Trabalhos Completos



Lista por Eventos

Jornalismo [ voltar ]

1024-1 - "RAINHA DOS PSEUDO-EVENTOS": AS NOTÍCIAS SOBRE XUXA NAS REVISTAS AMIGA E CONTIGO
Vanessa Patricia Monteiro Campos (PUC-Rio)
Evento: Jornalismo
Com base no conceito criado pelo historiador americano Daniel J. Boorstin, este trabalho pretende debater como a mídia contemporânea utiliza  pseudo-eventos para suprir a crescente necessidade de informação a ser divulgada para um público cada vez mais ávido de notícias sensacionais e/ou inéditas. Exemplo deste fenômeno é a cobertura das celebridades nas páginas das revistas especializadas e partiremos de uma análise de artigos sobre Xuxa Meneghel, publicadas nas revistas Amiga e Contigo entre 1986 e 1992, para ilustrar a importância dos  pseudo-eventos na cobertura da vida da artista conhecida como a  Rainha dos Baixinhos .
Palavras-chave: Mídia, Contemporânea, Pseudo-evento, Celebridade

1536-1 - A (RE)CONFIGURAÇÃO DO TEMPO NARRADO: A INSERÇÃO DE PERSONAGENS CRIMINAIS EM UM CONTINUUM FLUXO NARRATIVO JORNALÍSTICO DE REFERÊNCIA
Mirella Bravo de Souza (UFF)
Evento: Jornalismo
O artigo tem como base uma dissertação que perseguiu como hipótese principal a existência de um único fluxo narrativo em que estão inseridas as notícias sobre Lúcio Flávio Vilar Lírio e Leonardo Pareja. Esse fluxo se divide, para fins de análise, em fluxo do tema e fluxo das estratégias narrativas. O primeiro trata do conteúdo; o segundo, da forma. Os dois se encaixam dentro do processo de configuração pelo agente mediador jornalista-narrador. O pressuposto fundamental é que notícias são histórias, ou seja, construções narrativas. Por isso, apoiada na Tríplice Mimese de Paul Ricoeur, uma concepção que privilegia o processo e indica que a ação narrativa se fundamenta nos três atos miméticos interligados - prefiguração, configuração e refiguração-, estuda a construção das histórias criminais para comprovar a existência do fluxo e descrever como o jornal produz memória e recria mitos.
Palavras-chave: narrativa, jornalismo, mito, memória

1863-1 - A ARTE DE NEGOCIAR A NOTÍCIA. A EXPERIÊNCIA DE 35 ANOS DO JORNAL-LABORATÓRIO CAMPUS DA UNB
Thais de Mendonça Jorge (UnB), Márcia Marques (UNB)
Evento: Jornalismo
Este trabalho apresenta a experiência pedagógica do jornal-laboratório Campus da Universidade de Brasília, que completou 35 anos de existência em novembro de 2005 e tem mais de 300 edições. O veículo, produzido quinzenalmente pelos alunos de 6º semestre da Faculdade de Comunicação, acompanha a trajetória político-econômica do país, a evolução da sociedade, seu comportamento e sua cultura. Para além da construção da notícia em uma redação, esta experiência do Campus envolve compartilhamento do conhecimento, a partir da relação da teoria da notícia com os conceitos de trabalho em equipe, organização de processos de produção e avaliação crítica das tarefas. São os alunos que exercem todas as funções dentro do jornal, desde os projetos gráfico e editorial até a distribuição, e essa atividade contribui para formá-los como profissionais e como cidadãos.
Palavras-chave: Jornalismo, teoria e prática, Ensino do jornalismo, Jornal-laboratório, Didática da notícia, Notícia

1221-1 - A CONSTRUÇÃO DA IMAGEM DO PODER NAS ARTICULAÇÕES DO DISCURSO JORNALÍSTICO.
Joanita Mota de Ataide (UFMA)
Evento: Jornalismo
Este artigo propõe o estudo do Jornalismo como instituição republicana e como prática discursiva, concebendo discurso como uma conjugação de lugares, onde encontramos os sujeitos da enunciação. Situamos nossa questão central nas relações entre Poder e Saber, mediadas pelo discurso produzido pela instituição jornalística. Supomos o discurso jornalístico como organizado por uma pragmática híbrida de ciência e ficção, que contribui na promoção de identificações imaginárias e construção dos laços sociais.
Palavras-chave: Jornalismo, Instituição, Discurso, Poder

947-1 - A CONSTRUÇÃO DA VERDADE DOS FATOS NO JORNAL: O PARADIGMA DA PRODUÇÃO DA NOTÍCIA EM DESTAQUE
Erotilde Honório Sila (Unifor)
Evento: Jornalismo
Este trabalho analisa a cobertura noticiosa que retrata um confronto envolvendo um grupo de Sem-Teto e a polícia militar, na desocupação de uma área no Parque Oeste Industrial, em Goiânia realizada pelos jornais O Povo e Diário do Nordeste, que se constituem nos dois periódicos de maior circulação de Fortaleza, capital do Estado do Ceará. Este material jornalístico apresenta em seu conteúdo um locus privilegiado para pensar os critérios de noticiabilidade presentes nos dois jornais que se posicionam, em vários sentidos, no interior de conceitos como os de objetividade, neutralidade e imparcialidade. O ponto de partida é o chamado  paradigma da produção da notícia numa tentativa de análise dos fatores intra-jornalísticos que condicionam os critérios de noticiabilidade  requisitados pelo campo jornalístico.
Palavras-chave: noticiabilidade, objetividade, parcialidade, neutralidade

1447-1 - A FOME NA IMPRENSA. UM ESTUDO SOBRE CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE NO JORNAL FOLHA DE S. PAULO
Luis Celestino de França Júnior (UERJ)
Evento: Jornalismo
Vivenciada por milhões de pessoas no mundo e no Brasil, a fome é assunto de debates políticos e de pesquisas em diversas áreas, como economia, medicina, sociologia etc. Mesmo dada sua relevância no contexto da sociedade brasileira, são raros os estudos sobre a abordagem que a mídia faz sobre o tema. O presente artigo busca ajudar a ocupar essa lacuna propondo uma leitura sobre a cobertura noticiosa do jornal Folha de S. Paulo durante dez anos: de 1995 a 2004. Utilizando textos da área de teoria estruturalista e construcionista da notícia procura identificar os critérios de noticiabilidade da fome no período.
Palavras-chave: Fome, Teoria da notícia, programa Fome Zero, seca

363-1 - A FOTOGRAFIA DE IMPRENSA E O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL EM JUIZ DE FORA (1870  1940)
Jorge Carlos Felz Ferreira (FESJF)
Evento: Jornalismo
Este trabalho procura resgatar a história da fotografia de imprensa na cidade de Juiz de Fora a partir da década de 1870. Este período é importante na medida em que vemos surgir neste período diversos jornais que irão durar até a primeira metade do século XX e que, logo irão utilizar-se da imagem fotográfica, seja para a produção de gravuras e ilustrações seja, posteriormente como autotipia. Nosso objeto ou universo de estudo restringir-se-á a estes jornais, publicados regularmente entre 1870 e 1940 na cidade de Juiz de Fora. Pretende-se ainda resgatar as relações desses jornais com as estruturas políticas e culturais da época e a contribuição das imagens fotográficas para a construção do imaginário urbano e para a construção de uma identidade tipicamente juizforana.
Palavras-chave: Jornalismo, História da Imprensa, Fotografia, Fotojornalismo Brasileiro

1533-1 - A FOTOGRAFIA DE IMPRENSA NOS JORNAIS DIÁRIOS CARIOCAS ENTRE AS DÉCADAS DE 1950 E 1960.
Silvana Louzada da Silva (UFF)
Evento: Jornalismo
O artigo discute as transformações vividas pelo fotojornalismo nos jornais cariocas nos anos 1950 e o começo dos anos 1960, período considerado como marco da modernização da imprensa. E um período de significativas transformações no fotojornalismo nos jornais diários. A proposta deste artigo é discutir a inserção da fotografia em dois destes jornais Última Hora e Jornal do Brasil em seus momentos fundadores na relação com a fotografia:a criação de Última Hora e as reformas do Jornal do Brasil. Procura também examinar algumas das narrativas míticas criadas em torno dos periódicos buscando referendar, a partir da pesquisa do material empírico realizada até o momento, os pressupostos geralmente atribuídos a ambos, especialmente como fundadores de um  novo Jornalismo e, especialmente, de  berço do fotojornalismo nos jornais diários .
Palavras-chave: fotojornalismo, fotografia, objetividade, modernidade, história do jornalismo

