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NP 16 » História em Quadrinhos

Coordenador
Prof. Moacy Cirne (UFF-RJ)
mcirne@imagelink.com.br

Relação de Trabalhos  
   
charges.com.br - Literatura imagética das notícias via Internet
Andraus, G.
ECA-USP

Resumo: A necessidade da imagem é de suma importância comunicacional ao ser humano. Assim, a charge como imagem crítica e humorada tem sido largamente empregada nos veículos jornalísticos e agora também na Internet. Como exemplo, o site charges.com.br soube se aproveitar deste novo suporte on line apresentando um modo novo de se "ler", vendo as notícias principais do Brasil e do mundo, através das charges, podendo funcionar como um ótimo veículo imagético em potencial para a comunicação informacional e a educação humana, equilibrando assim a utilização das fontes escritas (lado esquerdo do cérebro) e ilustradas (lado imaginativo direito).
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Palavras-chave: Charges, Informação, Internet.


A questão do gênero nas histórias em quadrinhos de Mafalda (Quino)
Araujo, D. C.
Centro Universitário Feevale - RS

Resumo: As histórias em quadrinhos são narrativas que possibilitam aos seus autores o questionamento das realidades observadas, podendo, dessa forma, construírem críticas dos vários temas que compõem uma sociedade, sugerindo, então, que o leitor perceba tais situações, motivando-o até mesmo a estabelecer sua própria opinião. E Quino, com a produção das histórias de Mafalda, conseguiu, de forma muito contundente, não só analisar, como também posicionar-se em relação a várias questões preocupantes, para a Argentina e para o mundo. Uma das situações que mereceu grande destaque em suas tiras foi o papel da mulher portenha das décadas de 60 e 70, que refletia um conjunto de posturas defendidas no mundo inteiro até então.
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Palavras-chave: Mafalda, Papel da mulher, Crítica social.


Max Muller - Primeiro herói de aventura dos quadrinhos do século XX: Mídia, Ética e Sociedade
Cardoso, A. E.
UnB

Resumo: Max Muller, criação de A. Rocha, publicado na revista O Tico-Tico entre l913-l916, é o primeiro herói de HQ realista de aventura do Brasil e do mundo no século XX. Filho de um imigrante alemão, mãe brasileira, ainda menino é seqüestrado e passa a viver no exterior, adotado por um aristocrata inglês. Desde garoto e também adulto participa de caçadas e expedições em regiões exóticas. Nos encontros com grandes animais, as feras são sempre eliminadas por seus tiros certeiros. Max, embora nacionalista nunca voltou ao Brasil e na I Guerra Mundial decide lutar pelo Império Alemão. Seus alvos passarão de animais para seres humanos. A pesquisa historiográfica propicia algumas reflexões em torno da ética das ações de Max Muller, da mídia que divulgou a história e da sociedade da época.
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Palavras-chave: Max Mulle, O Tico-Tico, Ética.


Ética e estética em Marcatti
Cirne, M.
UFF-RJ

Resumo: O texto aborda a questão do espaço alternativo do quadrinho independente brasileiro: suas questões éticas, seus problemas estéticos, suas propostas anticulturais. Neste sentido, a produção do paulista Marcatti é vista como um "labirinto crítico" de alcance social no interior de um projeto de cultura à margem do próprio sistema editorial, mesmo levando em conta sua recente divulgação pelo mercado/sistema. O texto também se coloca como uma reflexão diante do próprio conceito de crítica de quadrinhos, hoje, justamente a partir da leitura de um Autor não-convencional enquanto modelo gráfico e narrativo.


Quadrinhos de não-ficção
Dutra, A. A. C.
ECO - UFRJ

Resumo: As histórias em quadrinhos são comumente associadas à ficção, sobretudo de fantasia ou de aventura. Mas há um grande universo de HQs de não-ficção. Seus antecedentes remontam à antiguidade, como a Coluna de Trajano ou a Tapeçaria de Bayeux, passando por iluminuras, afrescos e manuais de instruções. Hoje, temos HQs de não-ficção nos documentários em quadrinhos, quadrinhos autobiográficos, quadrinhos educativos, cartilhas em quadrinhos, além de colunas de revistas, ensaios, prefácios e editoriais feitos em quadrinhos. Os preconceitos contra os quadrinhos ainda são grandes mas, como podemos perceber, seu uso já está disseminado em vários setores de nossa sociedade, mesmo sem ousar dizer seu nome.
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Palavras-chave: Quadrinhos, Não-ficção, Documentário.


