ideológico da passagem dos anos 60 aos anos 70. A sociedade estava influenciada por lutas políticas que tentavam desmoralizar os proprietários da comunicação por serem membros da classe social dominante. (MARCONDES FILHO, 1994, p.30)

Já na segunda fase, a partir dos anos 80, a televisão se impõe de forma plena e absoluta e adquire domínio total no mercado de informações. Também é a fase da inovação tecnológica com a utilização de novos sistemas eletrônicos, que possibilitam a existência de múltiplos emissores de comunicação. Nessa fase, final dos anos 80, a TV se sobrepõe a todos os outros meios e se torna o sistema mais decisivo da sociedade; tudo passa a girar em torno dos meios de comunicação de massa, especialmente da televisão. Segundo Arthur Kroker (In MARCONDES FILHO, 1994, p.35): Na cultura pós-moderna, não é a TV que é o espelho da sociedade, mas exatamente o contrário: é a sociedade que é o espelho da TV.

O tempo passa a ser o principal produto da televisão; por esse motivo, a publicidade sofre exigências de um novo formato, dividido em unidades de 30 e 60 segundos; o valor do anúncio será cobrado de acordo com o tempo usado.

Assim surgem a administração empresarial da grade de horários, o início pontual dos programas e a alta seletividade dos anunciantes, especialmente nas emissoras de maior audiência.

2. A televisão como uma alternativa pedagógica

Tão importante é a relação Meios de Comunicação X Educação, que muitos educadores e pesquisadores resolveram escrever sobre o assunto. Esta parte será dedicada às opiniões de alguns autores sobre a importância da televisão, como mediadora no processo educacional.

A televisão foi escolhida por ser um dos veículos de massa com capacidade de alcançar uma grande quantidade da população, alfabetizada ou não.

Segundo Porto (2000, p.17), os jovens estão acostumados a conviver com a mídia televisiva, que está diretamente associada ao prazer e ao lazer. Para ela, a escola precisa considerar a realidade dos alunos, profundamente marcada pela experiência televisiva e inserir mídias como conteúdo e método de trabalho escolar.

Algumas declarações da autora comprovam a afirmativa acima:

a) Os meios de comunicação fazem parte do currículo, atendendo às necessidades de cultura, aprendizagem, prazer e lazer relativos aos estudantes, que dialogam com a cultura das mídias a partir de suas vivências. (p.34)

b) O conhecimento das linguagens das mídias permite ao aluno conviver e participar no mundo. (p.35)

c) Os adolescentes de hoje já nasceram sob a influência dos meios de comunicação, e conseqüentemente, já criaram outros códigos para entendimento e envolvimento com o mundo. (p.46)

Moran (1990, p.23) comenta que os vídeos educativos não eliminam o papel do professor; ao contrário, ajudam-no a desenvolver sua tarefa principal, que é a de obter uma visão de conjunto, educar para uma visão mais crítica.

Por isso, a TV, como principal veículo de comunicação de massa, deve ser questionada pelos professores sobre a sua natureza, sua finalidade, suas responsabilidades, seus deveres e seu alcance. A partir daí, poderá ser feito um bom trabalho de conscientização, fazendo com que os aspectos positivos sejam absorvidos e os negativos descartados.

Marcondes Filho (1988, p.21) destaca a função uniformizadora da televisão: a emissora busca somente o aumento do número de público, rebaixa a qualidade dos programas aos níveis de massa, vulgarizando-os, padronizando-os. Além disso, ela fornece cenários completos sem uma participação criativa do receptor.

Em contrapartida, Marcondes Filho não culpa a TV pelos desvios, pela violência ou pela imoralidade. Segundo esse autor, a televisão não altera radicalmente nenhum quadro já existente; é a própria cultura e todas as relações sociais que moldam os comportamentos e as atitudes. Assim:

Quanto mais a sociedade (capitalista) tornava-se uniformizadora, padronizadora, mais a TV transformava seus produtos em conteúdos universais, válidos para todos... tanto mais valioso passou a ser o tempo, mais anunciantes e interesses políticos passou a reunir. Qualquer acusação maior à TV deve voltar-se à sociedade, aos homens, que a criou e a desenvolveu até esse ponto. (MARCONDES FILHO, 1988, p.109-110)

Essa afirmação merece atenção, pois se o público não concordasse e consumisse tudo o que a televisão proporciona, ela não seria um veículo tão poderoso. Cabe a cada cidadão refletir sobre o assunto e tentar direcionar seus interesses para o seu desenvolvimento intelectual e não para o comodismo. Procurar algo maior, diferente, ampliar conhecimentos, ser audacioso não faz mal a ninguém.

