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NP 13 » Comunicação e Cultura das Minorias
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Coordenadora Profa. Dra. Raquel Paiva (UFRJ) paivaraquel@hotmail.com |
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Relação de Trabalhos
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Resistência no asilo midiático
Aquino, M. R.
ESPM / PoA
Resumo:
Este trabalho procura analisar o fenômeno que denomino asilo midiático, um ambiente interacional midiático onde membros de grupos estigmatizados e minoritários - neste caso as mulheres de prática homossexual - podem compartilhar suas subjetividades com seus pares protegendo suas identidades de uma exposição potencialmente constrangedora. São analisados sites, chats além da seção Troca-Cartas da revista Um outro olhar, entendendo esse espaço como locus de resistência social contra uma definição hegemônica da prática homossexual, apesar de sua fragilidade como proteção da identidade.
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Palavras-chave:
Homossexualidade, Resistência, Mídia.
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Sinais, toques, palavras: a comunicação em uma Sociedade Secreta
Argolo, J. A.
ECO-UFRJ
Resumo:
O texto enfeixa algumas peculiaridades sobre o sistema de comunicação (altamente complexo e não verbal) adotado pelos integrantes de uma das mais antigas e - seguramente, a mais poderosa [nos planos político e econômico]das fraternidades secretas em atuação no mundo: a Maçonaria [fundamentalmente no que tange ao Rito Escocês Antigo e Aceito]. E explicita - sem ferir os regulamentos e/ou Landmarks da Ordem - como isto se dá no cotidiano. Por imprescindíveis, alguns relatos de natureza histórica e comportamental ajudam a subsidiar o trabalho.
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Palavras-chave:
Comunicação e Simbolismo, Linguagem não Verbal, Comunicação e Maçonaria.
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Artimanhas da montagem: o discurso da estereotipia através da
linguagem cinematográfica em 2000 Nordestes
Baltar, M.
UFF
Resumo:
Esta comunicação reúne parte da reflexão desenvolvida na dissertação Todos os Nordestes - apagamentos e permanências do imaginário no documentário contemporâneo, defendida no Mestrado em Comunicação, Imagem e Informação da UFF. Tal artigo pretende pensar como o discurso da estereotipia amparado no riso da diferença é construído nos mecanismos de montagem do filme documentário 2000 Nordestes, dirigido por David França Mendes e Vicente Amorim. Este documentário estabelece um vínculo de permanência com o imaginário sobre o nordeste. Um diálogo se dá no plano da materialidade fílmica articulada a partir de uma estética contemporânea associada ao domínio estético do vídeo-clip. Veremos como fica reafirmado, na linguagem cinematográfica, o discurso do estereótipo, cujas raízes remontam à "invenção" do nordeste como espaço simbólico a partir dos anos 20.
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Palavras-chave:
Imaginário Nordestino, Cinema Documentário, Estereótipos.
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O jogo das diferenças: refluxos midiáticos e afluxos biopolíticos
Barbalho, A.
UFBA
Resumo:
O artigo discute a produção da diferença (e sua relação com a identidade) no mundo contemporâneo. Na primeira parte, faz uma discussão teórica sobre a diferença a partir dos pensadores franceses Gabriel Tarde e Jacques Derrida. Na segunda, discute o processo de homogeneização midiática e suas conseqüências para o processo de diferenciação. Na parte final, aponta a biopolítica como uma alternativa possível para as ações afirmativas das diferenças.
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Palavras-chave:
Minoria, Diferença, Mídia.
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Formação de Professores Guarani MBY'Á: O sujeito da imagem
e o objeto do olhar
Barros, A. M.
UFF
Resumo:
O autor faz uma reflexão sobre os limites e desafios da adequação da escola à cultura guarani mby'á, mediante as atividades de produção de materiais paradidáticos (fotográficos, livros, murais, portal) e curso de formação para os professores indígenas que atuam nas classes de 1ª a 4ª séries das escolas diferenciadas das aldeias de Itatim, Araponga (município de Paraty) e Sapukai (município de Angra dos Reis). O projeto, realizado desde 2001, vincula-se à UFF/FAPERJ/CNPq funda-se na na temporalidade guarani mbyá, enquanto multiplicidade dos tempos (tempo da caça, pesca etc), utilizando-se de diferentes linguagens: desenho, fotografia, pintura, escrita guarani, oralidade, dança, música.