Sacadas e estocadas - o cotidiano urbano nos quadrinhos de Angeli
Fontana, M.
Centro de Estudos Superiores Barros Melo - CESBAM / PE

Resumo: "Sacadas e estocadas - o cotidiano urbano nos quadrinhos de Angeli" busca traçar uma breve análise do trabalho do cartunista na representação de alguns aspectos da sociedade urbana brasileira pelo viés do humor. A escolha fundamenta-se na projeção e na relevância da obra de Arnaldo Angeli Filho, sobretudo pela consolidação de uma linguagem desenvolvida e amadurecida durante anos de experiência com a narrativa em quadrinhos. A análise orienta-se segundo três aspectos: o contexto em que se desenvolveu o trabalho do cartunista, com destaque para sua produção editorial, o formato utilizado em função da narrativa e o conteúdo, especificamente o que caracteriza o humor e o elemento urbano nos quadrinhos de Angeli.
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Palavras-chave: Angeli, Humor, Cotidiano urbano.


Histórias em quadrinhos na Internet: linguagem híbrida em gestação
Franco, E. S.
ECA-USP e PUC-MG (Poços de Caldas)

Resumo: O advento da rede Internet e dos computadores pessoais abriu espaço para que centenas de quadrinhistas do mundo inteiro experimentassem as possibilidades abertas pela hipermídia. Nesse artigo buscamos delinear o arcabouço inicial dos novos elementos da sintaxe das histórias em quadrinhos no suporte digital que estão se firmando lentamente como delineadores de uma nova linguagem, hibridizando-se com os elementos da linguagem tradicional das histórias em quadrinhos em suporte papel.
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Palavras-chave: Histórias em Quadrinhos, Internet, Hipermídia.


Integração texto/imagem na história em quadrinhos
Guimarães, E.
ITA

Resumo: Este trabalho começa conceituando História em Quadrinhos, trata da origem da Comunicação nos seres vivos, detalha como a História em Quadrinhos evoluiu em sua Representação da Realidade, e demonstra como se dá a Integração do Texto Escrito na Imagem Pictórica da História em Quadrinhos.
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Palavras-chave: História em Quadrinhos, Representação da Realidade, Relação Texto/Imagem.


Mangá produzido no Brasil: pioneirismo, experimentação e produção
Luyten, S. M. B.
USP

Resumo: As Histórias em Quadrinhos japonesas, conhecidas como mangá, representam um fenômeno de comunicação de massa atingindo tiragens milionárias em seu país de origem. De desconhecidas no mundo ocidental, passaram, hoje em dia, fazem parte do cotidiano de leitura dos jovens do mundo inteiro. O Brasil, tendo a maior colônia nipônica fora do Japão, já tinha a tradição de ler as revistas de quadrinhos japonesas através de seus imigrantes tornando-se pioneiro não só na leitura como na produção de mangá fora do Japão desde a década de 1960. Também a primeira pesquisa sobre mangá foi realizada na década de 1970 na ECA/USP publicada na Revista Quadreca. Este estudo tem como objetivo mostrar como seu deu o impacto da vinda massiva de novos títulos a partir da década de 1990, a experimentação através da produção de fanzines e a produção de quadrinhos brasileiros utilizando a forma do mangá como expressão. Nesta nova fase, esta produção nacional tem sido feita não só por artistas descendentes de japoneses como de diversas procedências. O sucesso do estilo tem sido de forma tão penetrante que seu uso tem se observado até em propaganda institucional.
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Palavras-chave: Manga, Desenhistas nipo-brasileiros, Produção.