105-1 - A GRANDE IMPRENSA PAULISTA E A IMAGEM DO PT PRÉ-MENSALÃO: AS COBERTURAS DAS DENÚNCIAS DO CASO CPEM (1997) NO ESTADÃO E NA FOLHA
Paulo Roberto Figueira Leal (UFJF)
Evento: Jornalismo
Já em 1997- quando das denúncias de corrupção envolvendo a empresa de consultoria CPEM e prefeituras petistas de São Paulo -, as produções noticiosas do Estadão e da Folha enfatizavam a não diferenciação do PT em relação a outros partidos. Os enquadramentos jornalísticos dados pelos jornais na cobertura daquelas denúncias, contudo, mostraram-se distintos: enquanto as escolhas editoriais do Estado foram preferencialmente por reportagens com estilo editorializado e centradas no PT, as da Folha enfatizaram as relações promíscuas entre consultorias e prefeituras (não apenas as petistas). Paulo Roberto Figueira Leal é doutor e mestre em Ciência Política pelo Iuperj, jornalista pela UFRJ. Professor Adjunto da Facom-UFJF. Autor dos livros O PT e o dilema da representação política (Editora da Fundação Getúlio Vargas, 2005) e Os debates petistas no final dos anos 90 (Editora Sotese, 2004).
Palavras-chave: Jornalismo impresso, Enquadramento de mídia, Ênfase editorial

505-1 - A IDENTIDADE VISUAL E O FOTOJORNALISMO ATINGEM NOVOS PATAMARES COM A INTRODUÇÃO DE SISTEMAS MODULARES E DA DIGITALIZAÇÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EM UM JORNAL DIÁRIO
Walter Teixeira Lima Junior (FaCasper/Metodista)
Evento: Jornalismo
O artigo analisa as modificações ocorridas no processo de planejamento visual dos jornais impressos, com periodicidade diária, devido à introdução das tecnologias modulação eletrônica de notícias e imagens, além do advento da fotografia digital. Essas ferramentas contribuíram para diminuição dos prazos de fechamento, fatores críticos em uma produção industrial, inverteram procedimentos de edição e padronizaram os elementos visuais, que contribuem na consolidação da identidade visual da publicação, um dos fatores decisivos de diferenciação perante a concorrência.
Palavras-chave: jornalismo, planejamento grágico, fotojornalismo, editoração eletrônica

431-1 - A IMPRENSA SUL-RIO-GRANDENSE ENTRE 1870 E 1837: DISCUSSÃO SOBR CRITÉRIOS PARA UMA PERIODIZAÇÃO
Antonio Carlos Hohlfeldt (PUCRS), Fábio Flores Rausch (PUCRS)
Evento: Jornalismo
O presente trabalho discute critérios de periodização para a história da imprensa, abordando especialmente a periodização para a história da imprensa sul-rio-gandense, tomando como base o período entre 1870 e 1937, caracterizado pela imprensa partidário-ideológica. Defende-se, aqui, que a periodização deva assumir referenciais estritamente vinculados à própria evolução da área, e não aqueles ligados a outras disciplinas ou campos de conhecimento, como a historiografia política ou social. Mais que isso, defende-se que a datação não pode se restringir a períodos estanques, uma vez que cada um deles se imbrica no anterior e no posterior.
Palavras-chave: história da imprensa, imprensa sl-rio-grandense, imprensa partidária, A Federação

1694-1 - A MÍDIA COMO ESPAÇO DE GUERRAS DISCURSIVAS: O CASO DO GÁS BOLIVIANO
Margarethe Born Steinberger-elias (PUC-SP)
Evento: Jornalismo
Segundo o método genealógico e crítico de Foucault em sua aula inaugural no Collège de France em 1970, o discurso não traduz lutas que se travam na sociedade, mas ele é aquilo pelo qual se luta. Este trabalho traz evidências contra a concepção da mídia como espaço público de disputa dos discursos sociais. Baseando-se numa análise dos discursos jornalísticos sobre a nacionalização do gás boliviano (Folha de S.Paulo), estudam-se as vozes representativas das diferentes posições envolvidas no conflito, tomando como referência a primeira semana de notícias até a reunião dos presidentes de Brasil, Bolívia, Argentina e Venezuela. Os primeiros resultados apontam para uma reavaliação do papel da mídia no espaço público.
Palavras-chave: Análise de discurso, Jornalismo, geopolítica, América Latina, imaginário internacional

1144-1 - A NARRATIVA JORNALÍTICA: DRAMAS DA VIDA REAL
Sonia Maria Lanza (PUCSP)
Evento: Jornalismo
Este trabalho reflete o texto jornalístico e sua narratividade, como os fatos são recontados pela mídia de tal forma a torna-lo dramatizado. Um fato que tem sido pauta constante nos jornais é a morte. O homem sempre tentou explicar a acepção da morte. A ciência, a religião, a arte, a mídia, todas as áreas do conhecimento têm experienciado a complexidade do tema. Ter consciência da morte é perder a individualidade. Por isso, rituais que ora enfatizam a morte como algo a ser conscientizado pelo homem, ora como aquilo que nos aterroriza, parecem amenizar esta condição do homem. A morte no jornalismo é cotidianamente retratada como realidade, fato que pode chocar o leitor, mas também há textos que se transformam em narrativas quase ficcionais, que mitigam o peso do caso. São verdadeiros dramas da vida real.
Palavras-chave: jornalismo, narrativas, dramas, morte

60-1 - A RELAÇÃO DA MUITO NOTÁVEL PERDA DO GALEÃO GRANDE SÃO JOÃO E A GÉNESE DO JORNALISMO LUSÓFONO
Jorge Pedro Almeida Silva E Sousa (UFP)
Evento: Jornalismo
Se excluirmos os dispositivos pré-jornalísticos, pode localizar-se no século XVI o nascimento do jornalismo português e, por extensão, do jornalismo lusófono, pois foi nessa época que surgiram as primeiras folhas volantes noticiosas portuguesas com relatos sobre ocorrências recentes. Não se sabe qual foi a primeira folha noticiosa ocasional portuguesa, mas, entre as que subsistiram, uma das mais sérias candidatas a esse título é a Relação [História] da Muito Notável Perda do Galeão Grande São João, cuja primeira edição poderá ter sido impressa entre 1555 e 1556. Neste trabalho, tentaremos mostrar que os conteúdos dessa história se adaptam às formas de narrar anteriores e indiciam as circunstâncias em que a narrativa foi produzida e tentaremos provar a sua condição de reportagem.
Palavras-chave: história do jornalismo, relações de naufrágios, análise do discurso, reportagem

1088-2 - A TERRA E O TEXTO DEZ ANOS DEPOIS: AINDA O MESMO CONFRONTO?
Daiane Boelhouwer Menezes (PUCRS)
Evento: Jornalismo
Este artigo se propôs a conferir se havia necessidade de alguma atualização da tese  Campos em confronto: a terra e o texto de Christa Berger, dez anos depois de sua realização. Do mesmo modo que Berger, analisamos a relação estabelecida entre o Movimento Sem Terra (MST) e o jornal Zero Hora (ZH). O corpus da pesquisa foi composto por notícias, editoriais, artigos, colunas e cartas de leitores publicados na ZH, que mencionaram o MST ou a reforma agrária, durante o mês de março de 2006. Este mês é representativo porque aconteceu, no Rio Grande do Sul, a invasão de uma fazenda, a 2ª Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural, organizada pela ONU/FAO e um episódio de destruição de um viveiro de mudas de eucalipto em protesto contra a expansão da monocultura desta árvore. Os resultados mostraram que o livro citado continua extremamente atual.
Palavras-chave: Jornalismo, Zero Hora, MST, Reforma Agrária, Representações Sociais

1381-1 - AS CARACTERÍSTICAS DO JORNALISMO DIGITAL NOS WEBJORNAIS DO GRUPO RBS
Luciana Pellin Mielniczuk (UFSM), Gustavo Hermes Hennemann (UFSM)
Evento: Jornalismo
Trata-se de um estudo descritivo sobre o jornalismo digital no Grupo RBS. O texto apresenta questões relacionadas à história do jornalismo digital no Grupo, bem como aspectos administrativos e de rotinas de produção. É realizada a descrição dos produtos jornalísticos disponibilizados na internet, além de uma análise sobre a utilização, no portal e nos webjornais, das seis características do jornalismo digital (interatividade, hipertextualidade, multimidialidade, personalização, memória e atualização contínua).
Palavras-chave: jornalismo digital, Grupo RBS, webjornais

1939-1 - ASSESSORIA DE IMPRENSA NO CURSO DE JORNALISMO: FORMAÇÃO E EXIGÊNCIAS DO MERCADO
Denise Tavares da Silva (PUC-Campinas), Cecilia Toledo (PUC-CAMPINAS)
Evento: Jornalismo
Este artigo apresenta um dos aspectos que envolve a discussão em torno da formação do jornalista, que é a definição da grade curricular a partir de um diagnóstico, também, do mercado de trabalho. Neste sentido, destaca aqui o crescimento das assessorias de imprensa na região como mercado que mais tem acolhido o profissional recém-formado pela PUC-Campinas, procurando desenhar as possíveis mudanças que tal realidade exerce sobre o currículo tendo em vista um perfil de egresso. Para maior objetividade, dado o limite do formato deste artigo, o texto tem como referência o atual programa da disciplina Jornalismo Empresarial e Institucional, oferecida no penúltimo (7º) semestre do Curso.
Palavras-chave: Assessoria de imprensa, jornalismo empresarial, assessoria de comunicação, ; mercado de trabalho, graduação de Jornalismo

