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Trabalhos
Núcleos de Pesquisa
Temas Livres
Colóquio Brasil - Itália
ENDOCOM
Ciclo de estudos
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Ciclo de Estudos
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Coordenadora
Sonia Virgínia Moreira (UERJ) - smoreira@uerj.br
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Mesa 1 - Ética e Cobertura da Invasão do Iraque
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Técnicas, Narrativas e Ética na Cobertura das Guerras
Dov Shinar
Universidade Ben Gurion/Negev
Resumo: As falhas comunicacionais dos meios massivos (Baudrillard, 2001) e as mudanças das funções tradicionais da comunicação internacional - de observadores e relatores a participantes ativos, catalisadores e mediadores diplomáticos (Larson, 1986; Gilboa, 1998) - se apresentam claramente na cobertura das guerras das ultimas décadas, especialmente no Iraque. Elas revelam transformações práticas e conceituais nas técnicas, nas narrativas e na ética da cobertura. As narrativas do Iraque mostram a cobertura de pelo menos duas guerras: uma mais real, que teve pouca cobertura; e outra mais virtual, com ampla repercussão (CNN, Al-Jazira, jornalismo incorporado e "independente"). A legitimidade destas técnicas e narrativas cria e reflete uma nova ética - inspirada e talvez imposta pelo "capitalismo selvagem" dos últimos anos, que produz antagonismo, mas também sérios dilemas profissionais. É desejável e possível reduzir o impacto da nova ética?
Palavras-chave: ética, cobertura jornalística, invasão Iraque
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Jornalistas na "guerra" do Iraque
Christa Berger
UFRGS
Resumo: As estratégias informativas receberam a mesma atenção que as militares na guerra/invasão do Iraque. Se as militares não foram as esperadas - pois a guerra não teve a duração prevista - mas foram vitoriosas, as de comunicação encontraram ainda maiores obstáculos. Aqui são apresentadas informações sobre as estratégias comunicacionais norte-americanas - da "propaganda benigna" no Oriente Médio após o atentado de 11 de setembro às "regras para bem informar" oferecidas aos correspondentes - para, então, formular a questão teórico-política que motiva este texto. Como explicar as manifestações e mobilizações mundiais contra a guerra nestes tempos de espetáculos televisivos e apatia política? E que papel coube à informação jornalística para este reposicionamento da consciência coletiva?
Palavras-chave: ética, cobertura jornalística, invasão Iraque
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Vozes, escrituras e imagens: os limites éticos de uma guerra anunciada
Sílvia Helena Simões Borelli
PUC-São Paulo
Resumo: O tema proposto será aqui problematizado por meio da seleção de algumas temáticas capazes de explicitar o sentido das vozes, escrituras e imagens que, pelas diferentes mídias, constituíram referências e definiram os contornos de um imaginário sobre a Segunda Guerra no Iraque. Entre elas, destacam-se as contradições: libertação, ocupação ou invasão?; as redefinições: de forças aliadas a forças de coligação; as incertezas: o que são os alvos de guerra?; a narrativa única: as brechas tecnológicas; as margens de um debate: opinião, interpretação e objetividade; a perplexidade do invasor: que outros são esses?; o anunciado, o inesperado: reconstruir como?
Palavras-chave: ética, imagens jornalística, invasão Iraque
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O rádio como arma de propaganda de guerra
Mediadora: Profª. Drª. Sonia Virgínia Moreira
Intercom/Uerj
Resumo: Em março de 2003 a imprensa internacional registrou que o rádio estava sendo usado pelos Estados Unidos para fazer a propaganda das forças anglo-americanas que invadiram o Iraque. Entre os meses de fevereiro e março, cerca de dez milhões de panfletos - indicando em que freqüência os iraquianos poderiam captar transmissões diárias de material com críticas ao regime de Saddam Hussein - foram jogados sobre diferentes regiões do país. A apresentação pontua o uso recorrente do rádio como arma de propaganda ideológica no período anterior e durante a invasão do Iraque.
Palavras-chave: ética, rádio, invasão Iraque
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Mesa 2 - Ética e Prática Jornalística
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Mídia Radical
John Downing
Universidade do Texas em Austin
Resumo: Os movimentos sociais em pequena escala no mundo atual - e no passado - têm e tiveram maior importância do que sociólogos e comentaristas políticos costumam reconhecer. Esses movimentos variam, em tecnologia, do grafite e do teatro de rua até os vídeos alternativos e os usos radicais da Internet. Operam tanto internacional como localmente e, em ambos os casos, são importantes. Podem ser efêmeros ou se manter por longos períodos. Podem estar voltados para notícias ou para entretenimento. Podem representar forças políticas progressistas ou reacionárias, ou simplesmente uma perspectiva cultural alternativa. Tais movimentos são especialmente importantes no período atual, de concentração midiática nacional e global. Não são, porém, fenômenos binários (pequena escala = bom, larga escala = ruim): seus princípios básicos podem influenciar os grupos de mídia em alguns dos seus segmentos operacionais, ainda que isto não possa ser comprovado. Também não constituem um fenômeno perfeito: têm os seus próprios problemas - financeiros, organizacionais e de dinâmicas de grupo, entre outros. O fundamental é que merecem atenção sistemática dos pesquisadores e não devem ser descartados.