Hoineff (1996) propõe soluções para que a televisão se torne “inteligente”:

    Não nivelar por baixo um assunto;

    Transformar-se num veículo para a circulação de idéias diversificadas, pois a sociedade é formada por um conjunto heterogêneo de telespectadores;

    Entender a realidade dos cidadãos, com formações e interesses distintos;

Outros autores apontam algumas atividades e restrições para a utilização da TV e do vídeo em sala de aula:

a)  Citelli (1997) propõe uma análise de veículos com linguagens com que os alunos estejam acostumados: programas infantis, novelas, telejornais, filmes, comerciais, seriados etc.

b) Montezano (In CITELLI, 1997) sugere ao educador para que ele desenvolva junto ao aluno o mecanismo de leitura crítica da informação, ensinando-lhe que por trás do fascínio, do encantamento, está o mito: o mito da credibilidade, da competência e da eficiência que é a televisão.

c)  Segundo Coutinho (1998, p.17), é possível considerar que todo e qualquer programa audiovisual tem um potencial educativo, desde que seja trabalhado pedagogicamente, pois esse tipo de linguagem pode ser muito produtivo, além de prazeroso, quando, tanto o professor como o aluno, explora, vê, revê um recurso audiovisual, divide e reúne de novo esse tipo de material etc.

O professor deverá utilizar-se desses materiais como fonte de aprendizado, de maneira que se ajustem aos seus propósitos educacionais. Para tanto, apresentaremos algumas indicações dos autores estudados que podem ajudar o educador na preparação de aulas com audiovisuais:

    pesquisar quais mecanismos a TV aciona para incentivar o aluno; utilizar imagens e sons como ganchos para a criação de textos e tornar as aulas mais dinâmicas e descontraídas;

    montar questões para análise de qualquer conteúdo veiculado por TV e vídeo, trabalhar tais conteúdos, mobilizando o senso crítico dos alunos;

    escolher um material que seja compatível com os interesses da classe, estimulando a atenção e os interesses dos alunos.

Porém, se isso não ocorrer, Napolitano (2001, p. 44), previne:

Caso haja resistência do grupo de alunos às experiências com novas fontes, não se desestimule. Reveja suas fontes, sua abordagem, seus procedimentos, suas estratégias. Os alunos, ao mesmo tempo em que sentem um certo tédio em relação à escola, estão acomodados em seus procedimentos e estratégias tradicionais. O bom resultado de novas experiências pode levar algum tempo.

3. Realização de uma pesquisa em busca de soluções

Participam de nossa pesquisa 20 professores de educação infantil e 20, do ensino fundamental, da rede municipal de ensino de Assis, Estado de São Paulo.

Entender a realidade em que vivem esses professores é um caminho para tentar conhecer o preparo desses profissionais frente às novas tecnologias. Por esse motivo, estamos desenvolvendo esta pesquisa, de acordo com um cronograma preestabelecido (Anexo A) e para cumpri-lo, elaboramos um questionário (Anexo B), com os seguintes objetivos:

1)  Conhecer a realidade escolar em que o profissional está inserido;

2)  Oferecer condições teóricas ao educador para que ele atue de forma organizada, versátil e interativa com os novos conhecimentos tecnológicos;

3)  Aperfeiçoar as técnicas pedagógicas, incorporando televisão, vídeo e outras mídias ao processo de ensino.

Esse questionário foi dividido em duas partes. A primeira parte é formada por questões relacionadas ao perfil do professor: dados pessoais, formação, série em que leciona e preferências de leituras.

A segunda parte é constituída de questões direcionadas ao senso crítico do educador frente às novas mídias, como opinião sobre a programação da TV brasileira, função da TV e possibilidade da introdução dos MCM como objetos de estudo; também aos trabalhos realizados em sala de aula com linguagens diferenciadas, se existe ou não um espaço reservado e quais as tarefas desenvolvidas com tais meios.