1271-1 - BLOG DO NOBLAT E ESCÂNDALO MIDIÁTICO: JORNALISMO SOBRE NOVAS BASES
Juliana Lúcia Escobar (UERJ)
Evento: Jornalismo
Defendemos neste artigo a idéia de que a conjunção de fatores de ordem técnica (existência de uma tecnologia específica), humana (apropriação profissional desta tecnologia) e social (contexto configurado pela eclosão de um escândalo político e posterior crise) foi o que possibilitou a consolidação e legitimação do Blog do Noblat como um importante veículo jornalístico de cobertura política. Acreditamos que a apropriação que o jornalista Ricardo Noblat fez desta ferramenta configura-se como um modelo exemplar da maneira como os blogs estão sendo utilizados como veículos jornalísticos no Brasil.
Palavras-chave: Jornalismo Digital, Blog, Escândalo Midiático

1009-1 - CIDADANIA NO ENSINO DE JORNALISMO: UMA EXPERIÊNCIA ALÉM DO CURRÍCULO
Enio Moraes Júnior (USP)
Evento: Jornalismo
RESUMO: A formação cidadã do jornalista tem um papel importante no desenvolvimento das suas habilidades de observador social e de articulador de idéias. Este estudo  tomando como referência o curso de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo  relativiza que esta formação cidadã contemplada no currículo de graduação ultrapassa esta grade e encontra respaldo na relação discente  docente, na produção laboratorial e nos trabalhos de conclusão de curso. MINICURRÍCULO (Enio Moraes Júnior): Jornalista, mestre em Ciências da Comunicação pela ECA / USP e especialista em Jornalismo Político e Econômico. Leciona nos cursos de Jornalismo das Faculdades Integradas Alcântara Machado (Fiam) e do Centro Universitário Nove de Julho (Uninove), em São Paulo.
Palavras-chave: Jornalismo, Formação Superior, Cidadania

1542-1 - COLUNISTAS ENTRE O SIM E O NÃO: O REFERENDO SOBRE AS ARMAS DE FOGO SEGUNDO AS COLUNAS DE NOTAS DE JORNAIS CARIOCAS.
Rogério Martins de Souza (UFRJ)
Evento: Jornalismo
O trabalho pretende analisar a cobertura jornalística sobre o referendo acerca da comercialização de armas de fogo em território brasileiro, realizado em outubro de 2005. Ele toma como corpus notícias divulgadas em colunas de notas da mídia impressa no Rio de Janeiro. Pretende-se aqui analisar como um fato que obteve ampla divulgação em todos os meios de comunicação foi levado ao leitor especificamente pelas colunas jornalísticas no Rio. Este trabalho é parte das pesquisas de minha tese de doutorado, que procura estudar as colunas de notas no jornalismo brasileiro, e também analisar como se apresenta a linguagem deste peculiar estilo jornalístico nos dias de hoje.
Palavras-chave: Colunismo, linguagem jornalística, política, mídia

175-1 - COMBATE À CORRUPÇÃO NAS PUBLICAÇÕES VEJA E SUPERINTERESSANTE: UMA ANÁLISE COMPARATIVA TEXTUAL E IMAGÉTICA
Cristiane Machado Módolo (UNESP)
Evento: Jornalismo
O combate à corrupção têm sido tema recorrente nas mídias, em especial na impressa. Dentro desse contexto, duas revistas da Editora Abril dedicaram espaço a esse assunto, utilizando diferentes recursos para abordá-lo: enquanto Veja optou pelo esquema tradicional de publicar matérias (predominância do texto escrito), a Superinteressante usou o recurso da infografia (predominância da imagem). Para começar, este trabalho dedica-se a construir uma retrospectiva do nascimento das revistas no Brasil e suas principais características até a utilização, em larga escala, dos infográficos. Em seguida, são abordados os principais fatores da linguagem infográfica. Em último lugar, por meio da comparação entre os meios impressos citados acima, visa-se demonstrar as diferenças e semelhanças no tratamento da informação jornalística, neste caso, a corrupção.
Palavras-chave: Jornalismo impresso, linguagens jornalísticas, texto verbal e visual, infografia

564-1 - CORPO, SAÚDE E BELEZA: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NAS REVISTAS FEMININAS
Denise da Costa Oliveira Siqueira (UERJ), Aline Almeida de Faria (UERJ)
Evento: Jornalismo
O corpo é questão contemporânea que encontra campo para investigação no universo da comunicação. Sujeito, objeto, meio ou instrumento de comunicação verbal e não-verbal, o corpo é cultura e natureza, biologia e antropologia. Tomando como perspectiva uma visão multidisciplinar, o objetivo deste trabalho é refletir sobre o modo como o jornalismo impresso representa e propaga os conceitos de corpo feminino saudável. Para a realização da pesquisa foram feitas leituras de estudos sobre corpo e consultas aos arquivos da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Durante as consultas ao acervo original foram selecionadas em uma amostra não-probabilística por escolha exemplares de seis revistas brasileiras voltadas para público feminino. As publicações da segunda metade do século XX e início do XXI ilustram as mudanças nos conceitos de corpo saudável e na abordagem desses conceitos pelo jornalismo.
Palavras-chave: Jornalismo e representações so, revistas femininas, história do jornalismo, corpo

1143-1 - CORPO-NECESSÁRIO NO TELEJORNAL: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS SOBRE O CORPO NO DISCURSO DO RISCO
Camila Braga Medina (ECO/UFRJ)
Evento: Jornalismo
Este trabalho mostra os resultados de um estudo que procura compreender qual o papel dos meios de comunicação, em especial o da televisão, na construção de subjetividades e na disseminação do ideal de um corpo-necessário, que visa não só a beleza, mas principalmente a saúde. Para isso, procura-se associar as representações sociais acerca do corpo no discurso telejornalístico (tomado pelo senso comum como sendo porta-voz do discurso científico e, portanto, verdadeiro) ao contexto da sociedade do risco, tendo em vista que, na contemporaneidade, é a partir desse conceito que se configuram uma série de dispositivos de controle social. Por isso, faz-se necessário também um breve panorama histórico das relações entre corpo, poder e subjetividade, para que se percebam as bases sobre as quais se efetiva tal discurso.
Palavras-chave: Corpo e telejornalismo, Corpo e subjetividade, Corpo e risco, Discurso telejornalístico

613-1 - COUTINHO NA TV: UM CINEASTA DE ESQUERDA FAZENDO JORNALISMO.
Igor Pinto Sacramento (UFRJ)
Evento: Jornalismo
Este trabalho investiga a produção de Eduardo Coutinho no Globo Repórter da Rede Globo, lembrando sua formação como cineasta de esquerda nos anos 1960. Na televisão, Coutinho dirigiu documentários como Seis Dias de Ouricuri (1976), Theodorico, o Imperador do Sertão (1978) e Exu, uma Tragédia Sertaneja (1979), que, embora não sejam revolucionários, são críticos da realidade brasileira, ao problematizarem, de maneiras distintas, as condições do povo sertanejo. Na análise dos programas, discuto os alcances e os limites do impacto da indústria cultural sobre as escolhas estéticas e as posições políticas do artista.
Palavras-chave: Eduardo Coutinho, Cineasta de Esquerda, Televisão, Jornalismo

1400-1 - CREDIBILIDADE JORNALÍSTICA, CONCEITO EM TRANSIÇÃO
Demétrio de Azeredo Soster (Unisc)
Evento: Jornalismo
Este artigo parte do pressuposto que o modo credibilidade jornalística é afetado substancialmente pelo aporte de novas tecnologias de comunicação, em especial a Internet. Os webjornais são o aspecto mais visível desta alteração. Se isso se dá desta forma, deve-se, entre outros, ao fato de o constructo credibilidade estar relacionado a uma lógica de referencialidade externa, própria de suportes como rádio, jornal e televisão, ao passo que os webjornais operam de maneira auto-referencial. Não se trata de dizer que os webjornais têm mais ou menos credibilidade que seus pares, mas sim observar que o conceito parece insuficiente para dar conta do novo formato de jornalismo representado pelos webjornais.
Palavras-chave: Jornalismo, webjornalismo, credibilidade, Internet

1329-1 - CRIANÇAS EM RISCO. O ESPAÇO LATINO-AMERICANO NA IMPRENSA PORTUGUESA
Maria Cristina Mendes da Ponte (UNL)
Evento: Jornalismo
A partir da resistência à alteração de padrões jornalísticos na cobertura de notícias de violência envolvendo crianças e adolescentes em situação de risco social, encontrada nos estudos da ANDI, este trabalho defende a necessidade de integrar a cobertura da violência envolvendo os mais novos no contexto das diferentes mediações com que certos riscos são cobertos e como são cobertos, enquanto outros riscos são ignorados. A associação de crianças ao crescimento do discurso do medo é apreciada na cobertura do Brasil e da América Latina pelos dois principais jornais de referência portugueses, em 2005, bem como no enquadramento arrastão brasileiro que marcou uma ocorrência de praia, no país, em Junho desse ano.
Palavras-chave: Jornalismo, Crianças, Discurso de risco, Notícia