Palavras-chave: mídia radical
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Compromisso ético com a busca da objetividade e da verdade
José Arbex Jr.
Folha de S. Paulo
Resumo: A prática do jornalismo tem um compromisso ético com a busca da objetividade e da verdade. "Objetividade" e "verdade" não são conceitos absolutos: dependem do ponto de vista assumido pelo observador. Isso não impede que o jornalismo busque dar ao leitor os elementos necessários e suficientes para que julgue, da melhor forma possível, o conteúdo das informações transmitidas. Não é isso que a "grande imprensa" faz, com raras e honrosas exceções. A "grande imprensa", ao reconstruir o contexto dos fatos noticiados, dá o enfoque que mais lhe interessa, sem qualquer preocupação com a objetividade e com a verdade. Exemplos: as coberturas do golpe na Venezuela contra Hugo Chávez, em 2002 (descrito, no primeiro momento, como uma "renúncia" do presidente), da Guerra do Golfo (que nunca foi "guerra", mas sim invasão e massacre) e dos movimentos sociais no Brasil (que são sempre tratados como se fossem bandos de criminosos). Daí a questão da ética se impor, hoje, com grande urgência, para aqueles interessados na defesa da prática jornalística digna desse nome.
Palavras-chave: compromisso ético, prática jornalística
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Comportamento da mídia e princípios éticos
Ananias José de Freitas
PUC-Minas Gerais
Resumo: A partir de referenciais teóricos e experiência prática serão abordadas as relações conflituosas e tensas entre o comportamento da mídia e os princípios da ética no mundo contemporâneo. Inclui a análise do comportamento da mídia, em especial do jornalismo, a partir de casos e situações observados na imprensa atual e/ou abordados na tese de doutorado "O Eclipse da Política, o Mercado e a Cobertura Jornalística no Brasil: uma análise da cobertura dos três primeiros meses do segundo governo FHC".
Palavras-chave: ética, comportamento da mídia
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A prática jornalística em questão
Mediador: Prof. Dr. José Marques de Melo
USP
Resumo: As mutações políticas da sociedade contemporânea e as transformações velozes nas tecnologias de difusão simbólica criaram novas situações para os agentes da informação nas comunidades democráticas. A vigilância contínua das vanguardas da sociedade civil, atuando como mediadoras da cidadania, bem como os mecanismos de controle de qualidade implantados pelas empresas na tentativa de sintonizar conteúdos midiáticos e demandas coletivas, impõem novo sentido aos padrões éticos que devem reger as relações entre fontes, anunciantes, gestores, produtores e consumidores como sujeitos da comunicação pública. Dimensionar, debater e esboçar tendências para o equacionamento dessa problemática no início do novo século é o propósito desta Mesa.
Palavras-chave: prática jornalística, ética
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Mesa 3: Ética e Comunicação Institucional
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Ética e televisão aberta. Regulação e auto-regulação
Valério Fuenzalida
Universidade Diego Portales - Chile
Resumo: Trata de conceitos, marco geral e limites da ética na televisão aberta. Para tanto são considerados os seguintes pontos: o contexto jurídico-econômico; as regras regulamentadoras da TVN; os mecanismos internos de regulação nos canais de televisão; os mecanismos sociais das relações na televisão; aprendizagem ainda pendente.
Palavras-chave: ética, televisão aberta, comunicação institucional
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O controle da publicidade no Brasil
Luiz Cesar Piratininga
CONAR
Resumo: A apresentação aborda como a propaganda brasileira se estruturou para exercer o controle ético das mensagens comerciais e explicitar a responsabilidade social de empresas e anunciantes, agências de publicidade e veículos de comunicação de massa. Inclui os antecedentes históricos; o ambiente institucional; a criação do CONAR e a formatação da auto-regulamentação publicitária; os procedimentos aplicados e estatísticas.
Palavras-chave: publicidade, comunicação institucional, ética
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Vida real versus ética empresarial
Paulo Nassar
Associação Brasileira de Comunicação Empresarial
Resumo: As empresas são seletivas em relação à ética e agem tal qual aquele personagem de Fausto, do drama de Goethe, Mefistófeles, caracterizado como manipulador, pérfido, maldoso, demoníaco e sarcástico. Diante disso, qual é a lealdade que os comunicadores organizacionais devem assumir: a do velho acionista ou a da sociedade organizada?