A mutação radical dos fanzines
Magalhães, H.
Universidade Federal da Paraíba

Resumo: Os fanzines de quadrinhos no Brasil representam a resistência dos quadrinhos brasileiros frente ao descaso das grandes editoras e a invasão dos quadrinhos estrangeiros. A importância dos fanzines se configura não só pela difusão e renovação dos quadrinhos no Brasil, mas também por contribuir para a formação do público e criação de um espaço essencial de discussão e avaliação dos quadrinhos como expressão artística. Inicialmente editados com técnicas rudimentares (mimeografados), os fanzines tornaram-se, com o desenvolvimento tecnológico e a popularização dos meios de impressão, publicações cada vez mais sofisticadas, aproximando-se do requinte das publicações do mercado. Ganharam também novos formatos e formas de produção, facilitados pela revolução trazida pela informática.
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Palavras-chave: Fanzine, Imprensa independente, Novas tecnologias.


A malandragem no imaginário nacional: um estudo sobre a construção do personagem Zé Carioca e suas relações com a cultura brasileira
Mendes, M. L. G. C.
UFRN

Resumo: Análise sobre os mecanismos ideológicos que presidem a organização das mensagens veiculadas, tomando-se como suporte indispensável o tratamento dispensado à figura do malandro no conjunto das histórias em quadrinhos da série Zé Carioca, já que é a fisionomia dada ao malandro o que mais fortemente vem manifestar a ideologia. É através das feições dadas ao malandro papagaio, os seus interesses e motivações, que se ajuizará a que interesses ideológicos as mensagens estão se remetendo. Para isso, este texto define algumas coordenadas de problemas através das quais transcorrem as análises e deliberações.
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Palavras-chave: Zé Carioca, Malandragem, Cultura Brasileira.


O impacto da globalização no setor industrial visto através da charge
Miani, R. A.
Universidade Estadual de Londrina - UEL/PR

Resumo: A partir da análise de algumas charges publicadas no jornal Tribuna Metalúrgica, do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, procuramos demonstrar como a imprensa sindical tem retratado as principais características do atual modelo econômico brasileiro, pautado pela globalização, com o objetivo de promover a reflexão entre os trabalhadores para que estes compreendam as mudanças que estão ocorrendo no mundo do trabalho e suas conseqüências nocivas para a classe trabalhadora, servindo, ainda, como importante ferramenta para o registro histórico. Para tanto, tivemos a necessidade de apresentar algumas reflexões sobre a potencialidade histórica da charge, por entender que ela se caracteriza como uma importante fonte para o estudo em questão, bem como compreender melhor as condições históricas do desenvolvimento econômico/industrial brasileiro.
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Palavras-chave: Charge, Industrialização, Imprensa Sindical.


Um novo gênero jornalístico: a reportagem em quadrinhos de Joe Sacco
Negri, A. C.
UNIMEP - Piracicaba / UBC - Mogi das Cruzes / CREUPI - Espírito Santo do Pinhal

Resumo: Este paper pretende discutir um possível novo gênero no jornalismo atual: o gênero híbrido reportagem em quadrinhos. A pesquisa tenta traçar um pequeno histórico de obras da história em quadrinhos que perpassam pelo realismo e se utilizam de técnicas semelhantes à produção de reportagem, tais como a captação de informações, para depois alcançar o trabalho do jornalista-quadrinista Joe Sacco, alvo principal do estudo. A análise vai comparar as características da grande reportagem, principalmente no estilo do new jornalism norte-americano, com as obras de Sacco: Palestina - uma nação ocupada; Área de Segurança Gorazde: A Guerra na Bósnia Oriental 1992-1995 e Natal com Karadzic.
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Palavras-chave: Jornalismo, Quadrinhos, Joe Sacco.


A charge: função social e paradigma cultural
Nogueira, A. A.
ECA-USP

Resumo: O reconhecimento do potencial da charge, enquanto fenômeno de grande alcance de comunicação, concretizou-se com o processo de transformação tecnológica e na intenção dos jornais em ver ampliado seu consumo. Baseado nas considerações de Vladimir Propp sobre o humor, propomos analisar neste trabalho o recurso dos personagens-tipos nas charges: o Juca Pato, de Benedito Bastos Barreto, e Zé Marmiteiro, criação de José Nelo Lorenzon, na imprensa paulistana no século XX. Figuras que surpreendem pela ironia de seus autores, contribuíram para estabelecer respaldados nos efeitos da comoção e afetividade despertados nos leitores, valores culturais e comportamentais, ratificando o papel da caricatura na imprensa, ao desvendar as relações do poder tanto na esfera do relacionamento cotidiano e urbano, quanto na política nacional.
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Palavras-chave: Charge, Personagem, Política.