479-1 - CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE NO JORNALISMO INVESTIGATIVO: UM ESTUDO PRELIMINAR
Leonel Azevedo de Aguiar (PUC-Rio)
Evento: Jornalismo
A proposta deste artigo é introduzir uma discussão sobre os critérios de noticiabilidade e os valores-notícia que permeiam a produção do jornalismo investigativo. Para esta tarefa, pretende debater determinadas questões relativas ao campo da Teoria do Jornalismo, em especial os estudos sobre os emissores e os processos produtivos nas empresas jornalísticas. Partindo da premissa de que os meios de comunicação de massa são dispositivos que produzem uma representação social da realidade, vamos colocar em confronto algumas teorias para a análise do jornalismo impresso e entender os procedimentos metodológicos das pesquisas que afirmam a notícia como uma construção narrativa do real.
Palavras-chave: Teoria do Jornalismo, jornalismo investigativo, noticiabilidade, representação social

1591-2 - CRÔNICA E JORNALISMO: A CRÔNICA NO CONTEXTO ATUAL DO JORNAL A FOLHA DE SÃO PAULO
Verônica Dantas Meneses (UFT), Lara Cavalcante da Silva (UFT)
Evento: Jornalismo
O presente artigo busca apresentar o lugar da crônica no contexto do jornalismo atual por meio da análise do Jornal A Folha de São Paulo. Cercada por várias polêmicas, a crônica, hoje, possui um espaço cativo nos diversos formatos jornalísticos (impressos ou eletrônicos); sua presença e suas características revelam que o gênero pode funcionar como um escape ao tecnicismo e aos mitos da neutralidade e objetividade presentes no fazer jornalístico. A análise apontou para o fato de a crônica exercer uma posição peculiar no jornal tendo em vista que ela ocupa um espaço considerável no impresso, aborda as mesmas temáticas que os artigos opinativos e as notícias, além de tratar temas atuais, factuais, de forma crítica e mais subjetiva, alertando para essa busca constante do jornalista.
Palavras-chave: crônica, jornalismo, subjetividade

507-1 - ENTRE A OBJETIVIDADE E A VIGILÂNCIA: CONTRADIÇÕES DO TRABALHO E DA IDENTIDADE JORNALÍSTICOS
Fernanda Lima Lopes (UFRJ)
Evento: Jornalismo
O presente artigo põe em confronto duas representações da identidade jornalística: observador distante dos fatos, tendo a objetividade como valor a ser seguido, versus profissional com a responsabilidade de ser um vigia social, cujo papel é denunciar, investigar e apontar os que cometem deslizes. Com isso, pretende-se analisar como a formação identitária do grupo dos jornalistas nem sempre é constituída a partir de elementos congruentes, mas pode ser também fruto de misturas e aparentes contradições./Graduada em abril de 2003 pela Universidade Federal de Minas Gerais em Comunicação Social/Jornalismo. Atualmente, aluna de Mestrado em Comunicação da UFRJ. E-mail: ferdynanda@yahoo.com.
Palavras-chave: Objetividade, vigia social, missão jornalística, identidade jornalística

1460-2 - ESCÂNDALO OU NOTÍCIA: OS DISCURSOS CONSTRUÍDOS PELAS REVISTAS VEJA E CARTA CAPITAL SOBRE AS DENÚNCIAS CONTRA O PT E O GOVERNO LULA
Denis Porto Renó (UNICOC), Taís Rios Salomão de Souza (UMESP), Cládio Marcos Silva (UMESP)
Evento: Jornalismo
O Brasil assistiu a mais um escândalo político envolvendo representantes do povo, poder e dinheiro. E, mais uma vez, a mídia posicionou-se favorável a um ou outro lado. De certa forma, a mídia foi, novamente, co-responsável pela construção do bandido e do mocinho, utilizando-se de seu poder midiático e de suas ferramentas comunicacionais para exercer esse papel, merecedora de discussão quanto ao seu valor ético e moral. Por esses preceitos, justifica-se o estudo desse artigo, que analisa o papel exercido por duas importantes revistas brasileiras, uma de caráter massivo, populista, e a outra definida como forte formadora de opinião, lida pela elite e por um grupo de pessoas que definem ou redefinem os caminhos da nação, muitas vezes dos bastidores. Trata-se de um olhar crítico ao serviço que os dois recortes midiáticos têm realizado ante a missão majoritária da imprensa: a de informar.
Palavras-chave: jornalismo, discurso, comunicação

1467-1 - ESTÁ NA HORA DE VOTAR! REFLEXÃO SOBRE A TEMÁTICA MULHER E POLÍTICA N A GAZETA DOS ANOS 1930 E 1940
Gisely Valentim Vaz Coelho Hime (UniFIAMFAAM)
Evento: Jornalismo
Este artigo pretende averiguar a proposta editorial do vespertino paulistano A Gazeta em relação à temática Mulher e Política, nos anos 1930 e 1940, tendo em vista sua posição privilegiada entre as publicações mais modernas do Brasil, naquele período, e sua visão de vanguarda em relação ao papel da mulher na sociedade. Nessa perspectiva, foram analisados o espaço que A Gazeta dedica à cobertura do tema: colunas fixas e móveis; cobertura da atuação do Movimento Feminista no Brasil e no Exterior; da luta pelo direito ao voto; das principais conquistas registradas no período; dos novos cargos ocupados; como também o apoio e as críticas do vespertino às atividades do Movimento Feminista.
Palavras-chave: JORNALISMO - SÃO PAULO, HISTÓRIA - BRASIL, MULHER - POLÍTICA, EMANCIPAÇÃO FEMININA

1017-1 - ESTADO E COMUNICAÇÃO NO BRASIL: AS RELAÇÕES DA IMPRENSA COM O PODER NOS ANOS 1960.
Marialva Carlos Barbosa (UFF)
Evento: Jornalismo
A pesquisa tem por objetivo básico pensar a questão dos meios de comunicação no Brasil, levando em conta a articulação fundamental entre a questão do Estado e da Comunicação. Partindo da apreciação teórico-conceitual do pensamento de Antonio Gramsci, sobretudo no tocante ao Estado, procuraremos num segundo momento refletir historicamente sobre a formação da imprensa brasileira a luz de suas relações estreitas com a sociedade política. Privilegiaremos na nossa análise a configuração da imprensa carioca nos anos 1960, enfatizando as relações que se estabeleceram com o poder em período de cerceamento da liberdade da imprensa (ditadura militar pós-64).
Palavras-chave: Estado, Imprensa, Rio de Janeiro, Público, Ditadura 64

1321-1 - FATO, TRAMA E NARRATIVA: UM DIÁLOGO ENTRE O JORNALISMO E A HISTORIOGRAFIA
Raul Hernando Osório Vargas (UNIUBE), André Azevedo da Fonseca (UNIUBE)
Evento: Jornalismo
As discussões sobre a narrativa na História podem contribuir para a problematização da narrativa jornalística? Quais são as questões que inquietam os historiadores, e de que forma os comunicólogos podem contribuir na reflexão sobre os problemas epistemológicos que envolvem a construção narrativa e a organização da trama de fatos? Este artigo pretende cruzar referenciais teóricos das duas áreas para verificar eventuais pontos de intersecção interdisciplinar entre esses campos científicos, no que tange especificamente ao encadeamento textual das narrativas jornalísticas e históricas.
Palavras-chave: Jornalismo, História, Reportagem, Historiografia

1831-1 - FLOREAL E O JORNALISMO NO TEMPO DE LIMA BARRETO
Denilson Botelho de Deus (UniCarioca)
Evento: Jornalismo
Este trabalho analisa o itinerário da inserção de Lima Barreto na imprensa do Rio de Janeiro da República Velha, traçando um perfil dos jornais e revistas em que escreveu. O período aqui estudado consiste no início da carreira literária deste escritor, abordando os anos do "anonimato" e sua passagem por pequenos e inexpressivos jornais e revistas, até a publicação do seu primeiro romance, Recordações do escrivão Isaías Caminha. Um episódio serve de eixo para a análise: a publicação de Floreal. A revista, criada em 1907, representa para o escritor a concretização do desejo de tornar-se escritor/jornalista e ao mesmo tempo torna-se um veículo da sua militância literária, além de constituir-se em espaço de construção das redes de sociabilidades indispensáveis a qualquer trajetória intelectual.
Palavras-chave: Jornalismo, História, Literatura, Lima Barreto, República

1013-1 - GENEALOGIA DO DISCURSO JORNALÍSTICO: A NOVA MORAL NIETZSCHIANA
Fabiana Piccinin (Unisc)
Evento: Jornalismo
A partir do conceito nietzschiano de moral, este artigo faz uma discussão sobre o lugar de  epistême conquistado pelas mídias na sociedade contemporânea, se detendo, especialmente no papel do jornalismo. Dentro do sistema midiático, é a instância jornalística que, ao trabalhar com a referencialidade, se institui de maneira legítima e credível, ditando regularidades e comportamentos, por se apresentar como versão de verdade. Dentro desse contexto, a reflexão proposta vai no sentido de verificar como os jornalistas, ao internalizem as regras de produção jornalística produzem as epistêmes de maneira naturalizada e sendo os primeiros censores do processo de transformação do fato em notícia. As hipóteses de como acontece a naturalização das condições produtivas na redação é explicada através do conceito de habitus de Bourdieu.
Palavras-chave: Jornalismo, Moral, Nietszche, habitus