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Palavras-chave:
Linguagem, Educação Indígena, Intercultural.
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Desafio de verão: agendamento corporal na imprensa feminina
Braga, A.
Unisinos-RS
Resumo:
Neste artigo, analiso a noção de agendamento aplicada ao discurso da imprensa feminina, e o modo pelo qual a corporeidade da leitora é agendada com relação à otimização da construção corporal a propósito da chegada do verão. Foram analisadas três matérias de edições da revista Boa Forma em que ocorre uma radicalização do agendamento corporal proposto pela enunciação. Neste material discursivo, a utilização de estratégias de interpelação propõe um processo de pedagogia corporal que legitima um padrão corpóreo feminino ideal.
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Palavras-chave:
Agendamento, Corpo, Imprensa Feminina.
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Escutar tanto quanto se vê (como um filme iraniano, sobre uma
criança cega pode ensinar a ouvir)?
Costa, F. M.
UFF
Resumo:
Até que ponto podemos dizer que a indubitável centralização na visão, que é característica da recepção da informação pelo homem ocidental contemporâneo, é inata ao homem? Como contrapartida, em que medida pode-se defender que se trata de uma construção social? Estudos relacionados à percepção sensorial infantil sustentam que para as crianças a audição desempenha papel mais importante do que para os adultos, o que caracterizaria uma preponderância gradual da visão a medida em que o indivíduo se desenvolve, não sendo esta, portanto, inata. O filme O silêncio, de Mohsen Makhmalbaf (Irã, 1998), traz interessante representação da relevância da audição para uma criança, nesse caso, ainda com o agravante da deficiência visual, em seu contato com o meio onde vive.
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Cronista-Folião: uma voz minoritária
Coutinho, E. G.
Escola de Comunicação - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Resumo:
Ao longo da formação social do Brasil, toda ela marcada por transformações "pelo alto", num processo conceituado como "modernização conservadora", as chamadas minorias não apenas permanecem ausentes das decisões políticas como, em conseqüência disso, mantêm-se afastadas da produção literária, artística e intelectual do país. Nas primeiras décadas deste século, raros são os escritores em cujas obras o povo é representado numa perspectiva que não seja a das elites, os intelectuais que, colocando-se contra a corrente dominante, propuseram uma imagem alternativa de nação. Contudo, a cultura brasileira apresenta esforços para superar essa carência de uma função sócio-cultural que a literatura deveria normalmente assumir, mas que não pode preencher em toda sua plenitude. Devido à sua íntima união com a vida das classes baixas da população, a crônica carnavalesca aparece, objetivamente, como oposição democrática, no plano da cultura, às várias configurações concretas assumidas pela ideologia hegemônica ao longo da evolução brasileira, assumindo, nos anos 1910-40, a função de criação e expressão de uma visão de mundo popular marcada pelo espírito crítico e satírico.
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Palavras-chave:
Imprensa carnavalesca, Carnaval carioca, Cultura das minorias.
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Imprensa feminina, folhetim e histórias de vida
Dias, S. M. M.
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Resumo:
A imprensa feminina se destaca pela riqueza visual e principalmente pelos temas abordados. Essa imprensa, há bastante tempo, vem demonstrando os movimentos sociais das mulheres e suas inserções na sociedade frutos de longas batalhas, onde as confrontações entre os gêneros fazem-se presentes em todas as dimensões humanas. A imprensa feminina registra as principais transformações e através de seus discursos sugere outras, como a do corpo, dos modelos de relacionamentos amorosos, familiares, etc. As cartas que narram histórias de vida, como as publicadas na seção "Eu, leitora" da revista Marie Claire, demonstram as transformações, e tudo que isso implica, e que ainda fluem sob a égide das relações de gênero que, no cotidiano, mesclam-se com o imaginário numa dança dialética que tanto liberta a mulher quanto a escraviza aos padrões comportamentais da contemporaneidade.