Sei que eu sou bonita e gostosa
Oliveira, S. R. N.
Universidade de Brasília

Resumo: A proposta contida neste trabalho é o de examinar a fusão de modelos binários de representação feminina e, a partir da óptica de Gênero, analisar algumas protagonistas dos quadrinhos norte-americanos dos anos 80 - as chamadas bad-girls.
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Palavras-chave: História em quadrinhos, Papel da mulher, Bad-girl.


Os quadrinhsos cinematográficos de Moebius
Paixão Jr., M. M.
Universidade de Brasília (UnB)

Resumo: Notório filósofo francês, Gilles Deleuze teve como um de seus diversos objetos de estudo a linguagem cinematográfica, acerca da qual escreveu dois livros essenciais nos quais buscou estabelecer uma taxionomia das imagens. Em A imagem-movimento, trabalhou a tradicional cinematografia que se vale de narrativas lineares, enquanto que em A imagem-tempo tratou das vanguardas que perpetraram um cinema eminentemente poético, de puras situações óticas e sonoras. O legendário quadrinista Moebius, por sua vez, possui uma extensa obra onde transita entre pólos semelhantes aos atestados por Deleuze. De um lado, opera por meio de narrativas mais convencionais. E de outro, se entrega a poéticos devaneios oníricos. A idéia aqui é buscar os paralelos e intersecções entre suas HQs e o cinema, tendo como guia a criteriosa categorização deleuziana.
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Palavras-chave: Quadrinhos, Cinema, Moebius.


A gênese ética e estética na comunicação visual de Foster, Calkins, Gould e Raymond
Rahde, M. B. F.
FAMECOS / PUC-RS

Resumo: Este artigo busca a reflexão sobre a ética e a estética da mídia visual de quatro autores e os seus reflexos na sociedade moderna, do século XX ao contemporâneo. Para tanto evocamos a gênese das questões éticas, da composição estética iconográfica dos quadrinhos, dos valores humanos propostos por este meio de comunicação, enfocando a sociedade dos anos trinta, em que as mudanças temáticas da mídia visual vieram a propor novas reflexões de ordem filosófica quanto aos novos valores morais apresentados na comunicação imagística, introduzindo, ao mesmo tempo, questões sobre a beleza visual e moral, que são discutidas nestas novas imagens, as quais serviram como ponto inicial de formação do novo pensamento que permeou a sociedade moderna.
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Palavras-chave: Estética, Comunicação Visual, Quadrinhos.


Quadrinhos e questões ambientais: um espaço para as ações educativas
Sartori, R. C., Monteiro, A. A.
ESALQ-USP, Piracicaba
PUC-SP, respectivamente

Resumo: Um grande interesse tem-se verificado na utilização das Histórias em Quadrinhos (HQs) pelos professores como forma divertida e eficiente de ensinar. Neste estudo tecemos considerações sobre o papel das HQs na educação e analisamos no período de 01/01 a 30/06/2002 como as questões ambientais estão sendo abordadas pelas HQs nos jornais Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo. A partir da leitura de 543 quadrinhos (181 quadrinhos por quadrinista): Turma da Mônica, Turma do Níquel Náusea e Piratas do Tietê resultaram em cinco os temas abordados: poluição da água, poluição do ar, desmatamento, lixo e relação homem/meio ambiente. A soma total das HQs que abordaram as questões ambientais foi de nove, representando apenas 1,65% do total analisado, sendo: quatro (0,73%) da Turma da Mônica, dois (0,36%) da Turma do Níquel Náusea e três (0,55) dos Piratas do Tietê.
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Palavras-chave: Quadrinhos, Questões ambientais, Educação.


Mídia e educação: uma abordagem pelas histórias em quadrinhos
Scareli, G.
UNOPEC

Resumo: As histórias em quadrinhos fazem parte da mídia, estão presentes na cultura contemporânea e se diferenciam das demais produções por combinarem imagens e textos. A maneira como o autor utiliza os elementos de linguagem que constituem os quadrinhos marca o seu estilo de produção. Muitas vezes, os recursos são utilizados de forma reiterativa, na tentativa de conduzir a leitura para um único entendimento, outras vezes, os autores abrem várias possibilidades de entendimento, trabalhando mais com a imaginação e a criatividade interpretativa do leitor. Neste trabalho procuramos verificar algumas tiras da Maurício de Sousa Produções, que tem seu material divulgado em várias mídias, como: jornais, revistas e Internet, destacando o caráter educativo assumido por algumas delas.
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Palavras-chave: Histórias em quadrinhos, Educação, Leitura.