720-1 - GRANDE IMPRENSA E ULTRALIBERALISMO: VETO AO DEBATE E IMPACTOS LOCAIS
Francisco Cesar Pinto da Fonseca (FGV/SP)
Evento: Jornalismo
Esta comunicação objetiva analisar o papel dos principais jornais brasileiros  O Globo, Jornal do Brasil, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo  quanto ao debate sobre a introdução das idéias neoliberais no país durante o Governo Collor. Por meio de editoriais, sobretudo, mas também de matérias e da opinião de colunistas, observou-se como estes jornais vetaram o debate acerca das alternativas à privatização e à abertura da economia, entre outros pontos que se constituíram em pressupostos da Agenda ultraliberal (assim definida, internacionalmente, em razão da radicalidade de seus diagnósticos e proposições). Para tanto, estigmatizaram os que pensavam diferente, simplificando e vulgarizando problemas complexos, divulgando-os em larga escala. Forjaram, com isso, o consenso acerca das idéias ultaliberais que, por seu turno, produziram enormes impactos locais.
Palavras-chave: jornalismo impresso, representações sociais, ultraliberalismo, ideologia, hegemonia

1010-1 - IMAGENS E PERSONAGENS DE FORA DO CENTRO: O PAPEL DO TELEJORNAL NA ARTICULAÇÃO DE UMA METRÓPOLE FRAGMENTADA
Taiga Corrêa Gomes (PUC-Rio)
Evento: Jornalismo
O presente ensaio pretende levantar questões acerca do papel do telejornal local como agente integrador da região metropolitana do Rio de Janeiro e do perfil assistencialista do telejornalismo comunitário. O objeto específico observado é um quadro do RJTV primeira edição, da TV Globo, focado na cobertura da região da Baixada Fluminense, área que abriga uma população de baixa renda e que recebe pouca atenção do poder público. O objetivo deste trabalho é observar como se dá a mediação do telejornal local na relação dos cidadãos com o espaço público.
Palavras-chave: Telejornalismo, Assistencialismo, Cidade, Comunidade

1859-1 - IMPRENSA E CONTROLE SOCIAL: UM ESTADO DE PODER
Maria de Fátima Costa de Oliveira (Fepesmig)
Evento: Jornalismo
O artigo versa sobre o uso dos Meios de Comunicação por parte do Estado para difundir sua força, sua política, suas ideologias, chegando à mudança de paradigma que se opera, especificamente no Brasil, a partir do fim da censura sobre os veículos. A Imprensa assume o discurso como fonte de controle social. Hipóteses como a da agenda setting e da espiral do silêncio demonstram que as práticas jornalísticas determinam o quê e como o público deve pensar. A ilustração a este fato se dá na análise do discurso de uma reportagem da revista Veja, acerca de denúncias de corrupção do atual governo brasileiro.
Palavras-chave: Estado, Comunicação, Jornalismo, Discurso da imprensa, Controle social

786-1 - IMPRENSA POPULAR: SINÔNIMO DE JORNALISMO POPULAR?
Márcia Franz Amaral (RS)
Evento: Jornalismo
Desde a década de 1990, grandes empresas de comunicação vêm lançando jornais destinados a leitores populares. O artigo menciona especificidades dessa imprensa popular e debate as relações que ela estabelece com o jornalismo. Discorre sobre três valores- notícia importantes nesses jornais: o entretenimento, a utilidade e a proximidade. O objetivo é rascunhar alguns contornos do conceito de jornalismo popular e criar pistas para padrões de um jornalismo de qualidade destinado as classes menos favorecidas.
Palavras-chave: Jornalismo popular, imprensa popular, valores-notícia

1652-1 - JORNALISMO COMUNITÁRIO: UMA REINTERPRETAÇÃO DA MIDIA
Raquel Paiva (UFRJ)
Evento: Jornalismo
O jornalismo é sem dúvida a grande narrativa da atualidade. Uma narrativa aparentemente fragmentada, mas que em seu contexto histórico e social representa de maneira inequívoca os anseios, desejos e temores da civilização atual. Entretanto, a narrativa historicamente constitui-se tanto como discurso sobre algo mas também é responsável pela construção social, hábitos, normatizações e costumes de uma civilização. A narrativa possui força pró-ativa e neste sentido propõe-se sua reconfiguração compondo enredos mais inclusivos e menos espetaculares.
Palavras-chave: Jornalismo, narrativa, espetacularização

1869-1 - JORNALISMO CULTURAL: UMA ANÁLISE SOBRE O CAMPO
Eliane Fátima Corti Basso (UAM)
Evento: Jornalismo
Este texto busca refletir acerca do campo do Jornalismo Cultural em que os conceitos até hoje se misturam e dificultam a sua compreensão. Trata-se de uma reflexão teórica bibliográfica com o objetivo de oferecer apontamentos para a definição dos temas compreendidos dentro da editoria de cultura. A análise refere-se ao sentido stricto e lato da produção jornalística cultural, bem como as suas estratégias discursivas. A proposta, no entanto, não pretende ser uma avaliação conclusiva, até porque o campo do Jornalismo Cultural é de difícil definição.
Palavras-chave: Jornalismo Cultural, jornalismo, cultura

1428-1 - JORNALISMO DE MODA: QUESTIONAMENTOS DA CENA BRASILEIRA
Daniela Aline Hinerasky (UNIFRA)
Evento: Jornalismo
O artigo discute as relações interdependentes entre moda, comunicação, jornalismo, cultura/identidade no Brasil na contemporaneidade, no intuito de apontar reflexões acerca do tema e a respeito de caminhos teórico-metodológicos pertinentes para análise dos significados da linguagem da moda. Num momento em que a moda é uma das grandes tendências da cultura, realizou-se um mapeamento do mercado editorial, televisivo e online no país, verificando um grande número de publicações, programas de TV e sites sobre o assunto. Observou-se, de modo geral, a ampliação da cobertura jornalística em termos de espaço e conteúdo, mas com produções alavancadas em fotografias/imagens, apelos visuais e pautas sazonais, cuja linguagem apresenta-se como mero resumo da coleção ou estilo, por exemplo, aliando técnica com crítica/opinião.
Palavras-chave: moda, jornalismo, veículos de comunicação, representações sociais

621-1 - JORNALISMO E IDENTIDADE: A REPRESENTAÇÃO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL EM UM SEMANÁRIO DO INTERIOR PAULISTA
Marcos Paulo da Silva (UNESP)
Evento: Jornalismo
O trabalho consiste em um estudo da maneira como um semanário do interior paulista construiu em suas páginas a representação da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O veículo adotado como objeto de análise é o jornal O Eco (inicialmente chamado de E cho), de Lençóis Paulista, cidade localizada a 300 quilômetros a oeste de São Paulo, que recebeu significativas influências da imigração italiana. A escolha da região de Lençóis Paulista e a periodização adotada, assim como a adoção do periódico O Eco como objeto de estudo, deve-se a vários fatores, mas todos derivam de um eixo principal: a hipótese de que a região tenha dado um tratamento peculiar à Segunda Guerra Mundial motivado pela presença da colônia italiana na cidade e pela relação de proximidade da comunidade com o país europeu. Marcos Paulo da Silva é jornalista e mestrando em Comunicação da UNESP, campus de Bauru-SP.
Palavras-chave: Jornalismo, Segunda Guerra Mundial, Representação, Arquivo

1135-1 - JORNALISMO E IMPRENSA: CONTRIBUIÇÕES ANALÍTICAS AO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO
Diego Maganhotto Coraiola (UFPR)
Evento: Jornalismo
Os estudos na área de jornalismo costumam intercambiar os conceitos de imprensa e jornalismo. No entanto, existe uma progressiva separação histórica entre as referências a que apontam esses termos, que se configura na constituição de duas instituições com lógicas de ação distintas. Nesse sentido, o presente artigo apresenta sucinta narrativa construtiva da história desse desenvolvimento a fim de distinguir essas dimensões institucionais e elaborar sobre algumas contribuições que para isso concorreram, bem como defender que a sinonímia entre os conceitos de jornalismo e imprensa é válida somente para alguns casos específicos e cada vez menos aplicável.
Palavras-chave: Institucionalização, Imprensa, Jornalismo, Empresa Jornalística