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Palavras-chave:
Imprensa feminina, Folhetim, Relações de Gênero.
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Jovens em transe: grupos urbanos juvenis da contemporaneidade,
conceitos e o "underground"
Feitosa, R. A. S.
Universidade Federal da Bahia
Resumo:
O artigo propõe uma discussão sobre os principais conceitos utilizados nos estudos das manifestações de grupos juvenis urbanos, como subcultura e (neo)tribalismo. Questiona os limites que esses conceitos apresentam para uma compreensão mais ampla desses grupamentos, suas práticas culturais e suas relações com os meios de comunicação. O campo de análise é o universo dos clubes noturnos e raves da cidade de São Paulo.
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As velhas/novas revistas femininas
Flausino, M. C.
UniCEUB (Centro Universitário de Brasília)
Resumo:
O objetivo deste trabalho é fazer uma análise preliminar de três capas e fragmentos de matérias e editoriais publicados em revistas femininas em 2002 e seus mecanismos discursivos de construção de imagens das mulheres. Destaque-se: não se trata das já consagradas publicações do gênero, mas de buscar marcas discursivas em títulos mais novos no nosso mercado editorial tais como as revistas TPM (Trip.para.mulher), editada há 02 anos, UMA, editada há 03 e ESTILO, editada a partir de outubro de 2002.
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Palavras-chave:
Discurso, Construção de Imagens, Revistas Femininas.
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Arrastão medíatico e racismo no Rio de Janeiro
Francisco, D.
UFMG
Resumo:
Neste trabalho vou analisar disputa eleitoral pela prefeitura do Rio de Janeiro, em 1992, que parece ter sido mesmo uma traumática página política revelada nas notícias, reportagens e editoriais, com fortes manifestações de racismo, envolvendo uma candidata negra, um candidato branco, um arrastão e como a imprensa escrita do Rio de Janeiro tratou os conflitos conjunturalmente interligados: um conflito social e um conflito político-ideológico - ambos constituindo, alternadamente, brancos e negros, de distintas classes sociais como protagonistas, antagonistas e coadjuvantes. Este trabalho resume o capítulo 5 da minha tese de doutorado "Imprensa e racismo no Brasil - a construção mediática do negro na imprensa escrita brasileira - 1988/1998" (Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura, da ECO/UFRJ).
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Palavras-chave:
Imprensa, Arrastão, Racismo.
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Vozes de Spivak: Subalternidade na crítica pós-colonial.
Notas de leitura
Freire, J. C.
UFPE
Resumo:
Neste artigo, procuro analisar parte do trabalho da intelectual indiana Gayatri C. Spivak, destacando sua inserção na critica pós-colonial, suas proposições sobre a subalternidade e possibilidades de agência no contemporâneo.
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Palavras-chave:
Subalternidade, Representação, Cultura.
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Sexualidade, trabalho e juventude representação social feminina
nas capas das revistas Veja e Isto é
Golzio, D. G.
Universidade de Campinas
Resumo:
A representação social feminina nas capas de revistas de informação evoluiu muito nos últimos 30 anos. Há três décadas, as representações eram quase sempre puramente decorativas e com muita ênfase na moda. Hoje podemos perceber que um leque mais vasto, ao mesmo tempo tímido, toma parte dos focos das capas das revistas de informação geral. A questão que se coloca é como está sendo representada a mulher nos dias atuais. Esta é essencialmente a preocupação latente neste estudo que tem as capas das revistas Veja e Isto é como base para uma análise de conteúdo. A pesquisa teve como base as capas publicadas em Veja e Isto é dos anos 1994, 1995, 1998 e 1999.
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O hip-hop e a mídia no cenário urbano
Gorczevski, D.