A última questão faz com que o professor realmente analise e priorize as formas de desenvolver o senso crítico dos alunos.

Após a tabulação dos resultados do questionário, faremos uma conclusão a respeito do trabalho desenvolvido pelos professores pesquisados, sugerindo subsídios teórico-práticos para o planejamento de novas atividades em sala de aula.

4. Meios de comunicação de massa na escola: isso é possível?

Após uma reflexão cuidadosa sobre as obras pesquisadas até então, verificamos que não se pode pensar em educar alguém com métodos e técnicas de ensino que não estejam de acordo com a sua realidade. Vivemos em uma época cheia de inovações tecnológicas e cada vez mais o indivíduo precisa se familiarizar com os meios eletrônicos.

A escola, como principal fonte de aprendizado, não pode ignorar a incidência de mídias eletrônicas na vida de alunos e educadores. Ela precisa se renovar e preparar os profissionais de educação para oferecerem um ensino mais interativo com os meios de comunicação de massa, de maneira que os alunos cresçam de acordo com a realidade em que vivem: cercados de informações digitais.

A escola também necessita saber como é importante formar cidadãos críticos e esclarecidos. Para isso, basta fornecer subsídios e condições (pedagógicas, físicas, materiais etc) para que os professores realizem efetivamente um trabalho de conscientização e aprimoramento cultural intelectual.

A introdução dos meios de comunicação de massa no processo pedagógico contribui para essa conscientização, pois ao mesmo tempo em que diversifica a forma de se trabalhar em sala de aula, ajuda na assimilação de fatos, idéias e relatos que acontecem cotidianamente em nossas vidas.

Não podemos confundir meios de comunicação de massa com os equipamentos propriamente ditos. A mera utilização de rádio, TV ou vídeo como aparelhos eletrônicos não ajudam em nada no processo de aprendizagem crítica, ao contrário de programas ou conteúdos veiculados por esses meios, que são uma opção de objeto de estudo.

Cada veículo comunicacional possui um espaço dentro da escola; os jornais e revistas geralmente são usados como suportes para a alfabetização, e a televisão, de maneira mais ampla em conjunto com o vídeo, para transmitir filmes e/ou programas gravados pelo professor, como suportes para outras atividades como: aulas sobre comportamento, conteúdos históricos, análise de linguagem etc.

Percebemos a influência desses veículos na vida particular das pessoas, principalmente, a da televisão. Essa é uma realidade que temos que conviver, pois esses meios estão inseridos na vida moderna, assim é indispensável uma preparação básica para uma convivência crítica e reflexiva. A televisão, por exemplo, que já se fixou nos lares, sugere modas, induz ao consumo e molda comportamentos; portanto, um telespectador acrítico e passivo poderá se transformar em um agente fora da realidade em que vive, movido por fantasias e ilusões. Normalmente, uma criança ou adolescente passa mais tempo diante da TV do que dentro da sala de aula; isso é um fato que não pode ser ignorado por professores e instituições educacionais.

A TV pode ser incorporada no cotidiano escolar como fonte de aprendizado, articuladora de habilidades, atividades e conteúdos, assim como criadora de debates. Dessa maneira, seria mais fácil prender a atenção dos alunos, acelerando de forma descontraída o processo de aprendizagem.

5. Referências

CITELLI, Adilson O. “Escola e meios de massa”. In: CITELLI, Adilson O. (coord.) Aprender e ensinar com textos não escolares. São Paulo: Cortez, 1997, v.3, p.17-28.

COUTINHO, Laura. Diferentes gêneros de programas. Brasília: MEC/SEED, 1998. p.17-22. (Salto para o Futuro, v.3)

HOINEFF, Nelson. A nova televisão: desmassificação e o impasse das grandes redes. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1996.

MARCONDES FILHO, Ciro. Televisão. São Paulo: Scipione, 1994.

_____. Televisão: a vida pelo vídeo. São Paulo: Moderna, 1988.

MONTEZANO, Patrícia C. “Telejornal: o cotidiano em sala de aula”. In: CITELLI, Adilson (coord.) Aprender e ensinar com textos não escolares. São Paulo: Cortez, 1997, v.3, p.63-78.