1028-1 - JORNALISMO E LITERATURA: APROXIMAÇÕES E FRONTEIRAS
Roberto Nicolato (UFPR)
Evento: Jornalismo
As relações entre o jornalismo e literatura nunca deixaram de suscitar discussões e polêmicas. A realidade é que, ao longo da história, os dois campos do conhecimento se divergem e convergem , tanto no que concerne às funções quanto ao discurso de cada um. O presente trabalho busca identificar distâncias e aproximações, revelando que enquanto no século XX o jornalismo procurou firmar-se como entidade autônoma e estável, sob a influência do pensamento racional e científico, a literatura encampou o discurso da desconstrução. Em que pese caminhos e descaminhos, o jornalismo tem primado pela pela busca incessante da verdade, do pacto ético de credibilidade com o leitor, e, de outra forma, a literatura, pelo pacto estético. De maneira indubitável, os dois mantém-se unidos pela utilização da palavra no tempo e no espaço.
Palavras-chave: Jornalismo, Literatura, Teoria

1645-1 - JORNALISMO E LUTA DEMOCRÁTICA NO CENÁRIO DO ESTADO REPRESSIVO
Eloísa Joseane da Cunha Klein (Unisinos)
Evento: Jornalismo
O artigo estuda o jornalismo como forma de resistência ao regime ditatorial e porta voz da luta democrática, enfocando o Semanário de Informação Política, produzido em Ijuí, Rio Grande do Sul, em 1975. Contextualiza brevemente a ditadura militar e a organização de meios alternativos. Desenvolve observações sobre a associação do controle do poder cultural aos demais meios de repressão do Estado ditatorial. Diante disso, constata que a organização de meios alternativos pode ser vista como resistência. Aborda o cerceamento da livre expressão e a luta pelas liberdades democráticas a partir do jornalismo alternativo, que visa produzir narrativas diferenciadas, fundamentais para a discussão do presente e posterior memória de um tempo. Por fim  e tomando os referenciais expostos  conta brevemente a história do referido Semanário.
Palavras-chave: Jornalismo, Memória, Resistência

487-2 - JORNALISMO INTERNACIONAL E A INCOMPREENSÃO DO MUNDO
Jacques Alkalai Wainberg (PUCRS)
Evento: Jornalismo
Este é um estudo empírico sobre a qualidade da recepção do noticiário internacional numa amostra de leitores gaúchos. Avalia-se tal nível de compreensão levando em conta a taxonomia de Bloom. Os dados revelam o alto nível de dificuldade que estes leitores têm em processar a informação jornalística da editoria 'Mundo'. Por decorrência é possível mostrar que apesar do volume de informação existente sobre eventos internacionais as pessoas de uma forma geral não fazem uso útil destas notícias internacionais. O autor é professor de Jornalismo e Comunicação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. É pesquisador CNPq. É autor dos livros Império de Palavras (Edipucrs, 1997); Casa Grande e Senzala com Antena Parabólica (Edipucrs, 2001), Turismo e Comunicaçãpo: a Indústria da Diferença(Contexto, 2003) e Mídia e Terror: Comunicação e Violência Política (Paulus, 2005).
Palavras-chave: Recepção, Jornalismo Internacional, Taxonomia de Bloom

535-1 - MÍDIA, NOSTALGIA E ENCENAÇÃO: O PASSADO E O PRESENTE ENCONTRAM-SE NO PALCO
Regina Lúcia Alves de Lima (UFPA)
Evento: Jornalismo
Resumo: O objetivo desta trabalho é chamar atenção para a maneira como a mídia, apesar de centralizar sua narrativa nas estratégias amnésica, lança mão da estratégia menemônica. Nossa proposta é mostrar como a mídia, às vezes que toma o passado como base de sua narrativa, o faz com objetivo de desencadear reações nostálgicas no receptor e, por conseguinte, interferir no acontecimento do presente, contabilizando seus interesses e preservando o seu poder dentro de uma nova correlação de forças na sociedade. Palavras-chaves, midia,minissérie e política
Palavras-chave: mídia, minissérie, política

1804-1 - MUTAÇÕES NOS DISCURSOS JORNALÍSTICOS: DA  CONSTRUÇÃO DA REALIDADE A  REALIDADE DA CONSTRUÇÃO
Antônio Fausto Neto (Unisinos)
Evento: Jornalismo
Examina-se com base nas revistas semanais as transformações nos discursos jornalísticos operadas por fatores externos e internos ao processo noticiabilidade, relacionados com as estratégias de confiança, crença e credibilidade, sobre as quais se assenta uma das finalidades do jornalismo. Nestas condições, muda a ênfase do trabalho da enunciação, que ao invés de apontar para a atualidade construída, descreve o próprio processo de fabricação da notícia.
Palavras-chave: Jornalismo, Enunciação, Noticiabilidade, Auto-Referência, Fabricação da Realidade

725-1 - O ENTRETENIMENTO NO JORNALISMO IMPRESSO DIÁRIO
Fabia Angelica Dejavite (UAM/Mack)
Evento: Jornalismo
O entretenimento apresenta-se como um dos valores mais importantes da sociedade da informação. Apesar disso na área comunicacional, especialmente no jornalismo, não se estabeleceu em objeto de pesquisa. Assim visando contribuir para a ampliação dos estudos sobre o referido tema, neste artigo analisa-se de que maneira ele tem sido abordado no jornalismo impresso diário desde a imprensa sensacionalista aos dias atuais.
Palavras-chave: jornalismo impresso diário, entretenimento, imprensa sensacionalista, meios audiovisuais

1506-1 - O JORNALISMO LITERÁRIO COMO GÊNERO E CONCEITO
Felipe Pena de Oliveira (UFF)
Evento: Jornalismo
Resultado de pesquisa registrada na Universidade Federal Fluminense, este artigo tem como objetivo propor uma conceituação para o termo jornalismo literário, além de uma reflexão sobre a questão de gêneros através da tentativa de sistematizar uma divisão do gênero em questão em classificações específicas denominadas sub-gêneros, como, por exemplo, o romance-reportagem, a biografia, o jornalismo gonzo, o new journalism e a crítica literária, entre outros. Para tanto, procuram-se elementos comuns a todos estes discursos que possam, no interior da diversidade, produzir uma unidade conceitual para o jornalismo literário.
Palavras-chave: jornalismo, literatura, gênero, jornalismo literário

1786-1 - O JORNALISMO NA TEORIA DOS DISCURSOS SOCIAIS
Paulo Fernando de Carvalho Lopes (UFPI)
Evento: Jornalismo
RESUMO: Este artigo procura refletir sobre a condição do jornalismo como produtor de sentidos, a partir da base conceitual proposta pela Teoria dos Discursos Sociais (Pinto: 2003; 1999) e pela Teoria Social do Discurso (Fairclough: 2001). Para tanto, parte-se da pressuposição de que o jornalismo é resultante de um processo de produção, circulação e consumo de sentidos onde todas as etapas que o constituem e por ele são constituídas estão interligadas em um processo de construção discursiva. O jornalismo, é produzido, circula e é consumido sob a lógica de um mercado simbólico. Desta maneira, negocia espaço e articula sentidos na tentativa de conquistar hegemonia, de trazer para si a condição de principal construtor da realidade.
Palavras-chave: jornalismo, discursos, poder, hegemonia

937-1 - O NÃO-VERBAL NA NOTÍCIA O DESIGN DE NOTÍCIAS E A CONSTRUÇÃO DE SENTIDO NO DISCURSO JORNALÍSTICO
Edaurdo Nunes Freire (UFBA)
Evento: Jornalismo
O presente artigo trata do jornalismo sob um prisma ainda pouco levado em conta pelos jornalistas: o do design de notícias. Aliando a pesquisa em jornalismo à análise de dis-curso, pretendo apresentar como as matérias significantes não-verbais ajudam construir o discurso do jornal impresso. Procuro adaptar algumas características e leis dos discur-sos (empregadas mais freqüentemente nas matérias lingüísticas do discurso jornalístico) ao discurso visual. Design de notícias é uma especialização do design gráfico aplicado jornalismo, envolvendo todas as fases da construção de sentido a partir dos elementos não-verbais (leiaute, diagramação, planejamento gráfico).
Palavras-chave: ornalismo impresso, Design de notícias, Análise de discursos, Comunicação visual

76-1 - O RISCO E A CONSTRUÇÃO DA NOTÍCIA DE ECONOMIA
Hérica Lene Oliveira Brito (UFRJ)
Evento: Jornalismo
Partindo do pressuposto que risco é um conceito central na sociedade contemporânea, este artigo visa discutir justamente seu papel na construção da notícia de economia. Este propósito nos leva a uma questão central: como a preocupação com o risco movimenta e pauta o jornalismo econômico? A articulação entre o conceito de risco, o sistema econômico e a mídia se dará a partir de referências teóricas que vão ajudar a fundamentar e a desenvolver o texto  principalmente as reflexões de autores como Beck (1992), Luhmann (1993), Bernstein (1997), Vaz (1999) e Spink (2001; 2002)  e também de resultados de pesquisas feitas em edições dos dois jornais de maior circulação no país: Folha de S. Paulo e O Globo.
Palavras-chave: jornalismo econômico, risco, economia