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) - RS
Resumo:
Observo, entre as culturas emergentes, o hip-hop como uma manifestação sócio-histórico-cultural que procura, num exercício permanente de metalinguagem, negociar entre as experiências de marginalização, opressão, escassez, estigma social, preconceito étnico, etc. Destaco, nesse trabalho, a relação entre Cultura e Mídia, considerando que ambas operam estrategicamente no cenário contemporâneo. Enquanto a mídia aparece como uma das instituições responsáveis por agenciar o debate público, a juventude hip-hop afirma a disposição de conquistar espaço e status na cena urbana. Nesse processo, encontrei algumas pistas, ou seja, parece-me que os modos de expressão da juventude hip-hop mantêm um diálogo e/ou oferecem subsídios éticos e estéticos que interferem no campo social, político e cultural brasileiro e, por isso, recriam e inventam novas configurações, novos modos de viver em sociedade.
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Palavras-chave:
Cultura, Hip-Hop, Mídia.
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RG: Jovem - Culturas juvenis e a formação das identidades
da juventude
Gumes, N. V. C.
Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia
Resumo:
O trabalho pretende analisar historicamente o conceito de juventude e a formação de identidades juvenis revelando as conexões entre cultura jovem, consumo e mídias. Desenhado um quadro multifacetado da noção de estilos de vida na contemporaneidade.
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Informação miúda: instrumento de resistência
Iorio, V.
Facom - UFJF
Resumo:
Este artigo apresenta uma nova modalidade de informação - a "informação miúda". A partir da constatação de que a comunicação globalizada tem gerado indivíduos desterritorializados e desinformados daquilo que os cerca mais estreitamente, o autor propõe a adoção de um tipo de informação de pequeno alcance como instrumento de resistência à atomização. A "informação miúda", fornecendo ao indivíduo conhecimento de seu próprio território, prepara-o para desfrutar da informação global sem perder a dimensão de sua espacialidade original.
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Mídia, Cultura Juvenil e Rock and Roll: comunidades, tribos e
grupamentos urbanos
Janotti Jr., J. S.
UFBa
Resumo:
O presente texto parte da proposição dos termos Comunidades de Sentido e Grupamentos Urbanos para o exame dos agrupamentos juvenis em suas ligações com a mídia contemporânea. Assim, procura-se abordar os aspectos tensivos que envolvem as manifestações grupais em seus aspectos globais e suas apropriações locais; acreditando que, cadeias midiáticas especificas servem de base a disputa e partilha de sentidos dessas comunidades e grupamentos.
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A construção de novas identidades na revista Made in
Japan (1998 a 2002)
Koshiyama, A. M.
Escola de Comunicações e Artes - Universidade de São Paulo
Resumo:
Este estudo analisa a revista Made in JAPAN, mensário publicado ininterruptamente desde outubro de 1997 em língua portuguesa e que circula há mais de 5 anos simultaneamente no Brasil e no Japão. A publicação destina-se preferencialmente aos leitores nikkeis - japoneses e seus descendentes - formados pela globalização da economia e seu conteúdo divulga valores e produtos da cultura capitalista japonesa contemporânea. A revista detecta o processo de reorganização da comunidade nikkei e reconstrói a identidade nikkei - na conjuntura histórico-social em que a migração da população é uma prática quotidiana possível.
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Palavras-chave:
Comunicação, Globalização, História do Jornalismo, Jornalismo Nipo-Brasileiro, Revista Made in JAPAN, Comunidade Nikkei, Identidade Nikkei.
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Você, Mulher em revista
Lima, L. G.
UnB
Resumo:
As revistas cujo público-alvo são as mulheres solteiras começam a ganha peso na década de 70, época marcada pela necessidade da segmentação editorial. Esse fenômeno está inter-relacionado com processos sócio-históricos que serviram de base para que a "nova mulher" obtivesse respaldo nas páginas dessas publicações. Neste sentido, deseja-se trilhar caminhos para uma contribuição aos estudos sobre a representação feminina na imprensa brasileira, dialogando com o material já existente. A revista Você, Mulher foi escolhida como objeto por ter sido deixada de lado nos estudos da comunicação sobre esse tipo de publicação, apesar de ter sido a primeira revista feminina - antes da consagrada Nova - a ter como público-alvo a mulher solteira "emancipada". Cabe a este trabalho tentar inserir a revista no escopo dos estudos, comprovando sua relevância e seu papel de vanguarda.
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Palavras-chave:
Modernização, Gênero, Representação.