O vestido de noiva de Lois Lane
Senna, N.
ECA-USP / UFPel

Resumo: O presente estudo tem como objeto de análise o vestido de noiva "escolhido" por Lois Lane para seu casamento com Clark Kent, segundo o modelo proposto pela semiótica discursiva. Por que o vestido? Porque o vestido é o objeto de desejo de quase todas as mulheres, o vestido de noiva faz parte do sonho da Cinderela, representa a concretização da fábula: a noiva linda vai ao encontro do príncipe encantado, eles se casam e vivem felizes para sempre. A noiva é a figura de destaque na cerimônia do casamento e, é em torno dela que se tomam as decisões, desde as mais simples até as mais complexas. O "estilo" da noiva se faz presente na escolha do vestido e a partir daí vão ser definidos os outros elementos que integram o ritual. Sendo assim, interessa situar as etapas percorridas por Lois nesse momento da narrativa na tentativa de alcançar um dos sentidos do texto.
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Palavras-chave: Super-Homem, Lois Lane, Noiva.


Mafalda entre átomos e bits
Silva, I. A.
UCS e UNIVATES

Resumo: O presente artigo procura refletir sobre a mudança de formato da história em quadrinhos, que antes tinha apenas o suporte impresso e agora "navega" no universo digital da Internet (sites), desenvolvendo pontos que cruzam os quadrinhos e a temática das novas tecnologias. Tem como objeto de análise a personagem Mafalda, de Quino, que fez sucesso com seu tom de contestação em tirinhas "inquietas" e agora circula na rede em variados sites.
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Palavras-chave: Quadrinhos, Internet, Sociedade.


Comercialização e tendências alternativas: O caso da revista inglesa Viz
Silva, N. M.
UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco

Resumo: Este artigo trata das maneiras pelas quais a revista em quadrinhos inglesa de maior sucesso nas últimas duas décadas, Viz, alterou seu formato e conteúdo durante sua história para se adaptar um novo perfil de mercado e a uma grande audiência. Esta revista passou por um processo de comercialização a partir da tiragem inicial de 150 cópias na cidade de Newcastle para mais de um 1.000.000,00 de cópias dez anos depois, empregando um esquema de produção e distribuição semelhante aos produtos mais comerciais. Dessa forma, será importante discutir como a revista Viz se adaptou a essa nova situação. Ela conseguiu passar de um formato e temáticas semelhantes às revistas alternativas para uma publicação voltada para o mercado comercial. Argumento principal desse artigo é mostrar como o processo de comercialização afetou um produto em termos de formato e conteúdo, onde estratégias de discurso artístico tiveram que se adaptar às demandas do mercado. Isto é feito através da análise de toda história da revista buscando momentos em que houve mudanças significativas no conteúdo e formato. Essas mudanças são então relacionadas a transformações de mercado. A partir a análise da revista, torna-se claro que a compreensão dos produtos culturais não deve ser procurada apenas na análise de seu discurso interno, mas uma partir de sua posição mercado e da relação com outros produtos.
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Palavras-chave: Quadrinhos para adultos, Humor, Mercado.


As histórias em quadrinhos e suas tribos
Vergueiro, W., Flexa, R. A., Santos, R. E., Bari, V. A., Andraus, G.
ECA-USP

Resumo: O texto discute as histórias em quadrinhos e as características do público com elas envolvido, identificando-os como representativos do moderno conceito de tribos urbanas. Analisa especificamente os fanzineiros, os jogadores de RPG, os freqüentadores de gibiterias e os colecionadores. Conclui que, ao mesmo tempo em que colabora para que os apreciadores das histórias em quadrinhos se firmem enquanto grupo social, a constituição em tribos também pode funcionar como uma barreira para a participação de novos membros, podendo ser vista, pelo público externo, como uma forma de discriminação e afastamento.