1805-1 - O TELEJORNALISMO NO BRASIL E NO REINO UNIDO: UMA ANÁLISE HISTÓRICA DO JORNALISMO DA GLOBO E DA BBC
Fernanda Mauricio da Silva (PPGCCC)
Evento: Jornalismo
Propomos no presente artigo uma análise comparativa entre o jornalismo desempenhado pela Rede Globo e pela rede britânica British Broadcast Company, a BBC, consideradas uma referência de jornalismo em seus países de origem, a partir de uma relação histórica que essas emissoras estabeleceram com as premissas do jornalismo (serviço público, vigilância,  quarto poder , objetividade, etc). Assim, faremos uma abordagem do modo como a BBC e a Globo se desenvolveram historicamente e os fatores sociais, tecnológicos, políticos e organizacionais que influenciaram a construção do modelo de jornalismo desempenhado nessas corporações.
Palavras-chave: telejornalismo, BBC, Rede Globo

759-1 - O USO DE MEMÓRIAS DOS JORNALISTAS PARA RECOMPOR ROTINAS PRODUTIVAS: O DESAFIO DE UM MÉTODO
Elza Aparecida de Oliveira Filha (UTP)
Evento: Jornalismo
O presente artigo discute a possibilidade de utilização de depoimentos de jornalistas para recompor rotinas produtivas nas redações. Na busca por um método complementar para elucidar critérios de noticiabilidade, ou verificar as condições de trabalho nas empresas jornalísticas, o debate que aqui se processa parte de premissas teóricas a respeito dos mecanismos da memória para alcançar formulações que cerquem o uso de entrevistas com os cuidados necessários para garantir sua cientificidade. O texto trata também da importância do jornalismo na constituição da memória social, reconhecendo que a atividade atual da mídia passa, no geral, ao largo desta preocupação por tratar todos os assuntos de maneira descontextualizada, inibindo até mesmo a concepção de futuro.
Palavras-chave: Jornalismo, memória, rotinas produtivas, metodologia

1757-1 - ORALIDADE, ESCRITA, COMUNICAÇÃO E JORNALISMO: CONTRIBUIÇÕES DA ESCOLA DE TORONTO E DA DIALÉTICA DA HISTÓRIA
José Cardoso Ferrão Neto (UFF)
Evento: Jornalismo
Este trabalho é uma tentativa de aproximar duas linhas teóricas de pensamento para entender os fenômenos da comunicação na vida cotidiana dos sujeitos históricos: a dialética materialista e os estudos sobre os regimes de processamento da informação, o oral e o escrito. Tem como suporte teórico o pensamento marxista, sobretudo o de Agnes Heller, e as reflexões de estudiosos da comunicação ligados à Escola de Toronto. Considera a oralidade e a escrita como elementos importantes a integrarem a análise histórica da organização das culturas e, mais precisamente, da comunicação e do jornalismo. O texto procura, ainda, aplicar os conceitos na análise de alguns episódios da história do jornalismo carioca, na primeira metade do século XX, para entender a relação entre os indivíduos e os meios, perpassada pela oralidade e o letramento.
Palavras-chave: oralidade, escrita, comunicação, história do jornalismo

1874-1 - OS SETIDOS COMUNS E AS NARRATIVA MEMORÁVEIS DO JORNAL O GLOBO SOBRE A CHACINA DA CANDELÁRIA
Danielle Ramos Brasiliense (UFF), Ana Paula Goulart Ribeiro (UFRJ)
Evento: Jornalismo
Como todo momento exemplar, a Chacina da Candelária tem sido, desde o seu acontecimento, citado e relembrado em diferentes ocasiões. A proposta deste trabalho é, a partir da análise desse caso nos textos do jornal O Globo, discutir os conceitos de memória e narrativa. O objetivo é perceber de que forma esse episódio foi construído e reconstruído ao longo do tempo pelos textos desse periódico e como esses textos se articulam com o processo de constituição de um certo senso comum sobre o fato e sobre um conjunto de sentidos a ele associados.
Palavras-chave: memória, narrativa, senso comum, violência, acontecimento

469-1 - PALIMPSESTOS MARGINAIS: A NARRATIVA DA CRÍTICA, DO DEBOCHE E DA RESISTÊNCIA NAS PÁGINAS DE CULTURA DO DIÁRIO MERCANTIL
Christina Ferraz Musse (UFJF)
Evento: Jornalismo
A trajetória da imprensa coincide com o projeto de ordem e progresso da burguesia. Somente em meados do século passado, vozes dissonantes dão origem a outras narrativas, até então colocadas à margem do discurso oficial. Elas antecipam uma nova (des)ordem mundial, em que a complexidade e a incerteza substituem os rígidos referenciais do homem moderno. Neste trabalho, investiga-se como um grupo de estudantes e intelectuais ligados ao Partido Comunista Brasileiro luta pela hegemonia política, apropriando-se do suplemento de arte e literatura de um tradicional jornal mineiro da cidade de Juiz de Fora. Através da imprensa, é a cidade que se revela em seus paradoxos, no embate entre  oficiais e  marginais . A cultura é, neste momento, a peça de resistência à ditadura militar, e o jornal, por sua vez, é o lugar de crítica e reflexão sobre o espaço público.
Palavras-chave: história da imprensa, cultura, espaço público, memória

1582-1 - PARA TODOS, FON-FON E CINELÂNDIA: O CINEMA NAS REVISTAS ILUSTRADAS (1927-1929)
Joelle Rachel Rouchou (FCRB)
Evento: Jornalismo
Este trabalho é a continuação de uma pesquisa em andamento sobre a representação do cinema nos anos 20 em colunas de cinema de revistas ilustradas. O objetivo é o de analisar como esse artefato da modernidade - o cinema - se apresenta como lazer e como negócio no meio impresso, utilizando-se das revistas e das colunas para realizar a mediação. A pesquisa encontra-se ainda em fase inicial, com algumas reflexões apontando para o uso das colunas como porta-voz de uma pesada indústria de lazer norte-americana e o estabelecimento nos textos do star-system.
Palavras-chave: Revistas, colunas, jornalismo, cinema

358-1 - POMPEU DE SOUSA: JORNALISTA, PROFESSOR E POLÍTICO
Rosemary Bars Mendez (ISCA)
Evento: Jornalismo
Quem trabalhou com Pompeu de Sousa se lembra de seus cabelos brancos, de que sempre estava rindo e falando em voz alta. A trajetória do jornalista Pompeu de Sousa revela que, ao introduzir a técnica do lead no Diário Carioca (1950), revolucionou o texto jornalístico de sua época e, com o primeiro Manual de Redação  Style Book, marcou a história da imprensa brasileira. Com a experiência profissional, lecionou na Faculdade Nacional de Filosofia, Ciências e Artes, no Rio de Janeiro, e estruturou a Faculdade de Comunicação de Massa na Universidade de Brasília. Trabalhou como diretor da Editora Abril, responsável pela sucursal da revista Veja entre 1968 e 1978 e foi senador Constituinte, no mandato de janeiro de 1987 a janeiro de 1991, autor do parágrafo 1º, do artigo 220, da Constituição Federal que prevê a liberdade de imprensa.
Palavras-chave: Jornalismo Brasileiro;, História do Jornalismo, Ensino do Jornalismo

106-1 - PROFISSIONALIZAÇÃO JORNALÍSTICA: IDENTIDADE, ANONIMATO E AUTORIDADE
Monique Benati Rangel (.)
Evento: Jornalismo
Este artigo visa fornecer um panorama sobre o processo que transformou o ofício de jornalista em uma categoria profissional. Através da constituição de uma deontologia, fundamentada em pilares profissionais, com novas técnicas discursivas e de apuração, e da reconfiguração do mercado jornalístico, que proporcionou ao jornalista uma maior valorização, inclusive salarial, o jornalismo foi se transformando em uma profissão que passou a ter identidade, anonimato e autoridade.
Palavras-chave: profissionalização, identidade jornalística, autoridade, anonimato

1477-2 - REDE REGIONAL DE COMUNICAÇÃO: UMA TENDÊNCIA NO INTERIOR PAULISTA
Bruna Vieira Guimarães (UMESP)
Evento: Jornalismo
As redes de comunicação fascinam e inquietam o mundo contemporâneo e as redes tecnológicas transformam a sociedade de informação. O Brasil possui diversas redes de comunicação. O problema é em que medida uma rede de jornais regionais pode ser considerada uma verdadeira rede de comunicação? Para responder a questão, o objetivo será examinar a Rede Anhangüera de Comunicação  RAC, composta de cinco jornais, uma revista e agência de notícia, constituída no interior do Estado de São Paulo, descrevendo o uso da tecnologia utilizada, o grau de hierarquia entre outras características. Esta é uma pesquisa empírica que terá como metodologia o levantamento bibliográfico e entrevistas semi-estruturadas. A conclusão que se chegou é que a RAC se expandiu e se consolidou como o maior grupo de mídia impressa do interior do Estado de São Paulo.
Palavras-chave: Rede Regional de Comunicação, Mídia Impressa Regional, Rede Anhanguera de Comunicação