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A mulher nas eleições 2002
Lima, M. A. A., Ferreira, L. G., Santos, M. R. V.
UFMG e
Centro Universitário de Belo Horizonte, respectivamente
Resumo:
O presente artigo faz uma reflexão em torno da intimidade e a esfera privada no momento em que esta se relaciona com a esfera pública e a construção da realidade social nos jornais impressos nacionais. Associado a esse tema, abre-se uma discussão sobre a mudança da sociedade contemporânea no que se refere às transformações identitárias dos gêneros. Em outras palavras, construiremos um percurso em que é pretendida a compreensão do espaço ocupado pela mulher, representante da intimidade e da esfera privada, na sociedade e como os jornais impressos, construtores da realidade social e representantes da esfera pública, representam essa mulher. Entretanto, essa análise se faz levando-se em conta a mulher candidata a um cargo político na eleição carioca de 2002. Este artigo é parte das atividades do grupo de pesquisa do Projeto de Iniciação Científica "Narrativa jornalística e o espaço público: a intimidade" do Centro Universitário de Belo Horizonte.
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O inferno são os outros: Hip-Hop carioca como comunicação negativa
Macedo, M. F. G.
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Resumo:
O presente trabalho trata de como o hip hop carioca utiliza a negativação (recurso de comunicação conceituado por HARDT e NEGRI) para reforçar a sua identidade e a unidade do seu grupo. Pensa como a negativação defende a própria música como uma escolha que define a paisagem sonora em que os jovens do movimento estão inseridos. Analisa as alteridades vividas pelos grupos cariocas em diversas instâncias hegemônicas: musical, branca, etc. O artigo também percebe como o hip hop tem contribuído para a valorização de uma autor-estima negra entre os jovens do grupo e indica como o crescimento do movimento hip hop nas comunidades carentes cariocas revela uma necessidade discursiva de embate em relação ao discurso hegemônico de paraíso racial brasileiro.
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Palavras-chave:
Hip Hop, Negativação, Alteridade.
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Os sonhos podem acontecer. Considerações metodo-ideológicas de
uma militante intelectual
Malachias, R.
NEINB/USP - Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre o Negro Brasileiro - USP
Resumo:
Este artigo tenta relatar como a tomada de consciência do meu pertencimento a grupos histórica e internacionalmente excluídos - as mulheres / a população negra - associada à práxis da vida, do estudo, do trabalho, do viver social impulsionou-me a refletir sobre a adoção de uma metodologia, que instrumentalizasse esta reflexão de elementos teóricos suficientes, a possíveis proposições práticas; sejam elas nos espaços sociais das militâncias Negra, Feminista, Juvenil; sejam elas no exercício da crítica construtiva aos diferentes discursos comunicacionais relacionados à prevenção e ao uso e abuso de drogas.
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Palavras-chave:
Teoria, Prática, Militância.
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Discursos, contradiscursos e simulacros nas construções de
identidade de gênero no site Banheiro Feminino
Melo, C. T. V.
Departamento de Comunicação Social - UFPE
Resumo:
O presente artigo focaliza a questão da construção da identidade de gênero no site Banheiro Feminino. Busca-se observar que tipo de relação (contratual ou conflituosa) estabelece-se entre a representação do masculino e do feminino, bem como verificar se por um lado, o site assume-se moderno/avançado e, por outro, dá sustentação a ideologias conservadoras.
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Palavras-chave:
Gênero, Discurso, Linguagem, Identidade.
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Depois do super homem, a mulher maravilha? produção de sentidos das
identidades femininas no cinema paraense
Negrão, K.
PPGCC-Unisinos / UFPA
Resumo:
O texto faz uma relação entre os efeitos de sentidos de identidades femininas e seus contextos de produção na cinematografia regional da Amazônia paraense. A perspectiva é de promover um diálogo entre as matrizes estético-discursivas e as mudanças socioculturais, tendo como parâmetro histórico a segunda metade do século XX e o início do século XXI, como trajetória cinematográfica de construção das temáticas das identidades femininas.
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Palavras-chave:
Mulheres, Cinema, Identidade.