Palavras-chave: comunicação empresarial, comunicação institucional, ética
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Ética na Comunicação Institucional
Manuel Pares i Maicas (Relator)
Universidade Autônoma de Barcelona
Resumo: O presente texto pretende tratar do conceito de comunicação institucional, abarcando o sentido mais amplo do significado do termo instituição e as suas variações. Embora, quando se trata desse tema, as perspectivas sejam primordialmente econômicas ou da comunicação coorporativa, esta apresentação amplia tal fronteira abordando o tema em um contexto sociológico. Também privilegia as ligações mais comuns entre a comunicação institucional e as Relações Públicas.
Palavras-chave: relações públicas, comunicação institucional, ética
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Posicionamento organizacional e relações públicas: os limites entre as estratégias comunicacionais e a ética.
Mediadora: Profª. Drª. Margarida Kunsch
USP
Resumo: As organizações na contemporaneidade assumem novas responsabilidades e compromissos sociais. As demandas sociais, políticas e econômicas exigem das organizações um novo posicionamento institucional/corporativo. As Relações Públicas, neste contexto, têm um importante papel a exercer. Nas suas ações comunicativas de relacionamento com os públicos estratégicos devem se pautar por princípios éticos, isto é, fazer prevalecer os interesses públicos sobre os particulares e econômicos.
Palavras-chave: relações públicas, comunicação institucional, ética
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Mesa 4 - Ética e Nova Mídia
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A televisão multicanal e de serviços múltiplos: modelos e estratégias na Europa
Giuseppe Richeri
Universidade de Lugano
Resumo: Na Europa, a atividade do jornalismo televisivo ingressou em uma quarta fase. Depois da TV pública, da comercial e por assinatura entraram em cena, há alguns anos, as empresas televisivas que oferecem - por meio de plataforma digital via satélite, por ondas e por cabo - uma ampla variedade de canais e de serviços interativos. Os modos de organização e de promoção desta oferta televisiva, de assistência aos usuários/consumidores e de rentabilidade econômica, são bastante distintos daqueles da imprensa televisiva e trazem novos problemas tanto para a indústria audiovisual como para a dos serviços interativos. Os governos europeus adotaram iniciativas que favorecem as novas plataformas televisivas digitais que deveriam acelerar o seu desenvolvimento. Atualmente, o modelo que mais evoluiu neste tipo de plataforma é representado pela BSkvB, que opera no Reino Unido e pode ser usada como referência ao se tratar de alguns aspectos relevantes da situação atual e das perspectivas para essa área. Por outro lado, a televisão pública regional é uma dimensão que caracteriza diversos países europeus. Em alguns deles, trata-se de uma dimensão televisiva em crescimento, mas que apresenta problemas relativos à programação, aos recursos econômicos e às relações com instituições regionais e locais.
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Ética, reforma e jornalismo
Muniz Sodré
UFRJ
Resumo: A partir da maneira como a imprensa abordou a questão da reforma da Previdência, pretendemos traçar uma pequena radiografia de um dos mecanismos de construção do sentido pela mídia, apontando para seus impasses ético-políticos. Examinaremos a questão dos enunciados que se apresentam na forma de "profecias auto-realizadas", mostrando a circularidade ou o fechamento do discurso jornalístico sobre si mesmo.
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Nova mídia, velhas éticas?
Marcelo Coutinho
Cásper Líbero
Resumo: A exposição aborda a adoção e o uso da Internet em diversos países, fazendo
um comparativo centrado em torno das crianças e jovens, levantando questões em torno da responsabilidade social e empresarial em relação ao controle do conteúdo e privacidade. O autor também vai abordar a inclusão digital como um projeto coletivo e governamental,analisando algumas iniciativas bem-sucedidas no Brasil e em outras nações em desenvolvimento, ao mesmo tempo em que apresenta alguns questionamentos sobre a noção de "Sociedade do Conhecimento" como um objetivo desejável, ou sequer atingível, para a vasta maioria de destituídos da população mundial.
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Reflexões sobre a verdade, a privacidade e conflitos de interesse
Mediadora: Profª. Drª. Anamaria Fadul
Umesp
Resumo: A discussão sobre a ética e a nova mídia é oportuna e necessária, dada as dificuldades encontradas nessa área, devido às suas características específicas e ao seu caráter relativamente recente. Ninguém ignora os graves problemas apresentados pela Internet com relação à pedofilia, ao terrorismo, etc. Apesar das diferenças com relação à ética da mídia tradicional - jornal, rádio, televisão -, a problemática destacada pela nova mídia - Internet, versão digital de rádio e TV - pode beneficiar-se das reflexões existentes sobre as questões da verdade, da privacidade e dos conflitos de interesse, entre outras.
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