782-1 - RODA VIVA - UMA ENCENAÇÃO DA ESFERA PÚBLICA
José Luiz Warren Jardim Gomes Braga (UNISINOS)
Evento: Jornalismo
O artigo apresenta um estudo realizado sobre o programa de entrevistas  Roda Viva , da TV Cultura de São Paulo. Faz uma descrição das disposições operacionais do programa, incluindo o cenário, os participantes e o desenho básico de ação, que molda a série. Busca apreender a processualidade propriamente interacional a serviço da qual são construídas aquelas operações, analisando relações entre estruturas e processos. Na observação das lógicas segundo as quais se desenvolvem as interações, em cena e com os espectadores, examina os processos de tensionamento como dinâmica principal da série; e o debate público oferecido. Procura analisar as lógicas de funcionamento como uma tática específica voltada para uma articulação de esfera pública, assinalando a relação agenda/entrevistado enquanto forma de contextualização.
Palavras-chave: Roda Viva, Esfera pública, Televisão, Entrevistas

361-1 - TELEJORNALISMO E IDENTIDADE EM JUIZ DE FORA: A (RE) AFIRMAÇÃO DA DIFERENÇA NA COBERTURA DO MISS BRASIL GAY
Iluska Maria da Silva Coutinho (UFJF)
Evento: Jornalismo
A proposta deste artigo é refletir sobre a produção da identidade nos telejornais locais, a partir da experiência de Juiz de Fora/MG. A relação entre TV e município, no modelo brasileiro de radio/teledifusão é reforçada diariamente pela veiculação de produtos jornalísticos. Autores como Hall e Bauman oferecem suporte teórico para a discussão da Identidade e, na reflexão proposta, dialogam com pesquisadores que estudam a televisão, e especialmente seu material jornalístico. A análise do discurso construído nos telejornais de duas emissoras locais oferece o viés empírico do trabalho.
Palavras-chave: Telejornalismo local, Narrativa, Identidade, Dramaturgia

808-3 - TENDÊNCIAS DE COBERTURA DE UM SEGUNDO FINAL DE MANDATO: CAVACO SILVA (1994-1995)
Isabel Maria Ribeiro Ferin Cunha (UC/IEJ), Vanda Calado (CIMJ)
Evento: Jornalismo
Esta comunicação integra-se no Projecto Jornalismo e Actos de Democracia e tem como objectivo o estudo da cobertura jornalística do final de mandato do primeiro-ministro Cavaco Silva (1994-1995) nas primeiras páginas dos jornais Diário de Notícias e Público e dos semanários Expresso e Independente. Tendo em conta que os anos de 1994 e 1995 coincidem com a adaptação da imprensa de referência ao novo panorama mediático decorrente do início de actividades dos operadores privados de televisão e que a literatura internacional tende a associar a cobertura dos finais de mandatos, principalmente dos finais dos segundos mandatos, a períodos difíceis de relacionamento entre governantes e imprensa, o objectivo deste artigo é observar a incidência destes factores na cobertura jornalística deste final de mandato.
Palavras-chave: Análise de Imprensa,, Finais de Mandato de Primeiros, omunicação Política

456-3 - TERRORISMO CONTEMPORÂNEO: FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO E LOUCURA NO DISCURSO DA REVISTA VEJA
Antonio Marcos Pereira Brotas (FJA)
Evento: Jornalismo
A ampla cobertura dada pela grande mídia aos atentados terroristas de Madri, Beslan e Londres revela a importância que jornais e revistas brasileiros têm dispensado ao terrorismo internacional. Seguindo a cobertura do 11 de setembro, marcada por uma uniformidade de compreensão, num olhar fechado, restrito ao pensamento do governo americano, no olhar da mídia ocidental para o terrorismo, predomina a leitura religiosa. A escolha da religião como centro da compreensão dos atentados, entretanto, nos distancia da possibilidade da melhor compreensão das sociedades orientais, ao mesmo tempo em que impede identificar a participação do ocidente nestes acontecimentos que chocam o mundo  civilizado . A análise da cobertura da revista Veja utiliza um discurso culturalmente restrito reduz substancialmente a oferta de uma leitura relativa de outras formações culturais e da sua complexidade.
Palavras-chave: Terrorismo, Fundamentalismo, Islamismo, Discurso, Jornalismo

113-1 - UM DIA NO JORNAL DA GLOBO: O PROCESSO DIÁRIO DE PRODUÇÃO DE NOTÍCIAS NA TV
Valquíria Aparecida Passos Kneipp (UAM)
Evento: Jornalismo
Resumo: Este trabalho inicia-se com um breve levantamento histórico dos 26 anos de existência do telejornal Jornal da Globo. Depois, prossegue, através de uma pesquisa de observação de um dia, de toda a rotina de produção de uma edição do telejornal. O ponto alto é a discussão a respeito do processo de seleção de notícias utilizado pelos jornalistas e a concorrência não com as outras emissoras, mas dentro da própria casa onde o Jornal da Globo é produzido. Valquíria Kneipp é Jornalista formada pela Unesp de Bauru, mestre em Ciência da Comunicação - Jornalismo (Eca/USP) e doutoranda pela mesma instituição e área. Professora das instituições UAM  Universidade Anhembi Morumbi e Faap  Fundação Armando Álvares Penteado. valkneip@usp.br
Palavras-chave: jornalismo, produção, seleção, história

810-1 - UM INSTRUMENTAL TÉCNICO PARA MONITORAMENTO DA MÍDIA: VARIÁVEIS PARA MENSURAR A CRÍTICA PRESUMIDA NA COBERTURA POLÍTICA
Heitor Costa Lima da Rocha (UNICAP)
Evento: Jornalismo
Este trabalho propõe um instrumental técnico para mensuração do nível de crítica e de exercício de cidadania presumido pela cobertura política. As variáveis escolhidas para constituir este ínstrumental são as que distinguem as notícias (a) passíveis ou não de controvérsia significativa, (b) baseadas na validade do sentido da discussão estabelecida ou na facticidade (pressão de fatores externos ao discernimento), (c) elaboradas com versão única ou mais de uma versão e (d) criteriosas quanto à necessidade de equilíbrio na relação Governo/Oposição ou assimétricas na cessão dos espaços do debate político.
Palavras-chave: Jornalismo político, Cidadania, Mudança social

774-1 - VA MBORA, VA MBORA, TÁ NA HORA, VA MBORA. AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2004 AO SOM DO JORNAL DA MANHÃ
Veronica Patricia Aravena Cortes (UMESP), Sônia da Câmara dos Santos Valois (FAJORP-UMESP)
Evento: Jornalismo
Este trabalho apresenta um estudo sobre a cobertura das eleições do município de São Paulo de 2004, realizada pelo programa Jornal da Manhã da Rádio Jovem Pan. Acompanhamos as representações veiculadas acerca dos quatro principais concorrentes, bem como a imagem e as ações referentes ao pleito do Partido dos Trabalhadores, legenda do presidente da República, e da candidata situacionista, Marta Suplicy. O programa é um dos mais tradicionais noticiários do rádio paulistano, apresenta uma penetração não só local, mas nacional, sendo um dos mais ouvidos em São Paulo no começo da manhã.
Palavras-chave: Jovem Pan, Jornal da Manhã, São Paulo, eleições 2004

774-2 - VA MBORA, VA MBORA, TÁ NA HORA, VA MBORA. AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2004 AO SOM DO JORNAL DA MANHÃ
Veronica Patricia Aravena Cortes (UMESP)
Evento: Jornalismo
Este trabalho apresenta um estudo sobre a cobertura das eleições do município de São Paulo de 2004, realizada pelo programa Jornal da Manhã da Rádio Jovem Pan. Acompanhamos as representações veiculadas acerca dos quatro principais concorrentes, bem como a imagem do Partido dos Trabalhadores, legenda do presidente da República, e da candidata situacionista. O programa é um dos mais tradicionais noticiários do rádio paulistano, apresenta uma penetração não só local, mas nacional, sendo um dos mais ouvidos em São Paulo no horário.
Palavras-chave: Jovem Pan, Jornal da Manhã, eleições 2004, São Paulo

1349-1 - VELOCIDADE E CREDIBILIDADE: ALGUMAS CONSEQÜÊNCIAS DA ATUAL ESTRUTURAÇÃO DO WEBJORNALISMO BRASILEIRO
Joana Ziller de Araújo Josephson (Universo/Una)
Evento: Jornalismo
A velocidade é, atualmente, o único valor específico da relação entre jornalismo e computadores profundamente explorado para a produção webjornalística. Outras características da hipermídia ficam em segundo plano no noticiário webjornalístico cotidiano. A predominância da velocidade sobre outros valores do jornalismo colabora para a diminuição da credibilidade do webjornalismo e se une a problemas de confiança em outras instâncias da Internet, prejudicando a credibilidade do meio como um todo. Assim, corre-se o risco de a Internet ser mais bem aproveitada pelos usuários como espaço de relacionamento e sociabilização do que como meio de informação. É necessário investir na produção de material jornalístico de qualidade, o que inclui o aproveitamento de recursos específicos da hipermídia, para se conseguir conquistar a confiança dos usuários.
Palavras-chave: Webjornalismo, velocidade, credibilidade, hipermídia, tradução intersemiótica

 
© Copyright 2006 Intercom. All Rights Reserved.
Design by Adaltech