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Jornalismo migrante: A função da imprensa brasileira nos EUA
Rabelo, E. C.
UFMG e PUC-Minas
Resumo:
Dentre as minorias que habitam os Estados Unidos, o povo brasileiro é um dos mais silenciosos, "invisíveis". Somente após 20 anos de migração ininterrupta, a comunidade começa a se organizar e a exibir sua identidade grupal perante a sociedade norte-americana. A partir de análise de conteúdo de três jornais brasileiros editados nos EUA, concluímos que estes veículos tendem a desaparecer com a chegada da primeira geração brasileiros nascidos naquele país e com o pouco enfoque na cobertura dos problemas da comunidade de migrantes e da vida social norte-americana. Este artigo é resultado parcial da pesquisa de dissertação de Mestrado, defendido em 2002 junto à Universidade Metodista de São Paulo.
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Palavras-chave:
Jornais de Colônia, Jornais Estrangeiros, Imprensa Brasileira no Exterior.
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Afeto entre iguais protegido em Lei. Os discursos dos leigos, dos
especialistas e da mídia
Reis, R. A.
Resumo:
Este trabalho pretende evidenciar as tensões, limites e possibilidades da interação entre os conhecimentos dos especialistas e dos leigos nas atuais democracias deliberativas. Para tanto, abordará parte do debate público ocorrido em uma reportagem de jornal impresso a respeito da Lei n.º 14.170, que "determina a imposição de sanções a pessoa jurídica por ato discriminatório praticado contra pessoa em virtude de sua orientação sexual", sancionada em janeiro de 2002. A "Lei Anti-homofobia" mineira mobilizou tanto opiniões de advogados, juristas e juízes quanto as do público leigo concernido - militantes e não-militantes do coletivo GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros). O estudo trará algumas linhas de mentalidade dos diferentes atores sobre a lei e problematizará o papel da mídia tanto como esfera de visibilidade pública quanto esfera de discussão pública.
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Palavras-chave:
Deliberação, Homossexualidade, Especialistas.
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A tematização da infância nos programas de auditório
Sampaio, I. S. V., Barros, N. V. R.
UNIFOR e UECE, respectivamente
Resumo:
No turbilhão de imagens cotidianamente difundidas pelas mídias eletrônicas, sobressaem as incontáveis imagens de crianças e adolescentes na telinha. Elas cantam, dançam, animam programas, realizam entrevistas, interpretam personagens, vendem indistintamente brinquedos e carros e, ainda, manifestam suas preferências políticas. Tais imagens constituem, pois, uma das referências centrais a partir das quais a infância pode ser compreendida na contemporaneidade. Este artigo se propõe a analisar o modo pelo qual a mídia televisiva, em programas de auditório pré-selecionados para este estudo, projeta imagens infantis no cenário público, participando do processo de tematização das fronteiras entre o mundo da criança e o mundo adulto.
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Gênero, argumentos e discursos na publicidade televisiva brasileira
Silva, R. M.
MultiRio/RJ
Resumo:
Este trabalho pretende analisar as relações existentes entre os argumentos e discursos veiculados pelas mídias sobre as mulheres, especialmente a TV, através da publicidade. Busca-se analisar estes problemas a partir do viés da teoria da argumentação, elaborada principalmente pelos autores Phillipe Breton e Boaventura de Souza Santos.
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Palavras-chave:
Comunicação, Relações de Gênero, Publicidade.
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As minorias nas narrativas da mídia
Soares, R. P. A.
ECO - UFRJ
Resumo:
O trabalho pretende compor um mapeamento da narrativa midiática na atualidade. A proposta principal é investigar a natureza das narrativas sobre os grupos minoritárias, analisando se ainda estão marcadas por preconceitos e idéias estigmatizadas. O trabalho pretende ainda intervir com a proposição de novas composições para que as narrativas sobre as minorias na atualidade possam ser efetivamente inclusivas respeitando sua natureza identitária.
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Palavras-chave:
Mídia, Minoria, Narrativa.
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Um novo cenário sociocultural nas metrópoles brasileiras.
Descentramento, consumo e estilo cultural no movimento hip-hop
Souza, G.