MORAN, José Manuel. Os meios de comunicação na escola. São Paulo: FDE, 1990. p.21-28. (Série Idéias, 9)

NAPOLITANO, Marcos. Como usar a televisão na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2001.

PORTO, Tania Maria Esperon. A televisão na escola... Afinal, que pedagogia é esta? Araraquara/SP: JM Editora, 2000.

SOUZA, Jésus Barbosa de. Meios de comunicação de massa: jornal, televisão, rádio. São Paulo: Scipione, 1996.

ANEXO A - Cronograma

    01 de outubro a 20 de outubro de 2001: preparo do pré-projeto.

    21 de outubro de 2001 a 31 de janeiro de 2002: leitura bibliográfica, levantamento de idéias, fichamento bibliográfico e formulação do questionário informativo docente.

    Mês de fevereiro de 2002: coleta de dados junto a professores de educação infantil e do ensino fundamental do município de Assis.

    Mês de março de 2002: análise dos dados coletados.

    Meses de abril e maio de 2002: revisão final da bibliografia e da documentação.

    Meses de junho a julho de 2002: redação provisória e digitação.

    01 de setembro a 15 de outubro de 2002: revisão do texto definitivo, correções, alterações, digitação final, impressão e encadernação.

    Mês de agosto de 2002: redação definitiva.

ANEXO B - Questionário informativo

1ª Parte

Nome completo (opcional): _____________________________________

Idade: _____________________________Fone: _____________________

Formação:(___) Ensino médio (___) Ensino Superior

Se tiver curso superior, indique qual _______________________________

Atualmente está estudando (cursos, especializações, pesquisas)?

(___) Sim (___) Não

Se respondeu sim, diga qual _____________________________________

Para qual série você leciona?

___________________________________________________________

___________________________________________________________

1) Você gosta de ler? (___) muito (___) pouco (___) nunca

Por quê?_____________________________________________________

____________________________________________________________

Nas questões 2 e 3, você poderá assinalar mais de uma alternativa.

2) Que tipo de leitura você gosta?

(___) romances (___) somente livros de sua área (___) jornais

(___) revistas (___) outros _______________________________

3) Em jornais e revistas, quais assuntos prefere?

(___) notícias de um modo geral (___) notícias populares

(___) esportes (___) cotidiano

(___) histórias em quadrinhos (___) política

(___) variedades (___) economia

2ª Parte

1) De modo geral, você considera a programação da TV brasileira:

(___) boa

(___) regular

(___) ruim

2) Qual deveria ser a principal função da televisão?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

3) A introdução dos Meios de Comunicação de Massa (MCM) como objeto de estudo escolar pode ser um caminho para levar o professor e o aluno a serem transformadores da realidade?

(___) Sim (___) Não

Por quê?_______________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

4) Na sua opinião:

a) (___) somente a escola pode transmitir conhecimento

b) (___) os MCM podem substituir a escola para obtenção de conhecimento

c) (___) a escola pode trabalhar de maneira inovadora com os MCM

d) (___) outros________________________________________________

5) Marque com (X) as linguagens não-escolares que circulam em sua sala de aula.

(___) programas de rádio

( ) televisão

( ) vídeo

( ) jornais

( ) revistas

6) Você gosta de usar a TV e/ou vídeo como recurso didático?

(___) Sim (___) Não

Por quê? ___________________________________________________________

7) Que tipo de trabalho(s) você desenvolve com TV e/ou vídeo?

(___) assistir a um programa (___) dramatizá-lo

(___) discuti-lo (___) reescrevê-lo

(___) outros________________________

8) Numere as alternativas abaixo, de 1 a 6, em ordem de preferência.

É possível formar cidadãos críticos com base na análise de programas, filmes, propagandas veiculados pela TV se houver:

(___) discussão do programa assistido com o aluno

(___) vivência de uma experiência crítica (aluno e/ou professor)

(___) preparo e informação sobre o assunto por parte do educador

(___) abertura na escola para esse tipo de trabalho

(___) comparação das diferentes versões de um mesmo fato em vários veículos

(___) uso desses meios como objetos de ensino

Notas

*   Este trabalho faz parte do Programa de Iniciação Científica – PIC – IMESA (Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis), Assis/SP.