UFPE
Resumo:
Este paper pretende observar três nuances perceptíveis no movimento hip-hop: a relação do sujeito com a cidade, a constituição do estilo cultural desse sujeito e o paradigma entre a noção de consumo e cidadania. Será analisado, sob a ótica dos Estudos Culturais, como esses pontos se apresentam e interferem nos aspectos sociais e culturais da sociedade brasileira.
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Palavras-chave:
Fragmentação, Estilos de vida, Cidadania, Cultura de consumo.
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Mídia e etnicidade: a importância da ação afirmativa
na [e para a] mídia brasileira
Tavares, J. C. S., Freitas, R. O.
Universidade Federal Fluminense (UFF)
Resumo:
O presente artigo trata das políticas de ação afirmativa em relação à mídia e de sua importância para a inclusão, visibilidade e, por extensão, legitimação e socialização da população afro-descendente no Brasil. Para isso, propõe-se a pensar sobre os processos comunicacionais e as interações sociais destes resultantes a partir do lugar ocupado pela mídia nacional para o desempenho das identidades raciais - especificamente das identidades afro-descendentes - no Brasil.
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Palavras-chave:
Mídia, Sociabilidade, Afro-Descendentes.
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O negro-mestiço e a narrativa fotojornalística: um outro nos
cadernos "Cidade"
Vaz, P. B. F., Tavares, F. M. B.
Universidade Federal de Minas Gerais
Resumo:
Este trabalho busca analisar a forma como o negro-mestiço está retratado em fotografias de três grandes jornais impressos: Folha de S.Paulo, O Globo e Estado de Minas. Recortando a cidade dentro do jornal, incidimos nosso olhar sobre os cadernos conhecidos como "Cidade" e buscamos, através das narrativas visuais compostas neste espaço (na relação entre as fotografias e suas temáticas) perceber como os negros-mestiços nelas aparecem. Na articulação do conjunto de fotografias e nas conexões existentes entre elas, nosso trabalho expõe várias faces de um Outro social (hoje também citadino) que, ao longo de nossa história, sempre trouxe consigo a marca da alteridade e da exclusão. Por fim, vale dizer, que este estudo se insere no projeto integrado de pesquisa Narrativas do Cotidiano: na mídia, na rua, do GRIS (Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade da Fafich/ UFMG).
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Palavras-chave:
Cidade, Negro-mestiço, Fotojornalismo.
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Ingleses e trabalhadores rurais: reconstrução de uma comunicação
possível
Vecchia, M. J. S. G.
IMESB / UNESP
Resumo:
O presente trabalho se refere à reconstrução de um momento particular da
história regional do interior do Estado de São Paulo, da cidade de Matão, pólo industrial da região
de Araraquara. Esse momento está circunscrito à chegada dos ingleses para administrar uma companhia
agroindustrial de renome, anteriormente dirigida por um empresário brasileiro, pertencente à elite
cafeeira paulista. A administração do empresário era de cunho eminentemente tradicional, onde a
comunicação era realizada, em sua grande maioria, em situações face a face. Com a administração
inglesa o inverso da administração tradicional, paternalista, se dava pela introdução da burocracia,
alcançando quase todas as instâncias de funcionamento da Companhia Agroindustrial, das atividades
dos escritórios às atividades do campo propriamente ditas. A reconstrução dessa comunicação foi
realizada por meio da representação de diferentes categorias de trabalhadores que conviveram com os
ingleses, entre 1924, ano em que eles compraram a companhia, até 1956, ano de sua venda para o
grupo financeiro Moreira Sales.
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Todos diferentes, todos iguais? Das minorias às tribos do consumo
Villaça, N.
Escola de Comunicação - UFRJ
Resumo:
Pretende-se refletir sobre o lugar do corpo e da moda nos processos de subjetivação contemporâneos e seu papel na construção do par identidade/diferença. Serão enfocados sobretudo dois aspectos: o apelo do marketing às massas com o aceno à diferença; o registro de uma estética da aparência como dado já consagrado, podendo ser interpretado/apropriado como propiciador de singularidades, ou apenas estímulo a novidades descartáveis.
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